domingo, 11 de abril de 2021

[PC/SEGA CD] DUNE (Dezembro de 1992) [#673]

 “O início é um momento muito delicado. Isso todas as irmãs Bene Gesserit sabem. Para começar seu estudo da vida de Maud'Dib, então, tome cuidado para colocá-lo em primeiro lugar em seu tempo: nascido no 57º ano do Imperador Padishah, Shaddam IV. E tome o cuidado mais especial para localizar Maud'Dib em seu lugar: o planeta Arrakis. Não se deixe enganar pelo fato de que ele nasceu em Caladan e viveu ali seus primeiros quinze anos. Arrakis, o planeta conhecido como Duna, é para sempre o seu lugar.”

Esta não é apenas a review número 667 desse blog, mas também e edição comemorativa de quarto aniversário do dia que eu decidi juntar textos que eu tinha espalhados pela internet em um único lugar para falar de todos os jogos que sairam na Ação Games - sendo que eventualmente a idéia foi ampliada para cobrir a Gamers e a Super Game Power. Uma vez o Leon do Coisa de Nerd disse uma coisa que ressou bastante comigo: viva como adulto a vida que você gostar de ter quando criança.

E quando criança eu via todos aqueles muitos joguinhos nas revistas e apenas sonhava com um dia (aparentemente impossível) em que eu poderia jogar todos eles. E não é décadas depois que estamos aqui? 

Interessantemente, a capa europeia do jogo de computador parece sentir que precisa se apoiar menos no filme

Até o momento são 87 revistas completas (74 Ação Games, 4 Gamers e 9 Super Game Powers), 666 jogos resenhados, dos quais 64 (9,60%) são absolutamente recomendados (e muitos eu conheci aqui como STAR CONTROL 2 e SHINING FORCE: The Legacy of Great Intention), enquanto 170 (25,52%) são o mais puro suco do sofrimento e dor (novamente, muitos que eu jamais conheceria como METAL & LACE: The Battle of Robo Babes ou HEAVY NOVA). Tem sido uma jornada interessante, aprendendo mais sobre a história dessa midia que é tão importante na minha vida, conhecendo novos inimigos (damn you AMIGAAAAAA) e fazendo novas alianças inesperadas. 

ME CHAMARAM?

De certa maneira, Jorge.

Em 1993 o jogo foi relançado em CD (com dublagem e cutscenes)... e uma capa que parece CD da Vanusa

Nesse momento eu estou falando sobre os jogos lançados em janeiro de 1995, e 1995 será um ano muito importante por dois motivos: primeiro que é o ano que começa DE VERDADE a quinta geração de videogames (sim, o 3DO e o Jaguar não contam, do the math) com o Playstation 1, o Sega Saturn e o Nintendo 64. Mas talvez tão importante para mim quanto, foi o ano que eu comecei a comprar mensalmente Ação Games e a esse ponto da minha vida era o único luxo que eu podia ter realmente, além de eventualmente alugar um jogo mas não era tão frequente assim. Então muitas tardes da minha infancia foram olhando olhando essas paginas e imaginando como a vida gamer poderia ser.

Então para comemorar essa data muito especial de quatro anos desse blog, vamos falar de um jogo muito especial porque é baseado em algo realmente especial como poucas coisas conseguem ser especiais: Duna.

E a capa da versão para Sega CD, que... meu deus, é horrível.

Quando eu falei sobre DUNE: The Battle for Arrakis, eu comentei que Duna é, basicamente, o melhor livro que eu já na minha vida que consegue mesclar com elegancia impar dezenas de coisas cools ao mesmo tempo sem parecer forçado ou que poderia ser feito de outra forma. Tem ninjas do deserto, monstros gigantes, intriga política, um tapa na cara do colonialismo britanico do século XIX (não aleatoriamente, a substancia exclusiva de Arrakis que é o centro do universo inteiro se chama "especiaria"), poderes psiquicos, chosen one, expansão da mente através do tecido do espaço-tempo, espionagem, duelos de super gênios, enfim tudo. É a fonte da onde saíram Akira, Star Wars, Death Note, O Ataque dos Vermes Malditos, Game of Thrones, Alien, Blade Runner e tantas outras coisas... juntas de uma forma coerente e interessante

Não é de espantar, portanto, que Duna acabou se tornando a obra mais influente da cultura moderna e você vê pedacinhos de Duna espalhados aqui e acolá. Star Wars, um dos pilares quintessenciais do nosso século culturalmente falando por exemplo, é a versão do homem pobre de Duna - são alguns dos conceitos recontados por alguém sem tanto... hã, tato, vamos assim dizer.

