quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

[SUPER NINTENDO] EEK! THE CAT (Agosto de 1994)[#601]


E então finalmente aconteceu. Senhoras, senhores, senhorio, felinosnãoreconhecerás, chegou o dia que todos esperamos: 31 de dezembro de 2020, o malfadado ano que tudo que podia dar errado deu. Verdade que não tivemos uma guerra mundial, mas a esse ponto eu tenho medo de falar isso em voz alta porque faltam algumas horas pro ano terminar e eu não duvido de nada desse ano. 

Verdade seja dita, para mim o ano foi no máximo inconveniente e eu estou bastante bem realmente. Mas eu sei que para muita, muita gente foi um ano tenebroso que será lembrado apenas como "podemos não falar mais sobre essa ano? Tipo nunca?". Embora o ano novo seja apenas uma data simbolica, creio que precisamos muito usar um simbolo de positividade e esperança nesse momento - e nenhum simbolo pode trazer mais esperança do que "2020 terminou".

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

[SUPER NINTENDO] SUPER GODZILLA (Julho de 1994)[#600]

 

Como eu disse no texto sobre DUNE: The Battle for Arrakis, a coisa que eu mais aprecio a respeito da ficção é essa habilidade de usar uma situação fantasiosa falar sobre temas complicados da natureza humana através de metaforas ou mesmo diretamente, que de outra forma seriam muito espinhosos para se falar sobre.

Por exemplo, você pode reparar que os japoneses raramente falam sobre a segunda guerra mundial. É muito raro, pra não dizer quase inexistente, você encontrar mangas, animes, filmes ou livros japoneses sobre esse evento na história da humanidade. E suponho que todo mundo consiga imaginar as razões.


terça-feira, 29 de dezembro de 2020

[JAGUAR] KASUMI NINJA (Dezembro de 1994)[#599]



Antes de começar, eu queria apenas apreciar como um jogo que tem como gráficos imagens digitalizadas e que certamente quer usar isso como ponto de venda... tem uma capa desenhada em cartoon. E mal desenhada ainda por cima, gente feia do caralho. Alguém na Atari aí não andou doando the math, heim?

Enfim, o texto de hoje é uma homenagem a uma pessoa muito especial na história dos videogames: Luiz Renato de Curitiba, PR. Quem é Luiz Renato, você pergunta? Ora, é o herói que na edição 64 da Ação Games (de agosto de 1994) mandou essa carta apaixonada defendendo o glorioso Atari Jaguar:


Luiz Renato, esse apaixonado defensor do Atari Jaguar conseguiu ser tão sem noção que levou uma bela e vigorosa jantada da Ação Games. Normalmente eles não fazem esse tipo de resposta nos dedos do leitor, mas foi uma bostejada tão vigorosa que a patada foi bonita:

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

[SEGA CD] POWERMONGER (originalmente lançado no Amiga em 1990)[#598]


 Em 1992 algumas pessoas já haviam visto o potencial dos jogos 3D para os videogames... exceto a Sega, é claro... e tentaram fazer isso acontecer. Claro que o hardware disponível na época não era sequer perto do necessário e tivemos experiencias tenebrosas nível RACE DRIVIN. Uma das pessoas que ficou fascinadas por essa possibilidade foi o megalomaniaco e mitomaniaco dos games, Peter Mollyneux que estava em sua cruzada de fazer o jogo mais realista em níveis de complexidade que ninguém mais pensou.

Peter queria fazer um jogo 3D em 1992, mas meio que não tinha como isso funcionar com o equipamento da época. O mais perto disso que ele pode fazer foi pegar seu jogo pré-existente, o god simulator (em que você literalmente é Deus) POPULOUS e fazer uma versão simplficada dele: uma que o foco fosse apenas o combate. E como você já pode imaginar, "simples" não é uma palavra que Peter Molyneux realmente trabalha bem. Or at all.

Como o próprio Peter descreveu para as revistas da época quando estava promovendo Powermonger, "PowerMonger é essencialmente um jogo de guerra. Mas, ao contrário dos tradicionais jogos de tabuleiro ou de computador desse gênero, criamos algo que existe em tempo real, onde você pode fazer quase tudo o que quiser."

