DISCLAIMER: Originalmente, essa deveria ser a review de Sakura Wars 3. Mas esse jogo é uma visual novel que nunca foi lançada fora do Japão nem traduzida por fãs, aí não tem como. Por sorte, Sakura Wars 2 acabou de ser traduzida por fãs pela primeira vez agora em maio/2025, então falaremos desse jogo
Todo super-herói tem, essencialmente, dois tipos de supervilões.
O primeiro é o clássico tipo "vilão do mal que odeia o bem" — o vilão que é poderoso o suficiente para manter nosso herói em cheque e quer dominar/destruir o mundo (ou qualquer outro objetivo desses) simplesmente porque pode ou porque é completamente louco. O Homem-Aranha tem o Duende Verde. O Doutor tem Davros. Naruto tem Madara. O Quarteto Fantástico tem Galactus. Grandes heróis precisam de grandes desafios — inimigos tão monstruosos que o confronto em si se torna uma lenda.
Tá, mas tem outro tipo de antagonista que geralmente ressoa mais profundamente com os fãs: o vilão que é um espelho distorcido do herói. Muitas vezes, eles compartilham quase os mesmos poderes ou histórico — o arquétipo "o que o herói poderia ter se tornado se tivesse feito escolhas diferentes". O infame rival "nós não somos tão diferentes, você e eu". O Homem-Aranha tem Venom, despojado da bússola moral de Peter Parker. O Doutor tem o Mestre, um Time Lord tão inteligente quanto mas sem a compaixão e o voto de nunca resolver as coisas pela violência. O Quarteto Fantástico tem o Doutor Destino: outro cientista genial, só que desta vez movido pelo ego e desprovido do suporte de uma família. Naruto tem o Sasuke, o amigo que virou antagonista. Você conhece o tipo.
Mas por que estou dizendo tudo isso? Porque, da forma que eu vejo as coisas, nesse blog eu luto diariamente com inimigos tão perversos, tão singularmente obcecados em destruir minha sanidade e paciência, que não têm nenhuma qualidade redentora. A coexistência está fora de cogitação — são eles ou eu.
Estou falando de coisas como jogos europeus licenciados como THE BLUES BROTHERS ou SUPERMAN: The New Superman Adventures, geralmente cortesia dos horrores indizíveis lançados pela Ocean e pela Titus. Estou falando dos controles de câmera malditos da quinta geração de consoles que, com poucas exceções (obrigado, Nintendo), pareciam existir apenas para espalhar ódio e miséria. Esses são meus Galactus.