Como curiosidade, saiba você que as prequels (que contam a origem de Anakin Skywalker até ele tornar Darth Vader e o fim da ordem Jedi) é basicamente uma versão atabalhoada do segundo livro da série, "O Messias de Duna" quando o George Lucas meio que desistiu de esconder que estava fazendo a versão dele de Duna e se nos primeiros três filmes são usados conceitos gerais para construir o mundo, aqui Lucas reconta o plot principal sem medo de ser feliz (embora repleto de buracos e escrita ruim, que na sequencia de Duna é uma narrativa perfeitamente coerente em todos os níveis)


Achou que eu tava exagerando?

Duna é tão impactante e tão influente, tem um poder de fascínio tão grande que eu vou te dar um exemplo: SUPER TURRICAN 2 é um jogo que é uma colagem de vários outros momentos de jogos assim tem muita variedade entre suas fases. Você pode pegar dois momentos qualquer do jogo e frequentemente terá algo diferente na tela. Bem, em um jogo tão variado e com tanta coisa acontecendo, adivinha qual foi o único momento que as três revistas (Ação Games, Gamers e Super Game Power) comentaram sobre a mesma coisa de tão visualmente impactante que é?

Ora, é claro que foi a fase que o chefe é um verme gigante do deserto de Duna. Mesmo que eu tenha certeza que nenhuma das revistas sequer sabe o que Duna é, existe algo de fundamentalmente poderoso nessa imagem que as três pararam para apreciar mesmo sem saber o pq.

Era isso ou jogar jogos de plataforma de Amiga. Ele escolheu o Gom Jabbar, rapaz esperto

E essa é a coisa sobre Duna, tão grande, tão visceral que não apenas o livro moldou a cultura como todas as suas tentativas de adaptação influenciaram todas as midias por onde passaram. Embora o filme de Duna nunca tenha sido bem sucedido, a equipe que se formou para trabalhar nele praticamente e se conheceu ali depois moldou a ficção cientifica como a conhecemos (Alien, Blade Runner, Matrix, Exterminador do Futuro... todo esse pessoal se conheceu ali, nos sets de Duna). 

Nos videogames, DUNE: The Battle for Arrakis criou o jogo de estratégia em tempo real, genero que posterioramente viria a ser aprimorado pela Blizzard em Warcraft: Orcs e Humanos e... bem, você sabe onde isso deu.

Ah algo no azul sobre o azul dos olhos dos Fremen que faz com as coisas não sejam as mesmas, né?


Até mesmo eu vou influencia disso, porque foi Duna que me fez ter a ideia sempre que possível assistir ou ler o material original quando um jogo é adaptado, e isso me fez conhecer várias outras coisas que eu nao conheceria de outra forma. Verdade que nem todas são... hã... boas, mas hey, cultura é cultura, certo?

AINDA TENDO PESADELOS COM THE LAWNMOWER MAN?

Considerando como esse filme sozinho fez a realidade virtual atrasar uns 25 anos, eu diria que não sou o único, Jorge.

Mas onde eu estava? Ah sim, o jogo de Duna. Então, a coisa de DUNE: The Battle for Arrakis é que esse é segundo jogo de Duna, diferindo grandemente do primeiro. O primeiro, alias, que na época que saiu para PC (em janeiro de 1993) eu apenas passei por cima porque jogos de PC antigos são chatinhos de fazer funcionar e eu não sou muito um PC Gamer de qualquer forma. O que hoje eu reconheço que foi um erro, mas o que está feito.

Ou estaria feito, não fosse o fato que a produção desse jogo foi uma bagunça e estaria pra sempre enterrada nas areias de Arrakis não fosse ter sido salva pela... Sega?!

