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sábado, 16 de abril de 2022

[#861][MEGA] FÉRIAS FRUSTRADAS DO PICA-PAU [Outubro de 1995]

Eis aqui um jogo ruim, horrendo, catastrófico... que é diferente do que trabalhamos aqui habitualmente. Isso porque normalmente jogos ruins são feitos por caras que realmente estão pouco ou nada se fodendo para o jogo. O bom e velho "taca qualquer bosta que esses trouxas só vão perceber quando eu já estiver com o dinheiro no bolso" pelo qual a Ocean, por exemplo, é tão conhecida. Outra categoria de jogo ruim são os lixos europeus, mas isso é mais por uma limitação técnica já que os coitados tinham para trabalhar lixos termonucleares como o Amiga ou ZX-Spectrum. Enfim, esses são os tipos de jogos ruins que eu normalmente encontro por aqui, mas o de hoje não é isso.

O jogo terrível de hoje é um jogo que genuinamente estava tentando acertar, que queria muito acertar e não conseguiu por pura falta de conhecimento tecnico, de experiencia mesmo. Mas a boa intenção estava lá. Como eu sei disso? Bem simples, o jogo de hoje é o primeiro jogo para consoles feito 100% no Brasil em todos os tempos.

quarta-feira, 8 de julho de 2020

[AÇÃO GAMES 053] ASTERIX AND THE SECRET MISSION/AS AVENTURAS DA TV COLOSSO (Master System 1994, Brasil em 1996) [#427]




Asterix, da Sega para o Master System, uma das maiores surpresas que eu já tive nesse blog. Uma franquia pela qual eu não dou absolutamente nada (eu não tenho nada CONTRA Asterix, e sei que na Europa é uma série tão querida quanto a Turma da Monica é aqui, mas eu realmente não tenho nenhum sentimento mais forte do que saber que existe), em um console que é pouca coisa melhor do que um Brick Game? Pff, não tem realmente como esperar nada daí.

Entretanto, contudo, todavia, porém, a Sega de uma Masterclass de level design aqui e o jogo faz do limão um combustível de limões para queimar a casa do gerente da vida que só deu limões. É um jogo brilhantemente desenhado, inteligente e com jogabilidade que não estraga o que foi pensado no papel (bem, o ataque do Asterix é meio curto de alcance, mas meh, dá pra viver com isso. Na época a Ação Games não tinha um sistema de notas consistente ou mesmo o selo "The Best of", mas ela dedicou três edições falando de um jogo de Master System - feito que até hoje só foi igualado por Sonic e Phantasy Star. Esse é o tanto que esse jogo é bom.

Por isso quando eu vi que tinha outro jogo do Asterix feito pela Sega, é apenas natural que eu tivesse alguma espectativa. Poderia o raio cair duas vezes no mesmo lugar? Seria este outro jogo bem pensado, trabalhado e que explora o gameplay de formas criativas?

domingo, 31 de maio de 2020

[AÇÃO GAMES 050] TURMA DA MONICA em O RESGATE (ou Wonder Boy III: The Dragon's Trap no original) [MASTER SYSTEM, 1993][#387]




Se você acompanha esse blog, existem duas coisas que você pode supor sobre mim. A primeira, e mais obvia, é que eu não tenho nenhum amor pela Sega e chamo o Master System pelo que ele realmente era: um premio de consolação se os seus pais não podiam lhe comprar um videogame melhor ou eles apenas não se importavam com você. No seu caso, provavelmente é o segundo. 

A segunda coisa que você já deve saber sobre mim, é que eu não sou exatamente um grande fã do nacionalismo. De qualquer nacionalismo, não apenas o brasileiro. Nações podem ou não ser necessidades técnicas para a vida diaria funcionar, mas dificilmente são algo do qual qualquer um deveria se orgulhar. Se alguma coisa, meu personagem histórico da história brasileira favorito é a Carlota Joaquina.

"Desta tierra non quiero nem el pó!"
O jogo de hoje abordará os dois temas: um jogo brasileiro no Master System.

sábado, 10 de março de 2018

[AÇÃO GAMES 005] TEDDY BOY (Master System, 1986) [#132]

No episódio de hoje, um menino escapa por pouco de uma granada perdida. Aparentemente este jogo se passa no Rio de Janeiro.
Sabe, jogando esses jogos antigos uma coisa que você certamente me verá fazendo é reclamando da Sega e das trambicagens que ela aprontava para tentar vencer a Nintendo. Mas sabe de uma coisa? Com o tempo eu passei a apreciar mais o que a Sega fazia.

Ela é tipo o Dick Vigarista dos videogames, sabe? Você sabe, o cara que tentava vencer a Corrida Maluca com artimanhas mirabolantes ao invés de simplesmente ser o melhor carro na corrida, e é justamente isso que torna o show interessante de se assistir (a Sega também se dá mal no final da corrida, tal qual o citado vilão).

Como não apreciar a Sega quando ela decidiu que o segredo para vencer a Nintendo era associar uma cantora pop adolescente ao seu arcade complemente genérico? Mas claro, é agora que a coisa vai!

domingo, 4 de março de 2018

[AÇÃO GAMES 005] GHOST HOUSE (Master System, 1986) [#129]



Antes de começar, permita-me preparar o cenário ... 

