terça-feira, 9 de julho de 2019

[AÇÃO GAMES 024] HOME ALONE 2: Lost in New York (SNES, 1992) [#245]




AVISO: o jogo de hoje é ruim. Quero dizer, muito ruim. Certo, "muito ruim" sequer começa a descreve-lo e é uma ofensa a todos os jogos ruins jamais produzidos. 

O quão ruim é esse jogo, você se pergunta?

domingo, 7 de julho de 2019

[AÇÃO GAMES 024] STREETS OF RAGE 2 (Mega Drive, 1992) [#244]

Eu não sei o que é melhor nessa capa: a cara do Max de "EITA!", a Blaze que foi substituida pela versão dela dos anos 80, o Skate que está tão concentrado em dar um chute que parece que está cagando, ou o Axel (também dos anos 80) que acabou de dar com uma ripa com pregos em um punk. Finesse em seu melhor.

Streets of Rage, apesar de ter um nome muito legal, é um daqueles jogos da Sega de "tem esse jogo muito legal que você quer no Super Nintendo e nós não podemos te dar, então toma essa versão do homem pobre que foi a que a gente conseguiu fazer!". No caso, Streets of Rage é beat'm up criado pela Sega para competir com Final Fight e... bem, ele existe.

Não é um jogo ruim, mas é um jogo de briga de rua sem absolutamente nada de especial. Os personagens são mecanicamente iguais, o jogo tem 5 ou 6 variedades de inimigos apenas e as fases são bem genéricas. O que é relativamente fácil em um genero que consiste em avançar em linha reta indefinitamente dando socos e ocasionalmente voadeiras.

sexta-feira, 5 de julho de 2019

[AÇÃO GAMES 024] HARLEY'S HUMONGOUS ADVENTURE (SNES, 1992) [#243]

 

Todo gamer já ouviu falar do grande crash de 83, o temível ano em que os videogames morreram no ocidente, porém muito menos gente esta familiariazada com o grande cochilo de 92. Porque sério, nas últimas duas edições da Ação Games eu joguei um jogo de console bom (não espetacular, mas bom) que é Magical Quest Staring Mickey Mouse mas fora disso é apenas dor em cima de dor. Os jogos de PC e Arcade estão indo ok, mas os consoles domesticos estão em uma entresafra de dar pena. Talvez as publishers estão guardando munição para o natal (as edições que eu me refiro são de outubro e novembro de  1992), talvez a Ação Games esteja com o dedo podre mesmo. Eu não sei.

O que eu sei é que não está fácil. O que, estranhamente, acabou sendo algo bom para este jogo. Se tivesse sido jogado em uma sequencia de grandes jogos, as boladonamente grandes aventuras de Harley teriam sido recebidas com bem menos entusiasmo. Mas como estamos em tempos de vacas magras, um jogo de plataforma apenas certinho sem nada de particularmente especial acaba sendo bem vindo.

quarta-feira, 3 de julho de 2019

[AÇÃO GAMES 016] ELIMINATOR BOAT DUEL (NES, 1991) [#242]



Responda depressa: qual a coisa infalível para atrair a atenção de crianças entre 8 e 13 anos? Bem, não importa o que você respondeu, você está errado. Mesmo que a resposta seja jogging. As crianças dos anos 90 só pensavam em uma coisa e uma coisa apenas:



Ou isso foi o que os caras da Sculptered Software pensaram com seu (imagine uma voz grave e com eco) ELIMINATOR BOAT DUEL!

domingo, 30 de junho de 2019

[AÇÃO GAMES 016] SID MEIER'S CIVILIZATION (PC, 1991) [#241]



No post de hoje, eu vou fazer uma coisa diferente. Eu poderia falar sobre a importancia de Civilization para os games, como ele criou o genero 4X (eXplore, eXpand, eXploit e eXterminate), criando um board game que se joga por turnos nos videogames. Alguns anos mais tarde a Blizzard teve a ideia de fazer um 4X em tempo real, e com o seu Warcraft: Orcs and Humans nascia o que hoje nós conhecemos como jogos de estratégia no computador (vulto RTS, real time strategy).

Eu podia falar de tudo isso, podia falar do jogo e do seu manual de 80 páginas, podia falar da letra ultra legal que o brentalfloss fez com o tema classico de Civilization, ou como um jogo tão absurdamente ambicioso - em que você desenvolve uma tribo de meia duzia de malucos durante TODA HISTÓRIA DA HUMANIDADE até a exploração espacial - tenha dado tão certo. Tem muito a ser dito sobre o Civilization feito por Sid Meyer e Bruce Shelley, eu poderia falar muito sobre esse jogo.

