sábado, 1 de janeiro de 2022

[#803][SNES/MEGA] BATMAN FOREVER [Agosto de 1995]

Feliz ano novo, muita energia, amor e... tá, vamos parar com essa palhaçada e ir direto ao assunto, temos muito o que fazer esse ano. E vamos começar metendo o macarrão na ferida: Joel Schumacer. O que esse nome significa pra você?

Teoricamente, deveria significar coisas positivas já que ele foi diretor de filmes absolutamente iconicos como Lost Boys ou Um Dia de Fúria.


E se você nunca assistiu "Por um Fio", faça um favor a si mesmo e assista. Além de ser um senhorzinho muito simpático, suponho que ninguém possa duvidar das qualidades do Joelzão da massa como diretor. Entretanto não é por isso que ele é mais lembrando e sim, infelizmente, por isso:


Batman & Robin não é apenas um dos piores filmes de todos os tempos, é o motivo pelo qual filmes de super-heróis foram enterrados durante quase uma decada e se tornaram assunto proibido em hollywood. Com efeito, um dos pré-requisitos da Fox para que o filme dos X-Men saísse do papel em 2000 fosse que o filme fosse totalmente sério e todo mundo usasse couro preto ao invés de uniformes - em parte por conta da moda Matrix, mas em grande parte pelo legado de Batman & Robin.

O que menos gente lembra, entretanto, é que antes disso Joel Schumacer dirigiu outro filme do Batman e esse seria "Batman Forever". Como nem todo mundo lembra desse filme, apenas se assume que ele é tão ruim quanto o legendário filme ruim "Batman & Robin". Mas será que é mesmo o caso? É o que veremos a seguir.

Bem, para começar a entender esse filme é necessário entender pq ele existe: antes disso houveram dois filmes do Batman dirigidos pelo Tim Burton: Batman de 1989 e Batman Returns de 1991. E o Tim Burton, vocês sabem, tem um estilo bastante... único, vamos dizer assim:


O problema é que a Warner estava tendo dificuldades em vender brinquedos com o estilo dark trevoso do Tim Burton, as lojas de brinquedos não queriam expor coisas associadas a um filme violento nas prateleiras da frente e fechar um acordo de Mclanche Feliz com o Mcdonalds era um pesadelo.

Então sem muita cerimonia a Warner chutou Tim Burton da cadeira e colocou Joel Schumacer deixando bem claro pra ele que o terceiro filme do Batman seria um comercial para vender brinquedos e isso não era negociavel. Como Joelzão das Quebrada tinha boletos a pagar como todos nós, ele apenas  deu de ombros e disse "então tá, né..." e fez um filme que tem mais haver com a série do Batman dos anos 60 que com a era "Cavaleiro das Trevas" que estava em moda nos quadrinhos desde os anos 80.

O Batman sempre foi super sério e trevoso, eles disseram

Isso não é necessariamente um problema per se, não é necessariamente ruim fazer uma versão light hearted do herói. As cenas de ação nesse filme, por exemplo, são absolutamente estúpidas mas são interessantes de se assistir em sua tosquice. Tem uma cena por exemplo que o Batmovel esta sendo perseguido por uns bandidos e se mete em um beco just because.

O que o Batman faz então? Aperta um botão que faz o carro empinar como se fosse uma moto, então dispara um bat-cabo de aço que gruda em uma gargula e o carro sobe a parede como um carr-aranha. Isso é over the top estúpido, mas como eu disse é divertido de se assistir: vc sempre quer saber qual solução ridicula eles vão dar na próxima cena, e o filme nunca falha em te desapontar no quão ridiculas as coisas ficam. 

E depois disso, eu não estou de zoeira, ele ativou o bat-sonar da sua mascara para poder mirar... num lustre no teto que era do tamanho de um carro.

Então não é ser campy o problema, o problema é que quando não está sendo deliciosamente tosco o filme é de uma preguiça que na versão com comentários do diretor a única dita durante o filme é "quem liga? É pra vender brinquedos pra criança, faz qualquer merda ae e tá bom".

