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sexta-feira, 24 de abril de 2020

[AÇÃO GAMES 030] DIZZY THE ADVENTURER (e o Aladdin Deck Enhancer) [NES, 1993][#358]

 


Quando a industria dos videogames se desmantelou no ocidente em 1983 e foi reconstruída pela Nintendo, a Big N tomou algumas precauções para que o desastre da Atari e seu mercado saturado de jogos absolutamente bosta ao ponto que as pessoas pegaram nojo de videogames não se repetisse. E uma dessas medidas foi justamente centralizar toda produção dos jogos: todo e cada jogo de Nintendinho não apenas teria que se aprovada por ela, a própria Nintendo confeccionava os cartuchos. Por uma taxa, é claro. Isso quer dizer que a Nintendo ganhava três vezes: quando vendia o videogame, quando vendia um número de cartuchos para as desenvolvedoras lançarem seus jogos, e por fim quando os cartuchos eram vendidos nas lojas.

Claro que as desenvolvedoras não ficavam felizes com isso, mas que opção elas tinham? Se voltar para a Sega e o seu infeliz Master System? Melhor obedecer a Nintendo mesmo...

Entretanto teve uma empresa que decidiu "nah, eu vou fazer meus próprios cartuchos, obrigado".  

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

[AÇÃO GAMES 031] LINUS SPACEHEAD'S COSMIC CRUSADE (Nintendinho, 1992) [#277]



Quando eu falei sobre DIZZY THE ADVENTURER e o Aladdin Deck Enhancer, eu comentei sobre o ambicioso plano da Camerica em fazer os jogadores pré-instalarem os componentes basicos de um cartucho-mestre e eles venderem só a programação em um cartucho obviamente muito mais barato.

Pois bem, junto com o Aladdin sete jogos foram lançados para esse formato - todos eles já lançados antes como jogos normais de Nintendinho, e um deles é justamente Linus Spacehead's Cosmic Crusade. Mas será que essa foi uma boa escolha para ser o ponta pé inicial do seu novo sistema de jogos?

PIOR QUE HEAVY NOVA E EARNEST EVANS NÃO TEM COMO SER!

Verdade, bastante verdade. Porra Sega, tu também não se ajuda né...mas enfim, que tipo de jogo é Linus Cabeça Espacial e sua Cruzada Cósmica é algo que veremos a seguir.

Eu tenho que começar dando os parabens a Codemasters pela sacada do jogo. Veja, esse é o segundo jogo do Linus, sendo que no primeiro jogo (chamado apenas de Linus Spacehead) ele é um alien que caiu na Terra e precisa recuperar os pedaços da sua nave para voltar para casa. Obviamente que ele consegue isso, volta para a casa e fim.

O segundo jogo, este, é surpreendemente uma continuação do primeiro. 

PARECE QUE TEMOS UM XEROX ROLMES AQUI

Sim,, eu sei, mas não é isso que eu estou dizendo. O jogo, narrativamente é uma continuação do primeiro jogo porque agora está no seu planeta e lá ninguém acredita que ele esteve na Terra - que é apenas uma lenda entre o povo do planeta Linen. Então seu objetivo neste jogo é conseguir uma máquina fotográfica, uma nave espacial, voltar para a Terra e tirar umas todos pra provar prazinimiga que ele esteve sim na Terra e quem duvida dele é um cara de mamão!

Ok, eu definitivamente poso respeitar isso..

domingo, 27 de outubro de 2019

[AÇÃO GAMES 018] BEE 52 (NES, 1992) [#276]



Bee 52 é um shmup. O que significa que, pelas regras que eu mesmo estabeleci e sou a única entidade fiscalizadora, isso é um loophole legal para que eu não precisasse jogar esse jogo.

Mas que tipo de mestre supremo dos games eu seria se não jogasse o ABELHA SIMULATOR? Hm, um bem mais feliz, eu suponho...

Bem, em primeiro lugar Bee 52 é um jogo da Codemasters publicado pela Camerica. Então eu poderia te entediar com os detalhes de como o licenciamento de jogos do NES funcionava e como a Camerica fez uma carreira explorando as vulnerabilidades de hardware do NES para lançar jogos sem a aprovação da Nintendo, mas no fim tudo se resume a uma única questão:


Então temos aqui um jogo de navezinha que é um trocadilho com o bombardeiro B-52. O mesmo  utilizado para jogar as bombas nucleares no Japão, então eu diria que é um bem adequado. De qualquer forma, você controla nossa abelhuda amiga e tem que coletar mel nas flores. Depois de coletar quatro melzis, você retorna a colmeia e descarrega. Repita até encher o pote de mel e passou de fase.

O que, achou que eu estava brincando quando disse que isso era um ABELHA SIMULATOR?

sábado, 13 de abril de 2019

[AÇÃO GAMES 022] QUATTRO ARCADE (Nintendo, 1992) [#207][#359 a #361]



De todas as coisas que a Codemasters pode ser acusada, não conhecer o seu publico-alvo jamais será uma delas. Veja sua série Quattro, por exemplo: você pode justamente argumentar que com o trabalho de fazer quatro jogos merda, eles poderiam usar esses recursos para fazer um jogo bom.

É um argumento válido, porém outro mais razoavel é que sabendo que eles não fariam um grande jogo mesmo que suas vidas dependessem disso, então melhor ficar com a propaganda quatro jogos pelo preço de um, os pais mão de vaca pira!