Em um Amiga, em 1992? De alguma forma eu tenho um mal pressentimento sobre isso.

domingo, 27 de dezembro de 2020

[SNES/MEGA DRIVE] DOUBLE DRAGON V: The Shadow Falls (Agosto de 1994) [#597]


Em 1994, os grandes executivos ocidentais ainda não haviam realmente "entendido" os videogames, mas entenderam uma coisa mais relevante ainda para os seus negócios: por algum motivo, as crianças se importavam com aquela merda. 

Quer dizer, verdadeiramente se importavam com aquilo, com aqueles personagens e tudo mais. E por se importar eu quero dizer que estavam dispostos a colocar dinheiro em camisetas, bonecos e spin-offs em outras mídias. Enquanto os executivos não realmente entendiam sentimentos (como é da natureza dos executivos), eles entendiam que havia uma oportunidade a ser explorada aí.

Assim começou a grande corrida do ouro para tirar o máximo de dinheiro das crianças no menor espaço de tempo possível, o que nos levou a trágica série de adaptações cinematográficas de 1994. Tirando o filme do Mortal Kombat, que é okay para a época, todo mundo lembra dos desastres conhecidos como Street Fighter e Super Mario. Quer dizer, o filme do Street Fighter não é TÃO ruim apenas porque o Raul Julia compreendeu a bizonhice que ele tinha se metido e entregou uma atuação brilhantemente insana como M. Bison. Não que tenha algo haver com os jogos, mas é de longe uma das melhores coisas daquela década.


Já o filme do Mario, não. É só sofrimento e dor mesmo. Dor.

sábado, 26 de dezembro de 2020

[SUPER NINTENDO] YU YU HAKUSHO: Tokubetsu Hen (Dezembro de 1994) [#596]


 De todos os animes shonen que eu já assisti na vida, o que é bastante coisa, eu acredito que minha luta favorita de todas é a luta do Gai contra o Madara em Naruto Shippuden. Veja, aquele ponto Madara era praticamente um deus, estava cheatado com todos os jutsus, olhos, bijuus e o diabo todo que pudesse existir. Por outro lado, Gai é apenas... well, um guy. 

Ele não é o escolhido de nada, não tem o bijuu do chacra infinito dentro dele, não é filho de nenhuma lenda, não tem o olho mágico do caralho, não tem porra nenhuma de especial. Ele só um cara que se recusou a desistir quando todo mundo disse que era impossivel, quando todo mundo ria abertamente na cara dele por ele ser só um cara tentando em um mundo onde existem ninjas literalmente com poderes divinos.


O resultado é que ele destruiu o Madara na porrada. Mas dibuliu com ele MESMO. Claro, o Madara não morreu porque como eu disse ele tava com mais cheat que eu jogando Ninja Gaiden emulador, mas o que foi bom porque aconteceu algo mais legal e importante ainda: Madara Uchiha, o ninja mais marrento e arrogante ever, declarou que o Gai, aquele simples Maito Gai que não é de nenhum clã fodelão nem nada, é o ninja mais forte que ele já encontrou em todos os tempos.

E isso não tem preço. E por que eu estou falando isso? Porque eu, o mestre supremo dos games, do alto do meu poder de debulhador de 585 jogos até então, mesmo sem ter me derrotado eu te declaro ó humilde Yu Yu Hakusho: Tokubetsu Hen o jogo de luta mais criativo jamais lançado! Rejubilai-vos em sua glória, pequeno jogo tie-in de anime lançado em 1994 e que nunca deixou o Japão!

Mas porque eu acho esse jogo tão criativo assim? Me permita te mostrar uma cena da luta: 

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

[SUPER NINTENDO] MELFAND STORIES (Março de 1994) [#595]


Uma coisa que eu não imaginava antes de começar este projeto é que existia todo um universo de jogos que se enquadram na categoria "jogos japoneses que nunca foram lançados no ocidente e embora não sejam espetaculares ainda sim são melhores que pelo menos 80% de tudo que foi lançado por aqui" ao ponto que daria um genero próprio de jogos - o qual imagino que nunca emplacou porque JJQNFLNOEENSEASSMQPM80%DTQFLPAmaníacos não é uma giria que pegaria mesmo nas revistas da época.