Um dos motivos de Michael Keaton não ter aceitado voltar para interpretar o cruzado embuçado pela terceira vez é que ele leu o roteiro do filme antes de assinar o contrato e disse "uau, isso é realmente idiota, nem fodendo que eu vou me meter nessa". Com efeito, um dos motivos que fez Val Kilmer assinar o contrato para ser o Batman nesse filme é que ele assinou sem ler o roteiro.

Do que eu estou falando? Disso:


Eu realmente fiquei esperando que a qualquer momento começasse a tocar "entrei na feira da fruta...". Ok, eu entendo que a piada é fazer tudo parecer sério e trevoso e tem essa trilha sonora épica e então entra uma piadinha completamente random, mas, na boa, você acha que isso funcionou?

Não sinto que o humor nesse filme funcione, mas ok, va lá, humor é subjetivo. Agora o que não é subjetivo é a absoluta preguiça com que esse roteiro foi escrito. Exemplo: como todos sabem, a famillia do Robin foi morta por algum criminoso (nesse filme é o Duas Caras) e então o Bruce Wayne adota ele.

Nesse filme acontece o mesmo, toda a família do Robin é morta e pro moleque não ser socado em um orfanato aleatório o Bruce Wayne adota ele. Show de bola, zero problemo... hã, quer dizer, exceto um só. ESSE é o Robin:


Espera, esse cara tem pelo menos uns 25 anos NO MÍNIMO! Como assim o filme tem um subplot do menino precisando ser adotado como se fosse uma criança de 12 anos QUANDO O ROBIN É ESSE MARMANJÃO AÍ? Mas sério, ninguém viu que isso não faz o menor sentido?!

Filme, eu to vendo, eu to olhando pra ele, não vem me dizer que esse cara que está mais perto do segundo casamento do que de precisar de um adulto responsável precisa ser adotado! Isso é realmente burro!

Falando em burro, os vilões desse filme conseguem ser piores ainda. Quer dizer, o cast é fantástico: Tommy Lee Jones como Duas Caras e Jim Carey como Charada? Porra, são ambos excelentes atores interpretando vilões complexos a sua própria maneira, o que possívelmente poderia dar errado?

Se você imaginar a atuação do Tommy Lee Jones nesse filme como feita com o único proposito de debochar do Jim Carey, então o que você vê na tela pode fazer um pouco de sentido pelo menos

Bem, pra começar que os dois são basicamente o Coringa. Aparentemente tudo que Joel Schumacer sabe sobre o Batman é que os inimigos dele são birutinhas da cabeça, e é isso que esse filme entrega. Tommy Lee Jones interpretando o Coringa e Jim Carey interpretando o Coringa. Como eles conseguiram estragar isso? 

Bem, ao menos o Charada de fato é meio parecido com o Coringa dependendo de quem está escrevendo a história (tanto que eles alteraram o personagem em THE ADVENTURES OF BATMAN AND ROBIN para fazer os dois parecerem diferentes), e de qualquer forma o Jim Carey ainda seria um bom Coringa, mas o Tommy Lee Jones claramente tá ali só pra compartilhar o quanto ele acha tudo aquilo realmente ridiculo e pegar o contracheque na saída. Que desperdício de cast.

Em 1995 Tommy Lee Jones era um ator respeitadissimo por "O Fugitivo" e Jim Carey era o queridinho número 1 do publico, imagina como seria ter eles no papel de Duas Caras e Charada respectivamente? E porra, não é nem que tivesse que fazer uma imaginação muito doida de como adaptar os personagens, THE ADVENTURES OF BATMAN AND ROBIN já deixou pronto duas ótimas versões dos personagens, se você não conseguisse pensar em mais nada era só usar isso:


E a Nicolle Kidman então... Jesus no pogobol... tudo bem, personagens femininas não são exatamente a primeira coisa que um roteirista de filmes de superheróis desenvolvia nos anos 90... nem a segunda... ou a terceira... definitivamente não uma quarta e quinta seria forçar a amizade... mas puta merda, até para a época isso é muito ruim. 

Originalmente Joel Schumacer queria que ela fosse a Hera Venenosa. Porém como três vilões não funcionaria no roteiro (né Spider Man 3?), ela então... hã, eu não tenho muita certeza do que JS fez com ela aqui, e com certeza nem ele sabe.


