quarta-feira, 30 de outubro de 2019

[AÇÃO GAMES 031] LINUS SPACEHEAD'S COSMIC CRUSADE (Nintendinho, 1992) [#277]



Quando eu falei sobre DIZZY THE ADVENTURER e o Aladdin Deck Enhancer, eu comentei sobre o ambicioso plano da Camerica em fazer os jogadores pré-instalarem os componentes basicos de um cartucho-mestre e eles venderem só a programação em um cartucho obviamente muito mais barato.

Pois bem, junto com o Aladdin sete jogos foram lançados para esse formato - todos eles já lançados antes como jogos normais de Nintendinho, e um deles é justamente Linus Spacehead's Cosmic Crusade. Mas será que essa foi uma boa escolha para ser o ponta pé inicial do seu novo sistema de jogos?

PIOR QUE HEAVY NOVA E EARNEST EVANS NÃO TEM COMO SER!

Verdade, bastante verdade. Porra Sega, tu também não se ajuda né...mas enfim, que tipo de jogo é Linus Cabeça Espacial e sua Cruzada Cósmica é algo que veremos a seguir.

Eu tenho que começar dando os parabens a Codemasters pela sacada do jogo. Veja, esse é o segundo jogo do Linus, sendo que no primeiro jogo (chamado apenas de Linus Spacehead) ele é um alien que caiu na Terra e precisa recuperar os pedaços da sua nave para voltar para casa. Obviamente que ele consegue isso, volta para a casa e fim.

O segundo jogo, este, é surpreendemente uma continuação do primeiro. 

PARECE QUE TEMOS UM XEROX ROLMES AQUI

Sim,, eu sei, mas não é isso que eu estou dizendo. O jogo, narrativamente é uma continuação do primeiro jogo porque agora está no seu planeta e lá ninguém acredita que ele esteve na Terra - que é apenas uma lenda entre o povo do planeta Linen. Então seu objetivo neste jogo é conseguir uma máquina fotográfica, uma nave espacial, voltar para a Terra e tirar umas todos pra provar prazinimiga que ele esteve sim na Terra e quem duvida dele é um cara de mamão!

Ok, eu definitivamente poso respeitar isso..



Embora essa cara de moleque aprontão torne dificil respeitar qualquer coisa
Então, como você faz isso?

Bem, diferente do primeiro jogo que era um jogo de plataforma, esta aventura do Lineuzinho é um point'n click. Literalmente mesmo, porque você tem um cursor na tela para apontar onde interagir, opções talk/use/give etc... enfim, point'n click raíz.


Você começa equipado apenas com sua certidão de nascimento, e precisa coletar itens para escambear seu caminho até conseguir a máquina fotográfica e a nave para ir a Terra. Então a pergunta que precisa ser feita é: esse jogo é um bom Point'n Click?

Hmm, acima do competente, eu diria. Ao contrário do que era comum na época, nenhum puzzle tem uma resposta arcana que nunca você ia adivinhar sozinho, e alguns são bem sacados na verdade. Por exemplo, para ir para outra cidade você precisa de um carro. Para pegar o carro você acha um ticket no chão dando um vale-passeio,  mas a pessoa da loja exige uma carteira de motorista para poder dar o premio na sua mão. Então você tem que pegar sua certidão de nascimento (que você já começa com ela), tirar fotos em uma daquelas maquinas de fotos 3x4 (depois de conseguir dinheiro) e entregar no DETRAN do Linoworld. É interessante, bem elaborado, e tem dialogos divertidos.


O jogo não é perfeito, entretanto, e volta e meia escorrega em puzzles não tão bem pensados assim. Para você acessar determinada cidade, por exemplo, você precisa ir até o correio e receber uma carta de alguém que você ajudou antes que essa pessoa vai abrir um buraco que serve como atalho. Como você sabe que tem uma carta pra você? Simples, você não sabe. Apenas quando você não sabe mais o que fazer e você começa a fuçar em tudo pra ver se algo acontece...

... o que é exatamente a receita de como fazer um point'n click ruim. Parabéns. Felizmente isso não acontece com tanta frequencia, então embora não perfeito é um jogo aceitavel.

MAS ESPERA, SE EU SEI ALGUMA COISA SOBRE ESSE JOGO É QUE O AVGN FALOU RAPIDAMENTE SOBRE ELE E CHAMOU DE LINUS SHITHEAD!

É... a respeito disso... então, existe um mapa no Linoworld e trafegar entre as cidades é um dos pontos principais da aventura.


O problema é que quando você sai de uma cidade e vai para outra, você tem que passar por uma fase de plataforma como no jogo anterior. E, como você pode imaginar, essa parte do jogo tem que melhorar MUITO para poder ser chamada de bosta.

Sério, é tão ruim que torna o jogo inviável!


O principal e aleijador do jogo é que os pulos são travados. Quando você aperta o botão de pulo para frente, o personagem pula sempre no mesmo arco para frente. Não é assim que os jogos de plataforma funcionam, mesmo no primeiro jogo do Mario de 1985 você já podia corrigir sua tragetória no ar para mais ou menos escolher onde cair!


Não ter essa opção engessa o jogo de uma forma que quebra totalmente a diversão da coisa. Adicione isso a controles pouco responsivos e um personagem que parece que está sobre o jogo, e essa coisa se torna injogavel!


Pourra Codemasters, aí tu me fode o meio campo, né? Lançar um sistema novo com um jogo injogavel como esse, o que exatamente tu esperava que acontecesse? E o pior é que isso nem precisava estar no jogo, apenas a parte do point'n click tornaria o jogo totalmente ok, mas foram querer inventar e sentaram na graxa de terno novo.

Aí fica difícil MESMO.