Estou falando de jogos como THE LEGEND OF MYSTICAL NINJA 2SUPER BACK TO THE FUTURE 2 e NANGOKU SHONEN PAPUWA-KUN, e junta-se a lista este jogo das Histórias do Melfolandia. Eu realmente não sei o que são Melfos, suponho que eles não tinham os direitos autorais para usar elfos, ou talvez sejam MEGA ELFOS - o que seria massa uns elfão da porra.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

[SUPER NINTENDO] NANGOKU SHONEN PAPUWA-KUN (Março de 1994) [#594]



Quando eu era criança eu nunca realmente tive uma Super Game Power. Eu tive uma Game Power e por algum motivo eu tinha uma Super Game (não faço ideia do porque já que eu nunca tive consoles da Sega, acho que eu ganhei mas não tenho certeza) - com efeito, eu tive a iconica Game Power que o Chefe mandava meter a porrada nas bichonas (mas que só nas que não compravam a revista). Anos 90.

A única revista que eu colecionava na época era a Ação Games, e dessa forma até começar esse projeto não tinha a melhor opinião da revista. O papel era de menor qualidade da Ação Games (até porque era mais barata e com mais páginas) e eu achava a diagramação mais bagunçada - que é o mesmo estilo "anos 90 cool" de diagramação das revistas americanas.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

[SUPER NINTENDO] TETRIS 2 (ou Tetris Flash, no Japão) [Outubro de 1993][#593]


Ok, a de hoje vai ser bem rápida. Tetris é, discutivelmente, o jogo mais famoso de todos os tempos. Quer dizer, mesmo quem não faz ideia do que é videogame ou o que acontece neles tem ideia de como funciona o jogo de encaixar as pecinhas que caem para eliminar linhas.

É elegante, é simples, é genial.

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

[ARCADE/NEO GEO] KING OF MONSTERS 2: The Next Thing (Junho de 1992) [#592]

 

Existem alguns jogos que são jogos bastante especiais devido ao fato de evocarem um sentimento único, pristino e duradouro no coração de qualquer gamemaníaco. A tão famigerada sensação de:


Porque "The King of Monsters 2" é um caso desses que tem que ser estudado pela NASA, sério. Quer dizer, como possivelmente a SNK fodeu esse jogo? Em que realidade paralela maluca é essa que nós vivemos que alguém, de alguma forma, consegue foder com um jogo que é um BEAT'M UP DE MONSTROS GIGANTES?! Não, sério, como? Apenas... como?

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

[SUPER NINTENDO] BEBE'S KIDS (Abril de 1994) [#591]



Atingindo hoje a nobre marca de 580 jogos resenhados nesse blog, tenho que dizer que eu não esperava ser surpreendido com o jogo licenciado mais improvavel que eu já vi na minha vida. Quer dizer, a essa altura eu já vi jogos baseados em quadrinhos, brinquedos, filmes, séries e até mascotes de produtos alimentícios. Dentre esses, de longe, o mais estranho que eu recordo é THE INCREDIBLE CRASH DUMMIES porque é uma campanha de segurança no transito que virou brinquedo e daí virou jogo.

Aí então surge esse jogo aqui, Bebe's Kids, que inacreditavelmente consegue lhe tirar o posto de jogo licenciado mais WTF ever. Isso porque eu entendo os mascotes da campanha virarem brinquedos e depois jogo, mas Bebe's Kids nem isso tem já que estamos falando... de uma apresentação Stand Up. Sem mentira, é um jogo baseado em uma performance do comediante Robin Harris.

Na apresentação, Robin Harris conta a história que sua nova namorada sempre estava tomando conta dos filhos da amiga (a tal da Bebe) e levava eles a todos os encontros que eles tinham - e que os moleques eram o capeta encarnado na Terra.

domingo, 20 de dezembro de 2020

[SNES/MEGA DRIVE] THE DEATH AND THE RETURN OF SUPERMAN (Agosto de 1994)[#590]




Se você está lendo esse texto em 2020 ou adiante (não que você tenha como ler isso antes, agora me sinto estúpido por ter feito esse comentário), provavelmente tem uma noção que quadrinhos não são exatamente... relevantes. E grande parte do motivo disso é que, exceto por Graphic Novels que se passam em uma bolha isolada da continuidade principal da série, nada do que acontece em um revista em quadrinhos é realmente importante.

