Em 1984, James Cameron era um diretor (não) conhecido por seus filmes sci-fi trash de baixissimo orçamento e gosto menor ainda. Estamos falando de perolas do quilate de Battle Beyond the Stars e Piranha 2: The Spawning, filmes cujo apenas o título já dizem tudo que você precisa saber sobre a qualidade dos mesmos.
Sua sorte mudou quando ele escreveu e dirigiu O Exterminador do Futuro, cujo enredo do filme é bem simples (o que é parte do porquê o filme funciona tão bem): um robô do futuro está aqui para matar uma jovem garçonete, e outro viajante do tempo está aqui para impedir isso. Embora soe como sci-fi bem trash (tem robos, viajantes do tempo, faltou só um ninja e um zumbi aí no meio), Terminator acabou se revelando ficção científica do melhor tipo, utilizando cenas de ação muito bem dirigidas e um Schwarzenegger tinindo de tão em forma para contar uma história muito humana.
Então, em 1991, James Cameron conseguiu uma façanha que poucas pessoas até hoje conseguiram (e menos gente ainda se você não contar os produtores de Street Fighter 2): fazer uma sequencia melhor que o original. O vilão é mais perigoso (um exterminador muito mais avançado, feito de metal líquido e que pode tomar qualquer aparencia!), Schwarzenegger tem bem mais espaço para esbanjar todo seu carisma e as cenas de ação são melhores ainda. Sarah Connor foi promovida de mocinha a ser salva a badass da resistência, e o tema do filme é muito melhor trabalhado. Basta dizer que até hoje você não consegue falar de inteligencia artificial sem pensar na Skynet. Um belo filme por qualquer angulo que você olhe.
E um grande filme, é claro, pede por uma adaptação para videogames bem lixenta feita pela LJN, claro que sim, como não? Se o filme fez sucesso, pode ter certeza que o arco-iris da dor estará na caixa do seu Nintendinho.
Mas antes de começarmos os trabalhos, como de costume, uma espiada na introdução do jogo...
Olha, você sabe o que é a franquia Terminator. Eu sei que você sabe o que é a franquia Terminator, porque o ciborgue-titulo está tão firmemente incorporado na cultura popular que, se um grande homem austríaco ordenar que eu lhe de minhas roupas, eu obedecerei sem pensar duas vezes. Ainda assim, há sempre uma chance de que alguém que está em coma há trinta anos tenha acordado, e também há a possibilidade (reconhecidamente muito pequena) de que a primeira coisa que esse a paciente recém-acordado faça seja "logar" nesta incrível coisa nova chamada "Inter-Net" e ver quais artigos ele pode encontrar sobre jogos NES licenciados dos anos noventa.
Com esse cenário bem pouco provável em mente, aqui está um resumo rápido: robôs do futuro voltam para matar pessoas, geralmente visando John Connor ou sua mãe porque o jovem hipster vai crescer para ser um líder rebelde semi-messiânico na futura guerra contra as máquinas. Terminator 2 é aquela em que Arnold Schwarzenegger interpreta uma quase invencível máquina de matar implacável, que batalha com um Exterminador diferente a fim de salvar John Connor, ao contrário do primeiro filme Terminator onde ele interpretou a quase invencível máquina de matar que está tentando matar a mãe de John Connor, Sarah que é quem tem que ser salva dele. Me acompanharam até aqui? Ótimo.
Bem, sim, isso certamente é muito mais conciso do que minha versão, mas tem o mesmo charme, o mesmo estilo? Não, não tem. O que ele tem é um desenho surpreendentemente competente de Sarah Connor apontando uma arma para alguma coisa. Claro, seu casaco volumoso pode fazer parecer que ela está perdendo uma luta contra um saco de lixo, mas considerando que este jogo foi lançado pela LJN isso és una puñetera obra de arte.
"Ele falhou ..." diz o texto, e como que para reforçar essa mensagem, há uma imagem de um endosqueleto Terminator de aparência acanhada. Anime-se, cara, você tem uma máquina do tempo em casa, você sempre pode voltar para tentar outra vez. Pense nisso como refazer um exame, exceto que em vez de matemática ou português sua matéria é Deslocamento Temporal e o Assassinato de Messias dos Dias Vindouros.
