quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 005] DANAN: THE JUNGLE FIGHTER (Master System, 1990) [#128]



Um dia, numa terça-feira preguiçosa de 1990, dois funcionarios da Sega estavam coçando o saco e jogando Uno - não necessariamente nessa ordem - quando a seguinte conversa emergiu:

- Véi, esse ano tá fraco, né?
- Ô! Esses filmes novos não tem como kibar sem colocar esforço... Hollywood nunca pensa na gente
- Mas escuta, E SE, olha só, E SE ao invés de um filme a gente kibasse... um jogo nosso?
- Você quer dizer copiar algo que nós mesmos fizemos? Uau, isso é o fundo do poço até para os nossos padrões. Me fale mais, fiquei interessado!
- Então, sabe o que faria o Master System bombar e sozinho totalmente derrubar o Super Nintendo?
- Ter bons jogos?
- Seja realista, cara! Estou falando de um bom jogo de bárbaro!
- Ah, você quer dizer que deviamos copiar Golden Axe?
- Nah, estava pensando em um jogo de plataforma...
- Sei, tipo Rastan então?
- É! Isso! Vamos refazer Rastan, só que com outro nome!
- Que nem Conan?
- Usado...
- Que tal Rahan?
- Excelente ideia, mas já foi usado também... e agora vou passar o resto do dia com essa música na cabeça. "Rahan, mais rápido que o vento! Leal, amigo até do oceano! Sempre mais forte Rahan!"
- É, acho que todas boas ideias já foram... sei lá, a gente pensa nisso depois do almoço. Falando nisso você viu meu Danoninho?
- É isso! Que tal Danan?
- Acho que temos mais um clássico Sega nascendo!

E foi assim que terminamos com o jogo de hoje: Danan, o guerreiro da selva. Pouco surpreendentemente, este jogo nunca foi lançado no Japão ou nos Estados Unidos - o que normalmente significa "lá vamos nós..."

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 005] GAIN GROUND (Master System, 1990) [#127]



Estamos no ano 3000. A raça humana atinge o ápice da sua civilização: não há mais pobreza, guerra ou discriminação. Crime e violência são conceitos que pertencem apenas aos bancos de dados de história. O ser humano é essencialmente bom e sabe viver em harmonia com seu semelhante.

Isso levou o Governo Unido da Terra a uma preocupação: e se, por qualquer motivo, a raça humana precisar se defender? Vai ser muito ruim termos um planeta habitado apenas por moloides inofensivos. Então, para reviver os instintos de sobrevivência dessa sociedade perfeita eles desenvolveram um incrível simulador de guerra, o Gain Ground System.

Como você já pode deduzir, isso deu filhadaputamente errado. O sistema entrou em berserk, e todos seus criadores se tornaram seus refens. O Governo Global enviou um grupo de resgate, que com sua habilidade em ser moleirões acabou apenas sendo cooptado pelo sistema. E então mais outro, mais outro, e mais outro.

Na última tentativa, porém, três soldados voltaram com vida. Agora o governo tentará mais uma última vez, enviando esses sobreviventes. Se eles falharem, a única opção remanscente será explodir a coisa toda com todas as pessoas que estão refens lá dentro. É aqui que você entra, jogando com  um desses três bravos guerrilheiros que terá que entrar novamente no coração da besta e não sair até ter GANHO TERRENO.

... o que também significa que as pessoas que você mata no jogo são aquelas que você deveria estar salvando. Mas hey, bem vindo a maravilhosa lógica dos games dos anos 80!

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 004] THE SECRET OF MONKEY ISLAND (ou nunca pague mais que 20 paus num jogo) [#126]


Quando eu escrevi sobre Maniac Mansion, disse que o legado que o jogo deixava era muito mais seu conceito de engine que criou os jogos point'n click do que o jogo em si. Bem, isso é compreensível: a equipe da Lucas Arts gastou boa parte do tempo e dos recursos trabalhando em criar a SCUMM engine do que no jogo em si.

