sexta-feira, 15 de abril de 2022

[#860][SNES] MEGA MAN X3 [Janeiro de 1996]


Se tem uma coisa que eu digo frequentemente aqui (além de "se tem uma coisa que eu digo frequentemente aqui") é que Mega Man é como pizza: até quando é ruim é bom. Isso porque tendo resenhado já SETE jogos do bombardeiro azul em cinco anos de blog (quatro da série principal, uma coletanea e dois da série X), todos os jogos do menino-robo ciano são no minimo decentes. 

O que é meio que verdade para todos os jogos feitos pela Capcom, é muito raro eles terem um "The Worst Of" mesmo sendo a desenvolvedora mais prolifica (apenas atrás da Sega, mas a Sega distribuiu muito jogo feito por terceiros enquanto a Capcom faz quase tudo em casa). Nunca aconteceu de eu estar jogando um jogo do Mega Man e dizer "minha nossa senhora da hipocondria apocrifa, isso aqui tá uma bela bosta!".

Pois bem, por volta da minha segunda ou terceira fase de Mega Man X3 eu tive que parar, baixar o controle e dizer: "minha nossa senhora da hipocondria apocrifa, isso aqui tá uma bela bosta!". Nada mais é sagrado. Mas vamos começar do começo...


Ontem mesmo eu falei de FINAL FIGHT 3, que é um bom exemplo de como a Capcom trabalha: coloque esforço para fazer um jogo foda bagarai, e quando todo mundo estiver fisgado então lance continuações anuais usando a mesma engine e só colocando fases novas. O que hoje seria um mero DLC, na época eram continuações anuais da Capcom.

Por isso não é realmente errado considerar os seis jogos originais do Mega Man como um único jogo (MEGA MAN 7 para o Super Nintendo tem suas proprias peculiariadades, no entanto). Eles são basicamente o mesmo título, com pequenos ajustes e adições feitas por toda parte. Você obtém um power-slide em 3, um buster carregável em 4 e assim por diante, mas em linhas gerais eles eram essencialmente intercambiáveis. 

A versão de Sat/PS1 é o mesmo jogo do SNES, apenas com abertura (que é bem bacaninha) e cutscenes de anime na apresentação dos chefes.

Isso terminou quando MEGA MAN X chegou e introduziu mudanças  no conceito, na fórmula e jogabilidade que tiveram um tremendo efeito em como as coisas eram jogadas. Mas então MEGA MAN X2 veio e voltamos a velha formula de expansão anual, e era essencialmente o mesmo jogo com novas fases e alguns gimmicks exclusivos. MEGA MAN X2 é basicamente a "continuação direto em DVD" que a Disney fazia de seus filmes famosos.

Então, seguindo essa lógica, você esperaria que Mega Man X3 (o último do Super Nintendo) também seria exatamente igual aos seus antecessores com novas fases. Bem, não foi exatamente o que aconteceu...



Nossa história aqui é que mesmo que os últimos lideres dos Mavericks tenham sido derrotados em MEGA MAN X2, os Maverick Hunters ainda estavam tendo dificuldade em eliminar completamente os ultimos focos de resistencia dos robos malvadões.

Surge então replóide chamado Dr. Doppler (eu tenho muitas perguntas sobre como um robô tem um doutorado) que cria uma maneira de "curar" mavericks e fazer com que eles voltem a ser robos ordeiros do bem. O processo tem sucesso fenomenal, Dr. Doppler se torna uma celebridade mundial ao ponto que em sua homenagem é criada uma cidade especificamente para replóides curados viverem em paz. Eu provavelmente não preciso te dizer como isso acaba: Doppler é corrompido pelo vírus Sigma, vira um Maverick e transforma todos os replóides sob seu comando em robos atacando os humanos.

Mas tenho que dizer que a qualidade dessa imagem está muito boa para o SNES

Isso significa que cabe aos Maverick Hunters X e Zero derrotar oito chefes e salvar o dia. A fórmula não mudou. Depois de vencer os oito estágios em qualquer ordem que seu coração desejar (embora cada chefe de uma arma que é mais eficiente contra um dos outros, então tem uma ordem por causa das armas), você entra numa fase final onde enfrenta muitos chefes (incluindo os 8 robos-chefes) e finalmente o último chefe. Não tem como ser mais Mega Man que isso nem pagando, certo?

