Como eu falei em REAL BOUT FATAL FURY, a série "Real Bout" foi meio que a resposta da SNK a série Alpha/Zero de Street Fighter na eterna luta das duas pelo controle dos arcades de luta dos anos 90. Em especial, esse RBFFS é uma resposta direta ao aprimorado STREET FIGHTER ALPHA 2 (até pq o primeiro STREET FIGHTER ALPHA: Warrior's Dream foi meio que uma gambiarra da Capcom, leiam lá que tá tudo nos textos).
HEY, HEY, HEY, ESPERA. ENTÃO A RESPOSTA DA SNK AO JOGO DE LUTA QUE VERDADEIRAMENTE REVIGOROU A SÉRIE STREET FIGHTER FOI... UM PATCH DE UPDATE?
Então, Jorge, esse é meio que o problema com esse jogo: a SNK pisou no tomate feio com o título desse jogo. Ao ver o título "Real Bout Fatal Fury Special", o que é que você imagina? Que esse jogo é só um pequeno patch de atualização do jogo anterior assim como FATAL FURY SPECIAL não era nada senão FATAL FURY 2.1. Ou Samurai Shodown 4 Special que não é nada senão uma atualização de SAMURAI SHODOWN 4: Amakuza's Revenge.
Quer dizer, a própria SNK estabeleceu essa terminologia antes e se Street Figher "atualizava" com os SUPER STREET FIGHTER 2 TURBO da vida, Fatal Fury "atualiza" com os Special, certo?
Só que não.
Apesar do nome sugerir o contrário, esse jogo na verdade é uma continuação do primeiro Real Bout. Pra começar, o jogo recebeu um overhaul visual maior do que Street Fighter Alpha recebeu do 1 para o 2, com sprites completamente redesenhados para vários personagens - além do novo estilo ser muito mais brilhante e, novamente assim como Street Fighter Alpha, bem mais puxado pro anime.
Os cenários de fundo também são novos... o que não é dificil pq o primeiro jogo tinha apenas miseraveis 5 cenários... mas todos são realmente lindos (e repletos de referencias) aqui pq pixel art é uma coisa que a SNK sempre manjou pra caceta. E assim como STREET FIGHTER ALPHA 2, vários personagens ganharam sua própria introdução de luta especiais para confrontos de personagens específicos
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A maior parte da música também é completamente nova (e melhor) e é ainda melhor do que seus antecessores. Terry recebeu um arranjo de sua música original de Fatal Fury 2, Blue Mary recebeu um tema de saxofone maneiro e Mai recebeu uma música bem japonesa tradicional, muito mais animada do que seus temas anteriores.
O locutor também é particularmente falador, especialmente notável por sua frase “HEY, UPDOG DUUUUUUUDE! CHOOSE YOUR FAVORITE CHARACTER" na tela de seleção de personagem. Ao menos é isso que eu entendo que ele fala.
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| Como é tradição na série Fatal Fury, o cenário vai mudando de um round para o outro como se a luta durasse ao longo do dia. Cool. |
A seleção de personagens também é um pouco maior. Voltram personagens clássicos de Fatal Fury que nunca deveriam ter faltado do primeiro Real Bout em primeiro lugar, como Tung Fu Rue, Wolfgang Krauser, Cheng Shinzan e Laurence Blood. No total são vinte personagens diferentes no total, incluindo Geese Howard que se tornou um chefe secreto que só pode ser enfrentado cumprindo condições completamente absurdas. Isso é tecnicamente porque ele está “morto” – ele até aparece com uma auréola ao seu redor - e se torna jogável depois de ser derrotado... embora eu se fosse você não contaria com conseguir fazer isso.
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Também existem versões “EX” secretas de quatro personagens (meio que como os modos slash/bust de SAMURAI SHODOWN 3: Blades of Blood) , então tecnicamente tem 24 personagens para escolher. Por outro lado, esse jogo não tem enredo nenhum e nenhuma rima ou razão para esses personagens se espancarem, o que eu sempre acho triste em um jogo de luta.
Muito poucas mudanças foram feitas na jogabilidade básica, como os ring outs foram removidos - embora ainda há paredes para destruir em cada estágio e se uma parede for destruída abre um campo de luta ligeiramente maior. É triste que os toques divertidos dos cenários de Real Bout tenham sido tirados, mas ainda há alguns toques legais, como o urso panda no cenário do Tung Fu Rue que fica puto se os combatentes o incomodam.
Fora isso, o jogo foi levemente atualizado como era de se esperar para ficar mais combistico e mais rápido, como era tendencia na época. Existem ainda mais possibilidades de combo do que antes e qualquer pessoa com uma experiência moderada em jogos de luta pode facilmente executar combos simples de forma consistente.
Os três planos de luta foram reduzidos para dois (como originalmente era em FATAL FURY: The King of Fighters, e honestamente eu nunca gostei muito dessa mecanica) - o que corrige os problemas de ritmo da luta, já que ninguem joga um jogo de luta pra ficar correndo atrás do coleguinha, né?
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Além disso, vencer a CPU ainda é definitivamente um desafio, mas a dificuldade se tornou muito mais razoável do que qualquer um dos jogos ... da SNK, pq os nepomucenos não tem vergonha nenhum de roubar na caruda. Pelo menos aqui é menos apelativo, então tem isso.
Enfim, esse jogo é definitivamente o STREET FIGHTER ALPHA 2 da SNK, discutivelmente melhorado. Os personagens de RBS são enormes e bem animados, mesmo para os padrões hoje. Mesmo os ataques bloqueados têm um flash grande e bem animado. Os DMs (movimentos de desespero) parecem incríveis, às vezes envolvendo toda a tela em uma explosão de cores e explosões que ficava mais lindo ainda no fliperama. Tudo sobre os personagens e os movimentos que eles entregam são um espetáculo para ver.
Um bônus particularmente legal desse jogo vem depois que você vence o jogo pela primeira vez, pq tem uma versão completa desbloqueável da música tema da Blue Mary, a Blue Mary's Blues, completa com videoclipe. É um extra mais do que agradavel, então kudos a SNK pelo esforço.
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Edição 131 (Setembro de 1998)
Edição 036 (Março de 1997)
Edição 015 (Fevereiro de 1997)
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