domingo, 6 de junho de 2021

[MEGA DRIVE] LEMMINGS 2: THE TRIBES (Outubro de 1993) [#700]


Seus punhos estavam ensanguentados, mas ele continuava socando ritmicamente contra a rocha. Ele não tinha escolha, estava literalmente no inferno e a única forma de escapar dessa maldição era quebrar vários metros de rocha pura usando nada senão apenas suas as mãos nuas. Pior ainda, o destino dos amigos, de sua família atrás dele também dependia de sua provação torturante. 

Finalmente, suas mãos nuas atravessaram a rocha, o ar fresco fluiu para o túnel apertado que ele havia cavado meticulosamente, mas seu alívio durou pouco. Do outro lado da rocha havia, de fato, a saída, a passagem a terra prometida. Para seu horror, entretanto, entre o Eden contado por incontáveis gerações de mamães Lemmings aos seus filhotes Lemminguinhos e o túnel de fuga recém-cavado no qual ele depositara todas as suas esperanças não havia uma inclinação gradual rumo a liberdade. Em vez disso, à sua frente havia uma queda uma dúzia de vezes maior que sua própria altura. 

sábado, 5 de junho de 2021

[MULTI] PRIMAL RAGE (Agosto de 1994) [#699]


Durante esse projeto (estamos no jogo 694 com esse, saiba você) eu joguei muitos jogos que eu não conhecia, revisitei alguns que eu amava e confirmei que outros são nitroglicerina de ódio puro. Alguns jogos eu gostava até que bastante, e apenas rejogando eu descobri que na verdade são bostas fedegosas inerciais, como DOUBLE DRAGON 3 do Nintendinho ou PRINCE OF PERSIA, por exemplo. Porém algo menos recorrente assim é jogos que eu achava que eram ruins se revelarem... bem, ao menos não tão ruins assim.

Até porque não existem muitos jogos que eu realmente não gostava quando era criança, eu nunca fui muito critico com joguinhos nessa fase e só depois de velho que eu fiquei chato. Mas o jogo de hoje é um desses raros casos que eu não gostava mesmo na época, e rejogando ele decadas depois descobri que... bem, não é tão ruim assim, na verdade. Eu não usaria uma palavra como "bom" para descreve-lo, mas não é a pior coisa possível também.

sexta-feira, 4 de junho de 2021

[MD] MEGA MAN: THE WILY WARS [ou ROCKMAN MEGA WORLD no Japão] (Outubro de 1994) [#698]

Alguns anos depois essa também foi a arte da capa da versão europeia do jogo

Ok gente, eu tenho confessar uma coisa que vai soar como uma revelação chocante para todos vocês, mas sinto que a este ponto que precisamos estar completamente claros a respeito disso: a Sega me diverte. Não da forma que você possa estar imaginando, entretanto. As pataquadas da Sega me divertem, seu fracasso me entretem, suas lágrimas me dão forças e sua dor é meu viver.

QUE REVELAÇÃO SURPREENDENTE...


quinta-feira, 3 de junho de 2021

[SNES] NOSFERATU (Outubro de 1994) [#697]

Em uma virada surpreendente de eventos, dessa vez a arte da capa japonesa é a mesma da capa americana, veja só você...

Nosferatu, taí uma palavra interessante. A palavra "nosferatu" é como os romenos (não confundir com os romanos) chamam vampiros, mas por qualquer motivo que seja em seu clássico de 1897 Bram Stoker, Drácula, se referiu a nosferatu como um nome próprio e dado a popularidade do livro esse sentido da palavra pegou. No original romeno não existe um cara chamado Nosferatu, mas agora é assim que se usa essa palavra.

terça-feira, 1 de junho de 2021

[PS1] BATTLE ARENA TOSHINDEN (Janeiro de 1995) [#696]

O sistema muda, a geração muda, mas as capas feias americanas estão lá, firmes e fortes

Hoje, meninos e menians do meu Brasil baronil, é um dia muito especial nesse blog. Um dia que eu esperei muito, na verdade, porque esse dia representa a realização de um sonho. Não de hoje, em que eu posso ter qualquer videogame que eu quiser graças a mim mesmo obrigado, mas um sonho de vinte e cinco verões atrás.

domingo, 30 de maio de 2021

[MULTI] THEME PARK (Junho de 1994) [#695]


Peter Molyneux é uma figura bastante curiosa na industria dos videogames. Ninguém sabe com certeza se ele é um mitomaniaco patológico ou se ele realmente acredita nas coisas que ele diz, mas ele é conhecido por suas declarações... ambiciosas nos seus jogos. Porém não são ambiciosas da forma que você está pensando, tipo "esse jogo vai ter os melhores gráficos de todos os tempos", nem nada assim. A sua ambição é... estranhamente especifica.

