[AÇÃO GAMES 029] SUNSETRIDERS (Arcade, 1991) [#345]

Pouca gente parou para pensar que Toy Story 2 tem, em seu amago, uma discussão sobre a maior mudança de paradigma da cultura pop do século passado. Até os anos 60, os filmes de faroeste eram mais ou menos o que os filmes de super heróis são hoje. Embora não fossem amados pela crítica, eram absurdamente populares com o público.

Mas o que aconteceu com o faroeste que praticamente desapareceu da cultura pop nos anos seguintes, ao ponto que só voltou a ser lembrado com os faroestes italianos de baixissimo orçamento? (os famigerados "Spaghetti Western" que o Leonardo Di Caprio faz em "Era uma vez em Hollywood).

O espaço. A fronteira final.

[AÇÃO GAMES 029] CHAKAN: THE FOREVER MAN (Mega Drive, 1993) [#344]

Em 1993, duas coisas muito boas aconteceram aos donos de Mega Drive. Não, eles não foram adotados por uma família que se importava minimamente com eles e que lhes daria um videogame decente, mas dentro do que era possível fazer ainda sim foram coisas boas mesmo assim. A primeira, como eu já comentei aqui, foi que acabou o contrato de exclusividade da Konami com a Nintendo, permitindo finalmente que o console da Sega recebesse títulos como Castlevania, Sunset Riders e Teenage Mutant Ninja Turtles: The Hyperstone Heist

A segunda coisa boa é que começaram a acabar os jogos bosta de Amiga para serem portados ao Mega Drive, e agora com a Konami lançando jogos para seu console e muito em breve a Capcom, a verdade é que a Sega não precisava mais adaptar as pilhas de esterco em formas de jogo para fazer volume na biblioteca do seu console.

Então diante desta magnifica, estupenda notícia, o que é que a Sega faz? Sim, exatamente, ela decide ir e fazer ela própria os seus jogos bosta de Amiga para o Mega Drive. Chakan - The Eternal Man foi lançado exclusivamente para o Mega Drive, mas fede a jogo de Amiga por cada um dos seus poros biticos.

God ... fucking ... dammit... 

[AÇÃO GAMES 029] ROBO ARMY (Arcade e Neo Geo, 1991) [#343]

Sou culpado de fazer isso, mas parece injusto descrever sempre os beat-em-ups como "ande para a direita e dê um soco". E todas as outras facetas de suas experiências de jogo, como caminhar para a esquerda e socar coisas, socar coisas penduradas em cordas e, ocasionalmente, se transformar em um carro cibernético e colidir com coisas - ou o mais próximo que um carro pode chegar para socar, uma vez que não tem braços? Bem, o jogo de hoje tem tudo isso e muito pouco: Robo Army da SNK, de 1991!

[AÇÃO GAMES 029] THE COMBATRIBES (Arcade, 1990) [#342]

A Technos é conhecida por ter entrado na história dos videogames como a empresa que criou o beat'm up na forma como concebemos o genero hoje, com seus dois jogos ultra populares Double Dragon e River City Ramsom. Inclusive essa semana a Arc System Works (que tinha comprado os direitos da série depois que a Technos bateu as botas) lançou um spin-off da franquia, River City Girls

[AÇÃO GAMES 029] TOM AND JERRY (SNES, 1993) [#340]

Tom & Jerry: The Movie  para Master System é não apenas um acidente radioativo em uma ilha de bebês focas que prova que Deus não apenas existe, mas ele odeia particularmente todo e cada um de nós.

Pois bem, por todos os defeitos que esse jogo tem, ao menos algo pode ser dito dele: ele é ruim. De uma forma sinistra e mórbida, jogar esse jogo é como as pessoas que desaceleram na BR quando tem um acidente apenas pelo prazer de ver membros mutilados e uma massa de metal retorcido, sangue e gasolina onde um dia já houve um ser humano. Já vi acidentes mais bonitos de se olhar do que jogar Tom e Jerry  do Master System.

Mas como isso pode ser algo bom?

[AÇÃO GAMES 029] CHESTER CHEETAH: TOO COOL TO FOOL (Mega Drive e SNES, 1993) [#339]

Senhores, eventual senhorita que me processará por assédio sexual no futuro com total justiça porque eu sou um executivo e é isso que executivos fazem, vocês podem estar se perguntando porque eu os chamei aqui hoje.

