sábado, 21 de maio de 2022

[#889][PC] ALIENS: A Comic Book Adventure [Outubro de 1995]

Cryo. Em uma embalagem mostrando um Xenomorfo babando em busca de sangue, seu logotipo ainda consegue ser a coisa mais assustadora da capa. Mas tá, não vou dizer que eles nunca fizeram jogos decentes. Por exemplo, tem o ... hã.... hum, acho que LOST EDEN não é tão horrível. Ouvi dizer que algumas pessoas gostaram de Megarace ... por algum motivo. Eles fizeram três deles, então alguém deve ter comprado. E então, é claro, tem TIMECOP... é, não. Por Deus, não.

Bem, parece que estou realmente dizendo que eles nunca fizeram nenhum jogo decente. No entanto, eles fizeram, hmm... Espera! DUNE! Eles fizeram o DUNE original! DUNE foi muito bom, então eles tem um jogo bom no seu acervo... e esse aqui definitivamente não é o segundo. Mas nem perto disso, nem fodendamente perto.

De qualquer forma, Aliens definitivamente não é um jogo que ajudou a reputação da Cryo em tentar fazer point'n clicks bons. Bonitos, com certeza. Mas bom? Vamos apenas dizer que no espaço ninguém pode ouvir você gritar, mas uau, eles totalmente podem ouvir você ser uma merda.

sexta-feira, 20 de maio de 2022

[#888][MULTI] PSYCHIC DETECTIVE [Dezembro de 1995]


Para a review com um número tão bonito, 888, um jogo que é... que é ... hã... bem, ele é um jogo, podemos afirmar isso... eu acho? Bem, podemos afirmar que ele definitivamente é alguma coisa, isso ele é!

quinta-feira, 19 de maio de 2022

[#887][MEGA] PHANTASY STAR 2 [Março de 1989]

Pra vocês verem como as coisas são, essa semana mesmo eu falei sobre como é tricky analisar um jogo não pelo que nós sabemos (e gostamos) hoje, mas pelo que era possível e pelo que se sabia na época. Eu elaborei isso no texto de GUARDIAN HEROES... e não é que apenas três dias depois a vida me atira uma bola curva?

Isso pq Phantasy Star 2 não é apenas um jogo de 1996, na verdade ele é um jogo de 1989 relançado pela Tec Toy em português em 1996 - o que torna essa analise bem tricky. Quer dizer, para os padrões de hoje é óbvio que PS2 é um jogo simplório, grinding e dificil demais não de uma forma boa... só que para 1996 era também. Em 1996 já tinhamos tido jogos como LUNAR: The Silver Star StoryEARTHBOUND ou FINAL FANTASY 6. Mesmo se eu for analisar como um jogo de 1996, Phantasy Star 2 é um jogo bem datado. Só que para um jogo de 1989 ele é bem avançado, incrívelmente avançado na verdade.

Então... como eu analiso essa coisa, exatamente? Bem, eu vou fazer o que eu sempre faço: o melhor que eu puder.

quarta-feira, 18 de maio de 2022

[#886][SNES] SOS: Sink or Swin [Dezembro de 1994]


Cinco anos e meio atrás quando eu iniciei esse projeto, eu era uma pessoa inteiramente diferente de quem eu sou hoje. Um jovem sonhador, repleto de expectativas e pronto para se maravilhar com o mundo dos muitos joguinhos. De lá pra cá, o mundo dos joguinhos não foi tão gentil assim comigo. Eu vi coisas, meus caros, eu vi horrores videogamisticos que quebrariam o espirito de um homem menor em poucos segundos. Eu vi atrocidades que não podem ser tipificadas em nenhum crime de guerra, pois elas são mais horriveis do que qualquer legislador pode possivelmente conceber.