Numa edição eles podem anunciar que o Thor na verdade sempre foi uma mulher negra disfarçada esse tempo todo, o máximo de reação que isso vai ter é "meh, quando as vendas cairem eles voltam ao normal". Ou então todo elenco de heróis morreu na épica edição "Vingadores e Liga da Justiça vs EbolaCoronga Vírus from h311", que quando as vendas cairem volta todo mundo. Então meio que nada realmente importa, e quando a coisa do seu produto é a continuidade... bem, nada importar meio que importa, não?

sábado, 19 de dezembro de 2020

[SUPER NINTENDO] FINAL FANTASY 6 (Abril de 1994) [#589]



Em 1937 já existiam desenhos animados, mas eles eram eram exibições curtas entre as sessões duplas de cinema (desenhos de 5 minutos como Tom e Jerry, Pernalonga, Mickey Mouse, etc). Por isso quando Walt Disney anunciou que pretendia fazer um longa metragem animado, ninguém realmente entendeu do que ele estava falando. Nem mesmo no seu staff.

Quer dizer, ele ia fazer um filme de uma hora e meia só de piadinhas e comédia pastelão? Onde que ele ia arranjar tantas piadinhas visuais e como que isso não ia ficar cansativo? Só tem até determinado ponto que você consegue ver alguém levando uma paulada cartunesca antes de ficar cansativo e cinco minutos eram tudo um desenho animado servia, afinal.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

[ARCADE] VIRTUA FIGHTER (Outubro de 1993) [#588]


O capitulo de hoje não é apenas um jogo muito importante na história dos videogames, é discutivelmente um dos mais importantes de todos os tempos e que influenciou a forma com que videogames são pensados pelos próximos... bem, até hoje na verdade, e possivelmente até o fim dos tempos (ou até alguém ter outra ideia, o que vier primeiro). Também é outra daquelas histórias incríveis de como a Sega visualizou o futuro, esteve com ele nas suas mãos para dominar o mundo... e disse "nah". Então outra pessoa viu o que eles tinham começado, foi adiante e colocou o mundo dos videogames no bolso. Essa é uma história daquelas.

Antes de começar, entretanto, é necessário explicar a mudança de conceito monstruosa que é um jogo em 2D e um jogo em 3D, porque é algo muito importante que pode passar batido pela maioria das pessoas. Quando você vê uma animação em desenho animado e uma em 3D, por exemplo, a única real diferença pro público é que os gráficos são diferentes, mas é apenas estética (para os desenvolvedores é uma coisa inteiramente diferente, claro).

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

[3DO] GRIDDERS (Maio de 1994) [#587]


Eu sei que a este ponto vocês meio que já entenderam isso, mas a grande verdade é que não se pode falar do 3DO em 1994 mencionar que ele foi lançado a U$699 dolares (preço da época, sem correção para os dias de hoje) e sem nenhum grande jogo exclusivo que justificasse a sua compra. Por mais que as revistas de videogame babassem por suas especificações técnicas (e de fato, no papel o 3DO era pau a pau com o Playstation da Sony), a verdade é que nada disso adiantaria porra nenhuma se você não tivesse o que jogar com ele. Para o consumidor, pura e simplesmente, era uma puta fria.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

[PC] XCOM: UFO Defense (Março de 1994) [#586]

DISCLAIMER: Eu vou ser sincero com vocês: eu não sou exatamente um PC gamer. Na verdade eu não realmente me divirto muito jogando com mouse e teclado e se houver uma opção minimamente aceitável de sentar e jogar com um joystick, é o que eu farei. Além disso, jogos antigos de computador são bem chatinhos de fazer funcionar e quando a Good Old Games ou a Steam não faz uma versão que rode nos sistemas operacionais atuais, fodeu de vez então.

Somando essas duas coisas, então mais sim do que não volta e meia minha escolha para pular o "jogo da edição" é um de computador por pura incoveniencia de fazer funcionar. Para grande alegria de vocês, não apenas esse é um jogo de 1994 para o qual foi feito um remake em 2012.

A notícia menos boa para vocês é que eu já havia escrito sobre o remake em 2016, e honestamente meus textos dessa época são pavorosos. Não que hoje seja alguma coisa que se diga "minha noooossa que analista é esse menino", mesmo que eu seja o mais sincero e qualificado analista de videogames do Brasil isso não quer dizer tanta coisa assim realmente, mas em 2016 minha escrita era pior ainda. O que significa que é claro que eu vou repostar ela aqui, porque fodam-se vocês, apenas por isso.

