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terça-feira, 31 de dezembro de 2024

[#1362][Mai/1999] SUPERMAN: The New Superman Adventures


2024 foi um ano... difícil. E por dificil eu quero dizer que pega fácil top 3 piores anos da minha vida, numa luta forte pelo pior de todos os tempos. Basta dizer que eu morava no Rio Grande do Sul, então perdi tudo que eu tinha na enchente, pessoas que eu confiava se aproveitaram do meu estado emocional abalado na época pra me dar um golpe e levar o resto que sobrou e quando eu finalmente consegui resolver tudo isso e comecei a organizar minha vida literalmente do zero... minha cachorrinha teve câncer e morreu. Honestamente, escrever pra esse blog foi uma das poucas coisas que me ajudaram a manter a sanidade, mas porra véi, o que ano merda cara. Que ano bosta.


Mas... bem, a boa noticia é que quando você está no fundo do poço o único caminho que você tem é pra cima, então as coisas só podem melhorar em 2025, certo? CERTO? Eu realmente espero que sim. Então como ritual para exorcizar, como que para colocar uma pá de cal nesse ano horrível de bosta... vamos cementar para sempre essa sopa de desgraça sacrificando a essa entidade chamada 2024 algo tão bosta quanto.

Pra fechar um dos piores anos da minha vida de todos os tempos... um dos piores jogos de todos os tempos. Sim, chegou a hora. É hora de ir tão fundo quanto o atoleiro de bosta dos videogames podem ir, é hora de falar Superhomem: As Novas Aventuras do Superhomem - que já começa errado, redundancia do caralho. Mais conhecido pelos íntimos como Superman 64. 

Sim, nós desceremos tão fundo assim hoje.

domingo, 22 de dezembro de 2024

[#1371][Dez/2001] HOSHIGAMI: Ruining Blue Earth

Okay, a de hoje vai ser um pouco diferente do que eu costumo fazer aqui porque esse jogo nunca teve uma "matéria" nas revistas per se: a Gamers dedicou algumas páginas ao preview dele em 1999, porém quando o jogo efetivamente saiu em 2001 a revista já tinha ido jogar no Vasco (depois voltou no final de 2002, mas não durou muitas edições mais).

Entretanto eu decidi falar desse jogo mesmo assim e por uma razão bem simples: primeiro, o nome é absolutamente intrigante. Quem são Hoshigamis e mais importante, pq eles estão arruinando a Terra Azul? A ideia de um RPG Tático apocalíptico parece uma tentadora, não é mesmo?

Porém ao testar o jogo... nada, e eu afirmo com segurança, nada MESMO me prepararia para o que eu encontrei aqui. Puta que pariu.

sábado, 7 de dezembro de 2024

[#1365][Fev/2000] VAGRANT STORY

Precisamos falar sobre Yasumi Matsuno. Então deixa eu respirar fundo, pq essa não vai ser uma das faceis... porque, veja, eu não sou uma pessoa violenta, sabe? Memes a parte nesse blog, na vida real eu nunca levanto a voz pra ninguém, eu nunca discuto, se tem alguma coisa errada ou alguem me incomodando eu apenas me retiro, pq é esse o tipo de pessoa que eu sou. Diabos, eu tenho tão pouca agressividade que eu sequer jogo joguinhos competitivos online, esse é tipo de pessoa que eu sou.

Isso sendo dito, se tem uma pessoa que eu esganaria se encontrasse na rua é Yasumi Matsuno. Porque o filho da puta é um gênio, é uma das pessoas mais inspiradas que já trabalhou na indústria de videogames... mas o problema é que ao mesmo tempo o filho da puta é um filho da puta. Aí complica.