Eu vi o que de pior o ser humano pode fazer com um videogame, e não raramente vezes esses pesadelos me fazem acordar aos gritos do mais puro horror no meio da noite. Eu vi coisas.

segunda-feira, 16 de maio de 2022

[#885][SNES] ROMANCING SAGA 3 [Novembro 1995]


Em 1995, a Squaresoft estava com fogo na bacurinha: em fevereiro de 1995 lançou FRONT MISSION, em março de 95 teve CHRONO TRIGGER, em setembro de 95 TRIALS OF MANA e então em novembro esse Romancing SaGa 3. E só pra vc deixar de ser trouxa, em março de 96 já meteram um SUPER MARIO RPG: Legend of the Seven Stars, apenas pq sim. Todos jogos enormes, e nenhum deles é um jogo ruim! Pelo contrário, alguns desses são o ápice da videogamice RPGistica!

Sim, claro que eu sei que os jogos não foram feitos exatamente pelas mesmas pessoas, mas a Square também não tinha recursos ou pessoal infinito, de modo que realmente muita gente passou mais de ano morando embaixo das suas mesas no escritório e imaginando se era real ou não que eles tinham uma família esperando em casa... supondo que eles tivessem uma casa.

domingo, 15 de maio de 2022

[#884][SAT] GUARDIAN HEROES [Janeiro de 1996]

Eu sei que nos anos 90 os americanos tinham alergia a capas com traços de anime, mas pqp, me ajuda a te ajudar com esses desenhos feios, Sega!

Eu vou confessar uma coisa pra vocês: as vezes eu me pergunto se eu não analiso esses jogos da errada. Quando eu analiso um jogo, eu tento sempre considerar a época que ele foi feito e mais importante, o que já se sabia e o que já se havia tentado até então. Eu não posso criticar um Action RPG por não ter a jogabilidade do Scarlet Nexus, por exemplo, porque levou muitos e muitos anos de maturação para a indústria chegar nesse nível.

O que eu posso criticar, entretanto, é que é inadmissível SECRET OF MANA tenha uma hit detection tão ruim e frustrante quando THE LEGEND OF ZELDA: A Link to the Past já tinha resolvido isso anos antes. Ou então como eu falei ontem mesmo, MYSTARIA: The Realm of Lore tem uma interface que é arcaica e indesculpavelmente obsoleta para um jogo de 1995. E eu não estou tirando isso da bunda, eu jogo esses jogos de 1995 diariamente, eu vejo todo dia como as coisas eram feitas na época!

Olha como a capa japonesa é tão mais bonitinha

... mas isso sendo dito, eu me pergunto a respeito de beat'm ups em particular. Eu já disse em mais de uma oportunidade que beat'm ups são um genero bem limitado, e que só existe até determinado ponto que você pode fazer com ir para frente e socar. Parece chato dizer a mesma coisa de FINAL FIGHT 3 e VENOM - SPIDER-MAN: Separation Anxiety, mas o que é eu vou fazer? Beat'm ups são apenas isso, ir pra frente e socar, é meio tedioso e tal.

Ou será que é mesmo? Será que não é a minha sensibilidade de jogador moderno exigindo que os jogos fizessem coisas que hoje são apenas esperadas em um jogo? Será que eu não estou pedindo demais de um jogo de 1996 porque eu estou julgando com base em como os jogos viriam a ser hoje?

Mas aí então eu joguei Guardian Heroes e esse jogo me mostrou que tudo que eu possivelmente poderia querer de um beat'm up "moderno" já dava sim pra fazer em 1996, porque foi exatamente o que eles fizeram nesse jogo. Eu estava certo desde o começo.

sábado, 14 de maio de 2022

[#883][SAT] MYSTARIA: The Realms of Lore (no Japão "Riglord Saga" e depois relançado no ocidente como "Blazing Heroes") [Julho de 1995]


Cara, eu já disse isso aqui antes, mas eu realmente amo RPGs táticos. Tem alguma coisa na combinação entre videogame e boardgame que absorve meu cerebro de maneira tal de modo que eu passei mais de 20 horas jogando um jogo que no máximo, no máximo é nota 7. Isso sendo generoso.

sexta-feira, 13 de maio de 2022

[#882][MULTI] CYBERIA [Janeiro de 1994]


No final de 1993, MYST pegou todo mundo com as calças na mão ao mostrar um mundo "caminhavel" totalmente em imagens renderizadas em computador. Claro, para fazer isso MYST usou muitos truques para isso e, mais importante, é um jogo com muitos problemas com puzzles que hoje em dia seriam considerados teste de sanidade.

