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sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

[#1384][Dez/1999] KOUDELKA


Em 2002, o redator da prestigiada revista Famitsu, Jun Miura, estava fez uma matéria sobre um retro-jogo de 1985 chamado "Ikki" (não muito diferente do "Tunel do Tempo" que a Ação Games ou a SGP faziam). O que é relevante para nossa história, entretanto, é que Miura usou um termo "kusoge" para descreve-lo - que literalmente significa "jogo merda" (kuso = merda, Ge = gemu, a ingrishificação de "game").

Só que ele não se referia a qualquer jogo merda, oh não, e sim especificamente jogos tão ruins que chegam a ser fascinantes em toda sua medíocridade. É como assistir um acidente de carro, é uma coisa horrível, mas você não consegue tirar os olhos daquela catastrofe. É como assistir de The Room, é tão ruim, mas tão ruim, mas TÃO ruim que dá a volta completa e flerta com a genialidade.


Miura não inventou o termo, ele já rolava nas revistas japonesas a algum tempo (especialmente na Famitsu, que é extremamente exigente e crítica), mas é atribuído ao texto dele essa interpretação atual que a internet tem do termo. Seja qual for a origem, o fato que importa aqui é que hoje temos um kusoge tão kusogesco que você não tem como não esfregar as mãos de antecipação pq em toda catastrofe que vem pela frente, não tem como não pensar "ai papai, hoje tem!"

Então, sem mais delongas, vos apresento o estimado Kusoge do dia, Koudelkinha da Massa!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

[#1361][Nov/1999] RESIDENT EVIL 2

Usualmente, de acordo com as regras criadas pelo instituto "vozes da minha cabeça", eu não faço reviews de ports porque as mudanças - quando existem - não são interessantes o suficiente para justificar um texto inteiramente novo sobre o mesmo hoje. O caso de hoje é bastante especial, entretanto, porque taí um jogo que eu sempre tive muita curiosidade de conferir por questões tecnicas.

Mas vamos começar do começo, quando eu soube que existia uma versão de RESIDENT EVIL 2 para Nintendo 64, eu fiquei muito curioso em ver com isso funcionária exatamente por um motivo bem simples: 


Como, em que caralhas de mundo, vc adapta um jogo de dois CDs que totalizam por volta de 1,5gb de tamanho em um cartucho de Nintendo 64 que tinha por média 25mb de tamanho? Que tipo de concessões você tem que fazer, exatamente?

sábado, 30 de novembro de 2024

[#1359][Fev/2000] RESIDENT EVIL - CODE: Veronica (e seu update "Resident Evil - Code: Veronica X")

Mal faz uma semana que eu estava comentando nesse blog como Resident Evil é uma franquia esquista: é o carro chefe de um dos generos mais populares da sua era no PS1 de uma das maiores empresas do mundo dos games... e ainda sim as continuações do clássico RESIDENT EVIL tem histórias de produção problemáticas, com jogos refeitos em cima do prazo, ideias rushadas, o tipo de coisa que você vê essas histórias e não diz que essas são superproduções milionárias e ultra aguardadas de uma das franquias mais populares do planeta!

Ainda sim, RESIDENT EVIL 2 teve um desenvolvimento problemático para dizer o mínimo (conforme eu contei naquele texto), e RESIDENT EVIL 3: Nemesis... meu deus... por onde eu começo? Quer dizer, essa coisa nem era pra ter sido RE3, era pra ter sido um spin off de ação (a história toda eu contei na review desse jogo também). Enfim, o primeiro RESIDENT EVIL foi um dos jogos que marcou sua geração (gerando dinheiro infinito para a Capcom no processo, claro) e vc realmente não esperaria que as continuações fossem a bagunça que foram. Só que foram.

Minimalismo é uma coisa, mas essa capa japonesa, depois não sabe pq ninguem lembra desse jogo, né Capcom?

Mas E SE... veja bem, E SE houvesse de fato uma Resident Evil feita com o orçamento, tempo e carinho que um dos maiores títulos da decada merece? E SE realmente Shinji Mikami tivesse se trancado no banheiro com revistas da Yua Mikami e anunciando que apenas escreveria esse jogo com o pipi duro? E SE RESIDENT EVIL tivesse tido a continuação feita com a calma e carinho que merece?