Isso porque em 1990 a Virgin Interactive encomendou a produtora francesa Cryo uma adaptação de videojogos, que é o que começou a ser feito... até se deparar com um problema fundamental: os desenvolvedores da Cryo eram grandes fãs de Duna (ou seja, pessoas decentes e de bom senso) e queriam fazer uma adaptação fiel do LIVRO.

Já a Virgin queria uma adaptação do FILME já que eles achavam que gamemaníacos estariam muito mais familiarizados com o segundo do que com o primeiro. e esse não era um empasse pequeno porque o filme é horroroso e ou você faz uma adaptação de Duna, ou você faz daquele filme. Ao que a Virgin resolveu o problema de uma forma muito simples: acabou com o projeto e passou para a Westwood fazer o seu jogo de Duna (já que aqueles direitos de adaptação custaram dinheiros e um jogo tinha que sair, afinal).

De certa forma, eu entendo os dois lados. De um ponto de vista criativo, claro que eu preferiria fazer uma adaptação do livro, de um ponto de vista comercial faz mais sentido fazer a adaptação do filme. O jogo alternativo que a Westwood desenvolveu se tornou DUNE: The Battle for Arrakis - que é um ótimo jogo, no fim das contas. Mas... o que foi feito do projeto original de Duna da Cryo? Bem, é aqui que as coisas ficam interessantes e aconteceu uma daquelas coisas que só acontecem sob o sol escaldante de Arrakis.


O pessoal da Cryo continuou trabalhando no jogo secretamente, sem contar a Virgin. Com que dinheiro? Tirando do próprio bolso, trabalhando de graça nas horas extras, esse tipo de coisa. Porque eles REALMENTE queriam fazer um jogo a altura de Duna, e é totalmente compreensível o pq.

E a sorte deles mudou, quando a Sega da Europa (que não aparece muito por aqui porque ela fazia um trabalho competente e quietinho, aos moldes da Tec Toy no Brasil e tinha um grande dominio do seu mercado sem apelar para as pataquadas das suas irmãs americana e japonesa) comprou a Virgin europeia e no processo de tomar conhecimento do novo negócio, visitar os estúdios com os quais a Virgin tinha negócios e tal, o pessoal da Cryo viu essa a oportunidade que eles pediram a Muad'lib para apresentar o seu projeto.


A Sega europeia gostou bastante da ideia e mandou tocar ficha, dessa vez com um financiamento adequado. Eles só pediram uma coisa: "vocês podem fazer o jogo do jeito que vocês querem, baseado no livro, mas para ilustrar os personagens se baseiem nos atores do filme. Assim todo mundo sai feliz!". O que... foi uma decisão bastante sensível e comercialmente esperta.

Se a Sega tivesse sido gerida pela sua matriz europeia esse tempo todo ... muito sofrimento e dor teriam sido evitados, eu te digo.

MAS ELES JÁ NÃO TINHAM UM JOGO DE DUNA PRONTO PRA SER LANÇADO? IAM LANÇAR DOIS?

Sim, mas isso só é um problema se você acha que ter duas cybermaidscatlolis é um problema ao invés de ter uma só. Verdade que se fosse a Sega da América teria feito uma pixotada disso porque é como eles rolam, mas a Sega europeia apenas... fez a coisa simples e racional.

Segura o segundo jogo, lança um depois de seis meses lança o outro como "Dune 2". Super easy, barely an incovenient!

E assim foi feito, embora os dois jogos tenham sido desenvolvidos mais ou menos juntos, ESSE jogo de Duna foi lançado primeiro e uma quantidade de tempo razoavel depois foi lançado DUNE: The Battle for Arrakis (como Dune 2 no PC). Easy peasy, lemon squeezy. A vida não é realmente simples quando você para de tornar ela dificil com todas as suas forças?


Mas então, que jogo é esse tal de Duna? Um bem curioso, para dizer o mínimo.

Essencialmente, o jogo é uma visual novel: você vai até os lugares conversa com os NPCs e assiste a história se desenrolar que é baseada nos eventos do livro. Imagine algo tipo Danganrompa, mas sem a parte do trial: vá até o cenário, fale com as pessoas certas e a história avança. O jogo não é sequer particularmente criptico em onde você tem que ir e com quem tem que falar, então isso não é muito um problema realmente.

