quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

[SUPER NINTENDO] EEK! THE CAT (Agosto de 1994)[#601]


E então finalmente aconteceu. Senhoras, senhores, senhorio, felinosnãoreconhecerás, chegou o dia que todos esperamos: 31 de dezembro de 2020, o malfadado ano que tudo que podia dar errado deu. Verdade que não tivemos uma guerra mundial, mas a esse ponto eu tenho medo de falar isso em voz alta porque faltam algumas horas pro ano terminar e eu não duvido de nada desse ano. 

Verdade seja dita, para mim o ano foi no máximo inconveniente e eu estou bastante bem realmente. Mas eu sei que para muita, muita gente foi um ano tenebroso que será lembrado apenas como "podemos não falar mais sobre essa ano? Tipo nunca?". Embora o ano novo seja apenas uma data simbolica, creio que precisamos muito usar um simbolo de positividade e esperança nesse momento - e nenhum simbolo pode trazer mais esperança do que "2020 terminou".

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

[SUPER NINTENDO] SUPER GODZILLA (Julho de 1994)[#600]

 

Como eu disse no texto sobre DUNE: The Battle for Arrakis, a coisa que eu mais aprecio a respeito da ficção é essa habilidade de usar uma situação fantasiosa falar sobre temas complicados da natureza humana através de metaforas ou mesmo diretamente, que de outra forma seriam muito espinhosos para se falar sobre.

Por exemplo, você pode reparar que os japoneses raramente falam sobre a segunda guerra mundial. É muito raro, pra não dizer quase inexistente, você encontrar mangas, animes, filmes ou livros japoneses sobre esse evento na história da humanidade. E suponho que todo mundo consiga imaginar as razões.


terça-feira, 29 de dezembro de 2020

[JAGUAR] KASUMI NINJA (Dezembro de 1994)[#599]



Antes de começar, eu queria apenas apreciar como um jogo que tem como gráficos imagens digitalizadas e que certamente quer usar isso como ponto de venda... tem uma capa desenhada em cartoon. E mal desenhada ainda por cima, gente feia do caralho. Alguém na Atari aí não andou doando the math, heim?

Enfim, o texto de hoje é uma homenagem a uma pessoa muito especial na história dos videogames: Luiz Renato de Curitiba, PR. Quem é Luiz Renato, você pergunta? Ora, é o herói que na edição 64 da Ação Games (de agosto de 1994) mandou essa carta apaixonada defendendo o glorioso Atari Jaguar:


Luiz Renato, esse apaixonado defensor do Atari Jaguar conseguiu ser tão sem noção que levou uma bela e vigorosa jantada da Ação Games. Normalmente eles não fazem esse tipo de resposta nos dedos do leitor, mas foi uma bostejada tão vigorosa que a patada foi bonita:

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

[SEGA CD] POWERMONGER (originalmente lançado no Amiga em 1990)[#598]


 Em 1992 algumas pessoas já haviam visto o potencial dos jogos 3D para os videogames... exceto a Sega, é claro... e tentaram fazer isso acontecer. Claro que o hardware disponível na época não era sequer perto do necessário e tivemos experiencias tenebrosas nível RACE DRIVIN. Uma das pessoas que ficou fascinadas por essa possibilidade foi o megalomaniaco e mitomaniaco dos games, Peter Mollyneux que estava em sua cruzada de fazer o jogo mais realista em níveis de complexidade que ninguém mais pensou.

Peter queria fazer um jogo 3D em 1992, mas meio que não tinha como isso funcionar com o equipamento da época. O mais perto disso que ele pode fazer foi pegar seu jogo pré-existente, o god simulator (em que você literalmente é Deus) POPULOUS e fazer uma versão simplficada dele: uma que o foco fosse apenas o combate. E como você já pode imaginar, "simples" não é uma palavra que Peter Molyneux realmente trabalha bem. Or at all.

Como o próprio Peter descreveu para as revistas da época quando estava promovendo Powermonger, "PowerMonger é essencialmente um jogo de guerra. Mas, ao contrário dos tradicionais jogos de tabuleiro ou de computador desse gênero, criamos algo que existe em tempo real, onde você pode fazer quase tudo o que quiser."

Em um Amiga, em 1992? De alguma forma eu tenho um mal pressentimento sobre isso.

domingo, 27 de dezembro de 2020

[SNES/MEGA DRIVE] DOUBLE DRAGON V: The Shadow Falls (Agosto de 1994) [#597]


Em 1994, os grandes executivos ocidentais ainda não haviam realmente "entendido" os videogames, mas entenderam uma coisa mais relevante ainda para os seus negócios: por algum motivo, as crianças se importavam com aquela merda. 

Quer dizer, verdadeiramente se importavam com aquilo, com aqueles personagens e tudo mais. E por se importar eu quero dizer que estavam dispostos a colocar dinheiro em camisetas, bonecos e spin-offs em outras mídias. Enquanto os executivos não realmente entendiam sentimentos (como é da natureza dos executivos), eles entendiam que havia uma oportunidade a ser explorada aí.

Assim começou a grande corrida do ouro para tirar o máximo de dinheiro das crianças no menor espaço de tempo possível, o que nos levou a trágica série de adaptações cinematográficas de 1994. Tirando o filme do Mortal Kombat, que é okay para a época, todo mundo lembra dos desastres conhecidos como Street Fighter e Super Mario. Quer dizer, o filme do Street Fighter não é TÃO ruim apenas porque o Raul Julia compreendeu a bizonhice que ele tinha se metido e entregou uma atuação brilhantemente insana como M. Bison. Não que tenha algo haver com os jogos, mas é de longe uma das melhores coisas daquela década.


