quinta-feira, 21 de março de 2019

[AÇÃO GAMES 016] SPACE PIRATES (Arcade, 1992) [#198]



Como já cobrimos anteriormente, em algum ponto dos anos 80, Ryck Dyer juntou alguns caboclos (incluindo o mestre da animação Don Bluth) e teve a ideia de fazer um desenho animado interagivel usando a novíssima tecnologia dos lasers discs. Esse foi Dragon's Lair.

E por "desenho animado interagível" entenda uma animação que a cada X segundos te pede para colocar um comando e se você errar, babaus. Ou seja, isso não é lá muito um jogo, é apenas um quick time event de 20 minutos onde podemos ver Eva tentando morder a maçã do protagonista porque Deus obviamente nos abandonou a muito tempo atrás.


Pois bem, era o que tínhamos para a época. Mas E SE, veja bem, E SE alguém tivesse a ideia de alguma forma acrescentar um gameplay de verdade nesse formato, de modo que parecesse mais com um videogame como nós entendemos a concepção da palavra?

É aqui que a American Laser Games entra, só que eles não fizeram isso com uma animação e sim com um filme live action. Originalmente eles usaram essa tecnologia para treinamento de policiais, mas foi só uma questão de tempo até descobrirem que havia mais dinheiro a ser ganho dando a chance para crianças em atirarem em pessoas. 

Agora imagine, apenas imagine, que você é uma criança em 19992 e andando pelo fliperama do shopping (pois nessa época a vigilância sanitária já havia fechado quase todos os arcades tradicionais), entre personagens  de desenho animado e jogos 3D extremamente primitivos que mais parecem uma batata deixada embaixo da pia tempo demais, tem uma tela enorme onde um pessoa de carne e osso fala com você, e tem uma arma para você atirar nela.


A esta altura dos acontecimentos, seu cérebro de 9 anos de idade acabou de derreter. A tecnologia não é tão complicada assim uma vez que você entende como ela funciona, mas na época isso era apenas indistinguível de pura magia. Basicamente, o jogo roda o filme e se você acertar um tiro na parte correta da tela o filme continua, senão você falha e uma cena de fracasso roda.

Isso deu mais dinheiro para a American Laser Games do que eles seriam capazes de nadar nele, e sendo seu primeiro jogo (Mad Dog Mcree) o seu mais popular. Embora os jogos fossem basicamente iguais em termos de gameplay, só mudando o filme em que você atirava, cada filminho era diferente de modo que Mad Dog Mcree se passava no velho oeste, Who Shot Johnny Rock é uma investigação policial noir e Space Pirates é autoexplicativo.

Eu nunca vi um arcade de Space Pirates, nosso jogo de hoje, por aqui na época, então não faço ideia de que tremeluzentes emoções pode nos reservar esta obra-prima gamecinematográfica.


Nossa história começa, como muitas outras histórias, com uma transmissão de um pedido de ajuda da mulher mais bonita que a produção do jogo pode pagar. Essa é Ursula Skye, comandante da nave Colonial One. Oh, provavelmente bela Ursula, ao que devo o prazer desta chamada de emergencia?


Com mil caracóis estelares! A bela-considerando-o-orçamento-do-jogo Ursula está sob ataque  da maldita Black Brigade e suas armas que disparam efeitos especiais feitos no Paint! Mas o que tão odiosa trupe pode querer com uma nave de meros colonistas pacíficos?


Bem, o pestilento, sarnento, arruaceiro, gato polar, Capitão Talon tomou controle do Canhão Rachador de Estrelas - que por algum motivo estava a bordo da nave de colonistas pacíficos -  e fez a tripulação de refém. Como se pode ver nesta prisão que mantém os reféns sob o jugo de raios feitos no Paint, a tecnologia da edição barata é a maior arma do Capitão Talon.

Não creio haver esperanças, sinto muito moça com um vestido que, por mais que você possa querer se vestir como princesa, parece meio imprático para comandar uma nave espacial.