Hmm, então é assim que a Sega se sentia nos anos 90? É uma sensação curiosa, realmente.



terça-feira, 15 de dezembro de 2020

[ARCADE] DARKSTALKERS: The Night Warriors (Junho de 1994) [#585]


E então, aconteceu. Após cinco versões do mesmo jogo lançadas em um intervalo de menos de quatro anos, uma bela terça-feira de manhã em que os passaros gorjeavam na janela e os vermifugos vermifugavam nos puppies, aconteceu. Ao chegarem no escritório para trabalhar (as 4:30 da manhã, como é a etiqueta profissional japonesa), isso aqueles que já não dormiam embaixo das suas mesas, os funcionarios da Capcom ligaram seus computadores apenas para perceber que ... havia uma meia sobre a tela.

Muitos não entenderiam esse ato, mas para aqueles homens e duas mulheres sofridos pela vida de um profissional japonês a mensagem foi clara, seus olhos se encheram de brilho e até mesmo lágrimas quando eles disseram: "o mestre-sama deu meias a Dobby-chan. Dobby-chan é livre agora!".

E essa é a minha versão de como após STREET FIGHTER 2STREET FIGHTER 2: SPECIAL CHAMPION EDITIONSTREET FIGHTER 2 TURBO: Hyper FightingSUPER STREET FIGHTER 2: The New Challengers  e SUPER STREET FIGHTER 2 TURBO (todos lançados entre a metade de 1991 ao começo de 1994)... a Capcom decidiu que já estava bom de fazer patches de Street Fighter 2 e deveriam move on para alguma outra coisa.

Tenho que dizer que o anime japonês faz uma adaptação mais aprazível de Darkstalkers do que o cartoon americano, embora eu não saiba exatamente apontar o por quê...

Claro, a versão da vida real não é nem de perto tão interessante ou flamboiante quanto a minha. A verdade é que a Capcom já estava sim trabalhando em uma nova versão de Street Fighter 2 (provavelmente chamada Street Fighter 2: Super Series ST X porque devia ter algum futuro funcionário da Microsoft trabalhando lá), porém o último "update" do jogo não vendeu tão bem quantos eles esperavam. Para surpresa de bem pouca gente na verdade, após três anos e cinco versões do mesmo jogo... as pessoas estavam meio que cansadas de Street Fighter 2 já. 

Não que não seja um feito enorme a popularidade desse jogo aguentar tanto tempo, mas vamos ser francos que o suficiente é o suficiente, né?

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

[SEGA CD] VAY (Outubro de 1993) [#584]


Em uma sequencia bastante inesperada de fatos, DESSA VEZ a arte da capa americana do jogo é a mesma da capa japonesa. Uau, levou "apenas" três anos mas finalmente aconteceu! Na verdade, esquece isso, estou mais surpreso é que no meio de todo horrorshow que foram os anos 90 eles realmente lançaram um jogo que soa quase como "gay" no meio de uma cultura abertamente homofóbica!

Um fato que é bem conhecido hoje, mas que era meio que ignorado nos anos 90 e tentaram fazer uma grana com isso. E esse fato era que RPGs eram insanamente populares no Japão, e meio que completamente ignorados os Estados Unidos. 

E por populares eu quero dizer puta merda como isso fazia sucesso, dia de lançamento de Dragon Quest novo era (e ainda é, na verdade) meio feriado nacional no Japão e você pode ir pra fila da loja garantir o seu porque o seu chefe não vai brigar com você - porque ele vai estar na fila também.

domingo, 13 de dezembro de 2020

[MEGA DRIVE] BUBBLE AND SQUEAK (Março de 1994) [#583]




 Olá amiguinhos, como vocês estão hoje? Bem, a verdade é que eu realmente não me importo com a sua resposta, eu só achei que seria legal perguntar e não foi. Quanto a mim, que é o que realmente importa aqui, bem, não posso dizer que eu esteja tendo realmente um grande dia.

Porque veja, eu acabei de voltar do dentista e mesmo tomando uma combinação de pilulas que eu não faço a menor ideia do que são feitas mas certamente matariam um bezerro berrante, ainda estou dor. Aí eu pensei: "vou jogar um videojogo para esquecer o sofrimento eterno que a minha existencia implica" e eu vejo na minha listinha e qual é o próximo jogo a ser jogado?

MAHVAHAPUTAQUEOPAREOPORCAMISERIA! Mas é tudo, mas tudo que eu precisava mesmo! Claro, é óbvio, é ululante que ia ser um jogo de Amiga - a ruína dos videogames encarnada - portado para o Mega Drive! Óbvio que ia ser, como eu podia esperar ser qualquer coisa diferente disso!

