Dentre todos os cenários de ficção possíveis, eu diria que cyberpunk é o meu favorito. Veja, a coisa é que eu acho que a ficção funciona em seu melhor quando usa de seus elementos fantásticos para, através de simbolismos, falar de temas que dificilmente seriam abordados de outra maneira.
Um exemplo bem iconico disso que é que as fusões em Steve Universe são uma metafora para sexo. Porém se fosse feito de outra maneira e falado abertamente sobre tacatacalapetaca, a discussão seria completamente ofuscada por todas as neuras, traumas e incapacidade de lidar com o assunto que aflige as pessoas. Ou como X-Men pode servir para falar sobre racismo, homofobia ou até AIDS dependendo de como você aborda a coisa, enquanto falar diretamente sobre esses temas colocaria as pessoas em modo de defesa e ativar o instinto tribal de "nós contra eles". Nesse sentido, eu acho que a ficção é completamente sem igual para atingir esse objetivo.
O que nos leva, então, a questão do cyberpunk que eu acho que é a ficção no melhor do que ela pode ser. O tema de alta tecnologia em um mundo miseravel nihilista onde tudo é permitido e nada importa abre as portas de inúmeras metaforas possíveis. O problema é, entretanto, que se você gosta de cyberpunk e todas as suas possibilidades nos anos 90 você tinha bem poucas opções de entretenimento. Duas, mais precisamente: THE GHOST IN THE SHELL e Blade Runner. Bem, três se você contar Johnny Mnemonic, mas por alguma razão ou outra ninguém nunca lembra desse filme. Vamos ficar com THE GHOST IN THE SHELL e Blade Runner para esse caso.
Como eu já falei de THE GHOST IN THE SHELL na review daquele jogo, hoje é dia de falar sobre Lamina Corredora. E já adianto que é um filme bem complicado de analisar...
A primeira coisa que precisa ser entendida sobre Blade Runner, é que em 1982 não havia nada parecido com isso (e mesmo hoje não é algo de exemplos facilmente apontaveis). E isso não é automaticamente uma coisa boa, até porque as pessoas não costumam gostar de coisas muito diferentes.
Com efeito, quando "Blade Runner" foi lançado em 82, não foi excepcionalmente bem nas bilheterias. Cinco anos após o giganormico sucesso de "Star Wars", o publico não estava particularmente interessado em um filme de ficção cientifica não fantasioso estilo sessão da tarde. Isso é uma coisa: pq enquanto Blade Runner tecnicamente é um sci-fi, ele não é exatamente sobre uma galerinha do barulho aprontando altas confusões. Na prática ele é... um filme detetive noir.
O filme tem todos os elementos que esperamos de um noir raíz: uma cidade escura onde chove quase o tempo todo, um detetive sem muitos sentimentos de sobretudo, uma mulher seduzente com cabelão e ombreiras, um miasma onipresente de fumaça de cigarro, iluminação entrecortada por venezianas, a trilha sonora quase onipresente de saxofone, a atmosfera de derrota e desesperança. Com efeito, não é apenas noir, Ridley Scott também junta outros estilos tematicamente similares como programas e filmes policiais dos anos 70: Deckard até visita uma casa de strip como todos os detetives de depressivos e potencialmente alcoolatras TV devem faze-lo.
SÓ QUE, CONTUDO, TODAVIA, PORÉM, ENTRETANTO esse não é apenas um filme chuvoso de detetive noir, é um filme cyberpunk de detetive noir! Isso quer dizer que ele se passa no mundo imaginado nos anos 80, onde a tecnologia japonesa dominaria o mundo e as megacorporações transformariam a vida na Terra em um pesadelo capitalista onde nada tem valor exceto o que interessa as corpes. No começo dos anos 80 tinha todo esse grande fascínio com a tecnologia que começava a explodir exponencialmente e para onde ela estava levando a sociedade, e o cyberpunk é o fruto direto disso.