Bem... ao invés de dizer que tal jogo existiu, eu vou fazer melhor isso, vou deixar o criador de Resident Evil, o homem, o mito, a lenda, Shinji Mikami dizer o que ele sente a respeito:

"A empresa nos pediu para torná-lo [RESIDENT EVIL 3: Nemesis] um título numerado. Então tivemos que alterá-lo para que pudesse satisfazer mais jogadores, isso foi difícil. No final das contas, é um título numerado da série Resident Evil, mas a qualidade é um pouco na extremidade inferior.

Por outro lado, Resident Evil - Code: Veronica, que não é um título numerado, esse jogo é um título que merecia mais ser numerado. Não acabou se tornando um devido a problema político entre a Capcom e a empresa fabricante de consoles."

Não é muito claro de qual "empresa fabricante de consoles" ele está falando pq eu já ouvi várias versões de pq Code Veronica não foi Resident Evil 3 - algumas dizem que é decisão da Capcom, outras que a Sony comprou a exclusividade da "série principal", e até mesmo tem versões que foi decisão da Sega para atrair jogadores que não estavam no Playstation e portanto se sentiriam deslocados começando uma franquia do terceiro jogo. 

Seja como for, o ponto é que RE:CV pode não ser Resident Evil 3 de papel passado no cartório, mas em valores da produção, ambição, esforço dos desenvolvedores, orçamento e relevancia pra história narrativa da franquia. Diabos, eu diria até que Codigo Veronica Decide Morrer em alguns aspectos mais Resident Evil 2 que o próprio RESIDENT EVIL 2!

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

[#1352][Jul/1999] DINO CRISIS


 Jorge, estamos vivendo uma crise! Com efeito, é a maior crise da história desse blog!

... AH NÃO, TU NÃO VAI FAZER ESSA PIADA, NÃO...

Que crise, você pergunta? Ora, estamos vivendo uma... CRISE DE DINOSSAUROS!

ELE FEZ. EU NÃO SEI COMO EU ME SURPREENDO AINDA...

terça-feira, 19 de novembro de 2024

[#1351][Set/1999] RESIDENT EVIL 3: Nemesis (ou "Bio Hazard 3: Last Escape" no Japão)

Gosto de como apenas "alguns dias" se passaram desde que Jill Valentine voltou dos traumáticos eventos do primeiro jogo para Raccoon City, o apocalipse tá pegando e tem zumbi pra todo lado... mas ela arrumou um tempo pra cortar o cabelo, pq prioridades, né miga?

No final dos anos 90, quase começo do século 21, a Capcom era uma das grandes produtoras de jogos do mundo inteiro - embora não exista uma métrica para medir isso, não seria exagero se vc quisesse considera-la a maior. 

E uma grande produtora de jogos (ou a maior, se vc quiser considerar assim) tem algumas franquias dos quais as pessoas esperam grandes coisas. Estou falando nomes de peso no mundo dos videojogos, como os jogos de luta da série MARVEL VS CAPCOM, ou as efusiantes aventuras do nosso bombardeiro azul favorito, nosso querido MEGA MAN X.

Porém de todas as franquias com inúmeros fãs que a Capcom tinha, nenhuma nessa época era tão quente quanto os jogos de RESIDENT EVIL. E é só ver pelas matérias das revistas na época, qualquer survival horror era automaticamente chamado de "um tipo de RESIDENT EVIL", mesmo que não pudesse ser mais diferente conceitualmente, como é o caso de SILENT HILL - que a Gamers usou como título da matéria "Resident Evil 3?"


Isso é o quão grande RESIDENT EVIL era então. Tá, mas porque eu estou falando isso? Ora, pense comigo: essa é uma das PRINCIPAIS franquias do maior estúdio de games do mundo. É apenas esperado que cada título da série - especialmente um título numerado, não um spin-off, seja feito com um cuidado absolutamente profissional, com um zelo de quem sabe está mexendo com a galinha dos ovos de ouro de uma das maiores agentes da maior indústria do entretenimento, certo?

... certo?


Então... vamos lá...

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

[#1318][Mar/1999] BLUE STINGER


Existe um certo charme único, um je ne sais quoi nos filmes ruins que me fascinam e entretem imensamente. Só que, claro, não é qualquer filme ruim que serve para essa conta. É necessário, em primeiro lugar que um filme seja divertido ao ser ruim. Por exemplo, Batman V Superman (2016) é um calvário de quase três horas, enquanto BATMAN AND ROBIN (1997) é hilário por todos os motivos errados. Eu posso apreciar o George Clooney sacando um batcard dos seus batmamilos muito mais do que aguentar o Zack Snyder tentando retratar o Superman como Jesus em camera lenta por três horas. 