Para mostrar que estamos lidando com vil vilões que não conhecem a misericórdia nem os banhos, temos esta cena em que um membro da tripulação de Ursula é friamente executado na escada apenas para rolar dramaticamente. Dou duas Nazarés de cinco pela rolagem.

Ursula informa que a situação está mais feia que o orçamento do governo do estado do Rio Grande do Sul, os escudos estão falhando, o suporte de vida está falhando e a internet é acessada apenas através de um modem de 14k. Ela pede ajuda a quem estiver ouvindo essa gravação, porém a mesma é interrompida.

Oh, quem ousa interromper o ponto alto da carreira de uma atriz cujo papel mais relevante no IMDB após isso será "Mãe suburbana número 3" em "The Lost Room"?


Oh, se não é o vil, sarnento, pestilento, arruaceiro, gato polar conhecido como Talon? Sim, eu sei que eu já usei esses xingamentos antes, mas o que eu posso fazer se são os melhores xingamentos da história da televisão? Obrigado, Pica-pau!


E assim se conclui a introdução do jogo, apresentada em toda sua gloria de Windows Movie Maker pela American Laser Games sussurrada com a voz mais creepy que você conseguir imaginar.

Isso significa que ao colocar a ficha o jogo começa, certo? Afinal já temos background suficiente, certo? Bem, não. É claro que não. A ALG estava se sentindo particularmente artística nesse dia, então antes do jogo começar temos mais da sua brilhante obra cinematográfica.


Esse tiozinho que claramente falhou nos testes para ser o Odin nos filmes da Marvel, e cujo se pode notar a dor de perceber onde sua carreira foi parar, nos diz que o Capitão Talon destruiu a nossa terra natal, incinerando a porra toda com um maquinário vil criados por uma mente sinistra (palavras dele, não minhas). Olha, ALG, eu não sei o quanto vocês querem que eu odeie esse tal de Talon, mas sinceramente vocês já me ganharam no "Space Pirates", acho que é um conceito bem auto-explicativo, não?


Não, é claro que não.

A cena corta para ninguém menos que o nefasto capitão Talon, que adentra a câmara em uma entrada triunfal de iluminação ruim e gelo seco. De fato, o ator se engasga com a fumaça do gelo seco e a primeira imagem que você tem de Talon é alguém colocando os pulmões pra fora. Como esse jogo foi feito para ser rodado em fliperamas, a ambientação está de acordo.

Muito gentilmente, Talon nos dá um tour por sua nave, mostrando sua tripulação de mandriões selvagens prontos a cometer atrocidades como pichar a Grande Muralha da China ou beber o leitinho das crianças. Porém isso não é tudo que Talon quer ostentar, oh não...



Como todo vilão que se preze, Talon é contratualmente obrigado a dar um monologo sobre como ele vai conquistar a galaxia enquanto ostenta a sua única refém que não parece com uma caixa de sapatos velha. Mais importante do que isso, ele se gaba que o resgate de tal belezura é impossível e que qualquer tentativa fracassará antes mesmo de começar.

Bem, agora ISSO é um desafio e eu estou pronto para...


... assistir o Odin da 25 de Março dizer que todos os que tentar caíram sob os terríveis raios feitos no Paint de Talon, e que a única esperança de derrotá-lo é o poderoso canhão Rachador de Estrelas - que é o que Talon quer, além da volta da Cherry Coke.



Porém para funcionar esse canhão precisa de três cristais que só poderão ser encontrados em Planetas habitados por mutantes, degenerados e vendedores de chip da Claro. Então é seu dever ir em cada um dos planetas e recuperar um cristal para energizar o canhão antes que os piratas da Brigada Negra de Talon os encontrem.


De posse disso, Odin espacial poderá operar o canhão e obliterar Talon e sua escória para a quinta dimensão de Burma, conforme essa dedicada visão futura mostra com um capanga voando pela sala de controle. Ele não parece profundamente preocupado com os reféns sequestrados, mas suponho que um gênio cientifico não tenha tempo para pecuinhas como vida, um grito de gol, um banho de mar, inverno ou verão.