Eu estava sozinho em uma sala modestamente iluminada com um silêncio que era perturbadoramente palpável. O ar frio passou passivamente pelo pescoço, me mantendo tenso e alerta. Com a abundância de videogames como minha única companhia, eu exibi coragem e cautela cartucho após cartucho em busca do espécime perfeito para o próximo review. 

Quando meus olhos começaram a vagar, notei um canto escuro e estranho com um console que havia sido negligenciado pela internet: o Sega Master System. 



Sim, o videogame que foi uma piada de mau gosto no Japão e nos Estados Unidos, porém prosperou no Brazil-zil-zil e na Europa. O que significa que todas as reviews de jogos exclusivos de Master System majoritariamente estão em português, e se tem uma verdade na vida é que brasileiros nunca falam mal da nostalgia. Quer dizer, sério, esse é um país em que Cavaleiros do Zodíaco é visto como um anime bom... mas divago. Eu tinha que fazer algo a respeito, lançar uma nesga de luz neste passado pantanoso dos videogames. Sim, eu recomecei a narração.

Era minha missão.

Com apenas um momento de hesitação, arrisquei-me a me perder nas brumas do esquecimento e fiz um inventário cuidadoso do que estava no meu caminho, sempre ciente da presença sobrenatural permeando o ar. À medida que a mão trêmula pegava Golvellius: Valley of Doom, algo me atingiu pelas costas! 

Eu caí para a frente - coração batendo, medo dançando dentro do meu estômago. Era isso. Meu fim com certeza. A visão borrada entrou em foco depois que eu corri tudo que pude para longe do objeto nefando como pude. Lá estava. A ameaça. Eu temi pela minha vida. 

Era um cartão Sega. 

Não! Não pode ser! 

Mas era! 



Tenho certeza que muitos de vocês já sabem, mas o Master System originalmente foi equipado com um slot de cartucho e um slot para cartão. Os cartões do Master System (que parecem com o que hoje conhecemos como cartões de SD) eram mais baratos e vendidos no Japão em lojinhas tipo R$1,99.

O que, honestamente, não era uma ideia ruim. Eu sei que zoar a Sega é uma das minhas paixões mundanas, mas créditos onde créditos tem que ser dados. Claro que para isso eles tinham uma capacidade de memória da Dory depois de assistir um pornô alemão, sendo que seu limite máximo era 250k (quando os cartuchos de Master System podiam ter até 2MB de jogo).

O jogo mais popular lançado neste formado foi Hang On, o clássico do arcade. E entre os menos, estava Ghost House. E embora cartões de Master System nunca tenham sido lançados  no Brasil, foi justamente aqui que este jogo encontrou a imortalidade na infância de milhares de crianças como o jogo do Chapolin... sobre o qual eu totalmente não vou falar aqui hoje!

Então, hoje conheceremos a sombria história de Ghost House. Quem pode dizer que tipos de horrores me esperam? É um bom jogo? Ou é uma horrível monstruosidade? Em breve, descobriremos! 


domingo, 2 de julho de 2017

[AÇÃO GAMES 008] MONICA NO CASTELO DO DRAGÃO (Master System) [#066]



Se você tivesse dinheiro para investir em um negócio, você investiria em um lugar onde a pirataria é liberada, a burocracia é tão complexa que você precisa preencher 54 calhamaços de folhas para abrir uma padaria, os impostos ultrapassam 50% e as questões legais são decididas sem base legal nenhuma - apenas se pautando no humor do juiz?

Se você respondeu "não" a essa pergunta, então entendeu como a Nintendo pensava nos anos 90. Eles estavam ocupados demais dominando os mercados do Japão e dos EUA para cagar a mínima para o Brasil, que é justamente a brecha que a Sega aproveitou - firmando uma parceria muito engenhosa com a fabricante de briquedos Tec Toy.

E entre as diversas coisas que a Tec Toy fez, talvez o simbolo máximo dessa era foi a adaptação de um dos maiores icones da cultura brasileira para um videojogo completamente português. Essa é a história de como Wonderboy in Monster Land (o segundo jogo da série) virou "Monica no Castelo do Dragão".

sexta-feira, 14 de abril de 2017

[AÇÃO GAMES 004] PSYCHO FOX [relançado no Brasil como "Sapo Chulé vs os Invasores do Brejo"] (Master System) [#025]

O texto da capa é muito bom, pena que foi alterado pela Tec Toy na versão BR


Uma das coisas mais difíceis de ser criança nos anos 80 foi ter ganho um Master System ao invés de um dos clones do Nintendinho. De toda a biblioteca dos jogos daquela época aclamadas até hoje (Megaman, Metroid, Castlevania, Mario, Tartarugas Ninja, Final Fantasy, etc), nada disso saiu para o Master System. Ao invés disso os donos de Master tinham que se agarrar a dois ou três títulos que podiam "competir". A saber é Phantasy Star, Alex Kidd in Miracle World e Psycho Fox.

Vamos falar sobre esse último hoje.