Em 1994, os grandes executivos ocidentais ainda não haviam realmente "entendido" os videogames, mas entenderam uma coisa mais relevante ainda para os seus negócios: por algum motivo, as crianças se importavam com aquela merda.
Quer dizer, verdadeiramente se importavam com aquilo, com aqueles personagens e tudo mais. E por se importar eu quero dizer que estavam dispostos a colocar dinheiro em camisetas, bonecos e spin-offs em outras mídias. Enquanto os executivos não realmente entendiam sentimentos (como é da natureza dos executivos), eles entendiam que havia uma oportunidade a ser explorada aí.
Assim começou a grande corrida do ouro para tirar o máximo de dinheiro das crianças no menor espaço de tempo possível, o que nos levou a trágica série de adaptações cinematográficas de 1994. Tirando o filme do Mortal Kombat, que é okay para a época, todo mundo lembra dos desastres conhecidos como Street Fighter e Super Mario. Quer dizer, o filme do Street Fighter não é TÃO ruim apenas porque o Raul Julia compreendeu a bizonhice que ele tinha se metido e entregou uma atuação brilhantemente insana como M. Bison. Não que tenha algo haver com os jogos, mas é de longe uma das melhores coisas daquela década.