E aqui temos John Connor, ou pelo menos uma versão dele com um corte de cabelo igual ao do Hitler e onde sua boca é um buraco sem lábios. Oh, hi John!
E aqui está o Exterminador. Ele está programado para proteger John Connor, mas esse é um objetivo secundário: sua principal função é adquirir uma roupa de couro badass o mais rápido possível. Por alguma razão inexplicável, mas indubitavelmente totalmente científica, as máquinas de viagem no tempo que a resistencia tem acesso no futuro não transportarão nada que não esteja coberto de tecido vivo, então T2 começa como muitas das minhas noites de sábado terminam: encolhido nu na posição fetal em um estacionamento escuro.
Claro que isso não se aplica ao T1000, então você pode se perguntar como um exterminador que é feito de puro metal pode ter viajado no tempo (o ponto da narrativa é que se objetos pudessem viajar junto, então armas do futuro viriam também e toda coisa da perseguição a lá slasher movie se perderia completamente). Bem, emTerminator 2 tem uma cena deletada que abordava como o T1000 foi enviado de volta. É uma cena no futuro que mostra a resistência alcançando o dispositivo de viagem no tempo, e vendo a evidência de dois Exterminadores terem sido enviados de volta. Uma era uma das cápsulas do tempo comum, a outra tinha remanescentes de um casulo biológico em que o T1000 foi colocado antes de ser enviado. Provavelmente o James Cameron achou que essa cena não combinaria com o tom do resto do filme, e ela respondia uma pergunta que nem tanta gente assim tinha, então ela ficou de fora. Mas agora você sabe, e saber é metade da batalha!
Definitivamente não há muitos jogos da NES que começam com você completamente nua em uma parada de caminhões, ou pelo menos não muitos que foram lançados com o selo de aprovação oficial da Nintendo. Pode ter havido mais em lojas especializadas no tema. Com a história contada, podemos entrar no jogo propriamente dito e tenho certeza que você ficará chocado ao saber que este jogo-baseado-em-filme de NES toma a forma de um jogo de plataformas de ação lateral. Sim, segure seu queixo se puder.
Ah, olha, Arnie conseguiu encontrar algumas roupas entre a introdução e o começo do primeiro estágio. Bem, você não achou que estaria na fase pelado, né? A primeira etapa acontece na parada de caminhoneiros/biker bar do início do filme, então agora é sua chance de bater em um bando de ... PCs Master Race? Ok por mim.
Na primeira fase o Exterminador do Futuro não tem nenhuma arma, (porque, lembre-se, as armas não podem viajar no tempo), então você está limitado ao uso de seus punhos contra os bandidos que carregam tacos de sinuca (eu acho). Mas sabe, no filme, eles pelo menos têm a decência de esperar até que o Exterminador entre no bar deles sem roupas e comece a mandar nas pessoas antes que tentem matá-lo - aqui eles estão vindo pra cima de mim e tudo o que fiz foi entrar em seu estacionamento. Estou totalmente vestido, e vestida de motoqueiro, não menos! Enviar caras com paus para atacar qualquer um vestido como um motoqueiro que se aproxima de seu bar de motoqueiros é um péssimo modelo de negócios, não me surpreenderia se esse bar falir nos próximos meses.
Mas vamos falar do jogo agora: a LJN teve uma ideia ousada para este jogo, se não um tanto ambiciosa. Cada fase do jogo é baseada em uma cena-chave do filme (o que é esperado de um jogo baseado em um filme, mas tantos apenas falham em fazer isso, apenas tantos...) e, mais importante do que isso, cada fase tem um gameplay bastante exclusivo. Claro que essa descrição que eu acabei de dar é basicamente a mesma de Back To The Future Part III do Mega Drive, mas pelo menos aqui você consegue ver o seu personagem. Eu acho.
A primeira fase, como já dito, se passa no estacionamento onde o T800 adquire o seu visual para o resto do filme (exceto que aqui ele não está pelado pq não teriamos uma fase de ação vendo o pen drive do Arnold balançando, não no NES, eu te garanto). Essa fase joga bastante como um beat'm up e seu objetivo é limpar todos os PCs Master Race e os carinhas que parecem ter saído de River City Ramsom para conseguir avançar.
