O ano é 2242. Ciborgues ameaçam tomar toda galáxia, líderados pelo maligno ciborgue do mal Vipron. Não se sabe porque Vipron acumula tanta malignidade, porém ter um nome que parece genérico de Viagra deve ser algo com isso.
De qualquer forma, apenas um homem ousa desafiar o jugo de Vipron... o que me parece bastante injusto, já que se ele é o único que está se mobilizando contra isso então todo o resto da galaxia está de boa com a ideia? Bem, seja como for, este é PALADINO, caçador de ciborgues, o campeão da justiça e de entrar desarmado na base inimiga. Agora contando apenas com seus punhos e extremamente limitados poderes psiquicos, PALADINO deve avançar pelos oito labirintos de Vipron, conquistar equipamentos e chaves de acesso até derrotar o vilão do mal que odeia o bem.
E se essa história parece meio brega e algo que alguém escreveu em um guardanapo (logo abaixo de "Nagini era uma mulher asiatica") faltando cinco minutos para entregar o prazo... é porque foi mesmo. Originalmente Cyborg Hunter foi lançado no Japão como Chōonsenshi Borgman, um jogo baseado no anime de mesmo nome. Como nem fodendo tamancas molhadas que a Sega ia pagar a licença de uso de um anime que tinha sido foi lançado nos Estados Unidos (vindo a ser oficialmente distribuido apenas em 2004, com o nome de "Sonic Soldier Borgman"), Borgman virou Cyborg Hunter mesmo
O jogo em si, tem bastante semelhança com Zillion (que por sua vez já era a tentativa da Sega de fazer um Metroid no Master System). Você explora oito areas dominadas pelos Cyborgs na busca de itens, e para isso precisa usar o mapa na tela. O mapa não diz exatamente onde estão os itens ou os inimigos (você precisa matar todos os inimigos-chaves para completar a fase), mas ajuda a navegar assim mesmo.
O numero 4 ali indica quantos inimigos-chave você precisa derrotar para completar a fase, que aparecem piscando em branco no radar quando você encontra um... além de um bipe altamente irritante. |
Em primeiro lugar, eu preciso falar sobre os elevadores desse jogo. Ué, mas o que tem de tão especial elevadores? Ora, vamos ver o que o manual do jogo diz sobre como opera-los, sim?
Entendeu? Bom, se fode aí do mesmo jeito. Sério, puta que pariu em chamas do Senhor, como que tu me consegue complicar USAR UM ELEVADOR, SEGA? Não, sério, me diz como?!?
Não obstante, o jogo tem algumas outras ... peculiaridades, como o menu de itens ser ativado... apertando qualquer botão no controle 2. Considerando que muitas versões do Master System eram vendidas apenas com um controle (como o Master System II, a versão mais popular vendida no Brasil)... SE FODEO MAMELUCO!
Outro problema nesse jogo, quase tão impeditivo quanto você FAZER UM JOGO QUE NÃO PODE SER JOGADO POR QUASE 50% DAS PESSOAS QUE TEM O SEU VIDEOGAME (pela falta de um segundo controle) é um problema bastante tradicional nos jogos da Sega: os inimigos avançam para cima de você muito rapidamente e seus ataques não são fortes o suficiente para impedi-los a tempo.
Isso quer dizer que os inimigos vão pular em cima de você como se você fosse a Bruna Marquezine tendo feito o pior pouso de asa delta de todos os tempos e caído bem no meio do pátio do Presídio Central, como não tem muito que você possa fazer a respeito disso. Seus ataques são fracos demais para matar os inimigos antes que eles te causem dano e seu personagem é lento e grande demais na tela para que você consiga desviar deles.
E como de praxe, você tem apenas uma vida para terminar o jogo. É, boa sorte com isso.
Capa japonesa do jogo |
Enfim, Cyborg Hunter tem boas ideias para quebrar a formula dos jogos de plataforma mas que são afundadas por aqueeeeeeeeele padrão Sega de qualidade. Apenas outro dia sob o sol.