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

[#1358][Jun/2000] MORTAL KOMBAT: Special Forces

Oh boy... oooooh booooy... esse é um daqueles, sabe? Então, ao longo dos anos nesse blog eu sempre muito vocal a respeito que eu nunca achei MORTAL KOMBAT lá muito bom enquanto jogo de luta. Claro, nos dois primeiros jogos a violencia era algo que chamava atenção - especialmente com atores digitalizados perfomando fatalidades - coisa que não tinha equivalente na época, mas bom boooom mesmo a lutinha em si eu nunca achei.

Entretanto é claro que essa é só minha opinião e Mortal Kombat tinha, e ainda tem, muitos fãs pelo mundo afora. Eu estou falando isso pq estes fãs, não eu, estas pessoas que sempre gostaram de uma franquia eu considero subpar mecanicamente, mesmo para os fãs de Mortal Kombat, este é o pior jogo da franquia inteira e por uma margem muito grande.

Se nem os fãs de Mortal Kombat tankam esse negócio, aí eu senti o medo do nosso senhor Jesus H. Pogobol Cristo no lombo. Puta merda eu to ferrado, e não é pouco.

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

[#1353][Nov/1999] WARPATH: Jurassic Park

Quando eu comecei esse blog, longinquos quase oito anos atrás, eu tinha um sonho. Um sonho simples, um sonho humilde, mas não menos um sonho por conta disso: eu queria ser um dinossauro. Quer dizer, eu não estou pedindo tanto assim, estou? Um joguinho que eu pudesse apenas ser um dinossauro, comer pessoas, dar dinogolpes em outras dinoinimigos. Eu realmente não acho que estou pedindo demais aqui.

E ainda sim, por algum motivo que a própria razão desconhece, a indústria dos videogames se reuniu e decidiu que este é um desejo que jamais seria atendido. Jamais, sob hipotese alguma, não importa o quanto dinheiro eles perdessem com isso, isso é algo que eles nunca iriam me dar.

"Enquanto eu viver, C jamais será feliz jogando um jogo onde ele pode ser um DINÓCERO", jurou a indústria dos games. E sua palavra eles mantiveram. Por Deus, como eles mantiveram sua palavra!

terça-feira, 5 de novembro de 2024

[#1340][Ago/87] STREET FIGHTER





Em meados dos anos 80, jogos do estilo Beat'm Ups (popularmente conhecidos como "briga de rua" no Brasil) eram bastante populares. Você sabe, normalmente a namorada de alguém era sequestrada e um fescenino reunia seu bando de amigos para sair espancando todos os punks da cidade porque namoradas não cresciam em arvores nos anos 80, afinal.

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

[#1334][Mai/1999] SHADOW MADNESS

Oh boy. Oooooooooooh boy. É. Por onde eu começo? Quero dizer, cara... assim... né?


... assim... eu entendo que no começo de uma geração podem sair jogos altamente questionaveis porque tanto os caras não sabem mexer no hardware ainda, como eles precisam lançar alguma coisa - qualquer coisa - porque fisicamente não existem jogos ainda para o sistema, então vai qualquer porcaria mesmo do jeito que der e vamo que vamo. Eu entendo isso.

Eu também entendo os shovelware de fim de geração porque a grande massa já migrou para o próximo sistema e ficam só aqueles jogos "pra tia dar de presente pro sobrinho", então meio que foda-se. Eu também entendo isso.



Agora, este não é nenhum dos casos do Playstation nesse momento. Estamos em 1999, o PS1 está no seu auge, seus melhores jogos estão esmerilhando por aí, todos os jogos definidores do console já estão na praça, não tem uma única causa, motivo, razão ou circunstancia para começar a compreender porque diabos, porque caralhas, porque bilongas voadoras não identificadas os caras me fazem um jogo que não consegue acertar uma, mas UMA, mas sério mesmo nem UMA ÚNICA coisa certa? Eu queria apenas entender como isso é sequer possível, pq LOUCURA SOMBRIA tem a façanha de não ter uma ÚNICA REMOTA coisa certa nesse jogo. Chega a ser estado da arte o quanto eles conseguem errar mas TUDO, é um negócio pra ser estudado pela NASA!