Os dois temas - o noir e o cyberpunk - acabam conversando fantasticamente bem e se complementam como se tivessem sido planejados assim desde o começo. O resultado disso é o que o filme continua sendo um dos mais visualmente impressionantes da história do cinema. Ele traça um planeta depressivo de noite perpétua, uma paisagem de sombras, chuva e néon refletido (brilho nas janelas ou no olho) em um mundo não construído em escala humana - porque esse mundo foi feito por e para as corporações, os humanos são apenas as bacterias que vivem dentro de um organismo maior.
Nesse mundo cyberpunk-noir, os personagens são constantemente lembrados que a vida deles não vale nada e não faz diferença nenhuma emparedados entre os arranha-céus de proporções colossais. Bem acima do mundo visualmente criado por Philip Marlowe, carros flutuantes voam e outdoors dirigíveis flutuam. Não há por onde fugir dessa gaiola umida e escura, nem mesmo por cima.
Nesse mundo estéril, as relações humanas são igualmente estereis e secas. Todo mundo parece morar sozinho nessa cidade, o relacionamento entre os personagens é tão seco que a cena de sexo quase parece um estupro e mesmo a atitude do protagonista para o plot diz muito sobre seus temas: Deckard recebe a missão do chefe de policia para caçar Replicantes. Ele responde que fodasse, ele largou essa vida, ao que o chefe de policia manda ele ir a merda e fazer assim mesmo. Deckard então responde "tá, tanto faz, eu faço, azar".
Essa apatia e falta de sentimentos não é devido a escrita ruim, e sim uma escolha de cenário. As pessoas no filme estão agindo como robôs, em suas rotinas pequenas em espaços apertados e labuta sem fim, onde os replicantes (robôs) são os que tentam encontrar algum tipo de liberdade e humanidade. Não por acaso, o lema da Tyrell Corporation para vender os Replicantes é "more human than human".
O filme todo foi muito bem pensado e repleta de escolhas felizes assim. Como por exemplo, a escolha de Harrison Ford como protagonista é brilhante. Pq depois de Indiana Jones e Star Wars, obviamente que o publico veria ele automaticamente como o herói da história... e esse é o truque aqui, será que ele é mesmo?
O filme abre vendendo a ideia de que o protagonista Harrison Ford é o mocinho e ele é o herói relutante, o único que pode parar esses robôs alienígenas do mal. Conhecemos o primeiro Replicante, Leon, que fica zangado e mata por puro destempero, e mais tarde conhecemos Roy que é descrito como seu líder, então Roy também deve ser mau. Ele certamente reforça essa ideia usando a intimidação para conseguir o que deseja. É útil que Rutger Hauer tenha traços arianos marcantes, o que é uma maneira elegante de dizer que ele se parece com um nazista.
Mas pense na história da perspectiva de Roy. Ele está marginalizado por algo fora de seu controle, e está procurando uma maneira de prolongar sua vida e a vida de sua namorada, com urgência porque ela não tem muito tempo. Esse é um objetivo perfeitamente razoável, mas por causa disso ele é caçado e os caçadores matam seu amigo e sua namorada. Se este fosse um filme de ação contado da perspectiva de Roy, você esperaria que ele fosse atrás daqueles bandidos.
Essa é a genialidade da coisa, porque é mais complicado do que apenas Roy ser o herói secreto. Como bom noir, ninguém é realmente bom mas também ninguém é apenas mau como um pica-pau.
Então, na teoria, no papel, Blade Runner é um dos filmes mais brilhantemente concebidos da história do cinema. Nenhum elemento nele é aleatório e tudo existe em função do verdadeiro grande personagem do filme: a cidade. Tem uma profundidade incrível de narrativa e construção de mundo, tudo feito visualmente, com muito pouco uso de exposição. Esse era o tom que Ridley Scott estava procurando - um lugar com uma história ou uma vida própria - não um palco criado para a câmera apenas para este filme.
E isso ele consegue fazer, é dificil apontar um filme com um cenário mais rico e interessante em todos os sentidos do que esse. Nesse aspecto, o filme é 10/10 e totalmente justifica a fama de um dos melhores filmes de ficção de todos os tempos.