Isso porque enquanto a "mocinha" do filme normalmente é reduzida a ser a donzela em perigo a ser resgatada, aqui a abordagem que deram pra ela foi ter perpetuamente a lampreia em chamas e existir unicamente com a finalidade de subir no Batmovel se é que me entendem.

... o que me lembra uma das piores falas do filme, diga-se de passagem:


E pra quem é o "maior detetive do mundo", Batman realmente demorou pra entender o que uma mulher ir encontra-lo de lingerie aberta quer dizer

No contexto de um filme do Batman mais adequado para vender brinquedos para crianças, é até estranho uma personagem que é basicamente algo que um adolescente excitado escreveria. Isso sem contar que a Nicolle Kidman é uma ótima atriz, mais uma vez muito talento é desperdiçado aqui.

Talvez a coisa mais interessante a respeito desse filme, além das cenas de ação totalmente wacky, é o seu plot: o Charada quer colocar um aparelho chamado "The Box" (que é um cone, mas enfim) em cada casa do país e com isso ele ter acesso as mentes, cartões de crédito, segredos, preferencias sexuais e tudo mais que estiver no cerebro de cada usuário do The Box. O interessante disso é que em 1995 era só um plot de um filme ruim de supervilões, mas em 2022...


Um filme afrente do seu tempo, huh?

Outra coisa que eu gosto muito nesse filme é que visualmente ele é muito criativo, cada cenário parece um carro alegórico e eu vou dizer que gostei dos veículos do Batman feitos para vender brinquedos, a luz azul de neon combinou bem com o tom carnavalesco da composição do cenário.

Esse filme é repleto de coisas completamente random que não se encaixam em nada, mas a música Kiss from a Rose do Seal ter surgido como música tema desse filme é uma das mais aleatórias ever

Como eu disse, eu gostei do visual do filme e da ideia de tentar fazer uma coisa mais light com o universo do Batman - muitos anos depois isso seria atingido com maestria em Lego Batman. Não é um filme terrível de se assistir, mas não tem como negar que é um filme ruim. Não é uma história  com um começo, um meio e um fim, e um Batman no centro que surge como mais do que uma coleção de fantasias e one liners pseudo-engraçadalhas. 

Não, é só um filme que as cenas se ligam da forma mais preguiçosa possível, os personagens são muito ruins e os dialogos causam constrangimento. As cenas de ação são ridiculamente toscas ao estilo Batman dos anos 60 e isso é bom, mas não o suficiente para carregar o filme.

... por algum motivo... Joel Schumacer queria que a armadura do Batman e do Robin fosse anatomicamente correta, então ele tem esculpido no seu uniforme bat-abs e... bat-mamilos... sério, apenas... pra que...

Então enquanto este Batmão não é o pior filme do Batman de todos os tempos (é o segundo pior, entretanto), será que se pode dizer que esse não é o pior jogo do Batman de todos os tempos? Bem, aí a coisa complica...

Veja, jogos licenciados não precisam necessariamente ser horríveis. Na verdade, em meados da década de 1990, havia alguns grandes jogos licenciados - especialmente os jogos baseados em propriedades da Disney como DISNEY'S ALADDIN ou GOOF TROOP. E a boa noticia é que essa é um jogo licenciado que não foi feito pela Ocean, então por um momento você pode até se permitir ter esperança. A noticia não tão boa é que o jogo foi feito pela Probe Enterteinment, mais conhecida pelas sua adaptações absolutamente medíocres de jogos licenciados como THE INCREDIBLE HULKTHE BEAUTY AND THE BEAST do Super Nintendo, THE PAGEMASTERSTARGATE e JUDGE DREDD. Não são jogos catastróficos level Ocean, mas são medíocres o suficiente.

Então esse Batman Forever é um jogo apenas medíocre? Pff, quem dera...

Pense numa AI que varia entre completamente inofensiva (como na imagem acima) a te prender no canto e drenar toda sua vida sem nada que você possa fazer

A ideia desse jogo é a seguinte: pegue MORTAL KOMBAT, o primeiro de 1992, e transforme em um beat'm up. Talvez você não tenha absorvido inteiramente o peso dessas palavras, então eu preciso refrisar: pegue um jogo de luta que em 1992 já não era essas coisas como jogo de luta, que era duro e não respondia muito bem, e tire as lutas 1x1 colocando no lugar ondas de inimigos para lutar um beat'm up.

