sábado, 1 de abril de 2017

[AÇÃO GAMES 002] OPERATION WOLF (Master System) [#014]


Como eu falei em Afterburner 2, alguns arcades funcionam mais pela experiencia da coisa toda do que o gameplay em si. Quem não lembra do arcade em forma de porche de Outrun? Muito foda, né?

E nesse mesmo estilo, não tem como não lembrar de Operation Wolf. Ok, o jogo não é tão famoso e não entrou para os anais da história dos videogames. Mas quem não lembra daquela máquina que tinha uma fodenda UZI para jogar? Massa pra caralho, com certeza!

Quantas vezes você terá a oportunidade de usar uma Uzi
com um botão que dispara granadas? Pois é, foi o que eu pensei.

Para surpresa de absolutamente ninguém, ele foi portado para praticamente todos os consoles domésticos,  com destaque para o NES e o Master System. As primeiras impressões das versões domésticas não são boas - se no arcade os inimigos são grandes e é gostoso atirar neles, na versão de casa os gráficos não são tão empolgantes assim. 

Os visuais são, em geral, abismais. As limitações de cor dos sistemas significam que cada ambiente é composto de o que parece ser apenas três ou quatro tons 

E assim como Afterburner é somente quando se joga um jogo como Operação Lobo em hardware doméstico que você percebe o quanto o apelo do jogo foi perdido sem as extravagâncias do arcade; sem a Uzi o jogo não é muita coisa. 



Aí você pode argumentar que NES oferece apoio da pistola Zapper, mas essa não era uma opção muito boa. O Zapper original era feito de plástico barato e seu gatilho era lento por conta disso. O que não faz diferença para Duck Hunt, mas em um jogo de guerra frenético como esse o brinquedo demonstra o quão limitado ele é. 

Proteger refens na tela e saber quantos inimigos
tem para matar na fase são ideias muito boas...
Mas o que esse puto tá fazendo no meio de uma zona de guerra?!

Os donos de Master System tiveram um pouco mais de sorte. A Light Phaser da SEGA era um acessório muito melhor que a Zapper, feita de um material melhor, com gatilho mais responsivo e precisão melhor na tela. Tecnicamente o jogo é quase o mesmo do NES, mas com um acessório muito melhor a diversão aumenta exponencialmente.

Ou você pode jogar com o joystick também, claro. Só que aí caí no paradoxo Afterburner: sem o conjunto da experiencia, o jogo não tem muita coisa de especial. 

Já reparou como esse helicóptero é pequeno?