Se tem uma coisa que os americanos amam, é um bom espetaculo. Frequentemente o esporte nos brinda com histórias dramáticas e bonitas, mas meio que é aleatório isso acontecer. Na maioria das vezes nada digno de nota acontece.
O que fazer então? Esperar que a sorte nos brinde com um grande show? Claro que não, meu bom senhor. Não nos Estados Unidos da América, meu senhor! Assim os americanos inventaram o wrestling, que é uma versão roteirizada (e por isso mesmo muito mais divertida) dos esportes de luta (na época o boxe era o grande esporte de luta, hoje é o UFC). Exceto é claro Brock "A BESTA" Lesnar que tocou o foda-se e é campeão dos dois, da WWE e do UFC just because, mas isso é outra história...
E para o basquete os americanos tem o Harlem Globetrotters, um de basquete que dá show jogando partidas de mentirinha contra seu tradicional rival - os Washinton Generals. Eu só gostaria que esse jogo de Nintendinho fosse uma mentira, pq puta merda...
Então, como eu coloco isso? Bem, a melhor forma de descrever esse jogo é dizer que... ESSE É UM JOGO DE ATARI! Sério, sem exagero. Sabe o basquete do Atari? Aqueeeeeeeele basquete?
Harlem Globetrotters não é melhor que isso realmente. Em essencia, é basicamente o mesmo jogo. Um pouco pior, até.
A maior diferença é que, ao contrário do Atari, o Nintendinho tem dois botões - mas eles são muito mal usados. Quando você está com a bola, um botão passa a bola e outro arremessa. Ok. O real problema começa na hora de defender - que é a parte realmente importante do basquete, o que ganha ou perde o jogo.
Teoricamente você pode roubar a bola com um botão, mas o jogo tem um problema crucial que estraga a experiência toda: você não pode trocar o jogador que está controlando. Isso significa que se o seu adversário estiver com a bola a sua frente - e isso é muito fácil, é só passar a bola - não tem NADA que você possa fazer para impedi-lo. Você só pode correr atrás dele esperando alcançar, o que é impossível.
Em qualquer jogo de esporte, o jogo permite voce mudar o personagem controla justamente para evitar essa coisa de sair correndo atrás da bola como um retardado sem esperança de alcança-la. Mesmo os jogos mais primitivos do NES possuem esse recurso, alguns mais antigos que esse jogo inclusive mudam automaticamente o jogador controlado.
O manual também diz que é possível bloquear os arremessos, mas eu nunca vi uma única tentativa de toco acontecer - até no Atari isso funcionava. Enfim, todo sistema de defesa do jogo é um desastre... mas só para você.
Se eu escolher "não" o jogo termina? Ok, essa foi rápida |
Eu também não tenho idéia de como as faltas funcionam. Se você correr diretamente para o jogador oponente, as vezes acontece falta, as vezes não. Mas nos 5 jogos que eu (dolorosamente) joguei, eu só vi um tiro livre acontecer uma vez. Eu ainda não tenho idéia do que é uma falta.
Em uma nota final, o esquema de cores me incomodou. Por um lado, os Globetrotters eram roxos. Eu sei que o NES tinha um esquema de cores limitado para trabalhar, mas as telas do título tinham os Globetrotters usando azul. Então eu não tenho certeza por que eles tiveram que ser roxos no jogo.
Ser o pior jogo de basquete que já joguei não é uma tarefa pequena, mas HG consegue essa questionavel façanha. Parabains a todos os envolvidos, melhor assistir uma partida dos tiozinhos do assovio ao invés de jogar isso.