terça-feira, 18 de maio de 2021

[ARCADE/SNES] KILLER INSTINCT (Outubro de 1994)[#687]


Eu quero te propor um exercicio mental. Feche os olhos... não, pensando melhor não feche porque senão você não vai conseguir ler esse texto, mas você entendeu a ideia. Imagine que você é uma criança de 11 anos de idade em 1995. Não existe youtube, não existe Netflix, não existe sequer internet. Tudo que você sabe sobre videogames é o que tinha nas revistas (que não eram exatamente muito... profissionais, digamos assim) e o que as crianças conversavam no recreio do colégio.

Assistir uma E3 via stream era literalmente impossível, e viajar para um evento assim era fora da realidade. O mais perto que você podia ter de vivenciar o state-of-art dos videogames era... ir no fliperama. Como arcades não tinham limitação do quanto de hardware eles podiam ter (era o tanto que seu desenvolvedor quisesse gastar), ao contrário de um console que tinha suas especificações definidas em pedra, eles podiam ser dezenas de vezes mais poderosos do que os consoles que você tinha em casa - então era um evento sensorial ir no fliperama.

domingo, 16 de maio de 2021

[SNES] ROBOTREK (ou "SLAPSTICK" no Japão) [Outubro de 1994][#686]

Normalmente eu coloco a capa americana na frente, mas eu tenho um ponto sobre isso hoje

Me diga se essa cena lhe é familiar: você gosta de um hobbie particular (pode ser videogames, board games ou o campeonato russo de arremesso de anões) e uma das primeiras coisas que você faz é pesquisar quais são as "hidden gems" daquela categoria. Quer dizer, você nem realmente experimentou os grandes clássicos (como por exemplo eu nunca tinha jogado FINAL FANTASY 6 até o fim antes do meu post nesse blog) mas quer ser o fodelão que achou aquela perola que ninguém mais conhece.

Todos nós já passamos por isso. Nós vasculhamos postagens de fórum e os vídeos do YouTube em busca de "joias escondidas", como velhos procurando moedas raras com um detector de metais na beira da praia. E quando se fala de jogos de Super Nintendo, uma figurinha carimbada são os RPGs da Quintet. ACTRAISERACTRAISER 2ILLUSION OF GAIA, Terranigma e este Robotrek aqui.

sábado, 15 de maio de 2021

[ARCADE] X-MEN: Children of the Atom (Dezembro de 1994) [#685]

Nesse momento da nossa viagem através do tempo e espaço na história dos videojogos, estamos sobrevoando o coração pulsante da febre dos jogos de luta, lá pelo começo de 1995. Porém vamos voltar para 2021 por um momento e comentar um pouco mais sobre esse cenário: hoje, você pode contar nos dedos quantas franquias de luta ainda existem.

Tem Street Fighter, Mortal Kombat e King of Fighters, como existia naquela época, mas muito pouco se adicionou de lá para cá. Temos Smash Bros, os jogos de luta anime-like  da Arc System como BlazBlue e Dragon Ball Z e um que outro indie que as vezes ganha destaque, como Skullgirls. Mas meio que é isso realmente. Então é, comparado com o reinado absoluto que tinha sobre o mercado os jogos de luta hoje são uma sombra pálida do que já foram - embora possa ser discutido que o que eles perderam em quantidade ganharam em intensidade, já que todo um cenário competitivo com jogadores profissionais se formou em torno desses jogos.

quinta-feira, 13 de maio de 2021

[3DO/SEGA CD/SEGA CD 32X] SUPREME WARRIOR (Fevereiro de 1995) [#684]

Sim, esse jogo saiu para Sega CD E Sega CD 32X como dois lançamentos diferentes, because Sega

 Eis aqui um jogo que potencialmente teria mudado a minha vida, mas não mudou porque eu era pobre demais para isso.

domingo, 9 de maio de 2021

[SEGA CD/PS1/SAT] SNATCHER (Novembro de 1988) [#683]


Uma coisa que eu digo frequentemente aqui é que videogames são a mais complexa das midias narrativas, no sentido que existem mais camadas na produção dela do que em qulquer outra midia. Isso é bom porque é o que torna videogmaes únicos, afinal, porém tem o downsize de que ser uma midia complexa acaba se tornando engessada pela sua própria natureza.

É tão dificil apenas fazer o jogo funcionar sem que ele imploda em uma pilha de bugs, e em fazendo ele funcionar existem tantas variaveis tão completamente discrepantes umas das outras que videogames frequentemente não se permitem ser autorais. Não tem como fazer "um código de programação na mão, uma ideia na cabeça", não é tão simples assim fazer um jogo para passar sua visão artistica de alguma coisa.

quarta-feira, 5 de maio de 2021

[SNES] POWER INSTINCT (Novembro de 1993) [#682]

Como a gente pode chamar atenção para o nosso jogo de luta no meio de tantos outros... hmm, já sei, vamos fazer uma das capas mais feias já concebidas pelo homem! Com certeza isso vai chamar atenção...

