sexta-feira, 9 de março de 2018

[AÇÃO GAMES 005] TIME SOLDIERS (Master System, 1987) [#131]


Essa capa me faz perguntar o que pode ser tão terrível que o cara laranja decidiu atirar nisso ao invés de UM DINOSSAURO MONTADO NUM TANQUE atravessando o portal. Suponho que apenas H.P. Lovecraft pode responder isso adequadamente.

Durante todos estes muitos, muitos, muitos, muitos e muitos anos jogando VIDJEGAMES, eu já muita coisa. Tipo muita mesmo. Entretanto hoje foi o dia em que a SNK me apresentou algo completamente novo, veja só você.

Você sabe a SNK, certo? Mais conhecida por seus jogos de luta apelões como King of Fighters e seus shooters sem noção como Metal Slug, pouco crédito é dado a façanha incrível, inimaginavel, épica do dia em que eles conseguiram fazer a versão de Master System de um jogo ser melhor que a de Arcade.

QUE?!?

quinta-feira, 8 de março de 2018

[AÇÃO GAMES 005] WORLD GAMES (Master System, 1986) [#130]



A Epyx era uma empresa com um único objetivo em mente: nos dar opções de jogos em qualquer situação. É inverno? Então podemos jogar o Winter Games deles. Opa, ficou verão? Nada tema, Summer Games! Ih, agora você está na California? California Games, como não?

No entanto, eventualmente eles começaram a fazer as contas e perceberam que esse modelo de negócios não ia dar certo. Quer dizer, existem muitas situações possíveis na vida, talvez eles não conseguissem abranger todas elas. Foi então que uma ideia genial ocorreu em nossos grandes designers: fazer o jogo definitivo da série Games! Um jogo que servisse para qualquer situação!

E foi assim que nasceu World Games, pois bastava você estar em um mundo! Infelizmente a Epyx faliu (sim, também estou surpreso que isso aconteceu!) antes do lançamento da Estação Espacial Internacional, do contrário já teriamos um Universal Games a este ponto.

De qualquer forma, World Games tem uma ideia interessante: pegar um esporte tradicional porém inusitado de cada país e fazer um VIDJEGAME sobre isso. Infelizmente a outra ideia que eles tiveram foi colocar os piores controles da história da humanidade nesse jogo.

Hora de viajar pelo mundo conhecendo os piores esportes já concebidos pelo homem para por em um videogame!

domingo, 4 de março de 2018

[AÇÃO GAMES 005] GHOST HOUSE (Master System, 1986) [#129]



Antes de começar, permita-me preparar o cenário ... 

Eu estava sozinho em uma sala modestamente iluminada com um silêncio que era perturbadoramente palpável. O ar frio passou passivamente pelo pescoço, me mantendo tenso e alerta. Com a abundância de videogames como minha única companhia, eu exibi coragem e cautela cartucho após cartucho em busca do espécime perfeito para o próximo review. 

Quando meus olhos começaram a vagar, notei um canto escuro e estranho com um console que havia sido negligenciado pela internet: o Sega Master System. 



Sim, o videogame que foi uma piada de mau gosto no Japão e nos Estados Unidos, porém prosperou no Brazil-zil-zil e na Europa. O que significa que todas as reviews de jogos exclusivos de Master System majoritariamente estão em português, e se tem uma verdade na vida é que brasileiros nunca falam mal da nostalgia. Quer dizer, sério, esse é um país em que Cavaleiros do Zodíaco é visto como um anime bom... mas divago. Eu tinha que fazer algo a respeito, lançar uma nesga de luz neste passado pantanoso dos videogames. Sim, eu recomecei a narração.

Era minha missão.

Com apenas um momento de hesitação, arrisquei-me a me perder nas brumas do esquecimento e fiz um inventário cuidadoso do que estava no meu caminho, sempre ciente da presença sobrenatural permeando o ar. À medida que a mão trêmula pegava Golvellius: Valley of Doom, algo me atingiu pelas costas! 

