- Senhor, temos um terrorista fugindo com um caminhão repleto de explosivos em alta velocidade
- Entendo, parece que não temos outra opção senão...
- Bloquear as estradas, empregar helicopteros, snipers e toda força de segurança nacional?
- O que? Não, por Deus, homem, não! Não temos orçamento para isso!
- Então o que faremos?
- Acione o Quartel General de Perseguições!
- Aquele do prédio superfaturado que literalmente faz 5 trabalhos por ano?
- ... enfim, eles mandarão um único homem em um veículo civil perseguir o perpetrante e bater na lateral do carro dele até que o mesmo desista!
- ... senhor, esse é... o pior plano que eu já ouvi na minha vida. Até onde sabemos o cara deve estar em casa de pijama, até ele sair e alcançar o terrorista já pode ser tarde!
- Você não está errado, deputy Jorge. Mas deviam ter pensado nisso antes que permitissem brasileiros assumir cargos da segurança nacional americana!
Chase H.Q. é um título abreviado, o jogo foi originalmente chamado "Every 80s Buddy Cop Movie's Chase Scene Ever Simulator". Carros tunados saem às ruas para combater o crime, uma colisão em alta velocidade de cada vez. Inúmeras vidas civis ameaçadas desnecessariamente. A frase "quis custodiet ipsos custodes" raramente foi mais aplicável a um videogame.
Como a maioria dos arcades de sucesso, o jogo de corrida da Sega, OutRun, gerou muitas imitações. Um dos jogos mais originais e populares dessa galera foi o sucesso da Taito em 1988, Chase H.Q. No entanto, ao contrário de OutRun, onde o objetivo é simplesmente dirigir do início ao fim antes que o tempo acabe, Chase H.Q. tem seu próprio gimmick, que envolve perseguir um criminoso em fuga e bater em seu carro até que ele esteja em chamas e ele é forçado a parar e se render à lei.
Em 1993 o Mega Drive recebeu sua própria versão do jogo, chamada de Super Chase H.Q. no Japão e de Chase H.Q. II nos Estados Unidos (porque a Sega da América pensou que as pessoas associariam ter "Super" no nome com ser um jogo de Super Nintendo, que era meio o que a Nintendo fazia mesmo). Claro, existe o problema de que tem um Chase H.Q. II para os arcades que não tem nada haver com esse jogo, mas se você espera que a Sega verifique se o nome do jogo já não foi usado antes de muda-lo, então você está esperando demais da Sega.
Infelizmente, quando comparado com o jogo de arcade e até mesmo outros jogos de corrida no Mega Drive, Chase H.Q. II não é um bom jogo. Embora eu aprecie o conceito de explorar o Datena feelings em mim e perseguir delinquentes marginais calhordas me da ibagens, nada disso adianta se diritir o carro não for bom. E dirigir o carro não é bom nesse jogo.
O carro é desajeitado de pilotar e o jogo usa os mesmos truques de escala e cores alternadas na estrada como a maioria das corridas, mas não o faz muito bem. O resultado é que seu velocímetro pode dizer que você está viajando mais de 300 quilômetros por hora, mas não vai sentir que está indo muito rápido.
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| Eu gosto de como, depois de destruir o carro do cara e metade da frota viária da cidade, quase o matar numa colisão a 300 km/h, seu policial se preocupa em avisar que o detido é apenas suspeito. Não queremos um mistrial aqui, não é mesmo? |
A coisa que mais me incomoda nesse jogo é que tudo que você bater faz seu carro parar e virar ao contrário. Sabe as uvas ou as placas de salvar a floresta tropical em Top Gear ? Então, TODOS obstáculos do jogo são assim. Porque não apenas fazer você perder velocidade e em alguns especiais parar o carro, como o bom senso mandaria fazer, é algo que está além de mim.
Adicionalmente o jogo é terrivelmente curto, tendo apenas 5 pistas e pode ser terminado em menos de 20 minutos. Haverá um dia que os gamemaníacos poderão dizer "Aqui é a lei, feladaputa" com gosto, mas este dia não é hoje.
VERSÃO PARA SNES
EDIÇÃO 047
