Em meados de 1999, Rugrats ainda era tão popular quanto era... no final de 1998, época que saiu RUGRATS: Search for Reptar. Sem surpresa, nada mudou muito em seis meses — então, para uma explicação mais profunda do que Rugrats (ou Os Anjinhos, como era chamado no Brasil) era e por que era um fenômeno cultural na época, recomendo conferir minha análise de RUGRATS: Search for Reptar.
O que é relevante para esta análise é que a série animada, que acompanhava um grupo de crianças imaginativas em suas aventuras cotidianas, cativou tanto as crianças quanto os pais. Enquanto as crianças gostavam das travessuras malucas dos bebês, os pais encontravam humor nos acenos sutis às dificuldades de criar filhos — dificuldades sobre as quais ninguém fala abertamente. Por causa desse amplo apelo, não foi surpresa que a franquia gerasse todos os tipos de produtos licenciados, incluindo um jogo para PlayStation (RUGRATS: Search for Reptar). E foi ainda menos surpreendente que um jogo inteiramente diferente tenha sido feito para o Nintendo 64 — dadas as diferenças entre cartuchos e CDs, frequentemente era mais fácil para os desenvolvedores criar um novo jogo do zero em vez de lutar para portar um existente.
Então, embora não seja estranho que o jogo Rugrats no N64 seja totalmente diferente do PS1, o que é estranho aqui é a escolha de game design feita: esse não é um jogo de plataforma, um jogo de quebra-cabeça ou mesmo um jogo de festa. Em vez disso, é essencialmente THE GAME OF LIFE, mas com a marca Rugrats e alguns pequenos ajustes de jogabilidade.