Ah, Wolfteam. Você tem uma coisa com o Mega Drive, não é? Você criou um dos shooters mais bonitos do Sega CD (Sol-Feace), um dos FMVs mais divertidos para a mesma plataforma (Road Avenger), alguns RPGs (Arcus Odyssey), mas seu gênero favorito sempre foi o de jogos de plataforma com enredos originais (como El Viento ou Earnest Evans).
Então o que te levou a criar um jogo de pinball com tema de dinossauros?
Bem, quaisquer que tenham sido as razões (estando a mafia russa envolvida ou não), em 25 de janeiro de 1991 Dinoland foi publicado, o que na verdade o tornou o primeiro jogo de pinball a ser lançado no Mega Drive.
Agora, sendo o primeiro, a questão óbvia é levantada: o que este jogo traz para a mesa?
Entendeu? Mesa, porque é um pinball, hã, hã? Bem, caham, eu dizia que talvez seja melhor começar com o aspecto mais incomum desse jogo, a história.
Sim, este pinball tem uma história detalhando as desventuras de um par de dinossauros amorosos (embora pareçam mais tatus do que dinossauros). No entanto, apesar de toda a extravagância de realmente existir uma história em um pinball, também não espere muito disso.
Nossa garota dos sonhos (uma dinossaura rosa chamado Meeshell) corre risco de ser sequestrada por um enorme dinossauro malvadão porque ela tem os magumbos mais quentes do período jurássico. Nosso herói que atende pelo nome de (não estou brincando aqui) DINO-Bunz tem que sair e protege-la de todo o mal.
Antes de chegar ao jogo em si, quero gastar algumas palavras sobre o manual. É provavelmente o livreto mais inútil de um videogame que eu já li. As capturas de tela que tem nele nem sequer são tiradas do jogo em si, são desenhadas. É ainda mais evidente quando a imagem que mostra as configurações de dificuldade tem um texto diferente do que está no jogo. Pelo menos no manual eles estão escritos corretamente, contrário do jogo onde esta escrito "BIGINNER”!
Bem, considerando que esse jogo tem uma história, então isso quer dizer que ele tem uma progressão, com batalha contra chefe e tudo mais? Bem, não exatamente. Se você cumprir alguns requisitos na mesa, você vai de fato para uma tela especial que é a batalha contra o chefe.
Nesta tela você tem que encher o grandão - cujo manual chama de "Ball Eater", embora ele nunca faça isso - de bolada nas fuças porém o pequenino que parece uma naja com pernas fica andando nesse trilho e se ele chegar até a Meeshell, ele a leva embora e a fase termina. Então você tem que enfiar bolada no safado também para ele dar meia volta porque é assim que nós rolamos por aqui!
Se você conseguir derrotar o chefe, receberá um bônus de 10.000 pontos por impedir sua garota de ser traumatizada pelo resto da vida, e é isso. Você pode entrar e derrotar o estágio do chefe novamente, isso não muda nada além de acumular sua pontuação. Não há realmente um fim para este jogo, então por que os desenvolvedores pensaram que tinham que amarrar tudo isso junto com uma história, eu realmente não sei.
Isso sendo dito, vamos dar uma olhada no resto da mesa e ver que diversões a Terra dos Dinos nos proporciona. Já te adianto que não serão muitas.
1) Passar a bola por esses caras os transforma em fósseis, o que pode atender seus fetiches arqueologisticos, mas não faz muita coisa além de dar alguns pontos.
2) Acertar estes três caras faz com que os bumpers comecem a brilhar e agora ao invés de dar 100 pontos por cada rebatida eles dão 200. Tente segurar sua emoção.
3) Jogar a bola aqui dispara o caça-níquel que pode dar alguns pontos em caso de duas figuras iguais, mas se você conseguir três figuras iguais ele te levará para outra mesa. Supostamente. Eu joguei esse jogo uma hora, meti a bola ali por dezenas de vezes e nunca vi o tal do jackpot. Então se de fato tem outra, podemos apenas imaginar como ela seria.
