Junto com "A Caçada ao Outubro Vermelho", "Esqueceram de Mim" foi um jogo que eu ocasionalmente via na prateleira da locadora mas por qualquer motivo que eu não sei dizer, nunca aluguei esse jogo quando criança. Como resultado, eu passei minha vida toda me perguntando como, exatamente, se podia tirar um jogo de "Esqueceram de mim". Considerando que esse titulo foi lançado em cada plataforma de videogame conhecida pelo homem, e não duvido que inventaram umas duas novas só para ter mais jogos de Home Alone, bem, alguma coisa deve ser possível, não?
Em minha ingenuidade, eu acreditava que os jogos de Home Alone podiam ser alguma coisa no estilo Night Trap - só que sem adolescentes em pijamas sumários, infelizmente - posicionando armadilhas para defender sua casa dos Bandidos Molhados. Li por cima que a versão de Mega Drive é mais assim, mas no Super Nintendo não é bem isso que rola...
Ah, Night Trap... |
Ah, "Esqueceram de Mim". Não há nada mais reconfortante do que a história de um jovem rapaz defendendo sua casa de um par de criminosos condenados, sozinho por causa da negligência criminosa de seus pais e usando como armas uma combinação de desenvoltura e a incrível incompetência dos ladrões. É claro que as crianças adoravam o filme e, portanto, um videojogo baseado nisso deveria ser feito. Mas então, como funciona esta interação de Esqueceram de Mim lançado ainda na infância do Super Nintendo?
Bem, acreditem ou não, a ideia do jogo é sólida: você percorre a casa recuperando os objetos de valor para colocar no cofre da família antes que os bandidos o façam por você. O primeiro nível tem você indo atrás de jóias e sacos de dinheiro e tal, o segundo nível tem você arrebanhando ... brinquedos... porque essa totalmente seria uma prioridade dos bandidos... a terceira fase possui eletrônicos espetacularmente anos 90 como videocassetes que piscam “12:00” e velhos computadores bege grandes, e o quarto estágio é uma corrida salvar para os animais de estimação da família. Todos os 15 Lulus da Pomerania, 10 Araras e 5 lagartos. Sério, estou começando a achar que esquecer o filho sozinho em casa duas vezes não é nem de longe o maior dos problemas da família Mccalister...
Mas enfim, depois que você escondeu um certo número naquelas rampinhas que vão até o porão e usadas no Jurassic World 2 para pedir sanduiches ao Indooraptor, você ganha uma chave que o permite desce ao porão onde Kevin tem que desviar de vários inimigos como ratos, fantasmas e baratas gigantes, geralmente culminando em uma luta contra uma versão maior deles.
Ok, e o que tem de tão bom nessa ideia? Pense comigo: você tem que percorrer a casa e resolver um pequeno desafio em cada sala para recuperar os itens. Neste jogo o seu obstaculo são os Bandidos Molhados, acrescidos em seus números por mafiosos genéricos e um cara que atira chapéus que totalmente fugiu do videoclipe Smooth Criminal. Essa é a ideia do jogo, e muitos anos depois ela foi magistralmente utilizada pela Nintendo em Luigi Mansion.
Se Home Alone se esforçasse um pouco mais nos puzzles, em ideias criativas para usar as armadilhas e teriamos um dos jogos mais criativos do Super Nintendo. O problema é que colocar esforço no jogo não era exatamente o foco da Imagineering. Você não tem armas eficientes para eliminar os inimigos - apenas atordoa-los temporariamente - mas existem, nos corredores da casa, algumas armadilhas que podem ser ativadas para livrar o seu caminho dos Bandidos Molhados. Infelizmente essas são raras ocasiões - na maior parte do jogo você só conta com a jogabilidade capenga para driblar os inimigos como em qualquer jogo da época.
Quando você não está evitando inimigos, está apertando para cima para descobrir os itens que você precisa recuperar nos lugares mais imprórios (abra uma gaveta e um computador ou um cachorro saltam dela). Eventualmente algum item ou outro usa um pouco de exploração do cenário, mas novamente isso é raro e na maior parte do tempo não.
E, como eu disse, essa é a parte onde o jogo poderia ter sido grande. Mais elementos de exploração, quem sabe algumas ideias tiradas de point'n click e teriamos um jogo muito parecido com Luigi's Mansion - e boy, se você lançasse um jogo sólido como Luigi's Mansion DEZ ANOS ANTES, você teria escrito seu nome nos livros de história com tungstenio líquido, Imagineering.