ESSE NÃO É AQUELE JRPG QUE FOI FEITO NOS ESTADOS UNIDOS?

Ah, tá explicado.

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

[#1332][Mar/1999] RAMPAGE 2: Universal Tour

Em 1986, nos fliperamas, Rampage foi uma grande ideia. Você coloca uma ficha e por alguns instantes - até minutos se você for incrivelmente bom - você é um monstro gigante destruindo prédios em uma cidade totalmente destrutível, o que há para não gostar aqui?! 

Então, é, o conceito original de Rampage para os fliperamas era, de facto, awesome. A ideia, no entanto, de substituir a experiencia de alguns poucos segundos por um jogo doméstico onde vc tem que fazer isso por horas, hã... bem... aí eu tenho bem mais problemas com isso. O que é uma forma eufemista de dizer que eu odeio essa franquia com a fúria de mil sóis amarelos.

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

[#1299][Nov/98] O.D.T.: Escape... Or Die Trying


Minhas reviews nesse blog, atualmente, tendem a orbitar em torno de 1500 palavras, o que eu acho um tamanho adequado para transmitir a minha ideia com o jogo sem ficar cansativo. Claro, alguns casos exigem uma explicação maior (ou apenas eu me empolgo com o tema) como FINAL FANTASY 8 que tem mais de 5700 palavras, mas via de regra eu tendo a me manter por volta das 1500 palavras mesmo.

Exceto que as vezes toda minha review pode ser resumida em uma única imagem, como é o caso de hoje:

segunda-feira, 15 de julho de 2024

[#1276][Dez/98] SOUTH PARK

 

Ok, aqui vai algo interessante sobre mim: eu não era, exatamente, o que se podia chamar de "maior fã de South Park". Sim, isso é a parte interessante sobre mim, imagine o resto, mas divago. Até jogar esse jogo e pesquisar a respeito, tudo que eu poderia dizer de ter visto de South Park é UM episódio que eu não lembro nada senão que o Kenny morre jogando volei (ou queimada?) e o filme de 1999 no SBT - o qual eu lembro de ter gostado.

Não é que eu tenha nada contra South Park em si, exceto pelo fato de que a animação está na temporada 22 e eu não estava tão motivado assim para assistir 22 anos de desenho animado atrasado - o que é mesmo problema que eu tinha com One Piece e aqui estamos nós...

Acho que esse disclaimer é importante para estabelecer o quanto eu era fã da série, porque se alguma coisa isso exponencia o quanto eu me diverti descobrindo South Park. Vê, a coisa é que eu não fazia o menor tipo de humor que South Park era, e o que eu descobri foi bem diferente do que eu esperava.



MAS SOBRE O QUE É SOUTH PARK, ENTÃO?

sábado, 13 de julho de 2024

[#1275][Nov/98] GODZILLA GENERATIONS


Normalmente como tradição nesse blog, quando um novo console é lançado eu uso o primeiro jogo exclusivo desse console para contar a história do desenvolvimento daquele aparelho - como por exemplo BATTLE ARENA TOSHINDEN conta a história do Playstation e COSMIC CARNAGE a do 32X. 

Hoje, no entanto, eu vou mudar um pouco essa tradição e deixar a rica história do Sega Dreamcast para a próxima oportunidade. Isso pq dos quatro jogos lançados com o console, esse aqui, esse Godzilla Generations... Jesus na cruz pulando pogobol, eu preciso falar sobre esse jogo em maiores detalhes.

domingo, 11 de fevereiro de 2024

[#1236][Out/98] DUKE NUKEM 3D

Existem alguns casos em que a história do desenvolvimento dos jogos é mais interessante do que o jogo em si (alias ontem mesmo eu citei WAY OF THE WARRIOR, que é um grande exemplo perfeito disso), porém eu acredito que nenhum jogo exemplifica isso melhor do que o jogo de hoje, Duke Nukem 3D!