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

[#1291][Fev/1999] SILENT HILL

Quando você pensa em gigacorporações controladas por executivos que tomam decisões baseados em planilhas sem nem ao menos saber o que exatamente é o produto final deles, alguns nomes te vem a mente imediatamente como a Eletronic Arts (que foi eleita pelo público mais de uma vez a pior empresa dos US and A) ou a Ubisoft que se pudesse lançaria suas franquias em frequencia semestral, com jogos escritos por um gerador de lero-lero e a programação feita em java pelo chatGPT.

Ou seja, quando vc pensa naquele executivão manezão nível Psicopata Americano, usualmente está pensando em uma imagem tipicamente ocidental. É  claro que no Japão isso acontece também - e na verdade acontece muito pior já que a cultura de trabalho lá funde a vida pessoal com a profissional muito mais. Isso sendo dito, se vamos então falar de uma empresa japonesa tóxica comandada por executivos que sequer sabem quantos bits tem um videogame, não tem muito como fugir de falar da Konami - pense numa empresa de vilão da Sessão da Tarde, esse é o executivo médio da Big K.


Só que numa dessas coisas da vida (e como a vida tem coisas) calha justamente de isso acabar gerando algo extremamente positivo. Diz-se que artistas florescem da adversidade, e poucas coisas são ais adversas no Japão que trabalhar na Konami. O jogo de hoje é a maior prova disso da história dos videogames.

domingo, 18 de agosto de 2024

[#1283][Dez/98] T.R.A.G.: Tactical Rescue Assault Group - Mission of Mercy (ou "Hard Edge" no Japão)

Dos 1282 jogos resenhados nesse blog até então, eu realmente não acho que seja fisicamente possível que um jogo venha a ter um nome pior do que HEY PUNK! ARE YOU TUFF E NUFF? MASTER THE MOVES TO MASTER ME! pq né? Puta que me pareyo. Mas muito que bem, isso sendo dito, se teve um jogo que brilhantemente lutou pelo segundo lugar dessa questionável glória com certeza foi esse aqui - pq meu senhor no samba ululante, T.R.A.G: Tactical Rescue Assault Group - Mission of Mercy é de derrubar os butiá do bolso de qualquer cidadão...

Talvez esse nome ocidental seja para compensar pq o nome original do jogo lançado no Japão pela Sunsoft é exatamente o oposto disso: "Hard Edge", que é apenas o nome mais genérico e sem graça que vc poderia pensar para um jogo. Taí um jogo que vai do zero absoluto a temperatura do sol em poucos segundos quando se trata do seu nome, huh? E antes que você pergunte, sim, eu vou abordar a insinuação sugestiva do título japones do jogo se chamar "extremidade dura" neste texto.

EU HONESTAMENTE PREFERIA QUE NÃO, SABE...

Extremidade dura, Jorge, ou T.R.A.G: Tactical Rescue Assault Group - Mission of Mercy. É o que a casa oferece, goste vc ou não. Não que tenha como alguém gostar, mas essa claramente não era uma preocupação da Sunsoft na época, o que sempre é um péssimo sinal antes de começar um jogo...


quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

[#1233][Out/97] DARK EARTH

Até 1997, a Kalisto Enterteinment não era sequer uma nota de rodapé na história dos videogames pq eles tinham que fazer muito para chegar a ser apenas isso. Quer dizer, os caras puniram o mundo com PAC IN TIME, o esquecimento é uma punição pouca.

Porém então em 1997 eles se redimiram perante a raça humana com a invenção de NIGHTMARE CREATURES. Não que NIGHTMARE CREATURES seja lá um baaaaaaita jogo, mas a parte importante é que acertaram em cheio ao criar o genero hack'n slash como eu expliquei naquele texto. O resultado disso é que com mais de um milhão e meio de jogos vendidos havia um enorme mercado potencial sedento por jogos desse tipo - ao que ultimamente nos levou a perolas como Nier: Automata e Metal Gear Rising, então obrigado Kalisto!

Bom, o jogo realmente não perde tempo em começar, assim como nosso herói que não perde tempo que já começa o jogo amassando a passoquinha

Mas então, depois de arrebentar a boca do balão achando um filão a ser explorado com esse novo genero, é óbvio que o próximo jogo da Kalisto foi... uma mistura de survival horror com beat'm up? Hã, seria mais seguro apenas investir no que tava dando certo, mas eles tavam se sentindo quente na maionese, eu acho?

