Eu sempre considerei que o período entre 95 a 98 - a era clássica do Playstation - fosse uma das eras dos videogames que eu mais conhecia. Afinal eu passava a tarde nas locadoras jogando 1 real a hora (ou assistindo na maior parte do tempo, não é como se eu tivesse 1 real naquela época) tinha acesso a uma grande miriade de jogos. Além disso eu acompanhava religiosamente a Ação Games, então eu estava por dentro de tudo, certo?
O jogo de hoje não é um jogo qualquer, saiba você. Isso porque ao longo de infinitas eras em infinitos multiversos, todos os puzzles lutaram uma batalha inglória e que muitos consideravam impossível: competir com Tetris como o maior puzzle de todos os tempos.
Homens são ruíram por desafios menores que esse.
O que é "talento"? Existe mesmo uma predeterminação de até onde as capacidades de alguém podem chegar? E se existe, qual sua origem? É uma predeterminação genética ou uma consequencia do fenótipo onde alguém se desenvolve? Uma combinação de ambos, mais possivelmente?
Bem, enquanto essa é uma discussão mais complexa do que esse blog se propõe a faze-lo, o que é eu sei é que nem todos os homens são capazes das mesmas coisas. Mesmo que a partir das 00:01 de hoje eu execute a dieta e treinamento mais perfeito do mundo, eu nunca vou conseguir correr a mesma coisa que o Usain Bolt. Vou conseguir correr pra caceta e ganhar de todos vocês (o que não é tão dificil), mas existe um limite de até onde dá pra chegar.
Tá, mas pq eu estou falando de determinismo e talento? Não é, como alguém poderia pensar, que eu vou falar sobre um jogo solo do Neji Hyuga hoje e sim pq esse é o caso desse jRPG da Natsume. Lufia 2: A Subida dos Sinistrões é muito a cara de um jogo feito por gente obviamente esforçada em não fazer nada errado, mas falta aquele Schutzpa, aquele toque especial de genialide, aquele diferencial que as grandes obras de arte tem.
Lufia 2 é um bom jogo para o que um bando de pessoas comuns poderia fazer, mas justamente bate no teto de até onde o puro esforço pode levar alguém. É isso que veremos a seguir, mas vamos começar pelo começo.
Hoje, só pra dar uma apimentada nas coisas, vamos fazer algo diferente do que fazemos aqui de praxe.
E VC VAI FAZER O QUE? FALAR BEM DA SEGA?
Bem, na verdade sim.
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Deixe de ser uma voz imaginária dramática, Jorge. Eu com frequencia elogio a Sega nesse blog, ou pelo menos os arcades da Sega. E esse sendo o caso, não é realmente tão chocante assim dizer que Viboras Lutantes não é apenas um bom jogo, mas como uma boa sacada da Seguívora. Mas vamos começar do começo...
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| Uma sacada interessante aqui é que a contracapa americana é a capa japonesa do jogo, achei bem bacana isso |
Como estava o cenário dos jogos de luta 3D no meio de 1996? Bem, nas palavras do grande filosofo de nossos dias:
SID MEYER'S CIVILIZATION é um dos, senão "Ô", jogo mais ambicioso de todos os tempos. Quer dizer, você literalmente começa com uma tribo na idade da pedra e desenvolve a sua civilização até a conquista espacial. E eu estou falando literalmente: uma das formas de ganhar o jogo é ser a primeira sociedade do mundo a mandar uma missão para Alfa Centauri. "Uma das", existem 6 formas diferente de vencer a partida.
Se tem como um jogo ser mais ambicioso, eu não consigo visualizar como seria isso (embora eu não tenha jogado Everything, pode ser esse o caso). Para um jogo de 1991 então, é absolutamente insano que Sid Meyer não apenas visualizou esse jogo como conseguiu entregar um jogo espetacular, o homem é absolutamente um monstro. Só ver como SIM EARTH falha miseravelmente em um escopo menos ambicioso do que isso.