ESCUTA, TU TÁ TOMANDO TEUS REMÉDIOS DIREITO? PQ SÉRIO, TU JÁ FALOU DE DUKE NUKEM 3D A QUASE DOIS ANOS ATRÁS

Oh não, voz na minha cabeça oriunda da falta de luz do sol e interação humana, dessa vez não é alucinação minha. Dessa vez. O jogo que eu vou falar hoje não é o FPS de PC que foi portado para PS1/Saturn/N64. Não, o jogo que eu quero falar hoje é Duke Nukum... DE MEGA DRIVE. Segura aí que o bagulho vai ser louco!

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

[#1232][Abr/90] PHANTASY STAR 3: Generations of Doom


Phantasy Star é uma série de RPGs bastante única e por isso eu quero começar dizendo que ela se enquadra na especifica categoria "eu deveria realmente amar essa série, mas a Sega tem uma dificuldade colossal em entregar um jogo redondinho e polido". E uma categoria bastante especifica, eu sei.

O que eu quero dizer com isso é que - contando esse jogo agora - tendo completado a quadrilogia de jogos para o Mega Drive, e olhando o que eu escrevi no papel sobre o conceito da série (vide as reviews de PHANTASY STAR do Master System e no Mega Drive PHANTASY STAR 2 e PHANTASY STAR 4: The end of Millenium), eu deveria amar PS... só que não amo.

Porra, eu gosto imensamente mais de sci-fi do que fantasia medieval, então uma saga de quatro jogos que se passam em um mesmo sistema solar no intervalo de 1000 anos a cada jogo? Que idéia mais pica, irmão! Imagina que foda, vc vai e salva o mundo e tal, e no próximo jogo que se passa dali a mil anos os seus feitos do jogo anterior são contados como lendas de heróis lendários! Porra, arrepiei!

Que ideia grande pica, irmão!

Então, é, no papel eu devia amar PS pra caceta... só que na prática não. E nem é porque os jogos são ruins, o primeiro PHANTASY STAR do Master System batia de frente (e não raramente ganhava) dos RPGs de Nintendinho como Dragon Quest e Final Fantasy 1 em algumas areas... mas então entregava uma dificuldade inaceitavel (mesmo para os padrões da época), os menus eram abusivamente clunky (mesmo para os padrões da época), os picos de dificuldade eram fora de controle com inimigos de nivel infinitamente mais alto do que aquele ponto do jogo andando pelas areas como encontros aleatórios raros pra te wipar em um golpe (o que mesmo para a época era uma filha da putisse) e a história beirava o inexistente (isso sim era bem comum para a época).

Lançado dois anos depois em 1989, PHANTASY STAR 2 igualmente é um jogo surpreendente para sua época, e pensando bem até eu diria que a esse ponto é o RPG mais avançado do mundo. Infelizmente não foi apenas em sistemas e gráficos que o jogo avançou, mas também em dificuldade, necessidade de grinding e picos de dificuldade, fazendo desse um dos jogos mais dificeis de todos os tempos.

Então essa é a coisa, a série Phantasy Star sempre é tecnicamente impressionante mas nunca é realmente divertido de jogar. Minha reação de pegar um PS nunca é de empolgação, mas sim de "ai meu deus, não vai ser fácil mas vamo lá né...". O mais perto que um Phantasy Star chegou de ser um jogo top top dos top top pra mim foi PHANTASY STAR 4: The end of Millenium, se ele tivesse saído pra Sega CD e recebido o tratamento que LUNAR: The Silver Star Story recebeu no remake para PS1/Saturn pela Working Designs... foi quase QUAAAASE, mas não foi.