De qualquer forma, o que importa é que o impacto dos gráficos renderizados deu início a uma onda de profecias prevendo uma fusão de videogames e cinema. Nesse mesmo ano os jogos FMV era o assunto do momento com NIGHT TRAP, o que alimentava fantasias futuristas sobre filmes altamente interativos serem o futuro dos filmejogos. Infelizmente, a realidade é a mais feroz estraga-prazeres que existe: descobriu-se que é muito difícil equilibrar interatividade com cinematografia. É possível, mas  MUITO mais dificil do que fazer um filme e fazer um filme juntos. 


Como resultado, os jogos com alto foco em serem "filmes interativos" terminavam encalhado entre dois mundos, não era filmes bons como como filmes (por sua cinematografia amadora e orçamentos incomparáveis), e também não eram bons como jogos (devido a sua jogabilidade primitiva, quando não inexistente).

Cyberia foi um dos primeiros jogos que aprendeu essa verdade da maneira mais difícil.

quinta-feira, 12 de maio de 2022

[#881][PS1] HERMIE HOPPERHEAD: Scrap Panic [Setembro de 1995]

Dizem as lendas urbanas da internet que durante o primeiro ano de vida do Playstation, a Sony da América tinha uma política de vetar jogos em plataforma 2D. Enquanto isso nunca foi comprovado (nunca se revelou nenhum documento ou entrevista confirmando tal ordem), olhando a biblioteca do PS1 lançada fora do Japão é uma dedução bastante razoavel.

E olhando esse jogo de plataforma 2D lançado exclusivamente no Japão no inicio da vida do Playstation 1, dá pra afirmar que a Sony tava certa nessa decisão. Quer dizer, se eu visse o Playstation em 1996 rodando esse jogo que é essencialmente um jogo de Mega Drive meu interesse pelo novo console de uma empresa sem experiencia no ramo seria zero absoluto armadura de ouro de aquário.

Verdade que esse jogo faz algumas coisas que o Mega Drive (ou mesmo o SNES, para esse proposito) se embananaria em executar. Mas não é nada muito radical não, em essencia esse é mesmo um jogo de Mega Drive e que não controla exatamente nem como os melhores jogos de Mega Drive... mas chegaremos a isso.

quarta-feira, 11 de maio de 2022

[#880][ARC/NEO] ART OF FIGHTING 3: The Path of the Warrior [Março de 1996]

A série Art of Fighting da SNK sempre foi um pouco... diferente... quando comparada aos seus outros contemporâneos da época. Considerando que a SNK tinha pelo menos cinco franquias de luta em andamento ao mesmo tempo (era meio que a coisa deles, afinal), era muito frequente as pessoas se perguntarem qual era a de Art of Fighting, afinal?

FATAL FURY era a série principal de luta da SNK - o Street Fighter deles se preferir, SAMURAI SHODOWN uma variante no Japão feudal com bastante foco nas armas dos personagens, WORLD HEROES tinha como destaque você jogar com figuras históricas reais ou ficticias (de Joana D'Arc ao Capitão Kidd), e THE KING OF FIGHTER era uma coletanea de tudo isso usando os melhores personagens e mecanicas que já haviam sido testados e aprovados em seus jogos próprios, praticamente o filme dos Vingadores da SNK. Tá, beleza, mas... e Art of Fighting, qual que era a dele então?