Como você já deve estar ciente a essa altura, estamos no olho do furacão da febre dos jogos de luta. Esse era de longe o genero mais popular no ocidente, e um dos top de popularidade no Japão. Os fliperamas estavam cheias de máquinas de Street Fighter, Mortal Kombat e The King of Fighters. Todas revistas sempre tinham sessões inteiras de dedicadas ao Champion Edition ou Turbo ou qualquer pequena atualização que os jogos de luta estavam lançando - e quando não era isso, era pra tentar acertar o "próximo grande hit" como Darkstalkers, por exemplo. 

Nesse cenário, não é realmente surpresa que desenvolvedoras menores em todos os cantos tentavam desesperadamente capitalizar em cima da moda emplacando seu próprio brawler 1 contra 1... normalmente tendo resultados fisicamente dolorosos ao jogador, como RISE OF THE ROBOTS e SHADOW: War of Succession.

terça-feira, 4 de maio de 2021

[MEGA DRIVE] SHINING FORCE 2 (Outubro de 1994) [#681]

A Sega da América e sua política de que as capas japonesas são muito afeminadas para a familia tradicional americana, então substituindo por homões com as coxas grossas de fora e o peitoral exposto como uma capa de romance para donas de casa. Muito mais machão.


Uma coisa que frequentemente é dita a respeito de videojogos é que diferente de qualquer outra mídia criativa, em videogames não é raro a continuação ser melhor que o original. Isso não é totalmente sem procedencia, já que videogames são tanto uma mídia criativa quanto são brinquedos (ou um board game com grife, se preferir) e esse segundo faz muito bem um uso de um aprimoramento nas suas mecanicas.

Jogos são, afinal, talvez a mídia narrativa mais complexa de se desenvolver e sempre tem muito o que pode ser melhorado, polido, refeito de uma forma melhor e mais divertida dado que são muitas variaveis que compõe um game. Logo, não é sem sentido dizer que na continuação os desenvolvedores já tiveram um feedback do que funciona e do que não funciona, e podem deixar a coisa melhor ainda.

Porém embora isso seja verdade, também é verdade que não é essa festa do caqui toda não. Continuações tendem a ser melhores mecanicamente do que o original na parte jogo, mas videogames são mais do que jogos. São experiencias pessoais de entretenimento, e porque não, de aprendizado e crescimento. É mais do que brincar com um brinquedo eletronico, é sobre um ser humano (ou um grupo deles) querendo se expressar enquanto individuos.

segunda-feira, 3 de maio de 2021

[MULTI] RISE OF THE ROBOTS (Novembro de 1994) [#680]

Mergulhados até a quinta camada da aura como estamos em jogos ruins, as vezes é fácil perder a linha do que faz um jogo realmente ruim e do que faz apenas um mediano que acontece de ser esquecível. Quantos jogos Amiga-like eu já vi na minha vida? Jogos demais. Quantos saltos de fé eu já dei? Saltos demais. Quantas vezes eu já tive que aceitar que a detecção de colisão é apenas aleatória e a sorte nunca está a meu favor? Vezes demais.

Como eu disse, são tantos, tantos jogos ruins que é muito fácil perder a linha. Mas então chega aquele momento definidor que você sabe que cruzou a linha. Como um viciado em drogas que acorda num lixão as dez da manhã de terça-feira abraçado a uma cabra chamda Osvaldo, você sabe que chegou ao limite. Chega um ponto na sua vida que você está tão afundado na degeneração que mesmo o mais junkie dos junkies percebe que foi longe demais e é hora de pedir ajuda, porque chegou ao fundo do poço.

O que você não sabe, entretanto, é que o fundo do poço sempre tem alçapão. 

domingo, 2 de maio de 2021

[MEGA DRIVE] RISTAR (Fevereiro de 1995) [#679]

Sabe uma coisa na qual eu acredito? Quer dizer, de verdade? Pois bem, eu acredito que ninguém é inteiramente mau. Eu realmente acho que mesmo as piores pessoas do mundo em algum momento, nem que seja por uma fração de segundos e que seja apenas no seu subconciente, realmente para e se pergunta:


Como eu disse, ninguém consegue ser COMPLETAMENTE maligno, mesmo que pareça. Como é o caso do Sonic Team, por exemplo. Sim, eu sei, eles desenharam jogos de plataforma fundamentalmente falhos e então socaram goela abaixo das crianças com quilos e quilos de propaganda para parecer ultra radical e dinamico, de modo que seria justo se perguntar como essas pessoas conseguiam dormir a noite.

sábado, 1 de maio de 2021

[3DO] SHADOW: War of Succession (Setembro de 1994) [#678]

Se tem algo que você provavelmente não sabe sobre o mundo é que nos anos 90 era controlado secretamente pelo Syndicate of Hate, Anarchy, Destruction and Organized Warfare - mais conhecido (apesar de pouco conhecido) como SHADOW. Esta organização maligna do mal que odeia o bem é responsável por todas as malignidades da história das malignidades, do tráfico humano as tomadas de três pinos.