Enfim, seja como for é que a Kalisto decidiu arriscar e é assim que adentraremos Terra Preta.

sábado, 27 de janeiro de 2024

[#1225][Jul/98] DEEP FEAR


Embora seja meu dever nesse blog criticar constantemente a Sega...

VOCÊ SABE QUE ESSA NÃO É SUA OBRIGAÇÃO E QUE VOCÊ SÓ FAZ ISSO PQ GOSTA, NÉ?

... caham, dizia que eu tenho que reconhecer a maior qualidade da Sega presente desde os tempos que o Master System apanhava pro Nintendinho até embaixo da lingua: se eles não podem dar o melhor jogo possível para suas vitimas seus jogadores, eles iam lá e faziam o melhor genérico possível para tentar compensar.

Como o jogo só foi lançado no Japão e na Europa (que usa a mesma capa), então como capa alternativa postaremos hoje a do CD com a trilha sonora do jogo e em toda gloriosa poluição visual do qual o marketing japonês tanto se orgulha

Com isso eu quero dizer que se a Sega não tinha a licença para fazer um jogo do ROBOCOP, eles iam e inventavam o similar genérico E-SWAT: CITY UNDER SIEGE. Não tem FINAL FANTASY? Mete PHANTASY STARFINAL FIGHT  teve port só para Super Nintendo? A Sega fazia o seu próprio, vulgo STREETS OF RAGE. E assim por diante.

As vezes essas versões ficavam melhores que o produto original (quero dizer, E-SWAT: CITY UNDER SIEGE é muito melhor que qualquer jogo do ROBOCOP... não que precisasse de muito para isso), as vezes não, mas o ponto é que a Sega tentava dar ao seu jogador aquilo que ele via na concorrencia e ficava babando.

Verdade que isso era muito mais comum na época do Master System e no começo da vida do Mega Drive (em algum ponto eles passaram a tentar competir fazendo ports dos arcades sem entender que, apesar de terem qualidade, não são suficiente para manter um consoles doméstico), mas então é dramaticamente apropriado que o ultimo jogo produzido pela Sega para o fracasso que atende pelo nome de Sega Saturn seja justamente um jogo que remete as suas raízes.

sábado, 18 de novembro de 2023

[#1184][Mar/98] PARASITE EVE


Quando eu falei de XENOGEARS, eu comentei que aquele projeto nasceu de quando a Squaresoft estava reunindo mundos e fundos para o seu grande jogo que tomaria o mundo de assalto. Então todo mundo que tinha uma ideia OZADA podia tentar a sua sorte.

XENOGEARS foi um desses projetos que acabou não sendo aprovado para ser o big gigantesco jogo de orçamento infinito - que, suponho que todo mundo saiba a essa altura, acabou sendo FINAL FANTASY 7. Porém a ideia de XENOGEARS era tão promissora, tão chocolatante que a Square decidiu tentar levar adiante esse projeto. Mas bem, isso foi a história que eu contei aquele dia, hoje eu quero falar de outro jogo nascido desse mesmo modo: Parasite Eve foi cogitado ser o FINAL FANTASY 7, acabou não sendo porém a Squaresoft gostou da ideia que decidiu tornar esse projeto um jogo independente.

A capa japonesa do jogo é bem mais... cinematica? ... eu suponho?

E que ideia era essa? Bem, era uma das ideias favoritas de Hironobu Sakuchi (o grande produtor da série): fazer uma continuação do livro de horror japonês "Parasite Eve". Considerando o quanto RESIDENT EVIL... bem, foi RESIDENT EVIL e fez o sucesso planetógico de RESIDENT EVIL, a Square estava muito inclinada a tentar fazer o seu survival horror.

ESPERA, SURVIVAL HORROR? O QUE CARALHAS A SQUARESOFT ENTENDIA DE SURVIVAL HORROR?

Nada. Absolutamente nada. E é por isso que eles fariam um survival horror na forma de um jRPG.

QUE?!

Parece interessante, huh? É o que veremos hoje!

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

[#1153][Nov/97] MIB: MEN IN BLACK - The Game


Uma das coisas que os seres otomanos mais gostam de fazer é reclamar como as coisas são hoje, que no "tempo deles" (aparentemente essas pessoas postam isso direto de sua camara criogenica e não fazem parte do tempo atual) as coisas eram diferentes e blablabla. Nesse campo, um exemplo muito bom é com a coisa dos filmes baseados em quadrinhos que as pessoas reclamam que Hollywood tenta explorar muito isso.

