domingo, 17 de abril de 2022

[#862][MULTI] ZOOP [Junho de 1995]

Como você sabe que está vendo um produto tipico dos anos 90, mas anos 90 raizão mesmo, 90tão da massa? Várias formas, mas uma das mais garantidas é verificar se ele parece com isso:


Ou no caso do equivalente videogamistico, a capa dele parece isso:


Yep, definitivamente tão anos 90 quano 90 podem ser.

sábado, 16 de abril de 2022

[#861][MEGA] FÉRIAS FRUSTRADAS DO PICA-PAU [Outubro de 1995]

Eis aqui um jogo ruim, horrendo, catastrófico... que é diferente do que trabalhamos aqui habitualmente. Isso porque normalmente jogos ruins são feitos por caras que realmente estão pouco ou nada se fodendo para o jogo. O bom e velho "taca qualquer bosta que esses trouxas só vão perceber quando eu já estiver com o dinheiro no bolso" pelo qual a Ocean, por exemplo, é tão conhecida. Outra categoria de jogo ruim são os lixos europeus, mas isso é mais por uma limitação técnica já que os coitados tinham para trabalhar lixos termonucleares como o Amiga ou ZX-Spectrum. Enfim, esses são os tipos de jogos ruins que eu normalmente encontro por aqui, mas o de hoje não é isso.

O jogo terrível de hoje é um jogo que genuinamente estava tentando acertar, que queria muito acertar e não conseguiu por pura falta de conhecimento tecnico, de experiencia mesmo. Mas a boa intenção estava lá. Como eu sei disso? Bem simples, o jogo de hoje é o primeiro jogo para consoles feito 100% no Brasil em todos os tempos.

sexta-feira, 15 de abril de 2022

[#860][SNES] MEGA MAN X3 [Janeiro de 1996]


Se tem uma coisa que eu digo frequentemente aqui (além de "se tem uma coisa que eu digo frequentemente aqui") é que Mega Man é como pizza: até quando é ruim é bom. Isso porque tendo resenhado já SETE jogos do bombardeiro azul em cinco anos de blog (quatro da série principal, uma coletanea e dois da série X), todos os jogos do menino-robo ciano são no minimo decentes. 

O que é meio que verdade para todos os jogos feitos pela Capcom, é muito raro eles terem um "The Worst Of" mesmo sendo a desenvolvedora mais prolifica (apenas atrás da Sega, mas a Sega distribuiu muito jogo feito por terceiros enquanto a Capcom faz quase tudo em casa). Nunca aconteceu de eu estar jogando um jogo do Mega Man e dizer "minha nossa senhora da hipocondria apocrifa, isso aqui tá uma bela bosta!".

Pois bem, por volta da minha segunda ou terceira fase de Mega Man X3 eu tive que parar, baixar o controle e dizer: "minha nossa senhora da hipocondria apocrifa, isso aqui tá uma bela bosta!". Nada mais é sagrado. Mas vamos começar do começo...

quinta-feira, 14 de abril de 2022

[#859][SNES] FINAL FIGHT 3 [Dezembro de 1995]

Final Fight e sua tradição de capas totalmente excelentes, como aqui que por algum motivo o Guy parece um cara que só entrou na rua errada e não faz ideia do que tá acontecendo, ou a Lucia fazendo sua melhor cara de megera louca

Nos anos 90 a Capcom tinha o modus operandi de fazer um jogo realmente bom - colocar genuíno esforço e qualidade nele (o que eles tinham de sobra), e então depois disso explorar sua engine já pronta anualmente lançando "patches" na forma de continuações que não são novos jogos, e sim o mesmo jogo com pequenas atualizações e novas fases. O que hoje seria um season pass, mas na época só lançando um jogo novo mesmo. Mas suponho que depois de 16 versões de STREET FIGHTER II e mais de 10 Mega Mans eu não realmente precise explicar isso, é como a Capcom rola.

Então para surpresa de absolutamente zero pessoas, eu poderia encerrar essa review já agora dizendo que Final Fight 3 é só um patch de atualização de Final Fight 2, ou seja é essencialmente o mesmo jogo com pequenos upgrades e novas fases... o que em um beat'm um quer dizer basicamente novos cenários de fundo, ja que a jogabilidade é sempre a mesma.

Porém como aqui a gente faz as coisas direito, nós vamos ao encontro do mais forte!

quarta-feira, 13 de abril de 2022

[#858][SNES] SUPER MARIO RPG: Legend of the Seven Stars [Março de 1996]

Estamos na metade de 1994 e a Squaresoft está em uma posição bastante curiosa no mercado dos games: seu carro chefe são os jRPGs, todo mundo sabe disso, e ela definitivamente é a mais bem sucedida no genero em um número de vendas no ocidente. O curioso disso, no entando, é que no seu próprio mercado interno ela não tem essa liderança, e para piorar a situação o mercado japonês de RPGs era maior que o mercado do resto do mundo nessa categoria.

Então para crescer a Square tinha apenas duas opções: peitar a popularidade de Dragon Quest da Enix no Japão, ou convencer o resto do mundo a jogar esse genero que tem que ler coisas e o gameplay é basicamente escolher menus.

A Square escolheu desbravar o mundo do que tentar destronar Dragon Quest. Obviamente. 

quinta-feira, 7 de abril de 2022

[#857][SNES/MEGA] IZZY'S QUEST FOR THE OLYMPIC RINGS [Abril de 1995]


Eu vou dizer uma coisa pra vocês: eu gosto muito de jogos Olimpicos. A cada quatro anos o melhor do melhor do que o ser humano é capaz de fazer se reunem para ter o momento da sua vida. Anos de trabalho duro, de acordar as 5 da manhã para treinar, de viver com dor, de tentar todo e cada dia da sua vida ser o melhor que alguém pode fisicamente ser... tudo isso para esse momento de três semanas a cada quatro anos. É a receita para histórias do caralho, não?