Bem, imagine esse texto como uma sequencia dessa narrativa: a continuação começa alguns anos no futuro agora. Quatro jogos depois, Ron Gilbert e Gary Winnick não são mais novatos na area, pelo contrário: são profissionais respeitadíssimos que sabem exatamente o que funciona e o que não funciona em um jogo. Aliado a isso, a SCUMM engine está em seu mais pleno funcionamento.

O que significa que nossos amigos da Lucas Arts agora tem o equipamento, o tempo, os recursos e a experiência para fazer um dos melhores jogos de suas carreiras. E foi isso que eles fizeram. Hoje falaremos sobre o Segredo da Ilha do Macaco!

sábado, 24 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 010] RUNNING BATTLE (Master System, 1991) [#125]



Hoje falaremos de um jogo do qual ninguém nunca ouviu falar, estou muito animado com isso porque tenho certeza que essa é uma perola perdida a ser descoberta e... como é que é, produção? É um jogo de Master System... sei, e o que mais? Da Opera House, a empresa que fez "My Pet Dolphin" pro DS? Hm, e o que mais? Hã, ele foi lançado só na Europa e no Brasil?

Ok pessoal, não vou enganar ninguém. Esse jogo vai ser uma bosta, mas vamo que vamo...

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 010] THE CYBER SHINOBI: Shinobi Part 2 (Master System, 1990) [#124]



Conseguir criar o pior jogo de Master System de todos os tempos não é tarefa fácil, dado que a concorrência é avassaladora. Eu ainda acho que essa honra duvidosa ainda pertence a Indiana Jones e a Última Cruzada, Jesus no pogobol como esse jogo é ruim, mas as calças boca de sino da Micky James são testemunhas que a Sega tentou o quanto pode levar essa taça pra casa com tCB:SP2.

Mas se eu estou surpreendido com isso é por culpa minha, eu devia ter percebido os sinais, eles estavam bem claros desde o começo. A Ação Games deu nota mínima no quesito "Diversão" para esse jogo e puta que pariu, eles nunca dão nota mínima pra nada! (ao menos nessa época). Ok, talvez o Ioiô estivesse chateado porque um dos coleguinhas começou a engrossar a voz e perdeu o charme, e por isso deu nota ruim para o jogo.

Mas ai então pesquisando a respeito no cenário retrogamer brsileiro percebo que até para os fãs de jogos antigos esse jogo é uma bosta. Mas puta que me pariu 2: a vingança de putanga, brasileiros nunca falam mal de nostalgia! Quer dizer, eu moro em um país onde Cavaleiros do Zodiaco é visto como um anime EXCELENTE (eu nem disse bom)! O quão ruim alguma coisa precisa ser para que a nostalgia brasileira não passe a mão na sua cabeça com peninha?

E então, o coup' de grace!


Tá, não esse Coup de Grace...

O golpe de misericordia é que esse jogo, apesar de ter sido feito por japoneses, nunca foi lançado no Japão. Nem nos Estados Unidos. Agora pense, o quão ruim precisa ser um jogo para que você não tenha coragem de lançar ele em qualquer lugar com que você tenha algum contato pessoal ou profissional?

Por esse motivo, THE CYBER SHINOBI: SHINOBI PART 2 foi lançado apenas no Brasil, Europa e Australia. Oh boy, isso é um mal sinal, não é?

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 010] BONANZA BROTHERS (Master System, 1991) [#123]



Por mais resmungão que eu seja, a verdade é que no fundo eu sou bastante indulgente com videogames - no sentido que eu dou colheres de chá aos seus defeitos que eu não daria a outras mídias. Mais ainda quando o jogo tenta algo novo e diferente, algo criativo.

Por exemplo, como a vez em que a Sega criou um jogo de furtividade em 1990.

TÁ, GRANDE COISA, METAL GEAR FEZ ISSO TRÊS ANOS ANTES!

Eu não terminei. Criou um jogo de furtividade para os ARCADES em 1990.

ESPERA, ISSO NÃO FAZ SENTIDO! ARCADES ERAM FEITOS PARA TIRAR FICHAS DAS CRIANÇAS, COMO SE FAZ ISSO EM UM JOGO QUE TEM O RITMO MAIS LENTO E QUE PRECISA DURAR MAIS DO QUE 30 SEGUNDOS PARA SER DIVERTIDO?

