Um dia, numa terça-feira modorrenta do ano 30 milhões A.C., seu ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ravô proto-simio estava sentado num galho de arvore, comendo formigas com um galho e vendo o sol se por sobre as savanas do Serengeti enquanto tentava não morrer de febre tifoide ou qualquer uma dessas porcarias que matavam todo mundo antes dos 10 anos de idade. Neste raro momento de contemplação e paz, entre fugir de um predador que o faria em pedaços ainda vivo em um semfim de sofrimento e dor, e outro muito pior ainda (época defendida como "bons tempos de comunhão com a natureza), seu antepassado então parou, olhou tudo aquilo e pensou: "sabe o que seria legal? O que seria realmente legal, tipo mesmo? Se eu tivesse um robozão de 50 metros de altura pra pisar nesses filhos da puta tudo".
Talvez não com essas palavras, ou palavra alguma já que o idioma ainda não havia sido inventado, mas a ideia era essa.
De lá para cá, pouca coisa mudou: em essencia ainda somos aquele proto-simio do Serengeti tentando coletar um momento para sobreviver neste mundo repleto de horrores incompreensíveis. E todos ainda desejamos um robozão de 50 metros de altura pra pisar nesses filhos da puta tudo.