O subtitulo "return to the gulf" me fez achar que era uma continuação quando eu era criança. E 30 anos depois também. |
Aqui vai uma pergunta filosofica a todos vocês que usam boinas enquanto bebem cafés desnecessariamente caros: uma boa ação é realmente boa mesmo que feita por motivos mesquinhos?
Esse é um debate realmente profundo na filosofia, e para jogar um pouco de luz em tão complexa questão com um estudo de caso: Saddam Hussein foi um dos piores seres humanos que a nossa espécie vergonhosamente já conseguiu produzir. Os números exatos de pessoas mortas pelo seu regime ditatorial no Iraque jamais serão conhecidos, mas apenas as covas coletivas descobertas apontam que meio milhão de pessoas ao longo de trinta ano não é um número exagerado, sendo que muitas dessas pessoas tiveram mortes realmente horríveis e dolorosas sob o uso de armas químicas.
Por isso quando a família Bush (primeiro com o pai em 1991 e depois com o filho em 2003) tomou como cruzada pessoal dar fim aos desmandos desse monstro, isso é uma coisa inexoravelmente boa, não é?
Bem, é mais complicado que isso. Honestamente, o governo não podia estar se fodendo mais para o regime de desaparecimentos, tortura e genocídio do Iraque, mas estava realmente se importando com os 20% da produção mundial de petróleo que a região oferece. Quase 50 mil pessoas morreram porque o litro da gasolina não podia chegar a 5 pila, né?
Então, uma boa ação realizada por motivos mesquinhos ainda é uma boa ação?
Como eu disse, essa é uma questão delicada que exige um complexo debate. Ou podemos fazer um videogame sobre isso, é, acho que isso serve também.