Exactamundo! Viu como foi criativo?

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 010] ROBIN HOOD: PRINCE OF THIEVES (NES, 1991) [#122]



Pode parecer estranho dizer isso em 2018, mas acreditem ou não, houve um tempo em que Kevin Costner era um galã para Hollywood. Eu sei, hoje ele é conhecido por ter a morte mais imbecil da história dos filmes de super-heróis, mas nem sempre as coisas foram assim.


Quer dizer, morrer para salvar um cachorro é algo totalmente digno. Mas você parou pra pensar que a chave estava na ignição, Jonathan? Dava pra ao menos ter tentado sobreviver, Jonathan? Você parou pra pensar que o carro estava longe o bastante para ninguém ver o que quer que o Clark precisasse fazer para salvar o cachorro, Jonathan? Sério, não tinha motivo NENHUM para não mandar a porra do SUPER-HOMEM no teu lugar, Jonathan! Mas nenhum MESMO! SUPER. FUCKING. HOMEM. Puta merda, Jonathan, mas tu é tão retardado que só não faz parte da tripulação da Prometheus por uma questão de tempo.

Kevin Costner, senhoras e senhores.

Ele não é um mal ator, apenas tem um agente que deliberadamente o odeia e escolhe os piores papéis do mundo pra ele. Mas isso é agora, nos anos 90 ele era o gostosão do pedaço e, logo, foi a primeira escolha quando Hollywood decidiu que a lenda de Robin Hood daria um excelente épico de...



... breguice. Puta merda.

Anos 90, senhoras e senhores.

Mas enfim, o filme não é de todo ruim (eu acho, faz mais de vinte anos que eu assisti pela última vez) e tem um grande elenco: Morgan Freeman, Christian Slater (antes da carreira dele acabar naquele filme do Batman) e Alan Rickman foi indicado ao Oscar por esse filme.

Mas anos 90 sendo 90 como eram, seria de se estranhar se o filme não viesse acompanhado de um joguinho vagabundo para exponenciar os lucros, certo? Quer dizer, fizeram jogo até da Caçada ao Outubro Vermelho, pelo amor dos quarians!

Então eu esperava um jogo genérico de plataforma no qual apenas mudariam o sprite na última hora para o personagem licenciado - foi assim que o jogo do Batman do Nintendinho nasceu, saiba você. Surpreendentemente, Robin Hood do Nintendinho é uma boa adaptação. O que não quer dizer que necessariamente seja um bom jogo. Mas vamos a isso...



segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 010] GOLDEN AXE 2 (Mega Drive, 1991) [#121]



Não é muito segredo para as 3,15 pessoas que acompanham esse blog que eu não sou um grande fã da SEGA. Quer dizer, eles tinham uma boa visão de mercado no começo dos anos 90 e algumas boas ideias, que só eram superadas por sua falta de recursos e/ou talento para executa-las.

Uma das boas ideias da SEGA daquela época foi kibar filmes famosos em seus arcades. Funcionava assim: Top Gun está fazendo sucesso? Então vamos fazer um arcade de aviões para surfar nessa onda mas não usar o nome Top Gun para não gastar um centavo no licenciamento disso. Assim nasceu After Burner. Opa, agora a molecada quer policiais-robos que passam o fogo em tudo? Tá na mão E-Swat.

Nenhum desses jogos era particularmente complexo, no sentido que ninguém se deu muito ao trabalho de pensar qualquer coisa mais profunda de "hey, que filme da moda podemos chupinhar agora?". A SEGA é mais ou menos o equivalente dos anos 90 daqueles DVDs piratex sem vergonha como "Carrinhos" ou "Ratatoing" - colocando tanto esforço nos seus jogos quanto.

E como não poderia deixar de ser, teve o dia em que a SEGA decidiu criar o seu próprio "Conan, o Barbaro" só que sem o Arnoldo socando camelos. 

Fino.

