terça-feira, 14 de julho de 2020

[AÇÃO GAMES 054] THE ADVENTURES OF DR. FRANKEN [#433]




De vez em quando, mais frequentemente sim do que não, surge um jogo em que você apenas se pergunta: "O que diabos eles estavam pensando?".

À medida que a era dos 16 bits avançava, um dos generos mais comuns lançados eram os jogos de plataformas, e os desenvolvedores estavam desesperados para fazer sua marca na indústria, tornando seu jogo memorável de alguma forma seja por gráficos, conceitos ou alguma mecanica criativa e interessante. Quer dizer, de uma forma ou outra a maioria das produtoras tenta fazer isso. Mas às vezes, algumas fatídicas vezes, eles apenas pensam “nah, foda-se essa merda, não vamos tentar é porra nenhuma mesmo, fodam-se vocês e fodam-se os cães de vocês”.

segunda-feira, 13 de julho de 2020

[AÇÃO GAMES 025] ADVENTURE ISLAND 3 (Nintendinho, 1992) [#432]

 

Adventure Island é um dos jogos mais importantes que eu nunca joguei na minha vida. Isso porque quando eu era criança, as coisas eram muito diferentes de como são hoje. Hoje as lojas de jogos online me dão caminhões de jogos de graça (e não raramente jogos bons!) apenas pelo privilégio de eu ter o aplicativo delas instalado no meu computador. Se contar só o que eu ganhei de graça da Epic Store e da Xbox Game Pass, eu tenho jogos para alguns anos pela frente sem pagar um real sequer. 

Isso para não falar de emulador, um computador completamente chumbrega roda pelo menos toda biblioteca de jogos da história da humanidadade até o PS1 com bem pouco esforço. Nunca foi tão barato e tão fácil ser um gamer.

domingo, 12 de julho de 2020

[ANTIGA GAMERS 001] CASTLEVANIA BLOODLINES (Mega Drive, 1994) [#431]


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E no principio, havia um contrato de exclusividade da Konami com a Nintendo. Este havia sido um contrato muito bom para ambas as partes, pois fora criado numa época em que o Nintendinho não tinha concorrencia (o Master System nem é gente) e a Nintendo garantiu que continuasse assim. Do outro lado, a Konami tinha acesso irrestrito e preferencia na publicação do maior (e único) mercado de games do mundo. 

No final de 1992 esse contrato de exclusividadeDe qualquer forma, de modo que a empresa japonesa estava finalmente liberada para criar jogos para o Mega Drive. Sendo este um fato indisputável da vida, então a Konami fez a pergunta que cabia a ser feita perante o trabalho de aprender a programar para o Mega Drive, criar uma cadeia de distribuição com as lojas, tomar dezenas de providencias legais e todo um paranaue tecnico que não é exatamente simples de se fazer, ainda mais em um mundo antes da internet:


sábado, 11 de julho de 2020

[AÇÃO GAMES 036] LETHAL WEAPON (NES, 1993) [#430]




Tantas crianças adoraram Lethal Weapon 3, o filme violento e cheio de palavrões com Mel Gibson e Danny Glover, que a Ocean sentiu que precisava fazer não um, mas DOIS jogos disso. Depois do sonolentico e apenas meramente acima do injogavel LETHAL WEAPON do SNES, um jogo de plataforma terrível.

Seguido a isso ela decidiu variar e fazer um beat-em-up... apenas levemente menos terrível. Porque você sabe,  as crianças que tinham um NES realmente precisavam de um jogo baseado em um filme de buddy cops no qual Joe Pesci é irritante e xinga muito tanto quanto as crianças que tinham um Super Nintendo. 

sexta-feira, 10 de julho de 2020

[ANTIGA GAMERS 001] BUGS BUNNY RABBIT RAMPAGE (SNES, 1994) [#429]



Eu já comentei algumas vezes neste blog a respeito da história de ascenção e queda da Sunsoft: a empresa que fazia jogos tão bonitos para o Nintendinho que eles poderiam ser confundidos com jogos de Mega Drive, e que na passagem de geração acabou se perdendo no oceano de mediocridade que abunda nesta época. A única coisa pior do que ser pobre a vida toda é já ter sido rico e ficado pobre, e de certa forma essa é a trágica história da Sunsoft que passou a quarta geração inteira oscilando entre o absolutamente pavoroso (como Aero The Acro-Bat, o infame jogo cuja única razão de existir é esse trocadilho) e o apenas medíocre (como Daffy Duck Marvin Missions).