Eu escalaria a Jennifer Conelly como Lady Jessica, eu só queria deixar isso registrado


Dune tem um mapa que parece intimidador a principio, mas depois que você pega o jeito consegue navegar sem muito problema entre os quartos da mansão dos Atreides ou o grande mapa com os sietches Fremen.


O interessante é que enquanto você pode apenas pegar o ornicoptero e ir para os lugares marcados no mapa (ou, mais pra frente, cavalgar um minhocão because fuck yeah), nada impede de você apenas sair andando tela após tela até chegar a algum lugar, passando bem a ideia de que você tem liberdade para andar em um mundo 3D (mais ou menos o mesmo efeito que eles utilizaram em JURASSIC PARK de Sega CD).

Claro, você vai morrer no deserto antes de chegar a algum lugar, mas os lugares estão lá para serem alcançados, se você que é moloide demais para aguentar o problema não é de Arrakis.

MAS ESPERA, SE É SÓ FALAR COM AS PESSOAS NA HORA CERTA E ANDAR PELO MAPA, ISSO NÃO FAZ O JOGO SER BASTANTE... SIMPLES?

Visual Novels tendem a ser simples. Usualmente eles compensam isso prendendo a atenção do jogador com a qualidade do texto ou... você sabe, outros subterfúgios mais, visuais, digamos assim...


... EU VOU APENAS ESPERAR QUE ESSA VISUAL NOVEL DE DUNA SE DESTAQUE PELA QUALIDADE DA ESCRITA.

Todos nós esperamos, mas não é o caso aqui. A qualidade da escrita não é realmente estelar, na verdade o dialogo é muito apenas o básico do básico e... é isso. Tem o minimo de dialogo possível apenas para preencher os checkbox da história.

ENTÃO ESSE JOGO É UMA BOSTA, ENTENDI.

Hmm, pelo contrário na verdade. Esse jogo compensa a qualidade ... seca... da escrita com um jogo sobre gerenciamento de recursos. Porque afinal Duna é todo sobre Spice, and the Spice must flow afinal. Então eis o que acontece aqui: a cada tantos dias (o jogo tem um relógio interno próprio), o Imperador Padixá Shaddam IV exige uma determinada quantia de Spice para ser enviado - é isso que os Atreides foram fazer em Arrakis, afinal (ao menos oficialmente, não é tão simples assim).

Bem-vindo ao seu novo palácio em Duna. Suponho que uma piscina está fora de questão.

Como você faz isso? Você tem que ir aos sietches e recrutar os Freemen. Existem três funções que você pode atribuir um sietche leal a você: exercito, ecologia ou mineração de especiaria. Para aprimorar a produção diaria de especiaria você pode aumentar a lealdade dos Fremen (seja recrutando líderes, seja aumentando a ecologia do planeta) e conseguir equipamento para eles como harvesters e ornicopteros (para evitar que os harvesters sejam engolidos por vermes).

Esses equipamentos podem ser conseguidos fazendo missões para líderes de alguns sietches, encontrar abandonados ou mesmo comprar com seu recursos. Só que mesmo quando você encontra ou compra, você tem que ir até o sietche e mandar os fremen irem buscar (o que leval algumas horas ou mesmo dias dentro do jogo, dependendo da distancia). Conforme seus poderes psiquicos evoluem é possível dar ordens a distancia, mas não muita então você ainda precisa estar mais ou menos na região.

E não apenas isso, mas os recursos de especiaria de cada região são limitados, então quando uma região é exaurida você precisa relocar seus fremen para explorar uma area mais rica que fará a especiaria continuar fluindo.

As areas amarelas são ricas em spice, as marrons pobres e as cinzas precisam ser enviadas um fremen prospector para que seja possivel minera-las - e eles levam alguns dias caminhando de um lugar a outro

Agora adicione que você tem que fazer similar para gerenciar as tropas de combate e em menor escala de ecologia (esses são relativamente simples, só precisa mandar eles pra um sietche especifico e deu) e você sempre vai ter muito o que gerenciar já que você não apenas tem que atender os prazos do imperador como tem que fazer as suas próprias coisas para progredir a história.

