segunda-feira, 23 de outubro de 2023

[#1176][Mar/98] BUSHIDO BLADE 2


Quando o Bushido Blade 2 apareceu na lista de jogos, eu fiquei curioso para saber como as crianças da Square tratariam uma sequencia de um jogo que trouxe conceitos tão originais para a mesa quanto o primeiro BUSHIDO BLADE

Rápido recap aqui, Bushido Blade colocou seu nome na história dos jogos de luta ao criar um jogo sem barras de energia que refletia toda a letalidade de levar uma espadada no peito. Deixando algumas coisas que poderiam ter sido melhor executadas de lado, o original realmente teve ideias legais e fez coisas que nenhum jogo de luta havia feito antes dele (ou majoritariamente depois). Então quando chegou a hora de fazer a sequencia, a Square apenas faria apenas um patch de update (atualizando levemente a jogabilidade, cenários ou personagens) ou chutaria a mesa ou tentaria consertar o que não estava realmente quebrado em primeiro lugar?

Curiosamente, ela meio que fez as duas coisas ao mesmo tempo.

sábado, 21 de outubro de 2023

[#1175][Fev/98] TENCHU: Stealth Assassins

Esse blog não é estranho a contar histórias de tragédias pessoais. Veja, ninguém acorda de manhã e decide "sabe o que mais? Eu vou fazer um jogo ruim, não, melhor ainda, eu vou fazer um jogo ruim pra caceta!", não é assim que funciona. Normalmente quando um jogo é ruim, ou pelo menos não tão bom quanto foi sonhado para ser, é pq várias coisas que podia dar errado de facto deram errado.

Um exemplo bem blatantes do que eu to falando que me veem a mente de imediato são a desgraça que é SPAWN: The Eternal, e outro que não é exatamente um jogo catastrófico mas também não é nem 10% do que deveria ter sido é AZEL: PANZER DRAGOON RPG.

Isso sendo dito, hoje nessa sexta-feira nublada e fria em que as pessoas fazem planos divertidos de ter amigos e aprontar todas enquanto eu contemplo minhas escolhas entre o vazio da solidão e um estado de embriagues, eu quero fazer o exato o disso. Hoje, eu vou contar uma história de sucesso em que sonhos se realizam e tudo que podia acontecer aconteceu da melhor forma possível. Essa é a história de Tenchu: Assassinos Furtivos.

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

[#1174][Out/97] RIVEN: The Sequel to Myst

Eu levo uma vida bastante simples, sabe? Eu acordo de manhã, coloco as coisas do trabalho em dia, passeio com os cachorros e então uso o resto da manhã para ver que surpresas o joguim de hoje me reserva. Essa é minha vida, é uma vida tranquila e não é ruim.

Mas então, de tempos em tempos, eu paro e me pego pensando que "espera, está tranquilo demais, uma coisa terrível está prestes a acontecer, né?". Definitivamente essa semana eu senti que algo horrível estava prestes a acontecer - fui olhar e tava lá, o último jogo the worst of que eu joguei nesse blog foi no começo de setembro. Hmm, quase dois meses de paz, é óbvio que isso não ia durar.

O marketing dos anos 90 é um mistério que as civilizações futuras jamais decifrarão

E com efeito não durou, o próximo jogo das revistas sequer tentou esconder isso. Quer dizer o nome do jogo é LITERALMENTE "A sequencia para MYST". Pelo amor de todos os deuses pagãos de chumbalaia, o que eu fiz pra ser punido dessa forma?

Eu entendo que as leis do universo não permitem que a minha vida bucólica e pacifica permaneça assim por muito tempo, mas precisava o jogo se chamar "A Sequencia de MYST"? Não podia ao menos me dar esperança que o jogo de hoje será qualquer coisa que não miséria e desgraça?

É, suponho que não...

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

[#1173][Jan/98] NOON: New Type Action Game


Okay, pra começar eu tenho que falar do aspecto mais blatantemente errado desse jogo: seu título. Pra começar, Noon não é um jogo de ação - ao contrário do que o título diz - e sim um puzzle. Qual era exatamente o plano aqui, empurrar o jogo com um título falso para os jogadores e quando chegasse em casa o jogador perceberia que foi tapeado?

