quarta-feira, 27 de novembro de 2019

[AÇÃO GAMES 019] PENGUIN LAND (ou Duck Maze) [#285]



Imagine a seguinte cena: você é um nazista. Todo dia pela manhã sua rotina consiste em saudar seu poster de um cara com bigode feio, então assistir uma maratona de bebês focas sendo espancadas com tacos de madeira enferrujada enquanto enfia crayons no seu nariz... ou qualquer coisa que alguém com esse nível intelectual considere como diversão, enfim. 

E então, vasculhando suas antigas gavetas para encontrar novas ferramentas para tornar a vida das pessoas pior por nenhum motivo maior que você ser um ser humano asqueroso e isso é a única coisa que te faz feliz, você acaba encontrando um antigo diario do seu avô, Papa Auchiwitz.

Surpreso, você descobre que sua vó era uma judia negra. Tudo pelo que você viveu a sua vida inteira é uma mentira (quer dizer, sempre foi porque eugenia não só é uma ideia demente, como cientificamente enfraquece a espécie, mas enfim). E você também descobre que é gay.

Bem, acreditem ou não, eu tive uma experiencia muito parecida recentemente.

Como é muito recorrente por aqui, esculhambar a Sega é um hobby particular meu. Não que eles se ajudem, mas eu admito que sinto um certo prazer em fazer bullying com a casa do Blast Processing. E um dos motivos para isso é que eu tive pais que se importavam comigo e me deram consoles da Nintendo durante a minha infancia.

... ou era isso que eu achava!

TAN TAN TAAAAAAAAAAAAN!!!


Nossa história começa no natal de 1991 quando eu ganhei meu primeiro videogame (antes disso eu jogava em um Odyssey 2, mas não era meu exatamente): um famiclone que atendia pelo nome de Bit System. Junto com ele vieram dois jogos.

O primeiro jogo que eu joguei naquela noite foi apenas... amor a primeira vista. Sabe quando instantaneamente você bate o olho e sabe que as coisas mudaram para sempre, mas para muito melhor? Bem, trinta anos depois aqui estou ainda escrevendo sobre videojogos por conta única e exclusivamente deste momento mágico:


... ou é isso que gosto de dizer para mim mesmo. A verdade é que antes de me apaixonar pelo jogo que mudou para sempre a história dos videogames... bem, ele não foi o meu primeiro. Não é assim que essa história começa.

domingo, 24 de novembro de 2019

[AÇÃO GAMES 019] DARKWING DUCK (NES, 1992) [#284]



A Capcom é uma empresa interessante. Eles criaram muitas franquias que duram até os dias de hoje e inovaram os jogos de várias maneiras, mas ao mesmo tempo eles também não têm nem um pouco de vergonha de sugar seus sucessos até a última gota.

Quando a Capcom acerta um grande sucesso, eles acertam realmente grande. E então eles ordenham essa coisa grande enquanto tentam encontrar a próxima grande coisa. Na era de 8 bits, essa coisa era Mega Man. Na era de 16 bits, Street Fighter 2. Na era de 32 bits, Resident Evil e Devil May Cry. Hoje é Monster Hunter. É como eles rolam.

E é exatamente aqui, no auge de sugar até a ultima gota de Mega Man que podia, o Pato AsaNegra entra.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

domingo, 17 de novembro de 2019

[AÇÃO GAMES 019] MARIO PAINT (SNES, 1992) [#282]



Como eu posso ou não ter mencionado a essa altura, eu não cresci com um computador. Como tal, fora de algumas raras interações na casa de parentes, eu não tive a oportunidade de experimentar as maravilhas do MS Paint por um bom tempo.

Eu sei que vai soar absurdo para as crianças de hoje, mas antes da internet ser - bem, a internet como a conhecemos hoje - a maior diversão que tinhamos era brincar com o Paint no computador. Você ficaria surpreso o quanto uma criança consegue se entreter com absolutamente qualquer coisa, e aqueles PC da Positivo com cheirão forte de plástico eram o lugar onde a magia acontecia. Eu lembro que eu praticamente aprendi a digitar quando eu datilografei toda Gamers Book do Final Fantasy 7 no Word, usando o melhor do meu word-fu para imitar a diagramação da revista.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

[AÇÃO GAMES 019] ROBOCOP 3 (SNES, 1992) [#281]



O grande segredo para fazer um bom jogo licenciado de um filme não é tentar reproduzir o filme cena por cena. Isso é idiota e só tratá dor a todos os envolvidos. Não, não faça isso. O que você tem que fazer é entender quais as características que torna dada franquia marcante e usar esses elementos para constituir do seu gameplay.