Tudo que ele precisa para concretizar seu plano é de alguém com o dedo rapido no gatilho e um olho afiado, ou seja... um STAR RANGER! (esse é você, caso não tenha ficado clara a deixa)


Então os créditos rolam. Ok, até que foi fácil essa! Bem, foi divertido pessoal e...


... e Capitão Talon interrompe para nos lembrar que vencedores não usam drogas. O que torna essa cena a coisa mais anos 90 que alguém possivelmente poderia fazer em um arcade. De qualquer forma, agora é pessoal, Talon!

Você pode sequestrar a princesa capitã Ursula Baryonix, pode exterminar toda raça do meu povo, e isso eu posso aceitar. Mas não ouse dizer o que fazer com minhas dorguinhas! Agora é guerraaaaaaaaa!!!


E então uma caveira explode por motivo nenhum, exceto que para provar que sempre dá para ficar mais anos 90. Corta para outro logo da ALG... me pergunto quantas aberturas eles acham que são necessárias para um jogo.


Agora sim o jogo começa. Odin genérico nos diz que os piratas estão armados até os dentes, então esse é um bom momento para praticar. Se você consegue ver a relação entre as duas frases, você é uma pessoa melhor que eu. De qualquer forma, temos que atirar em asteroides (segundo Odin) mas que por algum motivo parecem apenas um modelo 3D sem textura. O espaço é realmente a fronteira final.


Depois de atirar em mais asteroides do que o ódio humano por rochas espaciais pode comportar, invadimos a nave de Talon para resgatar os reféns ANTES de explodi-la. Isso não estava no plano de Odin genérico, mas suponho que nosso herói tenha a cabeça no lugar certo.

De qualquer forma, o jogo é isso: um inimigo pula na tela e você tem que mandar chumbo no capiroto. Se conseguir, o filme prossegue. Se não conseguir perde energia e o filme também prossegue. Se sua energia acabar, é ficha over.


Existem também refens soltos por aí, que até te cumprimentam, porque obviamente Talon não tinha corda ou o ciclo de atenção longo o bastante para prender todos eles. Justo o bastante, eu suponho. Se você atirar em um civil inocente, perde energia e terá que viver com a culpa. Mais o primeiro do que o segundo.


Exceto que o patife atirou em mim! A audácia! Bem, felizmente eu sou discípulo de Han e sempre reajo bem quando atiram em mim primeiro. O cara ali atrás é de fato só um cara cuidando da vida dele, não tenho muita certeza de como ele se encaixa nesse cenário.


Oh, uns cinco segundos depois ele decide vingar o seu amigo e atira em mim! Agora eu posso atirar nele... que cai com um grito tão convincente quanto a perna de pau  de metal do pirata ali. Não dá para confiar em ninguém mesmo hoje em dia (exceto que nenhuma dessas pessoas é um ator profissional, nisso eu confio)


Após matar um a um os piratas que pulam na tela com a maior cara de "oh, é a minha vez agora?", nosso herói pega um elevador que para em vários andares para atirar em um cara e depois continuar viagem. As coisas ficam dramáticas no ultimo andar, quando agora oss malfeitores tem refens!

Conseguirá nosso herói acertar o cara cinza levemente arabe sem atingir a moça da lavanderia que deram cinco paus para participar desse filme?


As mortes nesse jogo são tão bregas quanto mirabolantes, claramente o diretor desse filme (supondo que houve um) disse para os atores "morram como se fosse sua única chance de atuar na vida!". Até este dia, foi o briefing mais sincero da história das gravações.



Assim, nosso herói avança pela nave atirando em capangas e interrompendo orgias de piratas, que suponho ser a única moeda de pagamento oferecida ao elenco desse jogo.


Quando você achar que suas escolhas profissionais foram ruins, lembre-se do olhar desta moça vestida como pilha alcalina em um anime hentai. Com suas ultimas forças, antes de ser morta pela vergonha de participar disso por um pirata espacial, ela diz para você atirar na luz azul para libertar os refens.

Mas onde estão os refens? Ora, como onde estão os refens...