Falando de aspectos tecnicos, eu definitivamente tive a impressão de que os desenvolvedores queriam utilizar todos os novos recursos que o Super Nintendo fornecia sobre o NES original, só que eles não tinham muita certeza de como fazer isso. Sprites de personagens são razoavelmente bem detalhados e são coloridos, assim como muitos dos fundos e itens colecionáveis, mas às vezes, definitivamente o jogo caminha entre colorido e cores berrantes. Animações como o ciclo de corrida de Kevin parecem muito boas, mas se livrar de um inimigo faz com que ele se transforme em uma imagem estática que cai da tela acompanhado por um som acompanhante que soa como se alguém estivesse vomitando.
A música de fundo não é ruim, todos os temas parecem bastante apropriados para o cenário de Natal, e embora eles não sejam da mesma qualidade que você esperaria dos jogos mais tarde na vida útil do Super Nintendo, eles não são ruins, talvez apenas um pouco "sintetizador barato" demais.
Quanto aos marcadores: a pizza em cima do "lives" vai enchendo conforme você pega pizzas, e ao encher ganha uma vida extra. "Power" é sua barra de energia. O cofre mostra quantos itens você tem que recuperar na fase, quando você pega um (como o anel de diamante do tamanho da cabeça do Kevin que está no quarto dele porque é ali que se guarda joias) ele vai para sua mochila, que tem espaço limitado, e só conta quando esvaziado naquelas portinhas que vão dar no porão. Então o jogo é um equilibrio entre pegar os itens, esvaziar sua mochila nas portinhas com inimigos no meio do caminho para lidar
Quando você não está evitando inimigos, está apertando para cima para descobrir os itens que você precisa recuperar nos lugares mais imprórios (abra uma gaveta e um computador ou um cachorro saltam dela). Eventualmente algum item ou outro usa um pouco de exploração do cenário, mas novamente isso é raro e na maior parte do tempo não.
A boa e velha pizza no cesto de roupa suja no banheiro. O que, você guarda as suas em outro lugar? |
Falando de aspectos tecnicos, eu definitivamente tive a impressão de que os desenvolvedores queriam utilizar todos os novos recursos que o Super Nintendo fornecia sobre o NES original, só que eles não tinham muita certeza de como fazer isso. Sprites de personagens são razoavelmente bem detalhados e são coloridos, assim como muitos dos fundos e itens colecionáveis, mas às vezes, definitivamente o jogo caminha entre colorido e cores berrantes. Animações como o ciclo de corrida de Kevin parecem muito boas, mas se livrar de um inimigo faz com que ele se transforme em uma imagem estática que cai da tela acompanhado por um som acompanhante que soa como se alguém estivesse vomitando.
A música de fundo não é ruim, todos os temas parecem bastante apropriados para o cenário de Natal, e embora eles não sejam da mesma qualidade que você esperaria dos jogos mais tarde na vida útil do Super Nintendo, eles não são ruins, talvez apenas um pouco "sintetizador barato" demais.
Quanto aos marcadores: a pizza em cima do "lives" vai enchendo conforme você pega pizzas, e ao encher ganha uma vida extra. "Power" é sua barra de energia. O cofre mostra quantos itens você tem que recuperar na fase, quando você pega um (como o anel de diamante do tamanho da cabeça do Kevin que está no quarto dele porque é ali que se guarda joias) ele vai para sua mochila, que tem espaço limitado, e só conta quando esvaziado naquelas portinhas que vão dar no porão. Então o jogo é um equilibrio entre pegar os itens, esvaziar sua mochila nas portinhas com inimigos no meio do caminho para lidar
Esvazie sua mochila nessas portinhas brancas, só aí os itens vão contar para o objetivo da fase |
Quando você coloca os itens na portinha, aparece uma animação deles caindo no porão e formando uma pilha. Mesmo os eletronicos ou os animais de estimação. Uau, bom trabalho Kevin, salvou o dia! |
No geral, o Home Alone do Super Nintendo é um joguinho de ação aceitável, embora não espetacular. Depois que termina o jogo vai sumir da sua memória em cerca de uma hora, e não ter uma batalha final contra os Bandidos Molhados é desapontador, mas o foi feito aqui é decente.
HOME ALONE
PRODUTORA: Imanigeering
JOGADORES: 1 jogador
DURAÇÃO: Aproxim. 50 min
HOME ALONE
PRODUTORA: Imanigeering
JOGADORES: 1 jogador
DURAÇÃO: Aproxim. 50 min
MATÉRIA NA EDIÇÃO 014