Ah, já que você está nisso tire também os golpes especiais e mantenha apenas os comandos básicos de soco, chute, voadora, gancho, rasteira, etc. Quer dizer, tecnicamente esse jogo TEM golpes especiais na forma dos bat-apetrechos, mas eu nunca conheci um único ser humano na face de qualquer multiverso que conseguisse fazer esses comandos funcionarem, então boa sorte com isso.

De qualquer forma, como o jogo é distribuido pela Acclaim, não é preciso imaginar muito para ver como eles literalmente pegaram o código-fonte do primeiro MK e aplicaram nesse jogo.

Batman com a clássica pose de bêbado valente querendo comprar briga no bar.

Mas aí você pode pensar que colocar os controles de um jogo de luta fraco de 1992 como beat'm up de 1995 pode não ser suficiente e é preciso adicionar mais coisas... e a Probe pensou a mesma coisa. E é aí o que já é feio se torna catastrófico.

Os controles de Batman Forever estão entre as coisas mais espantosas da história dos videogames. Os socos e chutes são fáceis de entender (embora pareçam muito mais desajeitados na execução do que os de Mortal Kombat original), mas outras escolhas de design que foram feitas para o esquema de controle são tão desconcertantes que não tem como sequer imaginar como a Probe chegou a essa conclusão.

Oh não, a únicafraqueza do Batman: motosserra no pinto!

Na segunda tela do jogo você já compreende do que eu estou falando: apenas uma pequena e simples sala com dois capangas e nada mais. Depois de derrotá-los, não importa se você anda para a esquerda ou para a direita, você vai ficar preso nessa tela. Se você pular vai ver que tem mais fase para cima pq a camera sobe. Só que obviamente esse não é o desafio verdadeiro aqui, o tormento verdadeiro é saber como subir para o segundo andar. 

Num jogo minimamente não completamente abilolado da cabeça, você iria simplesmente pular, ou dar um pulo duplo, e fim do problema. Aqui, nada parece funcionar. Mesmo lendo o manual do jogo não há qualquer indicação ou dica do que fazer, mas pelo menos a leitura te fez descobrir que Batman e Robin podem atirar um gancho a partir de seu cinto. Então é só atirar o gancho e subir, certo? 

Super easy, barely an inconvenience... right?

Então como se atira o tal do Bat-gancho? Simples, apertando - acredite se quiser - o botão Select. Sim, o botão Select, que é usado em qualquer jogo minimamente decente por abrir menus ou selecionar certas opções, é realmente usado para realizar um dos movimentos mais importantes do jogo. 

Mas tá, vá lá, usar Select pra disparar o gancho é incomum, mas não é ESSE o problema. Porque se isso não fosse ruim o suficiente, o gancho por padrão, atira na diagonal e não pode agarrar nada dessa forma, fazendo ele ser praticamente inútil. Para atirar diretamente para cima, que é o que você precisa para subir de andar nesse jogo, você tem que pressionar o direcional para cima junto com Select. 

Vc sabe que esse jogo está destinado a grandes coisas quando o ator que foi digitalizado para ser o Robin é um tiozinho pançudo. O que possivelmente poderia dar errado?

Mas, ao contrário de qualquer jogo razoável, em que você pressionaria os dois botões ao mesmo tempo, você precisa - e eu não estou brincando - pressionar o botão Select e então alguns milésimos depois apertar para cima. Sério, é uma coisa inconcebível, você tem que apertar Select e então logo depois dar um taquinho no direcional - nem muito cedo, nem muito tarde.

Como se tudo isso não bastasse, as coisas pioram pelo fato de que pressionar o direcional também é como você pula (porque esse jogo usa comandos de um jogo de luta, não esqueça). Portanto, a menos que você acerte o timing do Select/Cima, você vai pular em vez de usar o gancho. Para adicionar uma cereja reluzente no topo do bolo de merda, você nunca recebe nenhum tipo de pista visual de que lugares na tela o gancho serve para subir de qualquer maneira. 