Ainda sim, eu gosto de Phantasy Star mais do que Dragon Quest, se isso serve de alguma coisa - o que não é muito, pq dos dois DQ que eu já joguei nesse blog meu santo não bateu com nenhum dele, nem e DRAGON QUEST 3: The Seeds of Salvation nem DRAGON QUEST 6: Realms of Revelation. E bem, agora que recapitulamos a franquia até então, podemos falar do ultimo jogo de PS que falta: Estrela Fantasia 3 - Geração da Perdição...

... que frequentemente é citado pelos fãs da série como o pior Phantasy Star ever. O que, saibam vocês, é uma coisa extremamente positiva no meu livro. Quer dizer, se fãs da Sega completamente abominam esse jogo é porque algo certo ele está fazendo, né? Se caras que acham que SONIC 2 é um puta jogo não curtem muito esse, definitivamente isso conta pontos a favor deles não gostarem de PS3... né?

Então... por mais que eu goste de zoar a Sega, e por mais ainda que eu tenha como dever moral zoar os fãs da Sega, eu também tenho o compromisso de falar sério sobre as reviews desse blog (apesar de todos os meus defeitos) e por isso sou obrigado a dizer que os fãs da Sega estão certos, PS3 é de facto a ovelha negra da série e que não fosse o título, sequer seria reconhecivel como um Phantasy Star.


Isso é uma coisa necessariamente ruim? Não exatamente, o que eles tentam fazer não é nada ruim - com efeito, mesmo que não pareça Phantasy Star ainda sim é absolutamente brilhante. Ao mesmo tempo, enquanto as intenções são estelares (estelares, pq Phantasy Star, hã hã?)... sua execução... hã... vamos conversar sobre isso, ok?

quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

[#1229][Ago/98] BATMAN & ROBIN

Uma das grandes vantagens do projeto desse blog é que, no fim do dia, a gente acaba acompanhando e entendendo não apenas os videogames mas toda a cultura pop através do prisma do seu contexto da época. Por exemplo, todo mundo sabe que Batman e Robin do Joel Schumacer de 1997 é não apenas um dos piores filmes de super-heróis de todos os tempos, é um dos piores filmes de todos os tempos PONTO.

Muito menos gente pensa a respeito de BATMAN FOREVER, o filme que o precedeu, e elas majoritariamente apenas assumem que é tão ruim quanto. Bem, agora eis o meu take sobre o assunto - uma vez que, como eu disse, fui banhado pela luz de acompanhar o contexto da época: Joel Schumacer é um dos maiores gênios da história do cinema, não tem meio termo a respeito disso.

Com isso eu quero dizer que BATMAN FOREVER é bom? Pelos antigos deuses e pelos novos, não. Nada poderia ser mais longe disso. Aquele filme é ruim, tipo muito ruim, MAS... não é tão ruim quanto deveria ter sido e é aqui que entra a genialidade do Sr. Schumacer. Eu quero dizer, as ordens que ele recebeu do estúdio foram "faz QUALQUER BOSTA desde que venda brinquedos e McLanche Feliz, de preferencia colorida" e pra isso lhe foi entregue um roteiro escrito com a bunda. Sério, os dialogos nesse filme passam do constrangedor pensar que um adulto escreveu isso, para dizer o mínimo.


Entretanto, ainda sim, Schumacer pegou todo bolo de merda que lhe deram e entregou um filme assistível. Pode não ser uma obra prima ou sequer ser bom, mas ao menos BATMAN FOREVER é arrumadinho. Quero dizer, a cenografia de desfile de escola de samba funciona, as cenas de ação absurdamente ridiculas são interessantes de assistir do tipo "uau, isso é muito ridiculo, mas eu quero ver o quão ridicula a próxima coisa vai ser" e no fim do dia, esse filme definitivamente não é tão ruim quando o alinhamento das coisas fez com que ele deveria ser.