PORÉM, MAS, CONTUDO, PORÉM, TODAVIA, ENTRETANTO... eu disse que esse era um filme complicado de analisar, e enquanto tudo isso que eu disse é verdade, também é verdade que tem algo que não é tão particularmente incrível a respeito desse filme: minha nossa senhora do passaquatro molhado, como esse filme é FILHADAPUTAMENTE LENTO!
Existem muitas cenas sem importancia para a história que não apenas existem quando elas não levam a narrativa para frente (embora caracterizem o cenário), como elas se arrastam e demoram muito mais do que a maior parte da audiencia pode aguentar de bom grado.
Não é segredo que o filme existe em função do cenário e os personagens são apenas ferramentas secundárias para isso, mas meio que não dá pra ignorar que os personagens do filme são desinteressantes por si próprios. Todos humanos do filme tem a gama emocional que vai de uma porta de zinco a um muro de concreto. Os Replicantes são levemente mais interessantes, mas eles tem bem menos tempo de tela, e some isso que o filme não tem realmente cenas de ação per se (e as que tem não são de uma coreografia muito interessante)... e temos um filme que é bem mais interessante de pensar sobre ele e discutir a respeito do que assistir realmente.
Assistir Blade Runner não é uma tarefa particularmente divertida, especialmente se vc está acostumado com a edição moderna dos filmes que (nos seus melhores dias) se esforça para valorizar o tempo do espectador. Blade Runner é um filme de um outro tempo, de uma época que as pessoas não realmente tinham muitas outras opções de entretenimento e não precisava competir pela atenção de ninguém.
Isso sendo dito, tem uma outra questão muito importante que diminui a qualidade do filme, na minha opinião: ele não é claro sobre o que são os Replicantes. E não no sentido didático de explicar ao espectador o que ele tem que pensar, e sim que ele não dá informações básicas para o espectador compreender o filme.
É muito comum as pessoas sairem do filme pensando que os Replicantes são robôs - e com efeito, o subtitulo brasileiro até chama de "O Caçador de Androides". Mas a realidade é bem mais complexa que isso, e o filme não dar essa informação diminui o impacto do mesmo. Eu precisei reassistir o filme várias vezes ao longo dos anos para entender que os Replicantes não são máquinas, eles são 100% organicos.
Com efeito, eles são apenas pessoas criadas in vitro e crescidas artificialmente de forma acelerada. Essa é a importancia do teste Voigt-Kampf: os Replicantes são tão humanos que a unica coisa que entrega sua natureza são as reações da pupila diante de certas emoções que não são "normais". E ainda sim, isso é totalmente subjetivo, não é uma ciencia exata a arte do Blade Runner deduzir que alguém é um Replicante - e obviamente a chance de estar errado esta sempre lá. Não é atoa que o Deckard chama de essa arte de "the Magic".
Agora, o que o filme falha em comunicar é as implicações disso. Os Replicantes não são uma inteligencia artificial programada para sei lá o que, eles são seres humanos criados em laboratório que nascem como escravos (literalmente, eles são usados como bucha de canhão para lutar em guerras ou trabalhos altamente periculosos off-world) pelo fato que eles nasceram de determinada maneira. São essencialmente seres humanos que apenas a sociedade decidiu que eles valem o mesmo que objetos e todo mundo está okay com isso. Isso parece com algo que já aconteceu e ainda acontece no nosso mundo?
Fica bem mais pesado quando você vê por esse angulo, heh?
A verdade é bem óbvia, e o fato que os Blade Runners fazem o seu trabalho sem pensar muito sobre isso "pq é assim que as coisas são", diz muito sobre como as coisas aconteceram no nosso mundo e eu acho que o filme perde por levar as pessoas a acreditarem que os Replicantes são robos.