- Espera, isso é um puzzle, não é um jogo de ação!
- Lerolero, já tomei o teu dinheiro, te fode aí nerdão!

Real classy, guys. REAL classy.

Em segundo lugar, me incomoda levemente que o título não seja um acronimo. Quer dizer, o título tem 4 letras e o subtitulo 4 palavras, custava fazer uma coisa combinadinha? Tá, suponho que o jogo se chamar "NTAG: New Type Action Game" não soaria tão bem, e menos ainda "NOON: New... organic... online... game"?. Tá, entendi pq eles não fizeram isso.

Seja como for, questões do nome a parte eu tenho que dizer que Noon é provavelmente o jogo mais obscuro que já tivemos nesse blog em 1172 jogos até então.

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

[#1172][Dez/97] FLYING DRAGON (ou "Hiryu no Ken Twin" no Japão)


Dentre as várias coisas que eu aprendi com esse blog das quais eu não fazia a mais remota ideia antes de começar o projeto, uma das mais terríveis é que a cada geração de videogames eu sou assolado por uma praga terrível devoradora de almas. Na era dos 8 bits, tinhamos as tenebríveis e horrendas adaptações da LJN (como por exemplo ... ai G-ZuZ... BACK TO THE FUTURE II & III). Na era dos 16 bits, chegou a vez eu conhecer o horror através dos ports de Amiga e jogos europeus em geral para o Mega Drive (como SHADOW OF THE BEAST, que assombra meus pesadelos até os dias de hoje).

E na quinta geração de consoles? Bem, na era do Nintendo 64 eu vim a conhecer um pavoroso horror que destruiria homens menores, um horror que atende pelo nome de... dá até medo de pensar... jogos de luta do Nintendo 64. Sério, os caras não param! 

terça-feira, 17 de outubro de 2023

[#1171][Dez/97] CHAMELEON TWIST

Em 1985, quando o homem, o mito, a lenda, Shigeru Miyamoto simplesmente fez ressuscitar a morimbunda indústria de videojogos com seu SUPER MARIO BROS, ele fez mais do que garantir que os jogos eletronicos fossem mais do que apenas uma modinha de época que passou (ao lado da Macarena e dos Tamagotchis), ele criou um manual que desenvolvedores menos talentosos que ele seguiriam por anos a fio a seguir. Ou seja, ele mostrou como se faz um jogo de plataforma, e todo mundo e a mãe de todo mundo fez isso (em alguma variação disso, pelo menos) pelos próximos 10 anos.

Por isso mesmo, dez anos depois em 1995 quando o homem sentou e disse "ó, prestenção no pai que o pai vai ensinar agora como se faz um jogo 3D", todo mundo sentou e prestou atenção, porque o Miyamoto fala se escreve. Com seu SUPER MARIO 64, Miyamoto definiu o padrão ouro do que se deveria esperar de um jogo em três dimensões. E mais uma vez, isso se tornou um tutorial do que fazer, do que esperar de um jogo - só que agora em 3D.

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

[#1170][Fev/98] ULTRAMAN FIGHTING EVOLUTION


Ultrahomem: Evolução Lutadeira é o MOBILE SUIT GUNDAM (a versão do Saturn, nesse caso) do Ultraman. Okay, meu trabalho aqui está feito, essa foi a review de hoje gente boa!


... oh, vocês ainda estão aí? Okay, suponho que eu precise desenvolver mais a ideia então...

domingo, 15 de outubro de 2023

[#1169][Fev/98] GEX: Enter the Gecko


Gex é uma daquelas franquias que eu sempre soube que existia, mas nunca realmente dei muito pensamento a respeito. Quer dizer, o primeiro jogo da série - GEX - nasceu como o mais perto que o 3DO já chegou ter um jogo exclusivo bom... e foi quase bom. Mas então, vocês vão me desculpar mas "quase bom para o 3DO" não é algo que realmente marca muitas vidas, né?