Pegue Robocop. O que é Robocop, afinal? Ora, é um ciborgue policial que pesa um milhão de toneladas (sério, capa passo dele tem o efeito sonoro de um "thump" pesadão) que tem uma arma características que dispara em rajadas, mata gente pra caralho e que, porque estamos nos anos 90 e nessa era tudo vale, em Robocop 3 ele tem um jetpack e sai dando rolê por aí enquanto protege uma criancinha enquanto enfrenta ninjas robos.

domingo, 10 de novembro de 2019

[AÇÃO GAMES 019] JORDAN VS BIRD: ONE ON ONE (NES, 1988) [#280]



Em 14 de novembro de 1986 aconteceu aquela que seria um dos maiores confrontos do basquetebol de todos os tempos. Isso porque o Chicago Bull enfrentou o Boston Celtics pelos playoffs elinatórios da NBA daquele ano e o que tinha de tão especial nessa partida era a estrela de cada time.

Pelo lado do Boston Celtics, Larry Bird. O maior arremessador da história do basquete, capaz de acertar cestas de fora da area com os olhos fechados e fazer mais de 40 pontos sozinho em um jogo apenas porque sim. Não houve um único ano da sua carreira profissional de DOZE ANOS em que ele não tenha figurado na seleção do campeonato.

Pelo lado do Chicago Bulls, Michael Jordan. Michael "Air" Jordan, imparavel dentro do garrafão. Apenas o maior de todos os tempos ao ponto que ele tem um filme com o Pernalonga. O Pelé tem um filme com o Pernalonga? Pois é, foi o que eu pens...

Não, mas ele tem um filme com o Stallone em um estádio nazista.
Ok, eu não posso argumentar contra isso...

... mas continuando, então, Bird vs Jordan foi um dos maiores acontecimentos esportivos de 86. O que significa, é claro, que era a oportunidade perfeita para um joguetezinho maroto de U$60 (quase U$140 corrigido para os valores de hoje) porque é isso que os jogos custavam.

E como fazer isso, como capitalizar todo talento e carisma do melhor de todos os tempos contra um dos TOP 5 em apenas um jogo de 1988?

Fazendo ele uma sequencia de minigames que você já vai ter jogado todos e enjoado em menos de 5 minutos, é claro!

QUE? Apenas... o que?!

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

[AÇÃO GAMES 019] NHL HOCKEY (Mega Drive, 1992) [#279]



NHL Hockey é, sinceramente, o melhor e mais realista que era tecnicamente possível fazer um jogo de Hockey em 1991. O que é um problema, porque Hockey no gelo acontece de ser o esporte mais chato que eu já assisti na minha vida.

Então eu vou aproveitar o realismo aqui em transmitir meus pensamentos sobre o esporte número um do Canada... e torcer para que meu pedido de visa nunca dependa desse texto.

domingo, 3 de novembro de 2019

[AÇÃO GAMES 019] FOOTBALL CHAMP (Arcade, 1990) [#278]



Poucos jogos tem mais cara de infância para mim do que Football Champ. Isso porque quando eu era criança tinha um arcade de futebol na praia onde eu passei o verão. Eu lembro que era um jogo de futebol com personagens grandes, o narrador gritava alto e a bola era tão leve que parecia que estavam jogando com uma bola de praia. Mais importante que isso, você jogava com os times do campeonato italiano.

Bons tempos aqueles... mas então, a coisa é que obviamente eu era criança e não fazia ideia do nome do jogo... nem continuaria fazendo pelos próximos trinta anos. Sabe aquela sensação de ter um filme, desenho animado ou jogo no fundo da sua memória e você apenas não consegue lembrar dele mais do que consegue lembrar de um sonho?

Pois então, esse era o meu jogo.