Não apenas BATMAN FOREVER não é tão ruim quanto deveria ter sido, como foi a maior bilheteria norte-americana daquele ano a frente de TOY STORY e blockbusters como Apollo 13 e Waterworld. Apenas por esse fato, Joel Schumacer deveria ser canonizado.

sábado, 13 de janeiro de 2024

[#1218][Jun/98] QUEST 64 (ou "Holy Magic Century" na Europa e "Eltale Monsters" no Japão")

As pessoas tem uma ideia de que o Nintendo 64 teve poucos jogos lançados - em especial se compararmos com o Super Nintendo antes dele e mais ainda se compararmos com o seu contemporaneo PS1 - porém não tem uma noção exata do quanto.

Ao todo, foram lançados 1755 jogos de Super Nintendo, quase 8 mil jogos para o PS1 durante toda sua vida útil (sim, MAIS DE OITO MIL) e mesmo o Saturn ganhou mais de 1000... enquanto para o Nintendo 64 esse número foi de 388 jogos no total, sendo desses 85 exclusivos do Japão. Sim, trezentos e oitenta e oito. É bem pouco, só de jogos revisados de PS1 nesse blog vai passar esse número tranquilamente.

E a razão é fácil de entender: devido ao seu formato único de cartucho, as desenvolvedoras não podiam simplesmente portar jogos de PS1 para o Nintendo 64, elas tinham que fazer uma versão própria para o console da Nintendo praticamente do zero. E isso demandava tempo (logo, dinheiro) que bem pouca gente achava negócio bancar. Logo era a questão de escolher entre o PS1 ou o Nintendo 64 e se você só tem uma bala na agulha é bastante óbvio onde o seu tiro vai. Some a isso os custos que a Nintendo exigia das desenvolvedoras pra publicar no seu console e o péssimo relacionamento acumulado do tempo que ela tinha monopolio dos videogames e o resultado final foi bastante óbvio.

Mas pq eu estou falando disso? Bem, pq devido a essa escaces de jogos para o Nintendo 64 alguns generos tomaram bonitaço no toba. Vc sabia, por exemplo, que até junho de 1998 não havia um único jogo de RPG para o Nintendo 64? NENHUM. Zero. Zilch. Nothing. Nada.

Como você espera sobreviver no Japão sem lançar um ÚNICO RPGzinho sequer para o seu sistema é algo que eu jamais entenderei, mas esse era o brete que o Nintendo 64 estava. DOIS ANOS sem um RPG sequer, aí fica dificil te defender Nintende...

Bem, seja como for era só questão de tempo até alguém perceber essa abominação na biblioteca do Nintendo 64... bastante tempo, verdade, mas enfim uma hora alguém ia ver. E quis o destino que esse alguém fosse a Imagineer.


Agora, se esse nome não lhe é imediatamente familiar, nada tema: vc não está ficando senil, é que não a Imagineer não tem um grande currículo. Com efeito, ele é quase inteiramente composto por ports de jogos de um sistema para o outro: por exemplo, eles fizeram a versão de Nintendinho de LEMMINGS ou a versão de Super Nintendo de SIM EARTH

Então o primeiro RPG de Nintendo 64 também é um dos primeiros jogos originais desenvolvidos pela Imagineer, é cego guiando cego, o que possivelmente poderia dar errado?


Oh Deus...

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

[#1212][Nov/97] THE GRANDSTREAM SAGA

Começarei o texto de hoje fazendo uma revelação bombástica: jogos ruins são, bem, ruins. Sim, eu sei, eu sou um Xerox Rolmes. Mas então, muito raramente, quanto as estrelas estão certas e o vento sopra a favor, nós temos um jogo ruim... diferente.

Veja, existem alguns jogos que não são apenas ruins, eles são tão ruins que fazem as coisas de uma forma espetacularmente ruim ao ponto que vc fica hipnotizado pela ruindade e pelas escolhas pavorosas que eles tomaram. É o tipo de jogo que vc nem fica puto realmente, vc fica em choque com a mão no queixo e um sorriso nervoso de "meu deus, como eles não viram que essa ideia é uma merda"?