- Não, não realmente.

- É, você faz isso toda segunda-feira, chefe.

- Na verdade eu nem trabalho aqui.

Bom, vamos direto ao assunto: esta semana eu acordei de ressaca e abraçado a uma cabra, como faço todas as segundas-feiras, quando algo chamou minha atenção. Eu, sagazmente, reparei que esta segunda-feira eu não estava bebado e com a bunda doendo porque me entregar as drogas, alcool e sexo promíscuo é a única coisa que preenche o vazio existencial da minha alma que eu tento afogar com dinheiro, mas porque havia um motivo.

[AÇÃO GAMES 028] OUT RUN EUROPE (Master System, 1993) [#338]

Esse texto da capa brasileira é uma obra de arte

 Nos anos 80, Yuji Naka (mais conhecido como o criador do Sonic) propos o que eu considero o primeiro videogame artistico de todos os tempos: Out Run (se existe algum antes desse, apenas foge ao meu conhecimento).

Mais do que um game de corrida, Out Run é a tentativa de transmitir uma experiencia para o seu publico além das formas obvias, de realmente tentar fazer as pessoas sentirem algo que elas não sentem na sua vida cotidiana. Da mesma forma que Bach quis expressar toda alegria e maravilhamento de Jesus neste mundo em Jesu, Joy of Man's Desire, Yuji Naka quis transmitir a sensação de como é um domingo de manhã quando você é fabulosamente rico e pode organizar um racha só para você mesmo, sua Ferrari e a bimbo siliconada da semana que você não ousa perguntar a idade porque a resposta pode te trazer problemas legais.

Nessa o japonês te venceu, Bach.

[AÇÃO GAMES 028] MARIO FIGHTER III (Nintendinho, 1993) [#337]

 Já dizia que ladrão que rouba ladrão tem que tomar tiro nas fuças porque bandido bom é bandido morto, talkey?

Enfim, em 1993 a picaretagem perdeu a noção do ridiculo e hackearam a versão já pirata da Yoko de Street Fighter e nascia assim Mario Fighter 3. Mas porque "Mario" Fighter? Ora, porque alguém ripou os sprites do Mario de Mario 3 e adicionou o safadenho como personagem porco nesse jogo já porco.

[AÇÃO GAMES 028] SHADOW OF THE BEAST II (Mega Drive, 1993) [#336]

Jogos de Amiga são, como bem se sabe, a 8a praga de Deus disparada contra o Egito porque Deus é um cara com muito poder, não presta contas a ninguém e é mais pistola que o Pato Donald em um jardim de pecinhas de Lego - o que sempre é uma combinação fadada a dar merda.

Talvez a única coisa pior que jogos de Amiga são o meu texto sobre Shadow of the Beast 1, mas pelo menos eu posso argumentar que eu melhorei como escritor - algo do qual meu eu do futuro ri sonoramente neste momento.

Enfim, em 1993 o mundo foi cruelmente punido com Shadow of the Beast II e a única pergunta que podemos fazer é... o quão ruim pode ficar realmente?

Muito. Quero dizer, realmente muito mesmo. Pacas. Demais.

[AÇÃO GAMES 028] PANIC RESTAURANT (Nintendinho, 1993) [#335]

 

 

Ninguém pode realmente possível dizer como aconteceu. Talvez os ovos estivessem olhando atravessado para as salsichas, ou as pizzas achassem que o sorvete estava ocupando mais espaço no congelador do que ele deveria. Seja qual for o motivo, a comida se revoltou e quando parecia que as coisas não podiam piorar, elas se reuniram e chegaram a um acordo em não se odiar, mas ao invés disso unir forças para odiar aquele que consideravam responsável por todos seus problemas.

E esse alguém sendo você, um chef de chapéu grande e, pelo menos na capa do jogo, uma postura ameaçadora que deixaria Wario com ciúmes. Sim, você é um chef de cozinha. Não um encanador, ou um super-herói, ou qualquer outra pessoa que a quem costumamos recorrer quando o mundo precisa ser salvo.