domingo, 5 de março de 2023

[#1062][Dez/96] WILD ARMS


Agora, esse é um jogo muito importante para mim. Sabe, em 1997 o Super Nintendo estava praticamente acabado e era hora de querer o videogame da próxima geração. Enfase no "querer", porque independente do que eu quisesse ou não, minha família não tinha a minima condição financeira - mas hey, uma criança tem que sonhar, não?

Tendo crescido com um famiclone e posteriormente um Super Nintendo, era dado que o Nintendo 64 seria a continuação óbvia. Porém não tinha como não notar que a cada mês o Playstation ganhava mais e mais páginas na Ação Games enquanto o videogame da Nintendo não apresentava muita coisa realmente (salvo BLAST CORPS, que como eu citei naquele texto foi o único jogo que REALMENTE me impressionou), gerando uma dúvida legitima se esse tal de Playstation não seria uma melhor opção.

E essa dúvida se transformou em certeza quando eu vi na locadora do bairro ESSA abertura:


A partir daquele momento, eu tive certeza absoluta que o Playstation era o futuro. E de todas as decisões estúpidas que eu tomei enquanto era criança... essa definitivamente não foi uma delas. Quer dizer, em primeiro lugar essa abertura é realmente incrível ainda hoje!

A animação do estúdio Madhouse é absurdamente bonita (você sabe, os caras que depois viriam a receber um pouco de atenção com coisinhas discretas como Death Note ou One Punch Man) e foi justamente no pico máximo da minha descoberta da otakuzisse. Line, sinker and hook, como os gringos falam.

Adicione a isso essa música realmente incrível que dá um feeling de faroeste e temos algo realmente único e interessante aqui... ou será que temos?

sábado, 4 de março de 2023

[#1061][Mar/97] OUTLAWS


Quando eu estava pesquisando para escrever sobre BLOOD (não me olha assim, Jorge, eu pesquiso sim sobre as coisas e não apenas tiro tudo da bunda... majoritariamente), uma coisa que eu vi repetida algumas vezes é que BLOOD tinha um "irmão" family friendly.

E por isso eu quero dizer que é outro jogo lançado na mesma época (com efeito, no mesmo mês até) e que supostamente também leva a Build Engine (a engine que roda os DOOM-like) a sua ultima capacidade antes dela ser abandonada completamente em favor dos FPS verdadeiramente 3D.

Mas... será mesmo?

sexta-feira, 3 de março de 2023

[#1060][Jan/97] MAGIC THE GATHERING: Battlemage

Eu gostaria que você visualizasse a seguinte cena: o ano é 1997 e você está andando pela locadora, pela banca de camelô, pelo shopping ou a maloca onde vc compra CDsde jogo  a 3 por dez reais. Aí, de repente, não mais que de repente, vc vê a seguinte capa:


Imediatamente vc pensa que é um joguim de Magic The Gathering para você jogarzis e fica todo "boy oh boy, eu finalmente poderei jogar A Magia do Arrecadamento sem comprar decks de cartas e eu gosto de não gastar dinheiros que eu não tenhos!". Se esse foi o seu caso, e certamente o grande ponto de venda desse jogo era que fosse de milhares de jovens ultradinamicos, a resposta da Acclaim a isso seria simplesmente:


Então, esse jogo não é exatamente MtG na forma de videojogo, ao contrário de MAGIC THE GATHERING esse aqui não é um card game. O que ele é, é um RTS vagamente baseado no card game, porque foda-se você. E isso forçando bastante a barra na definição da palavra "baseado"

Bem, ao menos a versão de PS1 tem a decencia de avisar que vc não está levando um card game pra casa e sim um RTS, ao menos isso...


Verdade que o jogo (na sua versão original de PC) já abrir querendo dar um pega ratão no consumidor não faz necessariamente o jogo ser ruim, isso é mais culpa da publisher do que dos desenvolvedores, então o pessoal que fez o jogo mesmo não tem culpa disso. O que eles tem culpa, entretanto, é por todo resto do jogo e aí que as coisas ficam complicadas...

quinta-feira, 2 de março de 2023

[#1059][Ago/97] THE LOST WORLD: Jurassic Park


 Eu posso ser acusado de loucura por muitos motivos...

... COMO TER UM BLOG (NINGUEM MAIS LE BLOGS) COM MAIS DE MIL REVIEWS QUE NINGUEM LÊ, POR EXEMPLO...

... é, tem isso. Mas eu dizia que podem me chamar de louco por várias razões, mas não porque eu digo coisas como fazer um dos maiores, mais aclamados, e mais consagrados filmes de todos os tempos é uma coisa ruim. Eu sei que não é, eu não sou louco a esse nível!

SINTO QUE AÍ VEM UM "MAS"

quarta-feira, 1 de março de 2023

[#1058][Abr/97] THE GREAT BATTLE 6

E chegou a tão esperada hora, a hora mais aguardada por crianças e crianços de todo o Japão: a hora que a Bandai e seu braço nos videogames, a Banpresto, se juntam para dar o que todos queremos, aquela ordenhada safada na franquias de onde eles conseguiam arrancar qualquer centavo. Estou falando, é claro, do que no Japão é chamado de "Compati Hero", onde eles juntam três das franquias mais populares da Bandai na época sem nenhum outro motivo que senão grana fácil.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

[#1057][Abr/97] TOBAL 2


Esse não é um take particularmente original sobre o assunto, e certamente já foi repetido o suficiente por diversas pessoas - inclusive eu na época, mas TOBAL No 1 é essencialmente lembrado como o jogo que você comprava o demo de FINAL FANTASY 7 e vinha de brinde um jogo de luta... um não particularmente incrível, mas então todo mundo só se importava mesmo com o "CD Bonus" que vinha com a demo de FF7.