Só que eu não vou. Por que? Porque eu vou usar meu tempo (e o seu tempo) para algo muito mais útil: te ensinar a jogar Civilization. Vê, jogos de estratégia no computador (sejam eles 4X ou RTS) tem um problema muito sério: eles são feitos para um nicho extremamente especifico. Eles são para iniciados apenas, e se você quer entrar nesse clubinho... bem, boa sorte. Claro, você pode tentar pegar o manual de oitenta páginas e tentar aprender a jogar sozinho, porém se você já tentou fazer isso com um board game sabe que a melhor forma é apenas alguém te ensinar como joga.

O problema é que todos os tutoriais que eu encontrei de Civilization são para pessoas que já sabem jogar o jogo. Veja, por exemplo, a ajuda para iniciantes da Civilization Wiki:


Nossa amigo, suas dicas são realmente boas (são mesmo, eu não estou zoando). Só que eu tenho um problema: quando eu abro o jogo o que eu estou vendo na minha tela é isso:


E eu não faço a mais remota ideia de como mexer nisso. Eu precisava de dicas para mais iniciantes ainda, e é por isso que eu estou escrevendo esse post. A propósito, eu usarei a versão de Super Nintendo para este post porque a UI dele é muito mais clean e fácil de entender, porém tenha em mente que ela é simplificada em relação a versão de computador. Porém o objetivo aqui é aprender como jogar o jogo, depois que você entender o básico, você pode se virar com as diferenças.

Então, dito isso, vamos começar do começo. E por começo eu quero dizer realmente a coisa mais básica que você precisa saber sobre Civilization.

sexta-feira, 28 de junho de 2019

[AÇÃO GAMES 024] ROAD RUNNER'S DEATH VALLEY RALLY (SNES, 1992) [#240]



Existe uma expressão em inglês que eu gosto bastante, que é "take it for granted". O que seria mais ou menos traduzido como "presumir como garantido" e é sobre não dar valor a algo importante apenas porque isso é comum ou sempre presente. Jogando este jogo do Papa-Léguas me ocorreu que eu estava cometendo isso com a Sega. 

Quando eu joguei o primeiro Sonic, eu disse que era um jogo de plataforma inovador para a época em alguns de seus conceitos, mas limitado em sua execução. De forma resumida, a Sega não sabia exatamente como fazer um jogo de plataforma ultra rapido (que por definição exige que o jogador tenha tempo suficiente para reagir ao cenário) e acabava por tropicar em seu própria ambição. Eu não acho que isso esteja errado nem quero rever o que eu disse, o meu ponto aqui é que eu não tinha considerado o quão bem a Sega conseguiu executar algo que é realmente muito dificil de por em prática.

quarta-feira, 26 de junho de 2019

[AÇÃO GAMES 016] STUNTS (PC, 1990) [#239]



Stunts é o melhor jogo ruim de direção que eu já joguei até hoje. Mas o que seria um jogo de corrida ruim que é bom? Simples: um jogo onde dirigir o carro, em si, é bastante desagradavel porém todo o resto é excelente!

ESPERA, COMO ASSIM "TODO O RESTO" EM UM JOGO DE CORRIDA?

Bem, é aqui que Stunts começa a ficar interessante...

domingo, 23 de junho de 2019

[AÇÃO GAMES 016] PARLOUR GAMES (Master System, 1987) [#238]



Videogames são capazes de nos permitir fazer coisas extraordinárias e fantásticas que jamais conseguiríamos fazer de outra forma. Como escalar e matar um kaiju de pedra de 60 metros de altura...


... socar a fuça de demônios em Marte...


... ou ser um super-herói que é capaz de trazer justiça para aqueles que, de outra forma, escapariam completamente impunes de seus atos horríveis.


Ou, para esse propósito de coisas impossíveis que você só vive através dos videogames, ter uma garota gentil, linda e inteligente que realmente gosta e se importa com você durante a sua adolescencia.


Eu... eu não estou chorando, você é que está! Mas bem, eu dizia que videogames são realmente capazes de nos proporcionar experiencias que jamais poderemos viver de outra forma. Ou, você sabe, a outra opção é reproduzir experiencias que você facilmente teria fora dos videogames e que na vida real é bem melhor do que usando um controle.

Foi isso que a Sega pensou quando encomendou a Compile (cuja sucessora hoje é responsável pelos jogos da série Hyperdimension Neptunia) esse jogo em 1987.