Enquanto sua arma são os punhos do Exterminador, e leva um bazilhão de hits para matar qualquer coisa, pelo menos o jogo te dá a opção de matar seus inimigos pulando em cima deles do alto das coisas. Considerando que um T800 deve pesar o mesmo que um Opala 76, eu diria que faz sentido.
A segunda parte da primeira fase é uma batalha contra o chefe que é... o Lobo? Uau, eu não faço ideia de pq temos uma batalha Terminator vs Lobo, mas estou feliz que tenha acontecido.
Não achei nenhuma imagem do Lobo vs o Exterminador, mas achei essa HQ do Lobo vs o Mascara, o que é quase a mesma coisa. Talvez. De qualquer forma, o chefe da primeira fase é muito dificil assim como o jogo todo, é muito fácil os inimigos cercarem seu personagem e espancá-lo como se você fosse um fã do Neymar entrando em um pub britanico em dia de jogo.
E esse é um problema comum a muitos jogos licenciados, mas que se sente especialmente estranho em um jogo onde você joga com, literalmente, uma máquina de matar - o que é algo que eu gosto de chamar de "paradoxo do Super Homem". Digamos que você esteja jogando um jogo licenciado baseado em um personagem conhecido por seu poder ou por sua invulnerabilidade, como o Incrível Hulk ou o Super-Homem acima mencionado ou, você sabe, o Exterminador do Futuro. Ou a Rey, de Star Wars. Logicamente, esses personagens não devem ter problemas para progredir através de seus respectivos jogos - um jogo de Superman deveria consistir em você voar diretamente até o chefe final, agarrar suas pernas e jogá-lo no sol - então como você faz o jogo desafiador sem fazer o seu protagonista tão impotentes que ele para de parecer os personagens que deveriam ser em primeiro lugar?
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| Essa tela de game over, que você verá frequentemente, realmente dá a impressão que o seu Nintendinho deu pau. Eu não ficaria surpreso em ouvir relatos de crianças resetando o jogo ao ver isso. |
T2 não tem uma grande resposta para isso e desce pela rota usual de transformar o personagem quase invencível em um patético moloide que pode ser derrotado em bares por bêbados com tacos de sinuca.
E você será derrotado, porque T2 começa bastante difícil e fica muito mais difícil à medida que avança. Mesmo na primeira área extremamente fácil ser cercado pelos inimigos e perder toda a sua energia antes que você saiba o que está acontecendo, e a razão pela qual você é cercado é que o Exterminador agora tem o poder de socar como se fosse o John Connor aos dez anos de idade. Mesmo esses primeiros inimigos levam oito ou mais socos para matar. São oito socos do Exterminador do Futuro, que deveriam realmente conseguir acertar esses caras com força suficiente para liquefazer seus ossos. Teria sido uma ideia muito melhor colocar mais inimigos mas que morressem em um único golpe, se você me perguntar. Pelo menos, você ainda teria alguma noção de que você está jogando como um cyborg de batalha hiper-avançado e não apenas um cara grande em uma jaqueta de couro roubada.
Falando uma última coisa sobre a primeira fase, aqui está o primeiro chefe e ele é grande, quero dizer realmente - a altura exata do Arnold é surpreendentemente difícil de definir (ao ponto que o arnoldheight.com é um site real dedicado à questão) mas está por volta de 1,85m, o que faz com que esse cara tenha cerca de 3,5m de altura. Por que você quer as roupas dele, Arnold? Elas nunca serviriam em você, pare de se iludir.
O chefe acaba por ser a parte mais fácil da fase, porque há apenas um dele, e com a aplicação cuidadosa das táticas de bater e fugir que o Exterminador do Futuro é famoso, você será capaz de derrubá-lo. Apenas evite a tentação de ir de igual para igual com o chefe, porque ele pode bater muito mais do que você. Pelo menos sua estatura gigantesca torna isso um pouco mais crível do que o Exterminador sendo agredido por alguns capangas em um estacionamento.
As cutscenes que eu havia elogiado sofrem um golpe duro com a aparência do T-1000, porque ele não se parece muito com Robert Patrick. Talvez ele ainda não tenha terminado de transformar seu rosto. Certo, estágio dois e a previsibilidade do jogo de ação side-scrolling vai pelo ralo quando você é subitamente jogado em uma fase de moto com visão isométrica.