TOBAL No 1 nem é um jogo particularmente ruim, apenas é incrivelmente medíocre em tudo que ele faz ao ponto que nenhum juri do mundo te condenaria por esquecer que ele existe no intervalo de tempo entre parar de jogar e chegar até o console pra desligar ele.

Mas hey! Sabe o que TOBAL No 1 precisa? Quer dizer, REALMENTE precisa?

ALGO DIGNO DE ATENÇÃO EM QUALQUER CAMPO POSSÍVEL?

BOLOQUES, eu te digo! O que ele precisa é uma continuação lançada apenas 8 meses depois! Pq é  claro que é isso que vai fazer essa franquia decolar!

... VOU DAR UM CHUTE LOUCO AQUI, MAS ARRISCO DIZER QUE ESSE FOI O ÚLTIMO JOGO DA SÉRIE, NÉ?

É, foi. Pouco surpreendente, huh?

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

[#1056][Abr/97] ALUNDRA

Alundra é um daqueles jogos dos quais eu reconheço o nome por grande parte da minha vida, mas nunca soube exatamente sobre O QUE ele era. Quer dizer, eu sabia que era um Action RPG... e meio que é isso.  Agora, tendo jogado algumas dezenas de horas dele, posso afirmar que a descrição mais precisa que eu posso fazer desse jogo é um meio termo entre The Legend of Zelda: Breath of the Wild e um livro do Stephen King. 

UAU, ALGUÉM ESQUECEU DE TOMAR OS SEUS REMÉDIOS HOJE, HEIM...

Pelo contrário, Jorge! Eu tomei uma grande dose de Alundra! Pq, vc sabe, o nome do jogo parece nome de remédio para alergia ou algo assim... e é essa é a piada...

...

Hã, seja como for, meu ponto é que se essa não é a descrição mais única que eu já vi nesse blog em mais de 1055 jogos, então eu não sei mais o que seria! Então, vamos começar do começo...

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

[#1055][Dez/96] PARAPPA THE RAPPER

Hoje é dia de mais um daqueles jogos especiais: aqueles que eu lembro de ter chamado minha atenção quando eu vi na Ação Games, mas eu nunca realmente tinha jogado até agora. Nesse caso, em particular, é mais ainda pq enquanto hoje jogos de ritmo são bem conhecidos e estabelecidos, na época era algo completamente inédito e eu sequer podia conceber como seria um jogo de ritmo musical.

Honestamente, me senti incrivelmente velho agora pensando que eu vivi em um mundo que não existia Guitar Hero ou máquinas de Just Dance (ou algum equivalente disso) em todos os shoppings do mundo...

Como de costume, a capa japonesa do jogo é bem mais dorgas larilarila colorida que a americana

Mas será que Parappa, o rappeador - um dos primeiros jogos de ritmo musical de todos os tempos, e certamente o primeiro desse blog - é bom ou suas mãos viram espaguetti da mamãe?

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

[#1054][Mar/97] BLOOD

Quando DOOM foi lançado em 1993, foi um daqueles fenômenos que dividem os videojogos, não, a própria humanidade em antes e depois. A visão em primeira pessoa, os ambientes pseudo-3D e o foco na boa e velha ultraviolencia de arrancar intestinos de demonios em Marte ao som de metal pesadão impressionou o mundo inteiro. 

Tanto que após o lançamento de DOOM, os muitos jogos de tiro em primeira pessoa que sairam tentando emular a DOOMmania não eram chamados de FPS como hoje e sim de Doom-clones. Embora o termo Doom-clone possa não parecer tão elogioso, o raciocínio básico é definitivamente adequado: em essência, um Doom-clone é um jogo de tiro em primeira pessoa feito utilizando uma mistura de sprites 2D e ambientes 3D, simulando a experiência de andar por um mundo 3D crível. Com muitos tiros. Porém o que realmente faz um Doom-clone ser um Doom-clone é o foco em armas bizarras e fantasticamente violentas misturadas com um level design estilo labirinto com objetivos centrados em encontrar a chave certa para abrir a porta certa.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

[#1053][Dez/95] Ys 5: Lost Kefin, Kingdom of Sand

Ao longo de sua vida, 1.757 jogos de Super NES foram lançados oficialmente: 717 na América do Norte (mais 4 cartuchos de campeonato), 521 na Europa, 1.448 no Japão, 231 no Satellaview e 13 no Sufami Turbo. E desses 1757 jogos, chegamos hoje a tamborizante marca de 400 reviews de jogos de Super Nintendo. Uau, QUATROCENTOS jogos reviewzados, isso é realmente uma marca que me deixa bastante feliz.

E para celebrar o jogo 400 de SNES nesse blog, temos um jogo bastante tradicional. Eu digo isso pq Ys é (discutivelmente) a terceira série mais tradicional de RPGs do Japão (atrás apenas de Final Fantasy e Dragon Quest, obviamente). Originalmente lançado para o PC-88 em 1987, YS: THE VANISHED OMENS rapidamente se tornou um dos RPGs fundamentais no Japão.