Então o cenário mais frequente nesse jogo é você ficar preso sem saber o que fazer e tem que ficar atirando aleatoriamente o gancho para cima na esperança de encontrar um lugar para ir. Então eu peço humildemente, na brotheragem mesmo, aos senhores, senhoras e senhorio felinos não reconhecerás que me digam se isso parece algo REMOTAMENTE divertido de se fazer. Não sejam timidos, eu tenho a mente aberta para admitir quando eu estou errado.

... não, ninguém? Pois é, foi o que eu pensei...

Eu aprecio que os desenvolvedores desse jogo encheram as fases de porcaria na frente da tela para você não conseguir ver o jogo. Eu de fato não quero ver esse jogo, buddy.

Seguindo seu tour de force pelos controles birutas, se você quiser descer uma tela, você tem que encontrar certos pontos que são (mais uma vez) sem nenhuma referencia visual e ficar apertando aleatoriamente... acredite ou não... pra baixo+o botão R. E sim, é claro que você tem que pressionar R levemente antes de pressionar para baixo. Claro que sim, como não?

Existem jogos em que os personagens podem parecer que não respondem, ou que têm controles que demoram um pouco para se acostumar, mas Batman Forever faz parte de um grupo muito seleto de jogos onde os controles são tão ruins que vai deixar você se perguntando como alguém poderia ter causado esse tipo de controles acidentalmente.


E mesmo que os controles de alguma forma funcionassem, Batman Forever ainda seria um jogo incrivelmente chato. O gênero beat-em-up não é a coisa mais proeminente em termos de diversão, mas ainda é jogavel e as vezes oferece uma boa diversão. O objetivo para esses tipos de jogos geralmente é apenas derrotar todos os inimigos que aparecem na tela, mas nos bons beat'm ups há uma boa dose de variedade nos inimigos, cenário, power ups ou armas que mantém as coisas interessantes. 

Nada disso acontece aqui, já que os inimigos são tão genéricos e tradicionais quanto a música do jogo (embora eu aprecie como cada inimigo individual recebe um nome criminoso cafona), e os níveis são bastante simples ... quando você sabe onde pode usar o gancho e SE o estágio não for com timer... pq nas fases com timer se acabar o tempo o jogo te dá Game Over não importa quantas vidas você tenha...

O game desafia a lógica e o senso comum de um modo enlouquecedor, sendo muitas vezes mais insano que o próprio Coringa. Prepare-se para enigmas sem pé nem cabeça, como explodir um cofre em um andar e isso magicamente destrancar uma porta em um andar inferior, por exemplo.

E apenas no caso de isso não ser ruim o suficiente, Batman Forever - apesar de ser um jogo de cartucho no Super Nintendo e Mega Drive - tem tela de loading. Não, é sério, esse jogo é tão mal programado que depois de cada tela você tem uma tela totalmente escura com as palavras "Hold On" olhando pra sua cara. Não consigo pensar em outro jogo de 16bits com tela de loading, e esses tempos de carregamento também não são exatamente curtos. E, novamente, eles acontecem o tempo todo!

Batman Forever é simplesmente um descarrilhamento de trem em forma de videogame. As longas telas de loading servem apenas para prolongar um jogo feio com jogabilidade preguiçosa, copiada e colada de um jogo que já não era essas Brastemp toda em 1992, que é piorada por alguns dos controles mais terrivelmente ruins da história dos videogames. 

I fear no man, but this timer... it scares me

Tudo o que você faz é espancar alguns bandidos, ir para a direita, espancar mais alguns, talvez subir ou descer (se você conseguir acertar os controles) e repetir. Eu sei que já disse algumas vezes que alguns jogos conseguem a façanha de não acertar absolutamente nada, mas aqui a coisa é levada a um novo patamar. 

Pelo menos o título do jogo está correto: é um jogo que você vai lembrar Eternamente, porque não tem como esquecer tamanha abominação aborrenta na história dos videogames.

Mas sério, como vocês conseguiram fazer um jogo de cartucho ter loading? Isso sequer faz sentido!



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