Então Axé Dourado saiu para os arcades e foi um grande sucesso na época, porque convenhamos, o padrão de competição não era exatamente elevado. Se bem que estou sendo ranheta aqui: Golden Axe é um jogo decente para o que propõe a fazer. Desculpem, eu não sou exatamente um grande fã de beat'm ups, e realmente não estou surpreso que esse genero tenha morrido nos dias de hoje - exceto quando vende exclusivamente por nostalgia. 

De qualquer forma, a adaptação Axé Dourado foi um dos títulos iniciais de lançamento do Mega Drive e até eu sou obrigado a reconhecer que ter jogos de fliperama em casa era um grande ponto a favor do seu videogame.

Então eu concedo que Golden Axe foi uma grande coisa para o Mega Drive. Mas aí a SEGA, sendo a SEGA, because SEGA, pensou "hm, como eu posso tirar mais leite dessa vaca fazendo o mínimo esforço possível?"

E a resposta foi: "Já sei, refazer o jogo usando o mínimo esforço possível!". Clássico SEGA.
E é aqui que entra Golden Axe 2.

domingo, 18 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 010] SNOW BROTHERS (NES, 1991) [#120]



O rei QUEIMADURA era um homem... ou demônio... ou o pior cosplayer do David Bowie de todos os tempos ... Mas enfim, dizia eu que o rei QUEIMADURA tinha um sonho. Mas ao contrário de muitos de nós, que sonhamos com coisas simples e inspiradoras como ter um emprego melhor, encontrar o seu grande amor ou que o Cinesystem mude o seu videozinho de instruções antes dos filmes, o rei QUEIMADURA sonhava em dominar o mundo.

O que o impedia, você pergunta? Ora, ele era impedido por nada senão os príncipes Nick e Tom. Sim, eu sei, esses nomes parece tirados daqueles perfil de mãe solteira no Tinder que levou um pé na bunda depois de embuchar e posta algo como "Tenho um principezinho que é a minha vida, se não curtir nem dá like". Mas enfim, os nomes são esses mesmo.

Não é dito como, exatamente, os príncipes Nick e Tom conseguem impedir que ele domine o mundo. Teremos que viver com o fato de que jamais saberemos. É dito apenas que eles são os príncipes da BRANCOLANDIA. O que me faz imaginar que o jogo se passa no Brasil em 2019 se o Bolsonaro ganhar a eleição.

Mas estou divagando, adiante com essa pandêmica história: após muito matutar, o rei QUEIMADURA descobriu um modo de se livrar dos seus maiores inimigos. Isso, é claro, seria usando uma complicadíssima magia antiga para transforma-los em bonecos de neve.

Porque, tal qual Valdemar, o rei QUEIMADURA não acredita na boa e velha magia do TREZOITÃO. Não, claro que não. E tal como Valdemar, o rei QUEIMADURA tomou bonitaço no toba por causa disso. Claro que sim, como não?

Acontece que os principes Nick e Tom não só sobreviveram ao processo como ganharam incríveis poderes congelantes. Parabains, Queimadura. Mas parabains mesmo! Isso é pra tu aprender a só usar a porra de um trabuco pra matar duas porcarias de crianças! Parabains a todos os envolvidos, dez horas de parabains para todos!

BOA CINDY, MUITOS PARABAINS!

Parabains pra ti também, Valdemar. Cabeçudo da porra...

Mas enfim, continuando a epopeia, mal suspeitava o rei QUEIMADURA que seus maiores inimigos agora estavam mais bombados que a panturrilha da Graciane Barbosa e seguiu seu plano de dominação global ... sequestrando as princesas gemeas Tina e Terri do minúsculo reino da NEVELANDIA.

Espera, o que? Como isso pode ajudar a dominar o mundo? Tá vendo, Queimadura, é porque tu pensa com o cotoco de cigarro e não com a cabeça que tu se mete nessas situações e acabava sempre sendo derrotado pelos filhos da mãe solteira do Tinder! Mas puta que me pariu, foco homem! Ou demônio. Ou Goblin com hepatite, sei lá que porra tu é.