De alguma forma, entretanto, Gex conseguiu continuar ganhando jogos após o passamento do fracassado console da Eletronic Arts e eu diria que até mesmo um dos personagens de videogame mais reconhecidos da década de 1990 - talvez nem todo mundo jogou os seus jogos, mas definitivamente todo mundo sabia que essa coisa existia.

Vc pode ser cool, mas nunca será tão cool quanto nosso geckoboy na capa japonesa desse jogo

Isso sendo dito, é hora de ver a segunda entrada do jogo na série e já começamos com nosso falastrão calango fazendo a transição para o 3D, então o quão bem podemos dizer que ele se saiu? Bem, vou resumir da seguinte maneira: "Gex: Entra o Lagartixo" é essencialmente o SUPER MARIO 64 do PS1.

NÃO É UMA METAFORA MEIO PREGUIÇOSA CHAMAR QUALQUER JOGO DE PLATAFORMA 3D DE CLONE DE "SUPER MARIO 64"?

Sim, é. Bastante. Entretanto, Jorge, acho que vc não entendeu: ele é literalmente o SUPER MARIO 64 do PS1, ele copia a mesma formula de fazer das fases sandboxes onde vc tem que cumprir objetivos diferentes dentro dela e até mesmo rejoga-la várias vezes para conseguir todas estrelas controles remotos. E você precisa de um número minimo de estrelas controles remotos para abrir novas fases no hub central do jogo, saiba você. É literalmente a mecanica de SUPER MARIO 64, só que não feita pelo mestre, pelo homem, pela lenda, pelo mito. Então a pergunta que realmente importa aqui é... o quão bem isso funciona realmente?

Para responder a isso, bem, vamos começar do começo...

sexta-feira, 13 de outubro de 2023

[#1168][Nov/97] NETSTORM: Islands at War

Ontem mesmo eu disse que quando um genero está começando, todas as convenções e variações que vc pode pensar em fazer com ele ainda não foram exploradas a exaustão e por isso mesmo é relativamente simples (e portanto atraente) aos desenvolvedores fazerem jogos para esse genero. 

Netstorm é um bom exemplo do que eu quero dizer: enquanto os RTS não são o mais antigo e nem o mais explorado dos generos de videojogos, por volta de 1997 o genero já havia coberto satisfatóriamente bem as suas bases com jogos como WARCRAFT 2: THE DARK SAGA ou COMMAND AND CONQUER: Red Alert. Se você fosse fazer alguma coisa com a esperança de apenas não ser eclipsado por esses dois, era melhor começar a pensar fora da caixa, ter ideias bem fora da curva.

E, nesse prisma, poucos jogos realmente tentaram mais coisas fora da curva do que Redetempestade.

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

[#1167][Jan/98] BUST A GROOVE (ou "Bust a Move: Dance & Rhythm Action" no Japão)


PARAPPA THE RAPPER não foi algo que se diga algo assim "MINHA NOSSA ESSE JOGO QUEBROU TODOS OS RECORDES DA INDUSTRIA DE RECORDES", mas ainda sim foi algo que as produtoras viram com enormes bons olhos. Pq? Bem simples, na real: jogos de ritmo musical são relativamente simples de fazer (sério, apenas aperte um único botão no timming certo, esse é todo o jogo) e, quase tão importante quanto, eram uma coisa relativamente nova no mundo dos videogames.

O que significava que vc não precisava queimar a mufa reinventando a roda, qualquer coisa que vc pensar provavelmente ninguém nunca fez antes - eis a magia de um novo genero. Sério, se você for tentar fazer um jogo de, digamos, plataforma em 1997, grandes são as chances que isso já foi feito a exaustão pelo menos um bilhão de vezes antes e mais grandes ainda são as chances que já foi feito melhor do que você é capaz de fazer.


Jogos de ritmo musical, então, eram uma coisa bastante nova e portanto era só atirar na parede que colava. Quer um exemplo? Bust A Groove pegou um jogo de ritmo musical e apenas elementos já bem estabelecidos nos jogos de luta, com pitadas dos modos competitivos dos puzzles. Super simples.