O resultado disso tudo é que, no fim do dia, Blade Runner não é um filme fácil de gostar. Ainda sim, eu acho que esse é um filme bastante importante de ser assistido - mesmo que não particularmente divertido - pq filmes como esse, e alguns outros que abordam assuntos semelhantes, são realmente o mais próximo que o grande público pode ter de um diálogo sobre a definição e o lugar da humanidade em um mundo onde a ciência tornou - e tornará cada vez mais daqui pra frente - as definições muito menos claras. Acho que é uma conversa muito importante, até porque leva a tantos outros lugares interessantes, e que seria bem pouco produtiva se fosse feita por outras maneiras que não a ficção pelos motivos que todos sabemos como as pessoas são, né?
A ficção, e apenas ela, permite esse nexo de metafísica e filosofia - escrito nas entrelinhas das histórias. E Blade Runner é um dos exemplos quintessenciais disso.
Ah, sim, verdade, suponho que eu deva também falar algumas palavras sobre o jogo lançado em 1997, que é a verdadeira razão de estarmos aqui. Então vamos a isso...
Então, uma coisa que me surpreendeu foi descobrir que a desenvolvedora desse jogo é a Westwood - que hoje é muito mais famosa como desenvolvedora de COMMAND & CONQUER: Tiberian Dawn, mas pouca gente lembra que ela tem experiencia sim com jogos point'n click.
A razão que pouca gente lembra disso é bem simples: THE LEGEND OF KYRANDIA: BOOK ONE - FABLE AND FIENDS é hediondamente ruim (sério, um dos piores PnC que eu já joguei na vida), THE LEGEND OF KYRANDIA: Book Two - Hand of Fate é mais arrumadinho e o mesmo pode ser dito de LEGEND OF KYRANDIA: MALCOM'S REVENGE. É uma trilogia bem esquecível de modo geral, a Westwood está melhor servida realmente usando suas energias em RTS, tanto que a série Command and Conquer é lembrada com carinho até hoje, especialmente a série spin-off COMAND AND CONQUER: Red Alert.
Porém Blade Runner é um point'n click e de um point'n click falaremos hoje. Lançado em novembro de 1997, a Westwood venceu um leilão pelos direitos de fazê-lo, vencendo gente com muita grana no bolso como a EA e a Activision, e o resultado é uma aventura de apontar e clicar imperfeita, mas curiosa, que replica lindamente o visual e o ambiente da obra-prima encharcada de chuva de Ridley Scott.
Enquanto Rick Deckard, de Harrison Ford, era um policial veterano que saiu da aposentadoria contra sua vontade, no jogo você é um novato de cara nova, Ray McCoy. Porém a diferença meio que termina por aí, pq ele ele tem o sobretudo, o blaster e o apartamento miserável. Seu primeiro caso é o assassinato de um animal em uma loja de animais exóticos: um crime muito pior que o homicídio neste mundo onde os animais quase foram extintos e valem MUITO mais do que a vida humana. O próprio McCoy tem um cachorro, o que lhe custou um ano de salário.
A investigação do crime leva McCoy a um grupo de replicantes raivudos. Como um Blade Runner do esquadrão de elite Rep-Detect do Departamento de Polícia de Los Angeles, é seu trabalho caçá-los e matá-los. Soa familiar?
Como esperado de um jogo licenciado, a busca de McCoy pelos replicantes o leva a muitos dos mesmos locais que Deckard visita - do assustador apartamento cheio de brinquedos de JF Sebastian aos colossais zigurates de ouro da Tyrell Corporation. Mesmo que force um pouco a barra visitar os mesmos lugares do filme, dá pra entender a razão dessas "coincidencias". Da mesma forma, o líder dos replicantes é um Roy Batty barato que tem o mesmo casaco preto e adora recitar poesia (mas não o mesmo carisma ariano ameaçador de Rutger Hauer).
