domingo, 17 de dezembro de 2023

[#1200][Abr/98] BLASTO


E com esse jogo chegamos a inexoravel, espafurdica, saliente marca de MIL E DUZENTOS JOGOS! Uau, mil e duzentos, parece que foi ontem que mil jogos atrás eu estava jogando OUT OF THIS WORLD para o jogo 200... mas era março de 2019, uma época que eu fazia a menor ideia que sentiria falta hoje.

Mas bem, aqui estamos e para o jogo 1200 vc esperaria algo especial para um numero tão redondo e tão bonito, certo? Bem, não. A vida não é nada senão desapontamento e decepção, quanto antes voce aprender isso melhor. Então para o jogo 1200 não teremos algo especial, teremos o exato oposto de especial!

Ou seja, teremos Blasto.

sábado, 16 de dezembro de 2023

[#1199][Mar/98] STARCRAFT

Se tem uma coisa que eu realmente sinto falta nos videogames hoje, e isso é raro vindo de mim pq eu realmente tenho horror a essa coisa de "antigamente que era bom", é que não existe mais a coisa de duas empresas competirem pelo domínio de um genero. O último exemplo mais recente que tivemos foi a Konami com seu PES  contra a Eletronic Arts e seu FIFA pelos jogos de futebol - mas isso acabou faz um tempinho já.

Nos anos 90, entretanto, batalhas pessoais eram o pão com manteiga da decada. Sega e Namco lutavam pelos jogos de luta 3D, enquanto Capcom e SNK travavam batalhas lendárias pelo melhor jogo de luta 2D. Sierra e Lucas Arts nos point'n clicks, e por aí vai.

E isso é relevante porque o episódio de hoje é sobre uma das mais - se não a mais - profunda dessas batalhas: Westwood vs Blizzard, valendo o trono dos RTS!

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

[#1198][Abr/98] BOMBERMAN HERO

Em setembro de 1997, a Hudson pegou todo mundo de surpresa ao lançar BOMBERMAN 64. Digo surpresa pq todo mundo e a mãe de todo mundo esperava que BOMBERMAN 64  fosse uma adaptação literal do bombardeiro branco, só que com gráficos 3D... e não era. Pelo contrário, ele foi um esforço genuíno da Hudson em fazer um jogo de plataforma 3D (bastante inspirado em SUPER MARIO 64, obviamente) que usa os movimentos iconicos do herói das bombas para fazer a sua própria coisa em três dimensões. É um joguinho simpático, eu gosto dele.

Aí apenas três meses depois,a Hudson soltou o jogo que todo mundo esperava que BOMBERMAN 64 fosse: BOMBERMAN WORLD, para o PS1. Esse sim é literalmente o jogo do Nintendinho, só que com gráficos 3D. Bem menos interessante no meu livro, mas enfim, esse jogo existe.


Só que a Hudson estava realmente com fogo na raba e outros três meses depois, lança um terceiro jogo do Bomberhomem inteiramente diferente. Sim, o terceiro jogo em três meses e pouco, e nenhum sequer reaproveita os assets e muito menos a engine do anterior. Então ou a Hudson tinha uma equipe de um bilhão de programadores trabalhando em regime analogo a escravidão pra fazer TRÊS jogos diferentes em pouco mais de seis meses...

... ou esse terceiro jogo vai parecer muito o terceiro jogo da franquia feito na base do crunch e privação de sono. Vocês tentem adivinhar qual foi o caso aqui.

Bomberman ou um pedido de socorro, vcs decidem

domingo, 10 de dezembro de 2023

[#1197][Jul/98] MISSION: IMPOSSIBLE

Responda rápido: qual é a maior e mais regular franquia de filmes de Hollywood? Você sabe, a que com maior consistencia entrega numeros colossais de bilheteria enquanto os fãs saem sempre satisfeitos de terem visto exatamente o que eles pagaram pra ver?