ISSO NÃO SOA NADA SIMPLES!

Tá, talvez esse jogo careça de algumas explicações, afinal...

Em uma virada completamente inesperada de eventos, a capa mais maneira desse jogo é justamente a europeia. Because boogie-woogie, baby, boogie-woogie!


terça-feira, 10 de outubro de 2023

[#1166][Dez/97] TOMBA!


Quando falamos de videogames no começo dos anos 90 - e em especial de videogames BONS - estamos pensando basicamente em empresas japonesas, as desenvolvedoras ocidentais eram como o Naruto, um pouco duras as vezes. E por produtoras japonesas, estamos especificamente falando de Nintendo, Konami e Capcom.

Quer um jogo de grande orçamento que vc pode colocar no seu console e jogar sem medo, vc quer um jogo de uma dessas três. Mais pra frente, a Squaresoft se juntou a esse padrão ouro, mas vamos nos focar no começo da decada, sim? E se vamos falar do altissimo padrão Capcom de qualidade (é realmente estranho pensar que a Konami que conhecemos hoje já foi desse nível, hã?), estamos mais especificamente ainda falando de um homem, de um mito, de uma lenda: Tokuro Fujiwara.


Com efeito, eu diria que Fujiwara é o nome mais importante dos videogames japoneses dessa época logo depois do mestre Miyamoto!

AGORA VOCÊ ESTÁ EXAGERANDO, EU NUNCA OUVI FALAR DESSE CARA!

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

[#1165][Jan/98] PANZER DRAGOON SAGA (ou "Azel: Panzer Dragoon RPG" no Japão)

Essa é a review número 1165 desse blog. Isso quer dizer, obviamente, que eu já falei sobre mil cento e sessenta e quatro jogos antes dele. Desses, muitos, muitos e realmente muitos mesmos foram zoando a Sega pq... cara, a Sega não se ajuda, né irmão? Serião, a esse ponto do blog já estamos  deixando para trás o Saturn e passamos por todas as patetices da Sega do terrível chip de som do Mega Drive ao desastre do lançamento do Saturn, então, é, a Sega frequentemente me dá material para muita zoeira.

Porém de todas as vezes que eu zoei a Sega nesse blog, as muitas massivas inúmeras vezes, eu realmente não lembro de uma história como a de hoje. A tragédia do jogo de hoje não aconteceu por que a empresa decidiu mudar a engine do jogo na última hora, nem foi pq alguma publisher gananciosa se meteu na produção do jogo ou pq algum executivo estava executivando com a cabeça enfiada na bunda. Não, o que deu errado no jogo de hoje foi uma sequencia de circunstancias bastante... únicas.


Mas para realmente entender todo o escopo da situação, é preciso primeiro que vc entenda que estamos falando sobre um dos RPGs mais RPGs inovadores e mais ambiciosos de todos os tempos - um RPG teoricamente maravilhoso que simplesmente falhou pq foi feito na hora errada e para o console errado.

Essa, é a história de Panzer Dragoon Saga.

quinta-feira, 5 de outubro de 2023

[#1164][Jan/98] BOMBERMAN WORLD


Quando eu joguei BOMBERMAN 64, eu tenho que dizer que minhas expectativas para o jogo eram as menores possíveis. Resumidamente, o que eu esperava a tal adaptação da franquia para a era 3D seria eles pegarem o bom e velho BOMBERMAN do Nintendinho, colocar o mesmo gameplay só que em bonecos 3D. Sem tirar nem por, apenas o mesmo jogo só que com gráficos 3D.

Para minha grande surpresa, entretanto, BOMBERMAN 64 não é isso. O jogo é bem mais uma tentativa de fazer um jogo de plataforma 3D aos moldes de SUPER MARIO 64 só que com os elementos Bomberman - o que funcionou em algumas coisas e não em outras, como eu analisei naquele review. O meu ponto aqui é, o que importa realmente é que BOMBERMAN 64 não é nada como apenas copiar o jogo de Nintendinho e colar com gráficos 3D.

Esse jogo seria Bomberman World.