Não sem razão, enquanto em qualquer esporte profissional quando um atleta vence ele comemora, faz um sambinha, dá um role com a galera, nas olimpiadas a reação mais comum é simplesmente desabar e chorar. Olimpiadas são uma coisa especial.

Como quando Kurt Angle ganhou a medalha de ouro with a broken freakin neck its true its damn true

quarta-feira, 6 de abril de 2022

[#856][MEGA] SPOT GOES TO HOLLYWOOD [Novembro de 1995]


Os anos 90 tiveram muitas coisas acontecendo, e você com certeza já leu um milhão de artigos que lembram isso ou aquilo dessa décadas. No entanto, um dos acontecimentos mais salientes daquele período de tempo que eu frequententemente trabalho com isso por aqui foi a febre dos mascotes. Mas não apenas qualquer mascote, eles tinham que ser o mais anos 90 possíveis super descolados e tubulares dude, com óculos escuros e tudo.

Então todo mundo adorava, por algum motivo, a "atitude" do SONIC THE HEDGEHOG ou do CHESTER CHEETAH: TOO COOL TO FOOL... ou até mesmo a esquisitice de coisas tipo YO! NOI (ou os executivos achavam que todo mundo adorava). Como dá pra ver, terminada a primeira metade dos anos 90 (uau, já estamos em 96 hã?) e mascotes não é o que falta na minha vida. Isso sendo dito, tem um que eu particularmente gosto justamente pq ele não tenta demais, ele não é nada do tipo "olhem pra mim o quanto eu sou cool" nem nada, ele apenas é na dele. Praticamente um macho sigma dos mascotes, o sempre cool Pinta Maneira.

terça-feira, 5 de abril de 2022

[#855][PS1/SAT] LOADED [Dezembro de 1995]


Existem alguns jogos que são tão icônicos dentro do seu gênero que é realmente dificil falar de algo da categoria sem cita-lo. Reviews de jogo de luta invariavelmente citam STREET FIGHTER II: THE WORLD WARRIOR ou MORTAL KOMBAT. Jogos de tiro em primeira pessoa? DOOM. Point'n click? THE SECRET OF MONKEY ISLAND. Você pegou a ideia.

Bem, e como não poderia deixar de ser, todo jogo de tiro com visão de cima é comparado com SMASH TV. E tá certo, SMASH TV é um jogo que exemplifica como didatismo o que podemos esperar de um jogo do genero: um bilhão de inimigos na tela que morrem com um (ou poucos) tiros para compensar pela quantidade, batidão no som e pipoco rolando na tela sem parar.


SMASH TV é um arcade de 1990, porém se você imaginar esse jogo modernizado e recauchutado tecnologicamente para ser um jogo de Playstation ... o que você teria é essencialmente o que Loaded é.

domingo, 3 de abril de 2022

[#854][MEGA] GARGOYLES [Novembro de 1995]


Uma coisa que eu não esperava quando eu comecei esse projeto é que eu acabaria passando tanto tempo falando sobre desenhos animados, se bem que faz sentido quando você pensa sobre isso: videogames e cartoons compatilhavam o mesmo publico-alvo nessa época (embora não necessariamente competissem um contra o outro), logo é apenas natural que muitos cartoons tiveram sua adaptação videogamistica, mas o capitulo de hoje é particularmente importante.

Eu, mesmo quando criança, sempre fui muito sensível a quando alguém estava sendo condescendente comigo. Isso significa que eles pensavam que eu era estúpido. E como pouca coisa se aproveitava da minha aparencia, eu realmente odiava me sentir estúpido. Quer dizer, se eu não fosse inteligente então o que eu teria? Sim, eu não era um exemplo de saúde mental nessa época, eu sei.

SIM, MUITO DIFERENTE DE HOJE, NÉ?

Deveras, pequeno espectador ficticio que eu imagino na minha cabeça pq não tenho com quem dialogar. Ainda sim, por mais que eu adorasse desenhos animados, eu não conseguia evitar de sentir que muitos deles falavam conosco como se fôssemos estúpidos e isso que algo sempre me incomodou. 

sexta-feira, 1 de abril de 2022

[#853][PC] SPACE QUEST 6: Roger Wilco in the Spinal Frontier [Julho de 1995]


Com a progressão dos jogos para o modelo 3D, meio que foi também o fim da era de ouro dos point'n click - muitos de seus elementos migraram para generos com mais ação, mas os PnC entraram em fase de extinção e hoje só existem se reproduzidos em cativeiro. Isso não quer dizer que nunca mais veremos um jogo do genero (ou que nunca mais veremos um grande jogo do genero), mas é seguro dizer que vai chegando ao fim essa fase de ver um por varejo e um por atacado.

E é curioso que justamente essa fase final é marcada pelas duas maiores competidoras do genero - a Lucas Arts e a Sierra - lançando seus jogos na mesma revista. Nenhum dos dois particularmente brilhante, diga-se de passagem, o que comprova o ponto que esse genero já tava perdendo o gás da Coca mesmo. E enquanto eu falei ontem de THE DIG, hoje é dia de falar do representante da Sierra: Busca Espacial 6 - Rogerio Wilco na Espinha Final.