Eles estão nessa sala, é claro! Como em um quadro de Tarsila do Amaral, eis aqui todos os joviais reféns esperando serem salvos! Atirar na luz azul, após eliminar os piratas, não só te faz progredir no jogo como te recompensa com a mais a tocante cela de liberdade desde o ganhador de 12 Oscars, Amistad.


- We are free, let's go!
- We are free? Oh, we are free!
- To the transport room!

Mais tocante do que os atores que não estava prestando atenção na cena, só se alguém soltasse um "yppi!" no meio. Esse filme dirigido por George Lucas seria um blast


Oh não, mas em meio a tão espontanea alegria, um maligno pirata sobrevive e o faz de refem! Salve-o, Space Ranger!



Eu não faço isso pela glória, faço pela olhar de gratidão nestes rostos e a multidão pisoteando o cadáver recém abatido do pirata espacial.


Este cara passa algumas instruções, parece que no calor da batalha um novo líder surge entre os colonistas para compartilharmos armas lado-a-lado, como irmãos forjados no sangue, suor e enxofre da guerra!


Ou ele pode tomar um laser de paint bem no olho no instante seguinte. É, pode ser assim também.


Após cruzarmos como paladinos da justiça pelos corredores da nave, chegamos a sala onde a capitã Ursula está presa com seus joelhos a mostra. Chegamos a tempo de ver o líder dos piratas espaciais dizer que não tem tempo para isso e ir embora, deixando a defesa dos reféns a cargo de seus subalternos. Como esse cara que chega balançando em uma corda e perde o equilíbrio ao aterrissar, quase dando de boca no chão sozinho.


Durante o eletrizante tiroteio que se segue, não só os capangas de Talon surgem mas também tripulantes  pulam na tela para dizer coisas como "Save Ursula" ou "Get Talon!". Meu favorito é esse tiozinho que aparece mas logo é puxado por um braço de fora da tela, nem se desse para ouvir "volta aqui, não é a sua deixa ainda!" no fundo ficaria melhor que isso


Entre os capangas, minha morte favorita é a desse cara que não apenas voa em camera lenta e com eco ao ser baleado, como cai em cima de um outro cara fazendo um sanduiche de bros. Mais importante que isso é que eu não atirei nesse outro cara, ele apenas estava ali tirando uma soneca por conta própria! Porra, Osvaldo!


Por fim, Ursula é libertada e comanda o êxodo dos reféns de volta para a nave dos colonistas. Parece contudo que eu cheguei tarde demais, porque ela já transformou na versão "Xuxa Possuída pelo Baixo Astral". Heh.


Ela explica que a única forma de derrotar Talon é reunir os cristais para energizar a arma citada anteriormente. O que parece desnecessariamente mais complicado do que o que eu acabei de fazer, quer dizer eu acabei de ir até a ponte da nave dele metendo bala em todo mundo e estou de boas, Talon deve estar no máximo duas salas de distancia. Honestamente, seria mais fácil só continuar avançando e zapear a galera, mas enfim, o que eu sei da vida?

Você pode escolher a ordem das fases que quer completar, sendo que apenas três delas tem cristais e um deles tem o Star Splitter Canon em si - embora você precisa fazer os quatro de qualquer maneira.


Em seguida, Odin espacial aparece e repete a mesma coisa, porque  é muito importante que não seguimos adiante sem ter total ciencia do plot. Gosto de como esse jogo cobre todas as possíveis confusões através da repetição das mesmas falas.


No planeta superior esquerdo, você enfrenta piratas espaciais que pulam para dentro da tela. Piadas que eu faça a parte, as locações e os cenários são bem feitinhos e/ou bem escolhidos. Certamente já vi muitos episódios de Doctor Who com valores de produção menores que isso.



... hmm, pensando bem isso não é tão difícil assim também...


O tiroteio é só interrompido por um nativo(a/it) que de dá uma dica sobre o chefe do planeta. Através de uma rima que empalideceria a Zecora, ela avisa para cuidar com a flauta e a palma da mão do boss. Então tá, né?