Porém enquanto muitos na Sunsoft já haviam aceitado a derrota e medíocridade, alguns poucos sonhadores ainda sonhavam com os dias de glória do passado, quando seus jogos eram o assunto na boca de todas as crianças na hora do recreio. Alguns poucos loucos dentro da Sunsoft ainda ousavam sonhar, e sonho que se sonha junto é realidade como já dizia a frase de efeito postado por garotas entediadas no Facebook.

Capa japonesa
Então eis que alguns valentes, ouso dizer insanos, que almejaram fazer aquilo que muitos de seus colegas julgavam impossível a este ponto: o lendário e prometido jogo bom da Sunsoft para 16 bits.  Destemidos japoneses que se encheram de saquê, ouviram vários discursos motivacionais de Independence Day e declarando que calados na noite não desapareceriam, ousaram.

Tiveram eles sucesso nesta empreitada louca? É o que veremos hoje.

quinta-feira, 9 de julho de 2020

[AÇÃO GAMES 036] TINY TOON ADVENTURES 2: TROUBLE IN WACKYLAND (NES, 1993) [#428]



Sabe, esses dias mesmo eu estava pensando qual seria meu desenho favorito quando eu era criança. Embora, é claro, Cavaleiros do Zodíaco tenha sido o acontecimento cultural da década e seria uma resposta aceitável, bem, todos os meninos gostavam de Cavaleiros do Zodíaco e isso não me faria cool e descoladão como eu gosto de achar que sou. E porque CdZ é muito ruim, tem isso também.

Por isso eu invoco a obscura regra idiota que animes não são desenhos animados (mas são) e assim estou livre para escolher novamente, e nesse aspecto existem apenas três concorrentes realmente a altura: Ducktales, Tartarugas Ninja, e a outra opção que é a que eu vou realmente escolher porque ainda hoje é um desenho bom: Tiny Toon.

Mais uma vez, a capa japonesa do jogo é muito mais legal

Tiny Toon é um desenho bem a frente do seu tempo, e que tinha a até então inédita qualidade de ser um desenho animado para crianças, mas escrito por adultos. Anos mais tarde esse sub-genero se tornaria a minha favorita de animação e mesmo de entretenimento e sem Tiny Toon, não teriamos desenhos inacredivalmente bons como Gravity Falls, My Little Pony (ou foi em algum ponto, mas isso é outra história), Volton e aquele que é o melhor desenho da vida (so far), Steven Universe.

Para ser sincero, atualmente eu tenho gostado mais de cartoons inteligentes do que animes, e isso é dizer bastante coisa sobre mim. E, como eu disse, Tiny Toon foi o primeiro desses cartoons espertos, pelo menos até onde eu consigo lembrar.

E embora eu não tivesse na época esse entendimento que eu tenho hoje sobre animação, meus sentimentos eram mais ou menos parecidos. Em 1994 eu já tinha um Super Nintendo, mas ao preço de ter vendido o meu velho Bit System de guerra - colecionar consoles é um luxo que você não tem quando é pobre, é vender um pra comprar o outro. E, verdade seja dita, não fazia muita diferença porque o trem da história já tinha andado e o NES ficou para trás.



Houve um jogo, entretanto, e apenas um, que me fez realmente desejar voltar a ter um Nintendinho. Alguns poucos jogos me fizeram ter vontade de ter um Mega Drive, mas só um realmente teve esse efeito comigo a respeito do antigo videogame da Nintendo. Mesmo já tendo jogado o Tiny Toon de Super Nintendo, que é um jogo muito muito bom, eu realmente quis muito jogar esse jogo na época. Isso é o quanto eu gostava de Tiny Toon.

Eu nunca joguei esse jogo até agora, entretanto. Será que Tiny Toon Adventures 2: Tretas na Malucolandia corresponderá as minhas espectativas? Sexta, no Globo Reporter!

quarta-feira, 8 de julho de 2020

[AÇÃO GAMES 053] ASTERIX AND THE SECRET MISSION/AS AVENTURAS DA TV COLOSSO (Master System 1994, Brasil em 1996) [#427]




Asterix, da Sega para o Master System, uma das maiores surpresas que eu já tive nesse blog. Uma franquia pela qual eu não dou absolutamente nada (eu não tenho nada CONTRA Asterix, e sei que na Europa é uma série tão querida quanto a Turma da Monica é aqui, mas eu realmente não tenho nenhum sentimento mais forte do que saber que existe), em um console que é pouca coisa melhor do que um Brick Game? Pff, não tem realmente como esperar nada daí.