Já o filme do Mario, não. É só sofrimento e dor mesmo. Dor.

sábado, 26 de dezembro de 2020

[SUPER NINTENDO] YU YU HAKUSHO: Tokubetsu Hen (Dezembro de 1994) [#596]


 De todos os animes shonen que eu já assisti na vida, o que é bastante coisa, eu acredito que minha luta favorita de todas é a luta do Gai contra o Madara em Naruto Shippuden. Veja, aquele ponto Madara era praticamente um deus, estava cheatado com todos os jutsus, olhos, bijuus e o diabo todo que pudesse existir. Por outro lado, Gai é apenas... well, um guy. 

Ele não é o escolhido de nada, não tem o bijuu do chacra infinito dentro dele, não é filho de nenhuma lenda, não tem o olho mágico do caralho, não tem porra nenhuma de especial. Ele só um cara que se recusou a desistir quando todo mundo disse que era impossivel, quando todo mundo ria abertamente na cara dele por ele ser só um cara tentando em um mundo onde existem ninjas literalmente com poderes divinos.


O resultado é que ele destruiu o Madara na porrada. Mas dibuliu com ele MESMO. Claro, o Madara não morreu porque como eu disse ele tava com mais cheat que eu jogando Ninja Gaiden emulador, mas o que foi bom porque aconteceu algo mais legal e importante ainda: Madara Uchiha, o ninja mais marrento e arrogante ever, declarou que o Gai, aquele simples Maito Gai que não é de nenhum clã fodelão nem nada, é o ninja mais forte que ele já encontrou em todos os tempos.

E isso não tem preço. E por que eu estou falando isso? Porque eu, o mestre supremo dos games, do alto do meu poder de debulhador de 585 jogos até então, mesmo sem ter me derrotado eu te declaro ó humilde Yu Yu Hakusho: Tokubetsu Hen o jogo de luta mais criativo jamais lançado! Rejubilai-vos em sua glória, pequeno jogo tie-in de anime lançado em 1994 e que nunca deixou o Japão!

Mas porque eu acho esse jogo tão criativo assim? Me permita te mostrar uma cena da luta: 

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

[SUPER NINTENDO] MELFAND STORIES (Março de 1994) [#595]


Uma coisa que eu não imaginava antes de começar este projeto é que existia todo um universo de jogos que se enquadram na categoria "jogos japoneses que nunca foram lançados no ocidente e embora não sejam espetaculares ainda sim são melhores que pelo menos 80% de tudo que foi lançado por aqui" ao ponto que daria um genero próprio de jogos - o qual imagino que nunca emplacou porque JJQNFLNOEENSEASSMQPM80%DTQFLPAmaníacos não é uma giria que pegaria mesmo nas revistas da época.

Estou falando de jogos como THE LEGEND OF MYSTICAL NINJA 2SUPER BACK TO THE FUTURE 2 e NANGOKU SHONEN PAPUWA-KUN, e junta-se a lista este jogo das Histórias do Melfolandia. Eu realmente não sei o que são Melfos, suponho que eles não tinham os direitos autorais para usar elfos, ou talvez sejam MEGA ELFOS - o que seria massa uns elfão da porra.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

[SUPER NINTENDO] NANGOKU SHONEN PAPUWA-KUN (Março de 1994) [#594]



Quando eu era criança eu nunca realmente tive uma Super Game Power. Eu tive uma Game Power e por algum motivo eu tinha uma Super Game (não faço ideia do porque já que eu nunca tive consoles da Sega, acho que eu ganhei mas não tenho certeza) - com efeito, eu tive a iconica Game Power que o Chefe mandava meter a porrada nas bichonas (mas que só nas que não compravam a revista). Anos 90.

A única revista que eu colecionava na época era a Ação Games, e dessa forma até começar esse projeto não tinha a melhor opinião da revista. O papel era de menor qualidade da Ação Games (até porque era mais barata e com mais páginas) e eu achava a diagramação mais bagunçada - que é o mesmo estilo "anos 90 cool" de diagramação das revistas americanas.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

[SUPER NINTENDO] TETRIS 2 (ou Tetris Flash, no Japão) [Outubro de 1993][#593]


Ok, a de hoje vai ser bem rápida. Tetris é, discutivelmente, o jogo mais famoso de todos os tempos. Quer dizer, mesmo quem não faz ideia do que é videogame ou o que acontece neles tem ideia de como funciona o jogo de encaixar as pecinhas que caem para eliminar linhas.

É elegante, é simples, é genial.

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

[ARCADE/NEO GEO] KING OF MONSTERS 2: The Next Thing (Junho de 1992) [#592]

 

Existem alguns jogos que são jogos bastante especiais devido ao fato de evocarem um sentimento único, pristino e duradouro no coração de qualquer gamemaníaco. A tão famigerada sensação de:


Porque "The King of Monsters 2" é um caso desses que tem que ser estudado pela NASA, sério. Quer dizer, como possivelmente a SNK fodeu esse jogo? Em que realidade paralela maluca é essa que nós vivemos que alguém, de alguma forma, consegue foder com um jogo que é um BEAT'M UP DE MONSTROS GIGANTES?! Não, sério, como? Apenas... como?