Em outras palavras, esse jogo é o The Room dos videogames. Simples assim, aquela coisa que é tão catastroficamente ruim que é na verdade uma perola pela sua ruindade! Isso sendo dito, vamos começar do começo...

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

[#1195][Mar/98] REBOOT


Era uma vez, um homem com uma visão. Com efeito, um grupo de homens com uma visão... e enquanto isso é a descrição de como começam as piores coisas que a humanidade já fez nesse planeta, eu prometo que dessa vez não será. Do contrário, vamos falar de algo extremamente positivo!

Os rapazes em questão são Gavin Blair, Ian Pearson, Phil Mitchell e John Grace. Juntos, eles tinham a visão que podiam usar a tecnologia para novas formas de histórias, formas que não poderiam ser atingidas de outras maneiras!


... e assim eles ficaram conhecidos por fazer a CG do clipe "Money for Nothing". Tá, nem tão artisticas assim, eu suponho... mas então eles precisavam pagar as contas de alguma forma e fazer o clipe do Dire Straits não é o pior cenário possível. Mas apesar de ter feito isso, não era aí que eles queriam chegar - onde eles queriam realmente chegar era o que viria a ser conhecido como Reboot.

domingo, 3 de dezembro de 2023

[#1194][Mar/98] RASCAL


Estamos agora na época dos jogos que caminham para a metade de 1998, e isso significa que estamos exatamente na metade da vida do Playstation 1. Lançado no final de 95 e substituido no ano 2000, jogos agora da meiuca de 98 são a metade do caminho e isso implica em algumas coisas boas.

Em primeiro lugar, a mais óbvia é que a essa altura todas as grandes desenvolvedoras estão plenamente confortáveis com o hardware do Playstation e todos big players do mercado tem no minimo dois colossais hits de sucesso. A Konami já tinham emplacado a essa altura CASTLEVANIA: Symphony of the Night e WINNING ELEVEN 3, a Capcom estava plena e confiante com RESIDENT EVIL 2 e STREET FIGHTER ALPHA 3, a Squaresoft já tinha soltado no mundo FINAL FANTASY TACTICS e PARASITE EVE, a Namco com TEKKEN 3 e SOUL EDGE. Vc pegou a ideia, a era dos jogões corria solta.

Uau, essa certamente é uma das telas de press start mais "design is may passion" da história dos videogames. Tem um dinossauro, a lua, um dude anos 90 radical seu coroa, ta faltando só o skate

Em segundo lugar, a outra coisa é que mesmo as desenvolvedoras menos competentes dificilmente lançariam jogos quebrados e vagamente funcionais. A familiaridade com a programação do console na metade da vida dele significava  que mesmo os jogos mais hediondos e catastróficos não teriam problemas básicos de camera, controles, detecção de colisão e todas essas coisas que todo mundo a essa altura - mesmo os mais chinelões já sabiam fazer.

Então por pior que um jogo possa ser, ele não o tem como ser taaaaao ruim quant...


... Oh boy...

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

[#1192][Mar/98] KARTIA: The Word of Fate (ou "Rebus" no Japão)


Ao longo de todos esses vários anos nessa indústria vital, eu acumulei algumas opiniões que podem ser consideradas... impopulares, vamos dizer assim.

AH NÃO CARA, NÃO PODE SER! NEM TEM MAIS JOGO DO SONIC, ESSE É UM JOGO EXCLUSIVO DE PLAYSTATION! COMO QUE TU ACHOU UM JEITO DE FALAR MAL DA SEGA?

Então, Jorge, esse não é um texto pra falar da Sega, era de outra opinião impopular. Mas sim, Sonic em 2D nunca foi bom (para maiores informações, vide meu texto sobre SONIC 2). A opinião impopular de hoje é que, bem, eu não realmente acho a arte do Yoshitaka Amano muito boa para jogos. Sim, eu estou dizendo que não acho o design do artista principal de Final Fantasy essa Coca-Cola toda. Podem vaiar agora.