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| Sid Meyer in a nutshell |
Review número 950, um número tão bonito de review exige um jogo especial e, boy oh boy, você não realmente fica muito mais especial nesse blog do que contar histórias da Sega segando loucamente. E, sinceramente, você não fica muito mais seguívoro do que essa Segada da Sega. Mas vamos começar do começo...
Em 1996, a Sega estava desenvolvendo um jogo de luta 3D novo para competir com TEKKEN 2 de ter um jogo de luta menos tecnico que VIRTUA FIGHTER e mais ultradinamico do futuro. Esse jogo era Fighting Vipers, e eu falarei ele sobre ele dentro em breve. Até aí tudo bem, le magronese, certo?
"Masmorras e Dragões: Sombra sobre Mystara" é o terceiro beat'm up da Capcom inspirado em D&D (sendo que é apenas o segundo licenciado, no primeiro KING OF DRAGONS a Capcom não tinha a licença ainda)... o que me leva a uma questão realmente interessante: nós não falamos muito sobre o cenário de RPGs japoneses.
DO QUE TU TÁ FALANDO, CARA, RPGS JAPONESES SÃO UMA DAS COISAS MAIS CONHECIDAS DOS VIDEOGAMES!
Não, não jogos de videogame japoneses do estilo RPG, estou falando de RPG mesmo: uma mesa, fichas, dados, hangear com os dudes, the old stuff. Isso me fez pensar sobre como eram as comunidades de mesa no Japão e que tipo de jogos eles jogam. Kami-sama, eu não fazia ideia do quão fundo essa toca de coelho ia.
Sendo o grande expoente no campo dos jogos de luta 2D (disputando com a SNK), suponho que ninguém realmente fique surpreso em saber que era apenas questão de tempo até ela tentar a sorte no florescente campo dos jogos de luta 3D.
E enquanto a Capcom ainda estudava pra ver qual era a coisa dessa tal de terceira dimensão, as outras empresas enlouqueceram lançando lutadores 3D mais rápido do que você pode dizer "aiminhanossajogos3Dsãoanovamoda”. Enquanto a Capcom ainda nem sabia direito o que esses tais de jogos 3D comiam, algumas franquias nesse genero já estavam plenamente estabelecidos como BATTLE ARENA TOSHINDEN, TEKKEN 2 ou VIRTUA FIGHTER. Ou seja, a Capcom não estava apenas atrasada para o baile como a ecologia do genero já estava desenhada e eles precisavam correr atrás do prejuízo (desconfio que essa expressão não faz sentido, mas divago).
E é aqui que entra Star Gladiator, a tentativa da Capcom de começar nessa vida de jogos 3D... o que não é o melhor começo do mundo, pq pouta que o pareo amigo, nomezinho genérico do caramba heim? No lugar da Capcom eu teria escolhido um nome muito mais radical tipo “ORBITAL SOCK’EM” ou “SPACE DEATHNESS” (patentes pendentes). Mas o nome é Star Gladiator mesmo e é o que temos para trabalhar.
Então temos hoje para falar do patch de update do segundo maior acontecimento videogamistico em termos de jogos de luta dos anos 90: o terceiro jogo da série The King of Fighters. Mortal Kombat que me desculpe, mas eu nunca achei MK grande coisa como jogo de luta. Como fenomeno cultural e de popularidade, okay, o sucesso é inegavel, mas como jogo jogo mesmo... os cachorros grandes da época eram Street Fighter e The King of Fighters.
Pessoalmente, eu acho que o representante da SNK nessa luta é melhor que o da Capcom. Sim, eu acho The King of Fighters até esse ponto é melhor que Street Fighter e tem zero de nostalgia envolvida nisso. Pelo contrário, eu cresci jogando Street Fighter e nunca tinha sequer visto pessoalmente um jogo de KOF (em especial pq o jogo nunca saiu pra Super Nintendo, que foi a época que eu mais joguei jogos de luta), mas agora tendo jogado ambos para esse blog não tem como não dizer que eu prefiro o Rei dos Brigadores do que Brigadores Fora da Calçada.