Eu caí para a frente - coração batendo, medo dançando dentro do meu estômago. Era isso. Meu fim com certeza. A visão borrada entrou em foco depois que eu corri tudo que pude para longe do objeto nefando como pude. Lá estava. A ameaça. Eu temi pela minha vida. 

Era um cartão Sega. 

Não! Não pode ser! 

Mas era! 



Tenho certeza que muitos de vocês já sabem, mas o Master System originalmente foi equipado com um slot de cartucho e um slot para cartão. Os cartões do Master System (que parecem com o que hoje conhecemos como cartões de SD) eram mais baratos e vendidos no Japão em lojinhas tipo R$1,99.

O que, honestamente, não era uma ideia ruim. Eu sei que zoar a Sega é uma das minhas paixões mundanas, mas créditos onde créditos tem que ser dados. Claro que para isso eles tinham uma capacidade de memória da Dory depois de assistir um pornô alemão, sendo que seu limite máximo era 250k (quando os cartuchos de Master System podiam ter até 2MB de jogo).

O jogo mais popular lançado neste formado foi Hang On, o clássico do arcade. E entre os menos, estava Ghost House. E embora cartões de Master System nunca tenham sido lançados  no Brasil, foi justamente aqui que este jogo encontrou a imortalidade na infância de milhares de crianças como o jogo do Chapolin... sobre o qual eu totalmente não vou falar aqui hoje!

Então, hoje conheceremos a sombria história de Ghost House. Quem pode dizer que tipos de horrores me esperam? É um bom jogo? Ou é uma horrível monstruosidade? Em breve, descobriremos! 


quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 005] DANAN: THE JUNGLE FIGHTER (Master System, 1990) [#128]



Um dia, numa terça-feira preguiçosa de 1990, dois funcionarios da Sega estavam coçando o saco e jogando Uno - não necessariamente nessa ordem - quando a seguinte conversa emergiu:

- Véi, esse ano tá fraco, né?
- Ô! Esses filmes novos não tem como kibar sem colocar esforço... Hollywood nunca pensa na gente
- Mas escuta, E SE, olha só, E SE ao invés de um filme a gente kibasse... um jogo nosso?
- Você quer dizer copiar algo que nós mesmos fizemos? Uau, isso é o fundo do poço até para os nossos padrões. Me fale mais, fiquei interessado!
- Então, sabe o que faria o Master System bombar e sozinho totalmente derrubar o Super Nintendo?
- Ter bons jogos?
- Seja realista, cara! Estou falando de um bom jogo de bárbaro!
- Ah, você quer dizer que deviamos copiar Golden Axe?
- Nah, estava pensando em um jogo de plataforma...
- Sei, tipo Rastan então?
- É! Isso! Vamos refazer Rastan, só que com outro nome!
- Que nem Conan?
- Usado...
- Que tal Rahan?
- Excelente ideia, mas já foi usado também... e agora vou passar o resto do dia com essa música na cabeça. "Rahan, mais rápido que o vento! Leal, amigo até do oceano! Sempre mais forte Rahan!"
- É, acho que todas boas ideias já foram... sei lá, a gente pensa nisso depois do almoço. Falando nisso você viu meu Danoninho?
- É isso! Que tal Danan?
- Acho que temos mais um clássico Sega nascendo!

E foi assim que terminamos com o jogo de hoje: Danan, o guerreiro da selva. Pouco surpreendentemente, este jogo nunca foi lançado no Japão ou nos Estados Unidos - o que normalmente significa "lá vamos nós..."

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 005] GAIN GROUND (Master System, 1990) [#127]



Estamos no ano 3000. A raça humana atinge o ápice da sua civilização: não há mais pobreza, guerra ou discriminação. Crime e violência são conceitos que pertencem apenas aos bancos de dados de história. O ser humano é essencialmente bom e sabe viver em harmonia com seu semelhante.

Isso levou o Governo Unido da Terra a uma preocupação: e se, por qualquer motivo, a raça humana precisar se defender? Vai ser muito ruim termos um planeta habitado apenas por moloides inofensivos. Então, para reviver os instintos de sobrevivência dessa sociedade perfeita eles desenvolveram um incrível simulador de guerra, o Gain Ground System.