Bem, deixa eu contar uma história pra vocês de como as coisas eram "antigamente nos bons e velhos tempos que não era assim": em 1989 aconteceu um grande fenomeno nos cinemas, algo que mexeu com os corações e mentes de uma geração. E essa coisa, obviamente, foi o longa metragem do cruzado embuçado. BATMAN: THE VIDEO GAME

sexta-feira, 2 de junho de 2023

[#1118][Jan/98] RESIDENT EVIL 2 (ou "Biohazard 2" no Japão)

Pra vc ver como são as coisas da vida, e como a vida tem coisas: meu último texto foi justamente sobre a continuação de um dos jogos que foi um dos pilares fundamentais do sucesso do PS1, TOMB RAIDER 2 Starring Lara CroftE enquanto RESIDENT EVIL é um jogo radicalmente de TOMB RAIDER em todos os espectros possíveis,  seu significado para o Playstation não diferente tanto.

Com efeito, RESIDENT EVIL é um jogo até maior e mais importante para o sucesso do PS1 que o jogo da Laurinha. O que significa, obviamente, que no começo de 1997 o mundo estava salivando pelo tão aguardado Resident Evil 2. Ao que a Capcom estava plenamente ciente, já que ela estava atentando todo mundo com uma versão "Directors Cut" (essencialmente o mesmo jogo mas com armas e roupas extras, além de alguns itens em outros lugares) e o demo da tão aguardada continuação vinha num disco bonus em alguns jogos da Capcom como o próprio RESIDENT EVIL DIRECTOR'S CUT ou Mega Man Legends.

Que merda de capa é essa, Japão?

Mas a questão que realmente importa aqui é: com toda essa expectativa e hype como nunca antes havia acontecido na história dos videogames, teria ele conseguido os mesmos feitos de TOMB RAIDER 2 Starring Lara Croft de dar uma continuação que não parecesse apenas mais fases do mesmo jogo ao mesmo tempo que não perdia sua identidade?

A resposta é sim. E não. Olha, Resident Evil 2 é complicado...

domingo, 8 de janeiro de 2023

[#1029][Dez/96] ENEMY ZERO


Para quem acompanha a história dos VIDJIAGAIMES através desse blog, sabe que a vida do Saturn nunca foi fácil ou, sinceramente, boa. O console praticamente improgramavel que matou a Sega (graças aos esforços da própria nesse sentido) tem algumas histórias interessantes, entretanto e essa é uma delas - temo, contudo, que a história a respeito da criação do jogo é mais interessante do que o jogo em si. 

Mas vamos começar do começo...

sábado, 3 de setembro de 2022

[#965][Ago/96] OVERBLOOD


Em 1996, quando RESIDENT EVIL saiu para o PS1 e se tornou uma dos maiores sucessos pangalacticos globaliticos, tão grande que dura a até os dias de hoje, muitas pessoas perderam a bacurinha. Não apenas os jogadores da época, maravilhados pela experiencia de terror de sobrevivencia com pitadas de ação, puzzle e filme B, mas também os desenvolvedores de jogos que pensaram "hã, essa formula é o segredo do sucesso para fazeres muitos dinheires!".

Então, obviamente, muitas desenvolvedoras começaram uma corrida do ouro para fazer um RESIDENT EVIL para chamar de seu. O problema, no entanto, é que se fosse fácil fazer um RESIDENT EVIL, então qualquer um teria feito um RESIDENT EVIL, dã. O que tivemos no lugar foi uma leva de tentativas de clones de RESIDENT EVIL que são francamente HEDIONDOS. Como por exemplo, eu já falei aqui de FADE TO BLACK, que é uma tentativa de emular RESIDENT EVIL... só que uma tentativa muito, muito, muito ruim. Oh Deus, como é ruim. Na verdade teria que melhorar muito para ser "apenas" ruim... bem, voce pegou a ideia. 