Marvel? Nah. DC? kkkk. Star Wars? Pff, quem dera. Velozes e Furiosos? Não exatamente. 007? Não, mas você está começando a chegar perto. Mais do que a Marvel ou a DC, mais do que Jurassic World, mais até do que James Bond com seus elenco giratório de 007s, a franquia Missão: Impossível funciona com uma precisão suiça em sua capacidade de atender às expectativas. E não apenas quaisquer expectativas, saiba você – altas expectativas. As pessoas querem ação de alto nível, cenários bonitos, uma quantidade modesta de drama mexicano sobre as crescentes perdas pessoais de Ethan Hunt, Tom Cruise fazendo muitas de suas próprias acrobacias sem dublês e uma história descomplicada em que um bandido tem (ou quer) alguma coisa e um cara legal tem que conseguir isso. E, é claro, ele sempre consegue.

Então a questão que tem que ser feita é: quase 30 anos e 8 filmes depois, como essa série não apenas existe, como ela ainda é consistentemente boa? Como isso é sequer possível? Bem, a resposta para isso se dá logo nos primeiros segundos do primeiro filme, saiba você:

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

[#1196][Jun/98] BANJO-KAZOOIE

Em meus muitos anos nessa indústria vital (nossa, estamos caminhando para sete anos daqui a pouco, impressionante), a esse ponto eu meio que já vi toda história de desenvolvimento de jogos que deram errado. Não é exatamente ciencia de foguetes, quando o desenvolvimento de um jogo passa por certo nível de problemas é bastante esperado que o produto final não vai dar lá muito certo.

E rapaz, o jogo de hoje definitivamente marca todos os quadradinhos de um jogo que tava quicando na area pra dar errado. Mas vamos começar do começo...

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

[#1195][Mar/98] REBOOT


Era uma vez, um homem com uma visão. Com efeito, um grupo de homens com uma visão... e enquanto isso é a descrição de como começam as piores coisas que a humanidade já fez nesse planeta, eu prometo que dessa vez não será. Do contrário, vamos falar de algo extremamente positivo!

Os rapazes em questão são Gavin Blair, Ian Pearson, Phil Mitchell e John Grace. Juntos, eles tinham a visão que podiam usar a tecnologia para novas formas de histórias, formas que não poderiam ser atingidas de outras maneiras!


... e assim eles ficaram conhecidos por fazer a CG do clipe "Money for Nothing". Tá, nem tão artisticas assim, eu suponho... mas então eles precisavam pagar as contas de alguma forma e fazer o clipe do Dire Straits não é o pior cenário possível. Mas apesar de ter feito isso, não era aí que eles queriam chegar - onde eles queriam realmente chegar era o que viria a ser conhecido como Reboot.

domingo, 3 de dezembro de 2023

[#1194][Mar/98] RASCAL


Estamos agora na época dos jogos que caminham para a metade de 1998, e isso significa que estamos exatamente na metade da vida do Playstation 1. Lançado no final de 95 e substituido no ano 2000, jogos agora da meiuca de 98 são a metade do caminho e isso implica em algumas coisas boas.

Em primeiro lugar, a mais óbvia é que a essa altura todas as grandes desenvolvedoras estão plenamente confortáveis com o hardware do Playstation e todos big players do mercado tem no minimo dois colossais hits de sucesso. A Konami já tinham emplacado a essa altura CASTLEVANIA: Symphony of the Night e WINNING ELEVEN 3, a Capcom estava plena e confiante com RESIDENT EVIL 2 e STREET FIGHTER ALPHA 3, a Squaresoft já tinha soltado no mundo FINAL FANTASY TACTICS e PARASITE EVE, a Namco com TEKKEN 3 e SOUL EDGE. Vc pegou a ideia, a era dos jogões corria solta.

Uau, essa certamente é uma das telas de press start mais "design is may passion" da história dos videogames. Tem um dinossauro, a lua, um dude anos 90 radical seu coroa, ta faltando só o skate

Em segundo lugar, a outra coisa é que mesmo as desenvolvedoras menos competentes dificilmente lançariam jogos quebrados e vagamente funcionais. A familiaridade com a programação do console na metade da vida dele significava  que mesmo os jogos mais hediondos e catastróficos não teriam problemas básicos de camera, controles, detecção de colisão e todas essas coisas que todo mundo a essa altura - mesmo os mais chinelões já sabiam fazer.

Então por pior que um jogo possa ser, ele não o tem como ser taaaaao ruim quant...