Ok, voltamos a mais peripécias Mad Maxianas, com ... mortes elaboradas, tenho que te dizer. We don't need another heroooooo


Bem, eis a chefe da fase e seu parceiro... anão? Sátiro? Qualquer coisa que eu escrever que vá parecer a descrição de um filme porno alemão?


De qualquer forma, o desafio aqui é atirar em taças que ela arremessa porque... bem, não tem um porque realmente. Aparentemente todas as boas ideias foram gastas com a parte da nave, vamos apenas atirar em taças voadoras, sim?

Por isso você ganha o cristal vermelho.



O planeta inferior esquerdo é um cenário bem interessante: de alguma forma é um plano inclinado, o que significa que ao serem atingidos eles vem rolando como peões da casa própria. É algo realmente engraçado de se assistir, para não falar dos inimigos que tentam se mexer cuidando para não rolar ladeira abaixo hahaha


A mutante deste planeta te diz para atirar três vezes no boss antes que ele ria. O que me faz pensar que esse planeta é uma versão pos-apocaliptica da Vila Sesamo, a julgar pelo numero de programa infantil na tela confirmando a frase nada obscura dela. Imagino que o chefe deva ser o dark Garibaldo caolho. Pq todo sobrevivente pós apocaliptico tem que ter perdido um olho, é a lei.



O chefe dessa fase fica se teleportando entre as... bem, seja lá o que for isso, e como a silver Bert disse, você tem que acertar três chumbaços nele antes que ele ria um sorriso singelo e maroto.


Tendo sucesso, ele te dá o cristal azul. Depois disso você tem que atirar nessas caveiras, o que não faz muito sentido pq eu já tenho o que eu vim buscar. Imagino que a ordem das cenas foi trocada, o que é o nível de profissionalismo que eu espero de Space Pirates


Planeta superior direito, parece que os piratas espaciais tomaram o lixão que se formou com o deposito de cenários não utilizados de Blade Runner e reaproveitados em Ghost in the Shell. Melhor acabar com os patifes logo antes que a Scarlet Johansson tenha outra crise de depressão por ser gostosa, forte e ter habilidades de hackeamento demais!


Este cara não está caindo, saiba você. Ele enganchou o pé em alguma coisa e passa a cena toda pendurado desse jeito enquanto outros atores ruins vem e fingem mortes rocambólicas por uns cinco minutos, sem contar as regravações (o que eu acho improvavel que tenham acontecido, mas enfim). O profissionalismo destes homens deve ser aplaudido, eu te digo.


A\o mutante desse planeta tem a voz de pato tão distorcida por um sintetizador para soar mutantesca que eu não entendi nada do que disse, alguma coisa com atirar antes que o relampago ressoe ou algo assim. Bem, meu plano é atirar em tudo que possa ser atirado, então acho que estou coberto aqui.



 A esse ponto, sabendo que pouca gente chegaria a esse estagio do jogo, eles meio que pararam de tentar. O objetivo aqui é só atirar em círculos vermelhos porque... nós odiamos circulos vermelhos? Enfim...


O "chefe" dessa fase é o índio Tanajura que aplica o velho golpe indígena de olhar para o fogo e conhecer a si mesmo. Olha, se a Disney aplica essa ainda hoje com Star Wars, eu não vejo pq Space Pirates não pode fazer o mesmo com 1/10000000000000000000 do orçamento.

Mas o que pode aterrorizar o coração deste indomito Space Ranger? Será um trauma do passado, será alguém perdido, será o fracasso em uma missão?

Ou pode ser este espadachim de baixissima resolução que não me diz nada. Ah, bem, sabe como é, neste caso... ferro na boneca!


O índio Tanajura elogia eu não ser facilmente enganado pelo Marshal espachim 60x80pixels e como recompensa me dá o último cristal. Err... obrigado, eu acho?

Seja como for, falta apenas um planeta onde recuperarei o canhão Formator de Estrelas (ou algo assim, eu não vou subir o texto para ler o nome correto) e poderei concluir a missão de acabar com todos Piratas Espaciais que não tem nenhum motivo para eu já não ter concluído logo no começo do jogo já que eu estava lá mesmo e quase fiz isso de qualquer maneira.

