Uma prática que eu tenho nesse blog é quando um console novo é lançado, eu pego um jogo meio bucha que não tem tanta coisa assim pra falar dele e aproveito a oportunidade pra contar a história do desenvolvimento do aparelho, e acreditem, dificilmente vai ter um jogo mais bucha que Drummania. Quer dizer, ele é basicamente GUITAR FREAKS mas com uma bateria de plástico no lugar de uma guitarra de plástico.
Ambos jogos foram feitos pela Konami e diferem tão pouco um do outro, então a melhor review que eu posso dar é dizer para ler a minha review de GUITAR FREAKS e substituir onde eu falo "guitarra" por bateria, pronto.
Agora, uma vez tirado isso do caminho, vamos então fazer o que REALMENTE viemos fazer aqui e contar uma história que eu já estava devendo a um tempinho já. O ano é 2008 e o então Conselheiro Científico Chefe do Reino Unido, Sir John Beddington, escreveu um relatório sobre sua análise de como as mudanças climáticas afetariam a economia. No paper, ele usou a expressão "uma tempestade perfeita" — uma visão onde todos os piores cenários possíveis convergiam simultaneamente. Era uma sequencia de merdas acontecendo encadeadas umas nas outras que até a Morte de Premonição irar parar, puxar seu capuz para trás e soltar um sonoro:
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A expressão "tempestade perfeita" ainda é usada na linguagem de economistas e políticos para essas situações que tudo poderia dar errado, dá errado ao mesmo tempo da pior forma possível.
No entanto, a história, caprichosa como sempre, às vezes também faz o contrário. Uma vez a cada eon quando as estrelas estão certas, cada detalhe fortuito, cada coincidência frágil, se organiza com uma precisão extraordinária, como se o próprio universo estivesse compondo uma sinfonia de fortuna. O esforço empregado bate com o timing, o timing se alia com a sorte, a sorte com a inevitabilidade. O resultado é uma constelação tão radiante que provavelmente nunca mais seja desenhada — metade conquista, metade milagre, totalmente inesquecível.
E essa é a história do PlayStation 2.