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quarta-feira, 16 de março de 2022

[#843][PS1] ZERO DIVIDE [Agosto de 1995]


Se você é tão velho quanto eu, ou apenas tem problemas psiquiátricos e acompanha esse blog, então você vai lembrar de RISE OF THE ROBOTS. A Ascensão dos Robôs, para os não iniciados, foi um jogo lavado de propaganda e superhypado antes do seu lançamento. Para surpresa de absolutamente ninguém quando você coloca as coisas dessa forma, foi um desastre absoluto para todos os envolvidos - especialmente quem jogou o jogo. 

Era um jogo de luta de robôs que foi criado para ser o jogo de luta definitivo, a próxima grande coisa: um gigante matador de jogos de todos os jogos. Ninguém se lembra do PORQUÊ, só nos disseram que seria incrível. O resultado foi um dos maiores golpes publicitários na história dos videogames - eu contei a história completa no texto de RISE OF THE ROBOTS.

sábado, 5 de junho de 2021

[MULTI] PRIMAL RAGE (Agosto de 1994) [#699]


Durante esse projeto (estamos no jogo 694 com esse, saiba você) eu joguei muitos jogos que eu não conhecia, revisitei alguns que eu amava e confirmei que outros são nitroglicerina de ódio puro. Alguns jogos eu gostava até que bastante, e apenas rejogando eu descobri que na verdade são bostas fedegosas inerciais, como DOUBLE DRAGON 3 do Nintendinho ou PRINCE OF PERSIA, por exemplo. Porém algo menos recorrente assim é jogos que eu achava que eram ruins se revelarem... bem, ao menos não tão ruins assim.

Até porque não existem muitos jogos que eu realmente não gostava quando era criança, eu nunca fui muito critico com joguinhos nessa fase e só depois de velho que eu fiquei chato. Mas o jogo de hoje é um desses raros casos que eu não gostava mesmo na época, e rejogando ele decadas depois descobri que... bem, não é tão ruim assim, na verdade. Eu não usaria uma palavra como "bom" para descreve-lo, mas não é a pior coisa possível também.

sábado, 20 de março de 2021

[MD] GENERATIONS LOST (Dezembro de 1994) [#658]


Eu sei que normalmente eu começo o texto com a capa do jogo, mas antes de mostrar a capa de hoje eu queria ter uma conversa com vocês. Sabe, uma das coisas que mais me constrange sobre os anos 90 é sobre o quão abertamente homofóbicas as coisas eram. Não que o problema tenha sido resolvido hoje, mas nem de perto era a abominação que eram os anos 90 quando insinuar que alguém era homossexual como piada (ou seja, como se tivesse algo errado e vergonhoso nisso) era algo que rolava comumente na TV aberta.

Como eu disse, o problema não foi inteiramente sanado mas pelo menos ninguém minimamente civilizado faz mais essas coisas a níveis institucionais desse tamanho (eu disse civilizado, a Record e a Rede TV não contam). Agora o engraçado disso é que mais frequentemente sim do que não as capas americanas do jogo estavam tão preocupadas, tão preocupadas em não parecer "coisa de frutinha" que colocavam o machão mais machozo que eles conseguiam pensar pra mostrar que seu jogo era macho pra caralho. O que significava um homão da porra mostrando o peitoral malhado, com sua barba rústica por fazer e besuntado em suor viril.

Considerando o objetivo dos criadores de tais capas, tenho certeza que você é esperto o suficiente para perceber a ironia aqui. Mas bem, porque eu estou falando disso? Ora, porque Generation Lost tem a capa mais machona machante machovisca que eu já vi na minha vida. Tenho certeza que a intenção dos criadores era urrar "aqui não é jogo de bichinhas (argh), aqui é jogo de homem (duplo argh) porra!", mas veja essa capa e me diga para qual publico parece que esse jogo se destina: