Seus punhos estavam ensanguentados, mas ele continuava socando ritmicamente contra a rocha. Ele não tinha escolha, estava literalmente no inferno e a única forma de escapar dessa maldição era quebrar vários metros de rocha pura usando nada senão apenas suas as mãos nuas. Pior ainda, o destino dos amigos, de sua família atrás dele também dependia de sua provação torturante.
Finalmente, suas mãos nuas atravessaram a rocha, o ar fresco fluiu para o túnel apertado que ele havia cavado meticulosamente, mas seu alívio durou pouco. Do outro lado da rocha havia, de fato, a saída, a passagem a terra prometida. Para seu horror, entretanto, entre o Eden contado por incontáveis gerações de mamães Lemmings aos seus filhotes Lemminguinhos e o túnel de fuga recém-cavado no qual ele depositara todas as suas esperanças não havia uma inclinação gradual rumo a liberdade. Em vez disso, à sua frente havia uma queda uma dúzia de vezes maior que sua própria altura.