Como você já pode deduzir, isso deu filhadaputamente errado. O sistema entrou em berserk, e todos seus criadores se tornaram seus refens. O Governo Global enviou um grupo de resgate, que com sua habilidade em ser moleirões acabou apenas sendo cooptado pelo sistema. E então mais outro, mais outro, e mais outro.

Na última tentativa, porém, três soldados voltaram com vida. Agora o governo tentará mais uma última vez, enviando esses sobreviventes. Se eles falharem, a única opção remanscente será explodir a coisa toda com todas as pessoas que estão refens lá dentro. É aqui que você entra, jogando com  um desses três bravos guerrilheiros que terá que entrar novamente no coração da besta e não sair até ter GANHO TERRENO.

... o que também significa que as pessoas que você mata no jogo são aquelas que você deveria estar salvando. Mas hey, bem vindo a maravilhosa lógica dos games dos anos 80!

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 004] THE SECRET OF MONKEY ISLAND (ou nunca pague mais que 20 paus num jogo) [#126]


Quando eu escrevi sobre Maniac Mansion, disse que o legado que o jogo deixava era muito mais seu conceito de engine que criou os jogos point'n click do que o jogo em si. Bem, isso é compreensível: a equipe da Lucas Arts gastou boa parte do tempo e dos recursos trabalhando em criar a SCUMM engine do que no jogo em si.

Bem, imagine esse texto como uma sequencia dessa narrativa: a continuação começa alguns anos no futuro agora. Quatro jogos depois, Ron Gilbert e Gary Winnick não são mais novatos na area, pelo contrário: são profissionais respeitadíssimos que sabem exatamente o que funciona e o que não funciona em um jogo. Aliado a isso, a SCUMM engine está em seu mais pleno funcionamento.

O que significa que nossos amigos da Lucas Arts agora tem o equipamento, o tempo, os recursos e a experiência para fazer um dos melhores jogos de suas carreiras. E foi isso que eles fizeram. Hoje falaremos sobre o Segredo da Ilha do Macaco!

sábado, 24 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 010] RUNNING BATTLE (Master System, 1991) [#125]



Hoje falaremos de um jogo do qual ninguém nunca ouviu falar, estou muito animado com isso porque tenho certeza que essa é uma perola perdida a ser descoberta e... como é que é, produção? É um jogo de Master System... sei, e o que mais? Da Opera House, a empresa que fez "My Pet Dolphin" pro DS? Hm, e o que mais? Hã, ele foi lançado só na Europa e no Brasil?

Ok pessoal, não vou enganar ninguém. Esse jogo vai ser uma bosta, mas vamo que vamo...

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 010] THE CYBER SHINOBI: Shinobi Part 2 (Master System, 1990) [#124]



Conseguir criar o pior jogo de Master System de todos os tempos não é tarefa fácil, dado que a concorrência é avassaladora. Eu ainda acho que essa honra duvidosa ainda pertence a Indiana Jones e a Última Cruzada, Jesus no pogobol como esse jogo é ruim, mas as calças boca de sino da Micky James são testemunhas que a Sega tentou o quanto pode levar essa taça pra casa com tCB:SP2.

Mas se eu estou surpreendido com isso é por culpa minha, eu devia ter percebido os sinais, eles estavam bem claros desde o começo. A Ação Games deu nota mínima no quesito "Diversão" para esse jogo e puta que pariu, eles nunca dão nota mínima pra nada! (ao menos nessa época). Ok, talvez o Ioiô estivesse chateado porque um dos coleguinhas começou a engrossar a voz e perdeu o charme, e por isso deu nota ruim para o jogo.

Mas ai então pesquisando a respeito no cenário retrogamer brsileiro percebo que até para os fãs de jogos antigos esse jogo é uma bosta. Mas puta que me pariu 2: a vingança de putanga, brasileiros nunca falam mal de nostalgia! Quer dizer, eu moro em um país onde Cavaleiros do Zodiaco é visto como um anime EXCELENTE (eu nem disse bom)! O quão ruim alguma coisa precisa ser para que a nostalgia brasileira não passe a mão na sua cabeça com peninha?