De qualquer forma, domina o mundo primeiro e DEPOIS corre atrás das princesas gemeas. Que merda, quando tu dominar o mundo tu pode criar um imposto de princesas gemeas menores de 12 anos se isso é tão importante assim pra ti. Sim, porque as duas princesas juntas claramente não tem idade sequer pra assistir Domingo Maior.


Mas enfim, nossos heróis que entraram numa fria descobrem seus recém adquiridos poderes e vão até o castelo do rei QUEIMADURA resgatar as princesas gemeas porque... bem, são princesas gemeas, acho que é meio obvio porque qualquer um enfrentaria hordas infinitas do mal pela magia do capo de fusca sincronizado. Até porque a outra opção seria fazer um perfil no Tinder e dar de cara com a mãe deles, melhor não.

sábado, 17 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 003] JAMES POND: UNDERWATER AGENT (Mega Drive, 1991) [#119]



Ok, vamos tirar isso do caminho. Seu nome é Pond, James Pond. Agente bolha-bolha-sete, agente sea-creto, licença para nadar. Considere essa sua inoculação contra a incessante barragem de trocadilhos aquáticos de James Bond que compõem o jogo de hoje: a versão Megadrive de "James Pond: Underwater Agent"! Por que estou jogando a versão Megadrive em vez original no Amiga? Uma enorme razão: os controles respondem um pouco melhor, mas o verdadeiro bônus do port para o Mega Drive é que a barra de status é de um tom sensível de laranja e não as cores punitivas da versão Amiga que fazem seus olhos sangrarem!

Sério, olha isso! Olha só isso!

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 010] STAR WARS (de 1991, não o que o Darth Vader é um escorpião) [#118]





Star Wars do Nintendinho é tudo que uma adaptação de filme para um videojogo poderia esperar ser, ao mesmo tempo que é tudo que um game deve evitar ser. Parece confuso, mas eu explico.


quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 010] BIG RUN: The Supreme 4WD Challenge (SNES, 1991) [#117]


Videogames funcionam como qualquer outra grande indústria - tipo a música ou o cinema. É só alguma coisa fazer sucesso que está estabelecida a política de "siga o líder!". Desta forma, tanto no cinema quanto nos games, para cada grande título famoso existem 8.4 octobilhões de clones safados.

Neste caso aqui, o "líder" a ser batido é o clássico Outrun: todo mundo quis fazer o seu próprio "pegue o seu porche e saia pelas estradas" genérico, até mesmo a Square entrou nessa (nascendo assim Rad Racer".


Você sabe que o protagonista de Outrun é podre de rico não porque ele tem uma Ferarri Spider ou uma namorada, mas pq ele organizou um racha só pra ele e a arquibancada lotou para assistir!
A Jaleco (Rival Turf, Totally Rad) não foi exceção, criando o seu clone de Outrun para os arcades sob o nome de Big Run. Supostamente o jogo é baseado no clássico rally Paris-Dakar, mas isso tem tanta relevancia para o arcade quanto a história do jogo do Sonic tem para o Mega Drive.

Só que aí na hora de fazer o port do jogo para o Super Nintendo alguma alma iluminada na Jaleco pensou "olha, ao invés de lançar o 59 bilhonésimo clone de Outrun, E SE, veja bem, E SE nós fizessemos um jogo diferente e realmente baseado em Rally"?

Foi assim que nasceu BIG RUN (não confundir com BIG RIGS!)

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 010] F-ZERO (ou Mario Kart Origins) [#116]



Nenhum gamer é perfeito. Ninguém jogou todos os jogos que devem essencialmente jogados. Todos nós temos alguma lacuna ou falha em nossa formação gamistica, e eu não sou exceção a regra. Eu nunca joguei muitos jogos clássicos mais classicos da classicalidade classical dos games, como Half Life, Mario 64 e Warcraft. Parte da ideia dessa série de jogos da Ação Games é justamente jogar coisas que eu tinha esquecido ou o tempo esqueceu.

E F-Zero é um desses jogos.

Bem, não é que eu NUNCA joguei F-Zero, tinha em uma das locadoras do bairro (meu bairro tinha duas, mas uma era duas quadras mais longe que a outra e duas quadras são muita coisa quando voce é criança). Eu aluguei uma ou outra vez e lembro de não ter conseguido jogar por ser muito dificil, de modo que eu não sei absolutamente nada sobre o jogo.