De qualquer forma, entra no jogo de emplacar o seu RE a Riverhill Soft, uma empresa japonesa conhecida por... bem, nada realmente. Fazer ports de jogos para o PC Engine e FM Towns (como o port de PRINCE OF PERSIA ou FACEBALL 2000). Os seus jogos próprios mesmo não eram nada realmente para se escrever para casa a respeito, como HYPER 3D TAISEN: Gebockers. Vish, temos um ambiente propicio a grandes coisas aqui ou o que?

sábado, 11 de junho de 2022

[#906][PS1] RESIDENT EVIL (ou "Biohazard" no Japão) [Março de 1996]

Qualquer gamemaníaco, como diria a Ação Games, pode te dizer que consoles de videogames são mais do que uma peça de mobília em plástico, são parte da nossa história. Por isso adquirir um novo aparelho nunca é algo trivial, até porque videogames não são baratos e mais sim do que não as pessoas te contarão histórias de como eram suas vidas e as condições em que adquiriram os ditos cujos - como quando eu viajei 8 horas de carro até o Paraguai para adquirir um Wii.

Por isso mesmo, justamente por não serem pouca coisa, em troca videogames tem que te oferecer bem mais do que um passatempo barato. Videogames tem, e frequentemente eles fazem, que oferecer experiencias, aventuras. Videogames são, na verdade, sobre te vender sonhos de vidas que você nunca viverá, mas por algumas horas pode tornar sua.

E um novo videogame tem que, acima de tudo, responder a pergunta "tá, mas o que é que essa coisa faz que o anterior já não fazia?"

domingo, 26 de dezembro de 2021

[#797][PS1] SPACE GRIFFON VF-9 [Janeiro de 1995]


Okay, vou ser direto e reto com vocês aqui porque aqui o negócio é fogo no polenguinho: Space Griffon VF-9 não é um bom jogo. Simplesmente não é. O sistema de mira é todo duro e troncho, os dialogos são ridiculamente toscos e eu vou ter muita dificuldade para acreditar que a equipe de dublagem desse jogo não trabalhou com uma arma apontada para suas famílias. Não tem como dizer que isso é bom, desculpe mas não é.

Mas agora, prestem atenção que essa é a parte importante, esse é o tipo BOM de jogo de ruim.

UAU, PASSAR O NATAL SOZINHO BEBENDO NO ESCURO REALMENTE NÃO ESTÁ FAZENDO BEM PARA SUA CAPACIDADE DE ANALISE.

Eu contemplo essa possibilidade por mais tempo do que você pode imaginar, Jorge, mas isso realmente faz sentido na minha cabeça. E para explicar o meu ponto eu preciso começar do começo, como de costume.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

[#790][PC] BIOFORGE [Março de 1995]

A capa com uma mão de warforged radioativa é ultramaneira e chamativa de uma forma positiva, mas colocar na contracapa "o novo FILME INTERATIVO" não evoca bons pressentimentos

Antes de começar essa review, eu creio que seria justo primeiro tirar um momento para referenciar o trabalho dos caras da Origin Systems, já que não é uma empresa muito falada porém de grande, enorme contribuição para os videogames. Isso porque eles trabalhavam sempre com uma meta: "como podemos fazer os jogos irem além?".

Um jogo deles que eu já falei aqui foi ULTIMA IV, o primeiro jogo a não ser apenas um RPG de explorar dungeons e matar coisas, mas tentar ir além e implementar um sistema de moralidade e consequencias para suas ações. Claro que para um jogo de  1985 isso foi feito de forma bastante rudimentar, mas apenas o fato que eles tentaram já diz muito sobre eles.

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

[#930][PC] ALONE IN THE DARK 3 [Março de 1995]

O ano é 2523. Após anos de avanços cientificos, a humanidade finalmente atinge o ápice da evolução possível para a espécie: é reconhecido publicammente que eu sou um gênio. Isso porque eu posso ter muitas limitações na vida, mas uma coisa que eu sei fazer é analisar videogames. Também né, depois de 780 reviews alguma coisa a gente aprende a fazer, né?

Exemplo em caso: eu disse que ALONE IN THE DARK 2 não é apenas um jogo ruim, é uma deformidade no espaço-tempo em que nenhuma realidade possível isso tem como dar certo. Você pega o point'n click 3D troncho que é o primeiro ALONE IN THE DARK e transforma em um jogo de ação, pew pew pew. Não tem como isso dar certo, a física simplesmente não permite.

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

[PC] ECSTATICA (Agosto de 1994) [#770]


Antes de começar os trabalhos, eu queria na verdade abrir te pedindo um favor: olhe essa capa. Eu quero dizer, olhe bem essa capa. Ela não é horrível, realmente. Um cara sem rosto e uma moça magumbífera fogem de uma vila em chamas e monstros. Conceito legal, arte bacana, massa. Sim, claramente é um jogo sombrio sobre uma jornada rumo ao horror final.

Essa é a capa do jogo, já o jogo em si...