Assim como o filme no qual é baseado, a história não é o motivo pelo qual o jogo quer que você instale esse jogo e sim a chance de existir naquele mundo. E isso ele entrega, eu tenho que dizer: usando a tecnica de RESIDENT EVIL de usar cenários pré-renderizados com personagens em poligonos, cada tela está encharcada de atmosfera. A chuva perpétua, a trilha sonora fortemente inspirada na genialidade neo-noir de Vangelis, letreiros de néon piscando e ruas cluastrofobicas desordenadas evocam a mesma sensação pessimista e sombria que o filme faz. A visão pessimista do futuro de Blade Runner é um cenário poderoso e melancólico de um futuro sujo e úmido, e a Westwood não o desperdiça.
O jogo em si, entretanto, é uma aventura de apontar e clicar bastante padrão, beirando o lado esquecível do espectro com algumas reviravoltas curiosas. Quando você inicia um novo jogo, ele decide aleatoriamente quais do elenco principal são humanos ou replicantes - incluindo seu personagem McCoy. Okay, isso foi uma boa sacada da Westwood, tenho que dar isso a eles.
O resultado disso é que as escolhas que você fizer e os eventos cronometrados que você pode perder resultarão em um dos treze finais diferentes. Coisas ambiciosas para um jogo de 1997, mesmo que seu impacto geral no curso da história seja mínimo. Essa abordagem única de contar histórias tinha muito potencial, e é uma pena que uma sequência nunca tenha sido feita para expandi-la.
Algumas tecnologias do filme são recriadas de forma brilhante, incluindo a máquina ESPER de analisar fotografias em 3D. O clique monótono, clique-clique enquanto você se move pela imagem soa exatamente como no filme. Você também terá a chance de usar a famosa máquina Voight-Kampff: um dispositivo que sonda uma pessoa com perguntas e declarações para tentar provocar alguma emoção e determinar se ela a pessoa é um replicante ou não.
Alguns membros do elenco original do filme reprisam seus papéis no jogo, incluindo Sean Young como Rachael, Brion James como Leon, James Hong como Chew, William Sanderson como JF Sebastian e Joe Turkel como Tyrell. Novamente, kudos onde kudos são devidos, tem que ser elogiado que a Westwood tenha conseguido reunir parte do elenco.
Menos impressionante é que por qualquer motivo, eles não conseguiram garantir os direitos da trilha sonora impressionante e arrebatadora de Vangelis. Mas não importa tanto, porque a versão de Frank Klepacki para o jogo é quase idêntica. Sair para a varanda do apartamento de McCoy e ouvir os acordes melancólicos de saxofone é uma o tipo de sensação de melancolia coisa que eu esperaria de um jogo de Blade Runner .
Mecanicamente e em termos de puzzles, definitivamente existem aventuras de apontar e clicar muito melhores no PC, mas poucas são tão atmosféricas - isso tem que ser dito.
E para quem realmente é fã do filme e quer REFERENCIAS, como se não fosse improvável o suficiente que a busca de McCoy por um grupo de replicantes Nexus-6 dando problemas se espelhasse tanto na de Deckard, ambas realmente ocorrem ao mesmo tempo. Quando você se encontra com Tyrell, Rachael mencionará o outro Blade Runner. Estude uma foto tirada em Animoid Row e você verá Deckard ao fundo mostrando a escama da cobra para a mulher peixe. É um toque legal, mas apenas destaca como esse jogo existe mais como fan service do que como um produto por si próprio. Talvez as semelhanças entre Deckard e McCoy sejam intencionais: existe uma teoria popular entre os fãs postula que todos os Blade Runners são na verdade replicantes.
Seja como for, Blade Runner é um jogo com uma grande ambientação que não faz nada particularmente interessante com ela. Vc revisita os lugares do filme, coleta itens, fala com outros personagens do filme... é um grande produto licenciado, mas não um jogo por si só particularmente inspirado.
É uma pena que esse jogo de Blade Runner não vá viver muito tempo na sua memória depois de joga-lo, mas então quem realmente vai?
MATÉRIA NA AÇÃO GAMES
Edição 124 (Fevereiro de 1998)
Edição 047 (Fevereiro de 1998)