E então, o coup' de grace!


Tá, não esse Coup de Grace...

O golpe de misericordia é que esse jogo, apesar de ter sido feito por japoneses, nunca foi lançado no Japão. Nem nos Estados Unidos. Agora pense, o quão ruim precisa ser um jogo para que você não tenha coragem de lançar ele em qualquer lugar com que você tenha algum contato pessoal ou profissional?

Por esse motivo, THE CYBER SHINOBI: SHINOBI PART 2 foi lançado apenas no Brasil, Europa e Australia. Oh boy, isso é um mal sinal, não é?

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 010] BONANZA BROTHERS (Master System, 1991) [#123]



Por mais resmungão que eu seja, a verdade é que no fundo eu sou bastante indulgente com videogames - no sentido que eu dou colheres de chá aos seus defeitos que eu não daria a outras mídias. Mais ainda quando o jogo tenta algo novo e diferente, algo criativo.

Por exemplo, como a vez em que a Sega criou um jogo de furtividade em 1990.

TÁ, GRANDE COISA, METAL GEAR FEZ ISSO TRÊS ANOS ANTES!

Eu não terminei. Criou um jogo de furtividade para os ARCADES em 1990.

ESPERA, ISSO NÃO FAZ SENTIDO! ARCADES ERAM FEITOS PARA TIRAR FICHAS DAS CRIANÇAS, COMO SE FAZ ISSO EM UM JOGO QUE TEM O RITMO MAIS LENTO E QUE PRECISA DURAR MAIS DO QUE 30 SEGUNDOS PARA SER DIVERTIDO?

Exactamundo! Viu como foi criativo?

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 010] ROBIN HOOD: PRINCE OF THIEVES (NES, 1991) [#122]



Pode parecer estranho dizer isso em 2018, mas acreditem ou não, houve um tempo em que Kevin Costner era um galã para Hollywood. Eu sei, hoje ele é conhecido por ter a morte mais imbecil da história dos filmes de super-heróis, mas nem sempre as coisas foram assim.


Quer dizer, morrer para salvar um cachorro é algo totalmente digno. Mas você parou pra pensar que a chave estava na ignição, Jonathan? Dava pra ao menos ter tentado sobreviver, Jonathan? Você parou pra pensar que o carro estava longe o bastante para ninguém ver o que quer que o Clark precisasse fazer para salvar o cachorro, Jonathan? Sério, não tinha motivo NENHUM para não mandar a porra do SUPER-HOMEM no teu lugar, Jonathan! Mas nenhum MESMO! SUPER. FUCKING. HOMEM. Puta merda, Jonathan, mas tu é tão retardado que só não faz parte da tripulação da Prometheus por uma questão de tempo.

Kevin Costner, senhoras e senhores.

Ele não é um mal ator, apenas tem um agente que deliberadamente o odeia e escolhe os piores papéis do mundo pra ele. Mas isso é agora, nos anos 90 ele era o gostosão do pedaço e, logo, foi a primeira escolha quando Hollywood decidiu que a lenda de Robin Hood daria um excelente épico de...



... breguice. Puta merda.

Anos 90, senhoras e senhores.

Mas enfim, o filme não é de todo ruim (eu acho, faz mais de vinte anos que eu assisti pela última vez) e tem um grande elenco: Morgan Freeman, Christian Slater (antes da carreira dele acabar naquele filme do Batman) e Alan Rickman foi indicado ao Oscar por esse filme.

Mas anos 90 sendo 90 como eram, seria de se estranhar se o filme não viesse acompanhado de um joguinho vagabundo para exponenciar os lucros, certo? Quer dizer, fizeram jogo até da Caçada ao Outubro Vermelho, pelo amor dos quarians!

Então eu esperava um jogo genérico de plataforma no qual apenas mudariam o sprite na última hora para o personagem licenciado - foi assim que o jogo do Batman do Nintendinho nasceu, saiba você. Surpreendentemente, Robin Hood do Nintendinho é uma boa adaptação. O que não quer dizer que necessariamente seja um bom jogo. Mas vamos a isso...