Então, o que é Parlour Games? Uma coletanea de três "jogos de salão" para você se deleitar com toda família no Master System: sinuca, dardos e bingo. Sim, você leu certo, motherfuking BINGO. Mas vamos por partes.

sexta-feira, 21 de junho de 2019

[AÇÃO GAMES 023] AQUATIC GAMES (Mega Drive) ou SUPER AQUATIC GAMES (SNES) [#237]



Estamos nos anos 90 e Mario e Sonic são a coisa mais quente da prateleira de coisas quentes fumegantes. Que lição as outras produtoras de jogos de jogos tiram disso? Que o segredo do sucesso é um gameplay polido a exaustão, gráficos topo de linha para o sistema e trilha sonora inesquecivel?

Nah, a lição que realmente fica é que o segredo é ter um mascote fofinho e torcer para emplacar. Tipo um encanador italiano de meia idade, super cute. E é ai que entra James Pond da Vectordean (o fato de você não fazer a mais remota ideia hoje de quem são eles já dá spoiler de como isso termina), o agente com licença para nadar. Embora a ideia seja legal, fazer paródias de filmes, a execução é apenas desastrosa.

Dois jogos com os quais ninguém se importa depois, a Vectordean não parecia disposta a larga o osso e no grande hype das olimpiadas de Barcelona em 1992 (os primeiros jogos olimpicos com a industria de games firmemente estabelecida) decide fazer o seu próprio jogo de esportes. Você sabe, aqueles joguinhos que são uma coleção de minigames sobre esmagar os botões do controle e torcer pelo melhor.

Pois é.

quarta-feira, 19 de junho de 2019

[AÇÃO GAMES 016] MAGICAL TALULUTO-KUN (Mega Drive, 1992) [#236]



Nossa história de hoje começa no Japão, o que significa que a viagem será doida. Entre 1988 e 1992, Tatsuya Egawa publicou um manga na Shonen Jump chamado "Magical Taluluto-kun". Se o nome não é familiar a você, Egawa é o autor que criou Golden Boy. Ou seja, isso:


ESPERA, ELE DESENHOU UM PENES NA MÃO DO CARA APENAS PARA...

Sim. Esse é Tatsuya Egawa.

OH GOD...

Então, Magical Taluluto-kun é sobre um loser que um dia acaba encontrando um pequeno  mago dentro de um livro que seu pai ilustrava (esse sendo o mágico Taluluto-kun) e esse mago agora concede desejos a ele. É praticamente a versão japonesa de Padrinhos Mágicos japonesa, se a Wanda e o Cosmo tivessem 3 anos de idade e o Timmy Turner fosse um baita pervertido. Prepare-se para altas confusões e putarias maiores ainda!

OH GOD²...


Sendo uma criança, Taluluto sente muita falta da sua mãe então todo peito que dá mole ele aproveita para matar a saudade dando uma mamadinha. Essa cena é da abertura do anime, alias.

OH GOD³!!!

É. Taluluto-kun foi um grande sucesso na época, além de ser publicado por quatro anos na Shonen Jump teve um anime com 87 episódios e três longa metragens, além de 5 jogos de videogame.

OH GOD eu não sei mais como fazer numerozinhos pequenos


Aqui tem algumas cenas de Magical Taluluto-kun. Não tema, você não precisa entender japones para apreciar a genialidade da obra.

OH GOD MAXIMUM INFINITE POWER

Entretanto, nenhum desse material jamais veio para o ocidente. Nem oficialmente, nem através de fansubs, nem scans do manga, nem nada. Não existe nada sobre Magical Taluluto-kun na internet, exceto posts (sem resposta) de gente perguntando onde encontrar algo traduzido desse anime.


Eu sei, voz imaginária que só existe na minha cabeça e eu gosto de chamar de Jorge, eu sei. Bem, enquanto não há nada que se possa fazer a respeito da falta de informações a respeito do anime, vamos então falar sobre o jogo de Mega Drive, lançado em 1992 e produzido pela Game Freak.

Sim, aqueeeeeela Game Freak, mais conhecida por um jogo de Game Boy completamente obscuro e que provavelmente você nunca ouviu falar nada a respeito...


Magical Taluluto-kun foi o terceiro jogo criado pela Game Freak, um dos dois únicos lançados no Mega Drive e não só o jogo é dirigido por Ken Sugimori (que é o character designer de Pokemon), como em vários momentos do jogo você ouve músicas que seriam reaproveitadas na série de monstrinhos de bolso alguns anos depois. A música da batalha contra o chefe final, por exemplo, é a famosa música de batalha de Pokémon (o que eu tenho certeza porque esse é o toque do meu celular), mas você ouve a música tema de Pallet ou a música que toca nos Centros Pokémon direto também.

Isso sendo dito, vamos ver mais de perto como são as aventuras deste mago pecorrucho e atrapalhado. Own!