Que surpresas será que me esperam?

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 004] KRAZY KREATURES & PYRAMID (NES, 1990) [#114][#115]



Como eu disse quando falei sobre a história dos video games, o modelo de negócios envolvendo cartuchos era um dos pilares de como a Nintendo tocava suas contas. Era tão importante que eles decidiram não abrir mão disto para lançar jogos em CD na geração dos 32/64 bits, o que hoje todo mundo sabe que não deu certo mas na época não foi uma decisão de todo absurda não.

As empresas que faziam jogos odiavam esse sistema, mas até 1995 quando a Sony lhes ofereceria outra opção viavel (também conhecida como "Playstation"), não tinha muito que eles pudessem fazer exceto lançar seus jogos para o Mega Drive... err, melhor continuar pagando os royalites e obedecendo as regras da Nintendo mesmo.

Exceto por uma empresa, que olhou essa situação e teve a ideia mais brasileira possível! A American Video Entertainment simplesmente saiu lançando cartuchos para o NES sem que a Nintendo visse um único centavo disso apenas because mariolas molhadas.

A essa altura você pode imaginar que era obvio que eles tomariam um processo nas fuças, certo?

domingo, 11 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 009] THE LONE RANGER (ou o Red Dead Redemption do Nintendinho) [#113]



Responda rápido: qual é o nome do cavalo do Zorro e do melhor amigo dele? Se você respondeu que o cavalo do Zorro se chama Silver (do clássico bordão "aiooooooo Silver!") e o melhor amigo dele é o índio Tonto (que coisa mais politicamente incorreta, heim?), vem cá, dá um abraço. Mentiram pra você também. Tamo junto nessa, mano!

sábado, 10 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 003] 688 ATTACK SUB (PC, 1989) [#112]



Imagine o seguinte cenário: você está ali, de boas na lagoa em seu encouraçado fumando seu charutinho e pensando em como as coisas seriam se fossem coloridas (afinal todos sabem que o mundo era preto e branco até os anos 70). Então ocorre uma explosão e um dos navios da sua frota simplesmente afunda. Assim, do nada.

Então, outro. E mais outro. Até que o seu navio vai a pique e você morre porque estavam transportando um carregamento de Kate Winslets e as safadas ficaram com todas as tabuas disponíveis.

Pois saiba você que isso realmente aconteceu: em 1914 três navios da marinha britania desapareceram dentro do intervalo de menos de uma hora. Pq? Porque submarinos são fodas, that's why.

Conceitualmente, submarinos são a arma de guerra mais legal já inventada pelo homem. São praticamente o Batman dos oceanos agindo furtivamente e naufragando navios de guerra com capacidade de fogo dezenas de vezes superiores. Claro, depois inventaram submarinos capazes de disparar misseis nucleares e aí essa porra ficou OP pra caralho.

Mas o ponto é que, sendo tão fodas como são, seria de se esperar que vissemos alguns jogos de submarino por aí, não é? Então, não exatamente e 688 Attack Sub ilustra mais ou menos o pq.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 004] HUDSON HAWK (Nintendinho, 1991) [#111]



Sexta-feira de carnaval e eu estou sentindo solta pelo ar ... Uma energia que quer me dominar!

É uma coisa louca que vem na minha direção, que me contagia e até dispara o coração. Eu acho que já sei de onde vem essa força que me deixa assim: está bem em frente a mim! É uma vibração, é tanta emoção que o corpo quer se agitar. Quando eu terminar de contar ...

Cinco, quatro, três, dois, um...

É um jogo bosta! Jogo bosta, jogo bosta, jogo bostaaaaaaaaaa!!!!


quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 003] GOLDEN AXE WARRIOR (Master System, 1991) [#110]



A Sega é alguma coisa realmente especial. Primeiro, eles fizeram um jogo para surfar no sucesso de Conan sem precisar pagar um único centavo ao Schwarzenneger e assim nasceu o beat'm up de barbaros conhecido Golden Axe. Só que a Sega não é a Sega se não segar severamente, então eles usaram seu pedido de processo por infração de copywright para surfar no sucesso de Zelda, e lançaram um jogo muito, muito parecido com o clássico da Nintendo para o Master System. Porque se as gambiarras não estão empilhadas, não é da Sega que estamos falando!