A perseguição pelo valão de Los Angeles é provavelmente a cena mais icônica do Exterminador 2, então kudos para a LJN por ter colocado no jogo, mas obviamente não funcionaria no mesmo estilo que o resto do jogo, então nós temos isso - e isso também não funciona. O ângulo isométrico não ajuda, e o T-1000 se aproxima e em seu caminhão gigante. Não, sério, aquela mancha marrom-amarelada na parte inferior da tela é um caminhão.
Seu caminho está cheio de um milhão de obstáculos que afetam sua vida quando bate neles, e há portões que você tem que atirar para abrir e causam morte instantânea se você bater neles. Pior ainda é que você tem que tem que atirar no caminhão para fazer ele parar de se aproximar, então boa sorte com E desviar dos obstaculos E atirar nos portões. Ufa.
Um pouco mais de enredo acontece, incluindo alguns que afetam a jogabilidade nos próximos estágios - John ordena que o Exterminador não mate nenhum ser humano. Exploda suas rótulas e os aleije por toda a vida, claro, tudo bem, só não os mate.
Com John resgatado, o estágio três é uma missão para resgatar Sarah Connor do hospital psiquiátrico onde ela está encarcerada. Felizmente somos poupados de uma recriação de 8 bits da cena em que o guarda lambe seu rosto.
Estamos de volta à diversão de rolagem lateral e as coisas são praticamente as mesmas do estágio um, exceto que agora você tem uma arma. Uma arma que você não pode usar para matar pessoas, então para contornar isso você tem que se agachar e atirar nas pernas das pessoas. Isso dá ao jogo uma sensação bastante estranha, fazendo Arnie se ajoelhar toda vez que ele vê um inimigo. O problema nessa fase é que sua munição é extremamente limitada, os inimigos são infinitos e deve ter dois itens que recuperam 1/3 da energia na fase toda.
Muitos jogos de NES são dificeis, mas T2 é dificil de um jeito que não tem como contornar: ele vai desgastando sua energia e munição e não dá nada para repor. Na maior parte do tempo você vai apenas correr em desespero dos inimigos, porque não há recompensa nenhuma por mata-los e seus recursos são muito limitados. Porque se você assistiu o Exterminador do Futuro, sabe que saltar em panico por sua vida é o que o Arnold faz em toda cena que encontra um humano.
Eu não acho que seja Sarah Connor, Arnie. Eu acho que você acabou de encontrar a Buffy. Quem quer que seja, ela quer viver, então ela vem comigo e para onde eu vou? Ora, eu vou explodir Cyberdyne, claro!
Durante esta parte do filme, o Exterminador do Futuro estava lutando com muitos policiais. Na versão do jogo, não tenho tanta certeza. Há pessoas com calças azuis que eu suponho que poderiam ser oficiais da lei, mesmo que pareçam mais com os heróis de algum jogo esquecido de Contra, mas quem diabos são esses caras vermelhos e amarelos? Eles se parecem mais com os funcionarios do McDonald's do que com os policiais. A Cyberdyne apenas veste seus guardas de segurança com uniformes horríveis? Tive a infelicidade de cronometrar meu ataque para coincidir com a tentativa do McDonald's de capturar a tecnologia Terminator e começar a construir um exército robótico de Ronald McDonalds para abater seus concorrentes? Os desenvolvedores apenas não estavam se importando?
Seja qual for a resposta - e eu tenho o meu favorito dessas teorias - eles não representam uma grande ameaça porque minha recompensa por não matar ninguém na etapa anterior era o acesso a uma minigun. Eu sei que parece muito legal, mas em um jogo onde eu estou tentando limitar meu gasto de munição, uma arma que dispara muito, muito rápido não é tão útil.
De qualquer jeito, seu objetivo nessa fase é coletar explosivos - que a Cyberdine apenas tinha largado por aí, talvez eles realmente não fossem os caras mais indicados para construir a Skynet - e depositar no deposito de explosivos. Sim, pq eles tem um, ao lado do lixo reciclavel. Arnold consegue carregar apenas três de cada vez, então você tem que ficar indo e voltando dos andares para depositar os 10 explosivos que precisa - ou seja, é igual a Home Alone. Totalmente a inspiração que eu usaria para um jogo do Terminator, claro.