Então... pra começar, a esse ponto da história (começo de 1996), a Capcom estava mais do que absurdamente atulhada de trabalho, as fornalhas acesas vomitando jogos 24 horas por dia, 7 dias por semana. Fazendo uma conta de padaria por alto, eu contabilizei pelo menos 10 jogos sendo produzidos pela Capcom ao mesmo tempo. Tavam fazendo um novo BREATH OF FIRE (RPG), um novo STREET FIGHTER ZERO, mais um jogo da série VS começada com X-MEN CHILDREN OF ATOM, o já citado FINAL FIGHT 3 e mais uma penca de jogos menores, além de jogos que envolviam aprender a programar para a próxima geração, como Resident Evil.

Olha a qualidade dos sprites desse background, esse definitivamente é um dos jogos mais bonitos do SNES

O que quer dizer que faltava gente pra tudo na Capcom, e a parte que nos interessa aqui, é que o time que originalmente fez os dois primeiros Mega Man X estava muito ocupado e essa a terceira entrada foi terceirazada para uma equipe secundária dentro da Capcom, a Minakuchi Engineering. Enquanto os caras da Minakuchi tinham alguma experiencia com o bombardeiro azul (eles fizeram todos os jogos do Mega Man para Game Boy e o MEGA MAN: THE WILY WARS para Mega Drive), não é exatamente o time que fez um dos melhores jogos de todos os tempos, vulgo  MEGA MAN X.

E o jogo ter sido feito por um time B dentro da Capcom é algo que dá pra sentir imediatamente na própria programação do jogo: eu nunca achei que iria dizer isso mas os controles desse Mega Man X3 não são bons! Heresia! Despautério! Gato preto! Chumbreguice!


Sério, em 90% do tempo eles são o que você espera de um jogo da Capcom (excelentes e você nem pensa sobre isso), mas quando o jogo fica realmente dificil e você precisa apertar várias coisas ao mesmo tempo o jogo se embanana todo ao tentar executar sequencias de comandos muito rápidas. Eu sinceramente achei que o problema fosse com o meu controle e que tivesse um lag no blutooth ou alguma coisa assim, mas aí eu testei em um emulador que mostra na tela os botões que você está apertando e o controle estava registrando os meus comandos perfeitamente, era a programação do jogo que não estava respondendo bem!

Mas que caralhas, um jogo do Mega Man ... não, um jogo da Capcom onde a jogabilidade não é perfeita!


Para adicionar ofensa a injuria, esse jogo tem um respawn de inimigos que eu não via tão enlouquecedor assim desde os dias do NINJA GAIDEN. Não, sério, olha só um negócio desses e me diz se esse jogo não foi feito com o exclusivo proposito de me enlouquecer:


Mas que caralha é essa? Se abriu um buraco de minhoca em janeiro de 1996 e fomos transportados de volta para os anos 80? Mega Man X3 é a adaptação videogamistica de Dark? Mas vão se foderem com essa merda. E se não fosse ruim o suficiente o jogo ter esse respawn rate que em 1989 já era do capeta, calma que piora.

Isso porque a Minakuchi conseguiu fazer a façanha, a beleza, o impropério de transformar o tiro carregado do X-Buster em uma merda. Eu sequer sabia que isso era possível! Mas acredite ou não, a melhor forma de jogar Mega Man X3 é nunca deixar seu tiro carregar até o máximo, porque senão o que acontece é isso:


Não apenas o X leva infinitos quadros de animação para executar o tiro (consumindo um tempo que você NÃO TEM em um jogo de ação), como ele é ridiculamente fraco. É bonito? Sim, mas é fraco e lento. E o jogo é dificil demais, com respawn de inimigos demais pra vc se dar ao luxo do seu ataque ser fraco e lento.

A série X sempre teve um equilibrio perfeito nesse sentido: seu X-Buster era lento pra carregar mas dava conta do recado para 95% dos inimigos das fases - e quando vc tinha que parar para dar mais de um tiro, era um elemento do level design intencional. Em compensação você poderia usar as armas dos chefes para acelerar as coisas. Como eu disse, equilibrio perfeito. 

Essa animação de dar dois soquinhos é muito bonita, mas quantas vezes no jogo tu vai ter tempo pra fazer isso sem ser atingido?

