domingo, 18 de junho de 2017

[AÇÃO GAMES 007] ROCKIN KATS (ou N.Y. Nyankies) [NES] [#056]



No Japão "nyah" é a onomatopeia que eles usam para o som de gato,  equivalente ao nosso "miau". Eu queria dizer isso porque dá para ver um trocadilho bem sem vergonha com o titulo japones do jogo já que é sobre um gato que tem altas aventuras em Nova York. Só a Atlus mesmo pra fazer um jogo só pra poder usar um trocadilho, sua safadeeeenha linda!

Mas o resto do jogo em si?


Rockin 'Kats é o perfeito exemplo de um jogo em que os desenvolvedores surgiram com uma mecânica de jogo incomum, mas não tinham um lugar real para ir com ela. O truque neste caso é que Willy, o protagonista gato, tem uma daquelas armas antigas de cartoon que disparam uma luva de boxe em vez de balas. A luva pode ser usada para derrotar os inimigos, propulsar-se nos pisos e paredes, e para agarrar em certos objetos de fundo. Tipo Bionic Command, mas menos prático -  ele não sobe ou desce, ao invés disso ele gira rapidamente em torno do objeto em um movimento de 360 ​​graus. Soltar o enviará voando e o timing é crucial para enviá-lo na direção certa com a distância certa. É difícil de dominar, mas com exceção de um estágio de bônus escondido que é difícil o jogo realmente não exige muito de você.

E esse é meio que o problema aqui, Willy pode ter um gosto bizarro em armamento, mas todo o resto sobre Rockin 'Kats parece sem inspiração. Você pode escolher jogar as quatro primeiras etapas em qualquer ordem selecionando canais em um aparelho de TV. Faz pouca diferença a ordem que você toma, pois os níveis são basicões que que a maioria dos jogadores os completará em aproximadamente uma hora, com apenas um obstáculo ocasional que requer um uso pouco ortodoxo da luva. O quinto nível recupera o desafio e o ritmo um pouco, mas revela sua falência de idéias, revivendo quase todas as lutas de chefe e mini-chefe em todo o jogo.

Ação Games errado o nome do jogo, mais uma vez


O que o jogo tem em criatividade com a arma do protagonista, as etapas de Rockin 'Kats faltam em design, impulso e perigo. Embora existam poços sem fundo, eles são a exceção e não a regra. Há um ponto em que você tem que usar a luva para se lançar continuamente no lado de um prédio. Cair não causa a morte aqui nem o estágio tem tempo.

E aí que acontece a coisa mais estranha: depois que o jogo acaba e os créditos terminam de passar, abre uma última fase. Só que essa, ao contrário das anteriores, usa ao máximo o potencial da luva de forma criativas e dificeis. Eu não sei o que aconteceu aqui, mas tem cara de problemas na produção do jogo se eu já vi isso alguma vez na vida. Enfim...

Visualmente o mundo do jogo é adorável. Mesmo que os personagens sejam compreensivelmente simples, é difícil resistir a este mundo cheio de cães gangsters. Eu também gosto da estranha aproximação do filme noir que os desenvolvedores levaram ao estilo artístico. Além disso, as várias áreas são muito pequenas, adicionando muita variedade aos fundos e aos inimigos.

A impressão que dá é que a Atlus teve algumas boas ideias para o jogo e fez a coisa só para poder usar a piada, mas meio que parando por aí. O que é uma pena, lembro de ter alugado esse jogo uma vez quando era criança e nunca mais ter conseguido jogar de novo porque o nome era em japones. Vejo agora que não perdi tanta coisa assim...

EDIÇÃO 009