Antes de partir, o indio Tanajura diz que eu preciso ter os olhos de um gavião para derrotar Talon, e m e faz atirar em tochas que aparatam do nada no cenário. Tenho certeza que isso me preparará para a batalha final, já vejo Talon dizendo "não, tudo menos o atirador de tochas, naaaaaaaaaao!!!".  Certeza.





O último planeta é... igual ao primeiro. Parece que eles filmaram na mesma locação, só viraram a camera para outro lado. Embora os piratas espaciais aqui se vistam diferente, então deve ser um lugar totalmente diferente, claro.

Após matar um pirata, esse cara surge para me dar dicas sobre a boss da fase. Como um jogo brega que se preze, é claro que ele tem que falar rimando:

"Selena is beauty, just as the sky
But everything she says is a pack of lies!"

E para comprovar que ele estava falando sério, alguém puxa ele de volta para baixo da pedra de onde ele saiu. Ora, nada me faz confiar mais em alguém do que ser puxado por debaixo de um rocha, saiba você!




*imagine uma voz de narrador de apuração de carnaval do Rio de janeiro* Camuflagem... NOTA ...

DEZ!!!



Esta é Selena, e diz ser minha amiga. Ela também diz que eu devo escolher o ouro para avançar, mas o cara puxado para debaixo da pedra disse que tudo que ela fala é mentira. Isso significa que o verdadeiro nome dela deve ser ANELES, que o correto é atirar na prata e... ela não é minha amiga!

TAN-TAN-TAN!





Após sua vil vilania de mentiras cair, confrontamos Selene da unica forma que uma vil vila vilanesca pode ser confrontada: em um desafio de atirar em bolas de cristal que ela joga para cima. Isso vai ensinar uma lição a esta mentirosa, o se vai!


De posse do Star Spliter Cannon e dos cristais, é hora de fazer Talon provar de seu próprio remédio... embora ele nunca tenha usado esse canhão, foi uma analogia ruim. Enfim, mas se você achava que as coisas se resolveriam sem tiros com lasers feitos no Paint... você realmente não prestou atenção em nada até agora. Ao que eu não te culpo, honestamente.



E se você acha que esse jogo será resolvido através da magia do perdão e do poder da amizade, saiba que aqui é anos 90 e nós não tinhamos dessas frescuras não! Aqui é sangue e pirata espacial voando pra todo lado!

UÉ, MAS E SUPER XUXA CONTRA O BAIXO ASTRAL NÃO É DESSA ÉPOCA?

Cala a boca, Thiaguinho!


Os sobreviventes comemoram a belíssima sentada no patê que a Black Brigade tomou, exceto esses dois do meio que meio que já iam se pegar e está rolando o maior climão entre eles. Vão enfrente rapazes, aproveitem essa juventude beeeem lentamente... isso... agora usem esse oleo de massagem, hmmm...


Porém o mal nunca dorme e o vilanesco Talon escapou da destruição da sua frota em uma nave de emergencia quase tão grande quanto a principal. O que não faz sentido, mas suponho que os produtores só querem voltar para suas carreirinhas de cocaína separadas com cartões de crédito VISA para se importar com escala. 

Isso quer dizer que Talon escapará, gerando uma continuação?


MAS NEM FODENDO! VOLTE AQUI TALÃO...


Talon leva mais pipoco que o Luke Cage saindo pra fazer jogging, e ainda mais um depois de caído só para aprender a não ser trouxa. O que é uma quantidade de zelo saudável de nosso herói, devo dizer, e que tornaria muitas histórias mais curtas se fosse repetida com mais frequencia.


Assim, a capitã Ursula Brioches e Edin Espacial brindam ao Space Ranger, campeão da justiça e atirar em vilões caídos! Uma música de fim de pornô softcore do Cine Privê toca, provando que seus feitos jamais serão esquecidos!


E, em uma fonte roubada de Monkey Island, é o fim! yay!

E lembrem-se, crianças:


MATÉRIA NA AÇÃO GAMES
Edição 016



Edição 089



MATÉRIA NA GAMERS
Edição 004