Agora, sabe a coisa interessante? Normalmente quando a Sega lança um jogo apenas para "ter um equivalente da Nintendo", o resultado são jogos que não seguram uma vela para o original em qualidade (sim, Zillion, eu estou vendo você aí no canto fazendo cosplay de Metroid!). Será que dessa vez será diferente?

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 003] PGA GOLF TOUR (Mega Drive, 1991) [#109]



Eu nunca tinha pensado sobre isso até agora, mas jogos de esportes individuais são muito mais dificeis de se produzir do que jogos de equipe. Isso porque quando tem outro time em campo (ou em quadra), muitas coisas diferentes podem acontecer - mesmo que seja um esporte onde a interação com o time adversário seja bem reduzida, como no baseball.

Agora quando é só você contra você mesmo, bem, é realmente MUITO mais dificil fazer um jogo interessante disso. Tanto é que não existem grandes franquias de esportes individuais atualmente... com uma única exceção: golfe. É sobre esse jogo que falaremos hoje.

Em 1990 a Eletronic Arts queria lançar outro jogo de golfe, afinal é um esporte muito pouco prático de se realizar na vida real (você não pode simplesmente reunir os amigos e ir dar uma "golfadinha" em um campinho qualquer) e isso o torna perfeito para os videojogos. A coisa é que, como citado anteriormente, por ser um esporte individual golfe é uma vaca da qual é muito dificil ordenhar alguma que já não tenha sido feita antes.

Foi aí que caiu a ficha: é exatamente isso que eles tinham que fazer. Um jogo de golfe como nunca tinha sido feito antes.

E foi assim que nasceu PGA Golf Tour.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 003] CASTELIAN (NES, 1991) [#108]


NOTA: Nebulous é um jogo lançado para PC em 1987, mas cada port que recebia gerava um novo nome. Então esse jogo também pode ser conhecido como Kyorochan Land, Subline e Tower Toppler. Hoje falaremos sobre a versão de Nintendinho, que recebeu o nome de Castelian.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 003] WARDNER (Mega Drive, 1990) [#107]



Toaplan, a responsável por clássicos imortais dos consoles como ZERO WING e SNOW BROS, orgulhosamente apresenta...

WARDNER!!!!

Ooooooohhhhhh yeaaaaaaahhh fucking wardner fucking America fuck yeah! Mewdewsducéu, Wardner!!! Aquele baita jogo que mofava nas locadoras porque ninguém alugava, me pergunto o porque disso... mas sem enrolação, vamos a ação!

Wardner era um fliperama papa-ficha de 1987, muito antes da EA decidir que queria cobrar 15x pra você jogar o jogo. Pq antigamente que era bom, né? Enfim, era um clone de Ghoul'n Goblins porém com uma temática muito mais radical, irada e sanguinozoio!

Sim, porque ao invés de ser o Rei Arthur enfrentando o Satã, era um jogo sobre... João e Maria. Não, eu não to brincando.

domingo, 4 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 002] LAS VEGAS GAMBLERS (PC) [#106]

 
Então, nas últimas páginas da segunda edição, aos 43 do segundo tempo, finalmente aconteceu. A Ação Games me venceu. Fui derrotado, batido, debulhado e micreirado. Isso porque simplesmente não existe em lugar nenhum esse tal de "Las Vegas Gamblers". Eu procurei todas as variantes que podia, procurei em jogos de cassino dos anos 80, procurei no gamefaqs, pesquisei até pelos jogos lançados pela Brasoft e nada!

Derrotado, perguntei até pro Jorge e tudo que eu consegui foi isso:

Sabedoria não é saber para onde ir, e sim saber para onde não se deve voltar!
Viram com o que eu tenho que trabalhar aqui?

sábado, 3 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 002] COSMIC SHERIFF (MSX, 1989) [#105]



Nesses últimos dias eu andei refletindo bastante a respeito do MSX e se eu deveria continuar jogando os jogos do console-computador ou apenas adiciona-lo a categoria de portateis - ou seja, gameplays levianos que, enquanto não necessariamente ruim, não são mais profundos que joguinhos gratuitos de celular e não me acrescentam absolutamente nada enquanto jogador.