Por exemplo em determinada parte os sietches começam a ficar doentes e você precisa levar a Chani até eles e deixar ela alguns dias lá. Então você tem suas próprias quests para atender, tem que gerenciar os prospectores, tem que gerenciar os harvesters de spice, e mais pra frente entra combate na história.

Certamente é uma informação útil para o jogador, mas parece algo ... pouco natural... para dizer ao seu filho

Então apesar de ser um jogo não particularmente bem escrito ou complexo no seu genero principal (visual novel), definitivamente é um jogo com muito para fazer e você se mantém ocupado e, mais importante, interessado porque enquanto você está fazendo uma coisa já mantém uma lista mental da coisas que tem que fazer, seus prazos e etc.

E isso é importante porque é meio que todo o ponto do jogo aqui. Vamos ser honestos, um videojogo de 1992 não teria possivelmente como fazer uma adaptação fiel de um livro com tantas camadas que eu não vejo sequer como um filme poderia faze-lo, e meio que a Cryo sabia disso. Então o que eles fizeram: a próxima melhor coisa que eles podiam fazer, reproduzir a sensação de existir naquele mundo, de lidar com os Fremen, gerenciar a especiaria, tretar com os Harkonnen.

Você não está reproduzindo as aventuras de Paul Atreides em Arrakis, mas definitivamente está vivendo uma aventura no mundo desertico. Uma que acontece de ter os personagens iconicos em papeis semelhantes. Então não é "A" aventura de Duna, mas certamente é uma UMA aventura em Duna, e isso funciona pra mim.

Ok, duas coisas. Primeiro, isso é algo bem creepy. Segundo, tenho más notícias sobre seu penteado.

Seria tipo fazer um jogo de Avatar onde você naõ joga com o Aang ou a Korra, mas definitivamente joga como UM Avatar. Okay, cool, funciona pra mim também porque é isso sobre o que videogames são no fim do dia: te fazer vivenciar experiencias diferentes em mundos interessantes. Com efeito, eu até diria que prefiro essa coisa de tentar proporcionar uma experiencia em um mundo da ficção do que reproduzir batida por batida a história que já foi contada - e isso é algo que esse jogo faz muito bem.

Uma versão mais simples deste universo, mas uma versão não menos. Onde o livro Duna embarca em um mundo crescente de traição política e destino messiânico, o jogo Dune se atem ao básico e em como gamificar isso: controlar a especiaria e, assim, controlar Duna. 

O resultado é uma mistura genuinamente esforçada visual novel e estratégia, que só não é melhor porque os menus são meio durangos de navegar. Mas então, é um jogo de computador de 1992, não é como se fosse realista esperar algo diferente disso então não dá pra realmente usar isso como argumento contra o jogo. As coisas eram como as coisas eram, já diria a máfia.

Dar um role de minhoco gigante, é pra isso que eu pago minha internet!

A fusão de gêneros funciona perfeitamente e está cheia de pequenos detalhes como um um mapa do deserto cheio de segredos escondidos que você descobre falando com os Fremen, várias maneiras de usar seus recursos para avançar a campanha e, pelo menos na versão em CD, um lindo voo renderizado sequências durante a viagem entre locais.

E apenas para provar o quanto seus realizadores estavam dedicados ao que estavam fazendo, existe a opção de jogar o jogo inteiro em Fremen. E eu quero dizer o jogo inteiro mesmo: todos os menus, todas as legendas, tudo em glifos fremen em vez de em inglês. É uma opção gimmick com certeza, mas que nenhum outro jogo já ofereceu... exceto Fury of the Furries, que por algum motivo tem a opção de idioma em Freman também.

ESTOU SURPRESO DE VOCÊ NUNCA TER MENCIONADO ESSE JOGO ANTES

Hã, não é ESSE tipo de furries, então deixa pra lá...

SUSPEITEI DESDE O PRINCIPIO.

MATÉRIA NA AÇÃO GAMES
Edição 025


MATÉRIA NA SUPER GAME POWER
Edição 010