Entretanto, contudo, todavia, porém, a Sega de uma Masterclass de level design aqui e o jogo faz do limão um combustível de limões para queimar a casa do gerente da vida que só deu limões. É um jogo brilhantemente desenhado, inteligente e com jogabilidade que não estraga o que foi pensado no papel (bem, o ataque do Asterix é meio curto de alcance, mas meh, dá pra viver com isso. Na época a Ação Games não tinha um sistema de notas consistente ou mesmo o selo "The Best of", mas ela dedicou três edições falando de um jogo de Master System - feito que até hoje só foi igualado por Sonic e Phantasy Star. Esse é o tanto que esse jogo é bom.

Por isso quando eu vi que tinha outro jogo do Asterix feito pela Sega, é apenas natural que eu tivesse alguma espectativa. Poderia o raio cair duas vezes no mesmo lugar? Seria este outro jogo bem pensado, trabalhado e que explora o gameplay de formas criativas?

terça-feira, 7 de julho de 2020

[AÇÃO GAMES 036] JOURNEY FROM DARKNESS: STRIDER RETURNS (Mega Drive, 1993) [#426]

 


Então chegamos aquele momento muito especial de jogar o jogo que é capa dessa edição da Ação Games, e acho que não preciso me preocupar quanto a isso já que uma revista que preza pela sua credibilidade tem um cuidado criterioso sobre qual jogo colocar na capa, e sabe que sua reputação vai ficar eternamente manchada por colocar jogos que são uma bosta praticamente injogaveis...


... hã ...


... err...


... ah, fuck. To ferrado, né?

segunda-feira, 6 de julho de 2020

[AÇÃO GAMES 055] MASTERS OF COMBAT (Master System, 1993) [#425]



Eis então um jogo que eu tive quase trinta anos de curiosidade em conferir, e por dois motivos bem distintos. O primeiro é que esse jogo da Sega é unanimemente apontado como o melhor jogo de luta de um console 8 bits e isso não é realmente algo muito dificil, já que jogos de luta não são realmente fáceis de se fazer porque os jogos de luta nesses consoles são bem ruins. 

domingo, 5 de julho de 2020

[AÇÃO GAMES 036] ROLO TO THE RESCUE (Mega Drive, 1993) [#424]

 

A Eletronic Arts tem a dúbia fama de ter conseguido por duas vezes consecutivas ser eleita a pior empresa dos Estados Unidos na opinião popular, e qualquer gamemaníaco pode te dizer como não é nada dificil entender isso.

Imagine uma empresa administrada exclusivamente por executivos, sem uma única visão artistica dentro dela. Essa é a Eletronic Arts, uma empresa que lançou por 60 dolares um jogo multiplayer em que o único modo de evoluir seu personagem é comprando lootboxes pra QUEM SABE vir UM e torcer para ele não ser apenas cosmético. É uma empresa que fez três jogos anos atrás (FIFA, Madden e NBA Live) e ao invés de atualizar os jogadores dos times com um patch, ou mesmo um DLC que seja, todo ano vende uma versão nova do mesmo jogo só com jogadores atualizados.

A EA é tão gananciosa e tão mal vista que eles anunciaram com orgulho que o seu último jogo (Star Wars Jedi Order) não teria que comprar itens dentro do jogo com dinheiro real nem teria que comprar DLCs para terminar a história. Sério, que outra empresa NO MUNDO faz isso se orgulhando de ser apenas normal, como se eles tivessem feito uma coisa incrível? A Eletronic Arts, eu te digo.



Só que aí está a coisa: a Eletronic Arts é pavorosamente gananciosa, a um ponto doentio, mas eles não são burros. Eles fazem coisas más porque eles são inescrupulosos, não porque eles são patetões. E é justamente por isso que esse jogo me impressiona.

Rolo to the Rescue, olhando a primeira vista, parece um jogo para crianças. Tem capa de jogo para crianças, tem bichinho de jogo para crianças, tem musica para crianças surdas (porque sério, o som do Mega Drive não dá)... enfim, é um joguinho fofinho sobre um elefante fofinho salvando seus amiguinhos bichinhos fofinhos, certo?