Vamos começar a review de hoje com uma declaração polêmica — preparem-se: eu não sou totalmente... isento com a Sega. Eu sei, eu sei. Suspiro. Chocante. Escandaloso. De cair o queixo.
TÁ, MAS E QUAL É A REVELAÇÃO?
Ué, eu acabei de dizer, Jorge. Não sou exatamente neutro quando se trata de jogos da Sega.
É, SÉRIO. ESTAMOS NA REVIEW Nº 1499, JÁ DEPOIS DE OITO ANOS E MEIO NESTE BLOG. O FATO DE VOCÊ FAZER BULLYING DURAMENTE CONTRA A SEGA NÃO É NOTÍCIA, É TRADIÇÃO.
*Suspiro chocado* Absurdo! Eu posso ser... pouco otimista em relação ao histórico da Sega, mas nunca fui injusto. Cada crítica foi baseada na realidade fria e dura, você não vai achar uma única crítica nesse blog que não seja fundamentada. Apenas não é minha culpa que a empresa tenha passado uma década inteira jogando roleta-russa com a industria dos games, com cinco balas carregadas.
Quer dizer, por volta do ano 2000, a Sega milagrosamente conseguiu lançar três sistemas diferentes em apenas cinco anos — o 32X, o Sega Saturn e o Dreamcast. Nenhum deles teve suporte por mais de dois anos antes de ser aposentado. Se isso não é um desastre, então devo ter entendido errado o significado da palavra "planejamento".
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Eu acho a capa americana particularmente feia, especialmente quando essa japonesa é tão mais maneira |
E esse é apenas um capítulo na Enciclopédia das Gafes da Sega. Então, sim, as patetices lendárias da Sega se tornaram uma tradição consagrada na história dos jogos. Mas por que trazer isso à tona agora?
Porque... acredite ou não, eu tenho um coração. Um coração enegrecido e seco, claro — mas volta e meia ele bate com alguma compaixão. Enquanto a Sega, como corporação, parecia determinada a usar dois sapatos esquerdos e correr na contramão do trânsito, os fãs que a apoiaram já sofreram o suficiente.
Sinceramente, me parte um pouco por dentro — só um pouco — quando vejo o desespero dos fãs fiéis do Dreamcast. Tão desesperados, na verdade, que qualquer RPG de ação que inicializa sem travar é instantaneamente aclamado como uma "joia escondida" ou uma "obra-prima esquecida". Você conhece o tipo: o tipo de gamer que te olha nos olhos e diz que EVOLUTION 2: Far Off Promise é um clássico. E isso é simplesmente... triste. Essa pessoa não está emitindo uma opinião, isso um pedido de ajuda.
E então, com um suspiro pesado e um sorriso de resignação, hoje abordamos a entrada do Dreamcast nº 8.729 na categoria "RPGs de ação que eram obras-primas se você apertasse os olhos o suficiente e não tivesse outros jogos para jogar". Ou como as vítimas da Sega — desculpem, fãs — gostam de chamar: Elemental Gimmick Gear.