Por exemplo, para o Fable do Xbox ele declarou que nesse jogo as arvores iriam crescer em tempo real e que você poderia plantar uma arvore e voltar dali a quinze anos para ver ela crescida - o que, obviamente, não está no jogo final é esse tipo de coisa que ele promete nos seus jogos. 

sábado, 29 de maio de 2021

[JAGUAR] ZOOL 2 (Dezembro de 1994) [#694]

 

Estamos no dia 1o de novembro de 1973, na bucólica vilazinha de Pom Coong no Vietnã, não tão bucólica hoje. Helicopteros americanos cruzam o céu despejando fogo e napalm, enquanto soldados gringos marcham casualmente com um lança chamas na mão e um pirulito Chupa Chups na boca. Horrorizada, uma criança testemunha e sua própria vida serem destruídas, traumatizada, ela jamais esquecerá o que aqueles homens com pirulitos Chupa Chups lhe fizeram.

Vinte anos se passaram e essa criança, agora um homem crescido, coloca em prática um audacioso plano de vingança: ele destruiria a Chupa Chups que tanto assombrava seus pesadelos entre o cheiro de napalm queimando carne humana e o plástico barato da embalagem do pirulito. Determinado em sua missão de não deixar pedra sobre pedra dessa empresa, ele se infiltra no coração do seu maior inimigo disposto a destrui-la por dentro. 



Após anos de trabalho duro e esconder sua verdadeira natureza, ele finalmente está em posição de dar a estocada final no coração da besta: ele destruiria o nome da Chupa Chups de uma vez por todas. Como? Fazendo um ato tão terrível em nome dessa empresa, tão pavoroso que as pessoas não conseguiriam mais sequer ouvir falar em pirulitos sem se encolherem em posição fetal vivenciando todos os horrores que ele reviveu todas as noites nos últimos 20 anos.

E essa é a história de como os pirulitos Chupa Chups patrocinaram não apenas um dos piores jogos de todos os tempos, ZOOL:Ninja of the Nth Dimension, como a sua tenebrosa continuação... só que agora para o Atari Jaguar. 

sexta-feira, 28 de maio de 2021

[NINTENDINHO] KID KLOWN in NIGHT MAYOR WORLD (ou Mickey Mouse 3: Dream Ballon) [Setembro de 1992] [#693]

Tem uns jogos, eu juro pra vocês que eu jogo, fico olhando aquela coisa, aí pesquiso a história desse jogo... e eu fico pensando "but why?". E não é nem que o jogo é ruim nem nada, mas é que a história de como esse Kid Klown veio parar nessa edição da Ação Games é tão randomica que eu não consigo deixar de pensar:

quarta-feira, 26 de maio de 2021

[MEGA DRIVE] CRYSTAL'S PONY TALE (Novembro de 1994) [#692]

Um procedimento que eu faço nesse blog é, sempre que eu posso, falar não apenas dos jogos mas do contexto que levou aquele tema em particular - como no jogo do - STARGATE eu falei sobre o filme também, ou no jogo do THE INCREDIBLE CRASH DUMMIES eu falei de toda história sobre como bonecos de teste de colisão se tornaram uma linha de brinquedos e portanto um jogo. É algo que eu gosto de fazer porque eu sempre aprendo coisas novas que eu não sabia.

SIM, ESSA É A DEFINIÇÃO DE APRENDER. ISSO É UM PLEONASMO.

Viu só? Acabei de aprender isso também!

terça-feira, 25 de maio de 2021

[SNES/MD] STARGATE (Dezembro de 1994) [#691]


Após alguns anos de trabalho, diretores invariavelmente acabam desenvolvendo traços narrativos que são plenamente identificaveis a ponto que você não precisa realmente saber que o filme é desse diretor. Por exemplo, se você ver dada quantidade de ultraviolencia, pés femininos e cenas de dialogo realmente longas porém tensas, sabe que é um filme do Tarantino mesmo não tenha sido informado disso antes de começar a assistir. Uso insano de slow motion em quae tudo, tomadas super escuras, cenas individualmente de fraes fortes porém que não se conectam no todo e todos os personagens são Sasuke? Zack Snyder. Babação de ovo pelo militarismo, sexismo blatante, humor pré-adolescente e cenas de ação que você não consegue entender nada do que está acontecendo na tela? Michael Bay.

Nesse sentido, Roland Emmerich é um direto bastante único porque seu defining trait como diretor é fazer filmes “que não foram sucessos inabalaveis, mas eu lembro de ter assistido na época e gostado bastante. Até eu reassistir mais recentemente e me chocar o quão pouco sentido esses filmes fazem e eles são bem meh, na real”. É uma sensação bastante especifica, eu diria, mas realmente precisa para descrever os filmes do Rolandão.

Por exemplo, eu lembro de ter assistido o Godzilla americano de 1998 e ter achado bacana quando eu era criança, legal para ver no Cinema em Casa (a versão do SBT da Sessão da Tarde, pra quem não lembra). Até eu reassistir esse filme e...  


... Jesus na cruz no pogobol, que filme tosco...