... Oh boy...

sábado, 2 de dezembro de 2023

[#1193][Abr/98] DRAGON FORCE 2: The Godforsaken Land

E hoje é dia do meu tipo favorito de review nesse blog: o review que mostra que eu não sou um completo maluco. Quer dizer, eu sou, mas não no que se tange as reviews... majoritariamente. E de qual jogo eu estou falando quando digo que a review de hoje é um "eu estava certo, NA SUA CARA SEU MAMÃO"?

Bem, hoje é dia de mostrar que eu estava absolutamente certo quando falei que OGRE BATTLE: The Marsh of the Black Queen é mais feio que encoxar a mãe no tanque. Eu digo isso pq "Força Dragão 2: A Terra Onde Deus Picou a Mula" é um jogo que tem exatamente a mesma premissa de OGRE BATTLE: The Marsh of the Black Queen... só que sem ser pavorível de tão terrível. Vamos a isso, sigam-me os bons!


quinta-feira, 30 de novembro de 2023

[#1192][Mar/98] KARTIA: The Word of Fate (ou "Rebus" no Japão)


Ao longo de todos esses vários anos nessa indústria vital, eu acumulei algumas opiniões que podem ser consideradas... impopulares, vamos dizer assim.

AH NÃO CARA, NÃO PODE SER! NEM TEM MAIS JOGO DO SONIC, ESSE É UM JOGO EXCLUSIVO DE PLAYSTATION! COMO QUE TU ACHOU UM JEITO DE FALAR MAL DA SEGA?

Então, Jorge, esse não é um texto pra falar da Sega, era de outra opinião impopular. Mas sim, Sonic em 2D nunca foi bom (para maiores informações, vide meu texto sobre SONIC 2). A opinião impopular de hoje é que, bem, eu não realmente acho a arte do Yoshitaka Amano muito boa para jogos. Sim, eu estou dizendo que não acho o design do artista principal de Final Fantasy essa Coca-Cola toda. Podem vaiar agora.

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

[#1190][Jun/98] STREET FIGHTER ALPHA 3 (ou "Street Fighter Zero 3" no Japão)


Hoje, em nossa review numero 1190, chegamos a um jogo não apenas muito importante, como o um verdadeiro marco nos videojogos. E o que faz esse jogo tão especial, vc pergunta? Bem, é pq ele é literalmente o fim de uma era: esse é o último jogo de Street Fighter que seria lançado em uma decada. E e eu estou falando bem literalmente, depois desse jogo de 1998, o próximo Street Fighter sairia apenas em 2008 (com Street Fighter 4).

A Capcom ainda lançaria alguns jogos patch-de-update tanto para esse jogo quanto para STREET FIGHTER 3, mas jogos novo NOVO mesmo, termina aqui. A verdade é que a péssima recepção nas vendas de STREET FIGHTER 3: The New Generation pegou a Capcom completamente desprevenida e quebrou muitos dos seus planos, somado ao fato que os arcades iam perdendo a razão de existir no ocidente conforme os consoles domésticos ganhavam força fez com a Capcom parasse de alocar tantos recursos em jogos de luta. E definitivamente parou de tentar coisas novas com Street Fighter.

De todos os personagens de Street Fighter, é uma escolha interessante colocar logo o Zangief como destaque na capa americana do jogo

Então esse é o último jogo (por pelo menos uma decada) da franquia que praticamente criou os jogos de luta com STREET FIGHTER II: THE WORLD WARRIOR. Tá, não literalmente criou, mas na prática foi o que colocou os jogos de luta no mapa e iniciou uma corrida de rato nesse genero que estamos cobrindo até hoje (incluindo os tenebrosos jogos de luta do Nintendo 64, Jesus no Pogobol).

Isso pode levar a uma ideia que o ultimo Street Fighter teria uma cara de fim de festa, que seria um jogo para apagar as luzes melancólicamente pq é assim que as coisas geralmente terminam. Só que não, não dessa vez. Street Fighter Zero 3 é uma despedida a altura de um dos maiores nomes da história dos videogames, é o Street Fighter onde a Capcom fez tudo que era fisicamente possível fazer ants de colocar a franquia na geladeira e apontado por muitos como o melhor Street Fighter até o dias de hoje!

É o que descobriremos hoje! Vambora para um último "Round 1! Fight!"