Os andares, saiba você, tem ainda mais inimigos e menos munição e energia do que na fase anterior, então boa sorte com isso também. Eu não sei, eu acho realmente que a Software Creations (nome criativo para sua empresa de jogos, hã?) apenas tinha um esquema para ajudar a vender game genies ou algo do tipo, pq esse REALMENTE é um dos jogos mais dificeis do NES.
Enfim, depois que você colocou as dez bombas no depósito de bombas... você tem que tirar as bombas de lá e coloca-la nos pontos estruturais do prédio. Em 80 segundos. As dez bombas. Carregando apenas três de cada vez. E não é como se navegar pela fase tivesse se tornado mais fácil.
Porque eles se sequer deram ao trabalho de programar outra fase além dessa é algo que jamais saberemos.
A outra parte do Exterminador do Futuro 2 que está na mente das pessoas é a cena em que o T-1000 é congelado por nitrogênio líquido e esmagado em pedacinhos. Sim, essa parte não está no jogo. Nem mesmo como uma cutscene. Mas tem a fase da usina siderúrgica. A usina siderúrgica mais perigosa, esbanjadora e mal conservada do mundo - é como se a Usina Nuclear de Springfield tivesse se ramificado em metalurgia. Poços de aço líquido se acumulam no chão e escorrem de plataforma em plataforma, enormes plataformas de metal que não podem ter um propósito em uma refinaria moderna balançando de um lado para o outro e as chamas saem do chão em intervalos curiosamente regulares. Talvez percebendo que eles tinham ido um pouco longe com os riscos ambientais, os desenvolvedores não se preocuparam em colocar nenhum inimigo no estágio final e a coisa toda (exceto algumas lutas com o T-1000) é apenas uma extravagância de plataformas.
Seguindo o tema do jogo, essa é uma das fases de plataforma mais perigosas de todo NES. Não apenas o jogo abusa de plataformas falsas (lugares que você parece que pode cair, mas são só cenário) com uma detecção de pulo horrível. Muitas e muitas vezes você vai passar direto por lugares que você deveria conseguir chegar because fuck you, that's why.
Na improvavel possibilidade de você chegar ao último chefe, o T1000 joga bastante como o primeiro chefe mas com a diferença que ele não morre: você tem que soca-lo até ele cair da plataforma no aço derretido.
Eis o final - uma cena que trouxe lágrimas aos olhos de muitas crianças que provavelmente eram jovens demais para assistir ao filme em primeiro lugar. Não parece muito uma recompensa por suas ações heróicas, mas não tem tanta coisa que os desenvolvedores poderiam ter feito para ser muito diferente do final do filme - Arnie, John e Sarah nunca iriam caminhar entrar no pôr do sol e abrir um abrigo para gatinhos, não importa o quanto isso teria melhorado o enredo do Exterminador do Futuro 3.
Então essa é a versão de NES de Terminator 2, ou para dar o título completo da capa, T2: Terminator 2: Judgment Day. Honestamente, eu esperava bem pior. Quer dizer, eu não estou dizendo que eu gostei muito, mas dado que tem as letras "LJN" ligadas a ele, eu pensei que eu estaria colocando esse jogo no mesmo nível que jogos como Dragon's Lair. Graficamente é bem realizado e a música, especialmente na fase final, soa tão discordante como uma obra de arte experimental, mas felizmente eles não tentaram recriar o tema do filme. Eu sei que você está pensando que isso soa como um negativo, mas é um tema lento com notas mantidas por um longo tempo e esse tipo de coisa geralmente não soa muito bem ótimo vinda do chip de som da NES. Na verdade, pareceria alguém praticando vuvuzela, então fique feliz que eles não foram por esse caminho.
Claro que a jogabilidade é a coisa mais importante, e nesse departamento o T2 é ... infinitamente prejudicada por uma dificuldade ridicula, mesmo para os padrões do NES. Os controles são ok, mas nada que torne o suplicio de apanhar sem receber recursos em algo divertido. Eu diria que I'll be back a este jogo? Não, claro que não. Hasta la vista, baby!