Mas eu só me fodo nessa merda mesmo, devem ter sido lançados uns 5 jogos para Amiga em 1994 porque esse encosto de Belzebu já tava morrendo, e claro que é hoje de todos os dias que eu vou ter que jogar essa ABOMINAÇÃO tinha que ser hoje. Porque é um jogo de Amiga, eu não preciso jogar para saber que é ruim!

Ah, mas ok, vamos logo com isso então...

sábado, 12 de dezembro de 2020

[SUPER NINTENDO] SD HIRYU NO KEN (Junho de 1994) [#582]



Ser o "Mestre Supremo dos Videogames" as vezes é, tal qual a vida de Joseph Climbert, uma caixinha de surpresas da onde surgem coisas que você não poderia realmente esperar. E as vezes algumas dessas coisas são realmente, inacreditavelmente grandes, saiba você.

Quando eu joguei ULTIMATE FIGHTER (cujo nome original do jogo no Japão é HIRYŪ NO KEN S: GOLDEN FIGHTER) na agora já antiga Ação Games 020 (uau, estamos realmente progredindo, não?) eu fiz uma analise de como o jogo era (uma experiencia estranha da Culture Brain de misturar Beat'm up, Luta e... RPG... no mesmo jogo, conseguindo falhar miseravelmente nos três) mas não prestei muita atenção no contexto maior do jogo.

E que contexto é esse, você pergunta? Ora, o que eu não tinha me ligado na época é que "Hiryu no Ken" não é apenas "uma experiencia estranha", é toda uma franquia e uma puta franquia ENORME com QUINZE jogos lançados entre 1985 até o último jogo lançado em dezembro de 2000. Quinze jogos em quinze anos, é o sonho molhado da Ubisoft com Assassin's Creed tornado em realidade!

Mas... o que é a franquia do "Punho do Dragão Voador"?

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

[SUPER NINTENDO] THE BEAUTY AND THE BEAST (Julho de 1994) [#581]

 "A Bela e a Fera" é um daqueles filmes feitos em uma época estranha, uma época que a Disney não era dona de metade da cultura pop e sim apenas um estúdio. Na verdade mal conseguia era isso, já que após mais de três decadas sem um grande sucesso o estúdio não ia muito bem das pernas. Tudo mudou em 1989 quando a Disney decidiu voltar as raízes: adaptação de um conto de fadas, muita música, visual impressionantemente bonito para a época... o pacote completo. 

Esse foi "A Pequena Sereia" de 1989 , que foi um sucesso pandecapolicademico e hoje é conhecido como o primeiro filme da "Renascença Disney" (ou, mais modernamente, a "primeira renascença" da Disney, sendo Frozen conhecido como a segunda). "A Pequena Sereia" foi tudo isso, mas o que ele fez também foi é... um filme bastante problemático, para dizer o mínino. O curioso é que na época "A Pequena Sereia" foi visto como um filme feminista e de empoderamento feminino. For realz.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

[SUPER NINTENDO] POP'N TWINBEE RAINBOW BELL ADVENTURES (Janeiro de 1994) [#580]



 Eis um dado interessante para vocês: esse texto está sendo publicado dia 10 de dezembro, e nessa data faz exatamente um mês desde a última vez que eu postei um jogo com o meu selo "The Best Of", que foi Goof Troop postado em 09/11. De lá para cá foram trinta dias, trinta jogos, e nenhum realmente incrível. Pior que isso, na verdade, porque dessa sequencia de trinta jogos, nove são abominações contra a humanidade marcados como "The worst of". Jogos ruins em que diversão sequer chega perto de acontecer. 

E, para piorar, desses nove jogos terríveis, quatro deles foram jogados na última semana. Estamos numa época de vagas não apenas magras, mas pustulentas e comunistas (ou cawmunistas). Então, sob qualquer prisma eu não deveria estar otimista para o jogo de hoje, cabisbaixo, quem sabe até mesmo desanimado.

Mas a verdade é que eu não estou. Pelo contrário, estou bastante otimista e sabe porque? Pq esse é um jogo da Konami, então é bastante seguro que não será um jogo pavoroso. Eu entendo que para as crianças de hoje é realmente imaginar a Konami como um bastião de qualidade e competencia, mas eu juro para vocês que esse era o caso. Em 1994, se é Konami, é bom.