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| Obrigado pelo input, Bender |
4) Abater estes três caras faz uma coisa muito interessante acontecer: uma bola de pedra bloqueia o buraco central e basicamente você não tem mais como perder o jogo. Não, eu não estou zoando, alguém na Wolfteam achou que seria uma boa ideia colocar um modo de invencibilidade facilmente acessivel a qualquer um. Deve ser o primo descolado do cara que sempre coloca o botão de autodestruição ao alcance das mãos.
Porém, como podem ver, eu não jogo esse jogo pelas regras dele: ele tem que ser jogado pelas minhas, de modo que eu descobri uma forma de perder mesmo com um pedrão bloqueando o buraco principal. Chupem essa, otários!
5) Jogar a bola repetidamente nesses caras fará a palavra "BOSS" acender, quando ela estiver acesa basta jogar mais uma vez e sua bola levanta e sai andando até a batalha contra o chefe em uma perfeita atitude de "pra mim chega, cansei dessa merda".
Admito que isso foi engraçado.
6) Abater esses caras fazendo jogging em circulos não apenas talvez envie uma mensagem para a Ação Games que jogging não é cool entre as crianças, como faz as letras "DINOLAND" acenderem. Acendendo essas letras a boca do tiranossauro abre e...
7) ... ao jogar a bola lá, o dinossauro cospe de volta dando uma quantidade não tão grande assim de pontos. E só. O que é realmente frustrante, se querem saber meus sentimentos. Eu não sei como você consegue desapontar alguém em um PINBALL SOBRE DINOSSAUROS, mas os caras da Wolfteam efetivamente fizeram isso. Não sei se poderei confiar novamente alguma vez na vida depois disso.
E... bem, meio que é isso o jogo. Quer dizer, só isso. O que mais pode ser dito? Bem, o percurso que a bola faz depois de ser atingido pelos flippers não parece certo, tem algo de errado na fisica da bola e ela não se comporta como seu senso comum esperaria que uma bola se comporte. Os flippers também não parecem ter um ponto de pressão adequado. Não importa se você toca os botões com força ou suavidade, os rebatedores reagem da mesma forma. Também não parece fazer tanta diferença quanto deveria em que altura do flipper você rebate a bola e por isso mirar em algum lugar é muito difícil de ser feito corretamente. Não parece realmente que você está jogando uma máquina de pinball de verdade.
E isso é praticamente tudo o que há para dizer sobre Dinoland. Não tem muito fator replay já que você sempre começa na mesma mesa em todos os jogos. Além disso, o acesso aos outros estágios funciona de maneira aleatória, o que torna qualquer esforço empreendido no jogo inutil
A batalha contra chefes foram uma boa ideia, mas são muito inúteis e não são muito divertidas de jogar. Os efeitos sonoros são bastante decentes, a música é boa, e os gráficos podem ser descritos como “adequados”.
Dinoland tenta ir além de simplesmente simular uma experiência de pinball padrão, mas a execução dessa idéia é bastante simples. Em termos de um videogame, ele se torna chato e repetitivo depois de poucos minutos. Em termos de um simulador de pinball, não é muito preciso e nem tem muitas coisas interessantes para se fazer na mesa.
Mas se você é um fã de dinossauros, metade do manual é dedicada a descrever as várias raças de dino e apresentar teorias sobre as causas de sua extinção. Suponho que que isso tem deva contar para alguma coisa.
E isso é praticamente tudo o que há para dizer sobre Dinoland. Não tem muito fator replay já que você sempre começa na mesma mesa em todos os jogos. Além disso, o acesso aos outros estágios funciona de maneira aleatória, o que torna qualquer esforço empreendido no jogo inutil
A batalha contra chefes foram uma boa ideia, mas são muito inúteis e não são muito divertidas de jogar. Os efeitos sonoros são bastante decentes, a música é boa, e os gráficos podem ser descritos como “adequados”.
Dinoland tenta ir além de simplesmente simular uma experiência de pinball padrão, mas a execução dessa idéia é bastante simples. Em termos de um videogame, ele se torna chato e repetitivo depois de poucos minutos. Em termos de um simulador de pinball, não é muito preciso e nem tem muitas coisas interessantes para se fazer na mesa.
Mas se você é um fã de dinossauros, metade do manual é dedicada a descrever as várias raças de dino e apresentar teorias sobre as causas de sua extinção. Suponho que que isso tem deva contar para alguma coisa.