Eu pensei muito sobre isso, pensei bastante e decidi dar uma última chance ao aparelho da National, Sony, Pioneer, Panasonic, Samsung, Sharp, Philips, Canon, Yamaha, Toshiba, Mitsubishi, Hitachi e Casio. É, aparentemente até o Dogão da Esquina lançou um tipo de MSX, mas isso não é relevante aqui.



O ponto é que eu decidi que o aparelho terá uma última chance de brilhar, uma última chance de mostrar tudo que é capaz antes de ser banido do glorioso, épico e pangrassiano projeto MESTRE SUPREMO DOS GAMES. Não precisa ser um jogo espetacular, apenas precisa ser um jogo. Só isso, MSX, algo que eu possa bater no peito e dizer "sim, eu joguei um videogame!".

Então vai lá, Cosmic Sheriff meu filho, mostra pra que tu veio, orgulha a nação meu lindo!

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 002] AFTER THE WAR (MSX, 1989) [#104]



Algumas pessoas nascem com uma missão claramente definida na Terra. Edward Jenner inventou a vacina e salvou mais vidas do que qualquer livro poderá contabilizar um dia, Isaac Newton inventou uma matemática que previu com perfeição como a física funcionava séculos antes dos fenomenos poderem serem sequer observados, e Jordan Mechner nasceu para fazer o pior jogo de todos os tempos.

Eu sei que eu bato muito nessa tecla, mas não acho possível exaltar o suficiente o quanto Karateka é o pior jogo que eu já joguei na minha vida (até o presente momento). Oh, maldito seja Jordan Mechner e sua vil criação que me assombrará até o último suspiro do meu ser!

Mas divago. Um ponto para provar o meu ponto é esse não tão simpático joguinho de MSX chamado After The War que, por todos os méritos, é um jogo hediondo, pamonhoso, tão ruim que foi um dos motivos da convenção de Genebra ser criada depois de ter sido usado como arma nos campos de batalha. Mas que ainda sim é melhor que Karateka.

Vamos a isso.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 002] MORTADELLO Y FILEMON 2: Safari Callejero (MSX, 1989) [#103]



Sabe, por mais que eu reclame e faça piadas, a verdade é que essa ideia de jogar todos os jogos da Ação Games  tem me ensinado diversas coisas interessantes. Uma coisa que eu aprendi, por exemplo, foi sobre o MSX.

Até esse ponto eu sabia que existia esse videogame bizarro que rodava com disquetes e fitas cassete, e que de alguma forma fez com que o genero de stealth nascesse quando Hideo Kojima descobriu que o computador-videogame não tinha capacidade suficiente para rodar o jogo de ação que ele queria fazer.

O ponto é que essa é a impressão errada do MSX, com a experiencia que eu tive até agora eu começo a entender que ele estava muito mais para um rival do Gameboy, com mini-games casuais e jogos de plataforma extremamente simples, do que do Nintendinho. Claro que você não poder levar o MSX com você na hora de dar aquela cagada ou na reunião dançante que você vai ficar sentado no canto esperando  a hora da sua mãe te buscar o faziam perder em comparação com o Gameboy. Ou até podia, mas isso meio o que meio que explicaria porque você era o cara sentado no canto sozinho. Mas divago, o ponto é que é esse tipo de mentalidade que você tem que ter para os jogos do MSX, e vendo por esse ponto eles não são de todo ruim. Ao menos são melhores que Karateka, mas isso não quer dizer muita coisa realmente, né?

Agora que compartilhei esse momento de sabedoria com vocês, falaremos do jogo de Mortadelo e Salaminho. Se você nunca ouviu falar deles, não se preocupe: a Ação Games também não, porque MAIS UMA VEZ publicaram o nome do jogo errado.

Pq é claro que sim, como não,  né?