A boa noticia é que os outros jogos da série Quattro já foram resenhados pelo AVGN, restando a mim apenas the cream de la cream: Quattro Arcade!

domingo, 30 de dezembro de 2018

[AÇÃO GAMES 014] ULTIMATE STUNTMAN (NES, 1992) [#177]



A este ponto, acredito que já está bastante claro o modelo draconiano de negócios que a Nintendo mantinha na época do Nintendinho. Resumidamente eles limitavam o numero de jogos que as empresas podiam lançar, ficavam com uma parte do lucro porque a midia (os cartuchos) eram propriedade delas, tinham o direito de se meter como quisessem na produção dos jogos (censurando coisas que eles julgavam não family friendly) e obrigavam a empresa a assinar um acordo de exclusividade.

As empresas produtoras de jogos tinham que aceitar, obviamente, porque a outra opção era o que? Lançar jogos para o Master System? Por favor, né? Por isso quando uma terceira opção viavel e com mais dinheiro do que a Nintendo jamais poderia sonhar entrou no jogo (estou falando de uma gigante como a Sony) as produtoras de jogos abandonaram a Nintendo mais rápido do que eleitor do Bolsonaro correndo pra ver uma mulher apanhando.

Enfim, essa história todo mundo sabe. O que eu nunca tinha pensado, entretanto, é no quanto essas medidas "malignas" eram importantes e até mesmo muito benéficas ao consumidor. O jogo de hoje me fez pensar isso.

Na época do Nintendinho existiam, é claro, jogos "não licenciados". Ou seja, jogos produzidos por empresas que rodavam no NES não apenas sem o selo de aprovação da Nintendo ou sem um cartucho feito por ela, mas que efetivamente usavam gambiarras em seu chip para fazer o NES lê-los. Eventualmente a Nintendo colocava essas empresas na justiça, mas isso nunca impediu muita gente de tentar.

Dentre estas, a mais notória era a Codemasters (criadora do Game Genie e do jogo de corrida Micro Machines), cuja missão de vida era dizer "fuck the system" para a Big N e lançar seus jogos assim mesmo. Como Ultimate Stuntmen, por exemplo. A grande coisa de Ultimate Stuntmen é que ele realmente me fez perceber que o "sistema" existe por um motivo.

Um dos motivos que levou ao grande crash dos videogames de 83 foi a total falta de controle da Atari sobre os jogos que eram lançados para o seu videogame. Era tanto lixo lançado, e não havia a menor forma de filtro (nem a internet, nem mesmo revistas de jogos) para ajudar as pessoas a separarem as perolas dos porcos senão o boca a boca.

Uma excelente analise do crash de 83 pode ser encontrada no blog do Shamus Young

Se ao comprar um jogo você tinha 88% de chance de levar merda para casa, ora, isso levou as pessoas a inevitavelmente a dizerem "ah, foda-se esta merda" e desistirem dos videogames. Quando a Nintendo revitalizou a indústria em 85, sua primeira preocupação era que isso não acontecesse novamente. Esse é o real motivo da Nintendo ser tão protetiva com o que entrava no seu console, os videogames já estavam respirando por aparelhos e se eles fizessem merda seria o fim PARA SEMPRE. 

Um bom exemplo do que aconteceria se a Nintendo liberasse as louca desse jeito é Ultimate Stuntman que é muito mais do que um jogo ruim: é deliberadamente um golpe contra a carteira do jogador. Vamos ver como isso funciona.

sexta-feira, 23 de março de 2018

[AÇÃO GAMES 011] MICROMACHINES (NES, 1991) [#139]


Acelera Senninha!
 A Nintendo sempre foi notória pelo controle que exercia sobre seus desenvolvedores de jogos na época dos cartuchos, e no NES isso se devia à inclusão do chip de bloqueio chamado 10NES incluído em todos os consoles NES-001. O chip funcionava como um autenticador de baixo nível, com controle total sobre a linha de reset do sistema. Um chip idêntico precisava ser encontrado em cada jogo; a comunicação entre os dois chips permitia que o console inicializasse corretamente. Se o chip no console não pudesse se comunicar com um chip idêntico no cartucho do jogo (as vezes porque estava com sujeira no conector do jogo, daí nasceu a lenda da soprada de fitas) , ele forçaria o console a um loop contínuo de 1 Hz, resultando na luz vermelha piscando tão comum no NES original.

Infelizmente para os desenvolvedores de jogos, o 10NES foi patenteado e disponível apenas através da Nintendo, permitindo que a Nintendo tenha controle quase total sobre quais jogos foram feitos para o seu console. Eventualmente, vários desenvolvedores não licenciados criaram sistemas para derrotar a proteção de bloqueio do 10NES, permitindo que jogos fossem feitos sem a aprovação da Nintendo.

Normalmente, esses jogos não licenciados são completo lixo. Estou falando de perolas como Action 52, Bible Buffet, TITENIC e POCOHONTOS. Sim, isso existe.


Então, é. Entre os jogos não licenciados do Nintendinho e cancêr na mãe, eu recomendaria a segunda opção. Exceto aquela vez que a Codemasters (mais conhecida hoje pela série Formula One e... POR TER INVENTADO O GAME GENIE! ME ENGRAVIDA SUALINDA!) lançou como jogo não licenciado apenas o melhor jogo de corrida do Nintendinho, pq ela é dessas.