Então após um jogo REALMENTE longo com ARC THE LAD 2, vamos ver o que as revistas me reservam. Espero que seja um jogo rápido e simples para equilibrar as coisas... oh, oh não... não, não, não, não você não, tudo menos você! Eu já me livrei de você, você não tem o direito de estar aqui de volta!
BATMAN FOREVER é, indiscutívelmente, um dos top 10 piores jogos de todos os tempos a amaldiçoar o Super Nintendo com a sua existencia e no Mega Drive (que tem menos botões no controle e torna tudo exponencialmente pior) é um dos ... bem, tem MUITO jogo ruim de Amiga no Mega Drive... mas é top 10 tranquilo também. O filme não é tão ruim quanto as pessoas dizem uma vez que você entende a pegada Batman anos 60 (normalmente ele é confundido com Batman e Robin, esse sim é tenebrível), mas o jogo... dancing macarena on the rain, como isso é ruim...
Ma benne, isso todo mundo e a mãe de todo mundo sabe. O que menos gente sabe, e incluindo isso eu que só descobri lendo a revista para esse projeto, é que existe um OUTRO jogo de Batman Forever, dessa vez para arcade e portado para uma galere.
Bem, a boa notícia é que esse jogo não é nem de perto tão desumanamente pavoroso como o jogo anterior... se mais nada pq é humanamente impossível algo ser TÃO ruim quanto... a notícia ruim é que não é muito mais que isso também.
Para começar, esse jogo não é o Mortal Kombat do homem pobre, nem tenta ser um jogo de plataforma feito de puro pesadelo. Este é simplesmente um arcade beat'm up... e quando você pensa nas palavras "arcade" o que te vem a mente? Exactamundo, esse é um jogo feito para comer o maior número de fichas no menor tempo possível, e é exatamente isso que esse jogo é.
Como esperado de um jogo ocidental feito para surfar no hype do filme (que até que foi bem sucedido nas bilheterias, todas as coisas consideradas), a detecção de acerto é terrível fazendo com que cada acerto pareça fraco, os inimigos facilmente se empilham em você e drenam sua vida como um vampiro com problema de tireoide e nas versões para console mesmo na dificuldade mais baixa não é realmente dificil um chefe te prender com um combo e drenar toda sua vida sem você poder reagir.
Adicionalmente a um jogo estruturalmente fraco, não tem muita coisa em cima dele. Tem um botão de pulo, um de chute e um de soco e... é isso. É um beat'm up básico do básico, e um mal feito mesmo em fazer o básico quando você olha friamente.
TÁ, ISSO DE FATO NÃO É PIOR QUE A ABOMINAÇÃO PARA SNES/MEGA DRIVE, MAS PARECE UM JOGO COMPLETAMENTE TERRÍVEL AINDA...
Bem, tecnicamente ele é, mas não é como se ele não tivesse sua própria coisa indo por ele ao mesmo tempo. Isso pq esse é um jogo da Iguana Enterteinment, mais famosos por um outro arcade conhecido como NBA JAM e isso claramente transparece: esse jogo é o NBA Jam dos beat'm ups, por assim dizer.
O QUE EXATAMENTE "NBA JAM DOS BEAT'M UPS POSSIVELMENTE PODE SIGNIFICAR?"
Significa isso:
Tela tremendo, narrador urrando frases de efeito, coisas explodindo sem a menor razão, toda aquela atitude de quem cheirou um caminhão de cocaína misturada com café e açucar que tão bem caracterizam o jogo de basquete famoso da Iguana.
Com efeito, talvez esse seja o jogo mais anos 90 jamais feito e feito sob encomenda para a geração ATITUDE, SEU COROA! americana da época. Vc aperta botões sem saber o que está fazendo, coisas explodem e sons altos acontecem because aqui é AMERICA FUCK YEAH!
E nisso, eu tenho que dizer, existe algum entretenimento a ser encontrado. Quer dizer, o jogo é tecnicamente horrível e qualquer coisa mal funciona, verdade, mas ao mesmo tempo tudo é tão aleatório e tão ridiculo que não deixa de ser pelo menos curioso ver o quão estúpido esse jogo realmente consegue ficar.
Como por exemplo esse power up que por razão nenhuma encolhe o seu personagem. Por que? Apenas porque é um Batiminho ou um Robinho andando na tela, apenas por isso. Os caras estavam muito chapados quando bolaram esse jogo, eu vou te contar.
Ou então o Batman explodir em um ataque de Batfabulosidade just because Batman. Nada realmente faz sentido senão ser brilhante e barulhento pelo prazer de ser brilhante e barulhento.
O que, novamente, funciona sob medida para crianças americanas com TDAH que só querem algo alto e barulhento, mas é o suficiente para fazer esse jogo ser interessante? Não realmente. É mais como o seu tio bebado na ceia de Natal da família, não deixa de ser curioso ver o quão ridiculo ele consegue ser, mas eu não chamaria de diversão genuína.
|
Eu não faço ideia de que movimento é esse que o Robin faz, e tenho certeza que nem os programadores |
Principalmente porque esse arcade foi projetado para comer moedas como se não houvesse amanhã, mas existem definitivamente maneiras mais inteligentes e divertidas para o jogador de fazer isso.
MATÉRIA NA AÇÃO GAMES
Edição 105 (Julho de 1996)
Edição 111 (Janeiro de 1997)
MATÉRIA NA SUPER GAME POWER
Edição 035 (Fevereiro de 1997)
MATÉRIA NA GAMERS
Edição 010 (Agosto de 1996)
Edição 015 (Fevereiro de 1997)