Aqui não, seu tiro normal é completamente inutil e eu não consigo pensar em um único momento que um tiro carregado deu conta do recado. Então minhas opções eram desviar dos inimigos ou usar as armas dos chefes... e deixa eu te contar uma coisa: os controles do Mega Man não foram feitos pra vc driblar os inimigos, essa série está mais para o run'n gun do que plataforma, então isso não funciona realmente.

E se isso ainda fosse o preço a se pagar por level design criativo com inimigos temáticos a cada fase (algo que os Mega Man do NINTENDINHO já faziam), ainda vá lá. Mas, mais uma vez, olha só isso:


E isso!


Sério, esses dois caras são tipo 80% dos inimigos do jogo - sendo que o segundo é imune aos seus tiros a menos que você cole nele. Mas que senhora bosta, heinhô Batista? Como eu disse, os jogos do NINTENDINHO que tinham 56kb de tamanho davam seus pulos pra colocar inimigos únicos e temáticos as fases, aqui é só um copiar e colar SAFADO CACHORRO SEM VERGONHA EU DOU DURO O DIA INTEIRO E VOCÊ COLCHÃO E FRONHA!

... e suponho que a essa altura eu deva mencionar que, por algum motivo, nesse jogo o X é feito de tela de Iphone, porque ele se desmancha só de encostar em qualquer coisa.


Eu... eu não tenho palavras pra descrever isso. A tonica aqui é que você morre em 3 golpes e causa um risquinho de dano nos chefes, e eu te garanto que poucas experiencias videogamisticas serão mais miseraveis do que as primeiras fases desse jogo. O que me leva ao começo do texto: "MINHA NOSSA SENHORA DA HIPOCONDRIA APOCRIFA, ISSO AQUI TÁ UMA BELA BOSTA!"

Ao contrário de todos os outros jogos da série até então, Mega Man X3 é injogavel sem um detonado. Enquanto todos os outros jogos tem um caminho mais fácil que você pode fazer usando as fraquezas dos chefes e melhorando seu personagem, eles ainda eram jogaveis ao bom e velho estilo texano. Aqui não, aqui NÃO TEM COMO JOGAR ESSA BOSTA SEM FAZER A ORDEM CERTA E VÃO SE FODER NA MARIA MOLE SEUS MOLENGOTENGOS!

E eu realmente detesto esse tiro carregado...

... enfim, como deu pra perceber, eu nunca, jamais, em modo algum eu nunca me estressei tanto jogando um jogo do Mega Man. Aqui simplesmente não dá, cara. SIMPLESMENTE NÃO DÁ. Sabe o que é jogar um jogo do Mega Man que NÃO DÁ? Pois é, não dá.

Bem, a boa notícia é que lá pela metade do jogo a coisa melhora. Conforme você pega os heart tanks, os pedaços da armadura e as armas dos chefes, Mega Man X3 se torna jogavel. Com o peito da armadura por exemplo o dano tomado é reduzido pela metade, e se você coletar o chip da capsula rosa do peito o dano é reduzido pra 1/4. Ou seja, X deixa de ser feito de tela de iphone e volta a ter a barra de vida que ele sempre teve nos outros jogos. 


De modo geral todas as partes da armadura foram aprimoradas: o capacete agora dá um mapa da fase só no comecinho para você ter uma noção (mas não a localização exata) de onde os colecionaveis estão (o que é infinitamente melhor que o scanner retardado do X2), as botas agora dão dash pra cima o que é bem legal tambem (seria mais se os controles respondessem perfeitamente) e a luva... tá, isso não tem como fazer milagre pq o tiro carregado é uma bosta mesmo.

Além do que, isso merece ser elogiado, as armas dos chefes são extremamente uteis e variadas para navegar pelas fases. A Parasitic Bomb faz o que o seu tiro concentrado deveria fazer desde o começo, a Spining Blade tem um alcance de acertar inimigos em niveis superiores muito bom e o escudo que a Triad Thunder te dá por alguns segundos é algo que muitos jogos da série já tentaram fazer, mas aqui funciona perfeitamente.

Eu genuinamente gosto das armas desse jogo, são umas das mais divertidas da série de usar até aqui

Ou seja, se você trincar os dentes e aguentar firme até a metade, Mega Man X3 se torna um jogo okay graças aos upgrades. Não espetacular porque continua com os problemas de variedade de inimigos, controles, respawn e level design, mas dá pra pelo menos voltar a velha máxima de que "Mega Man até quando é ruim é bom". ESSE é o bombardeiro azul que eu cresci amando e que me causará arrepios até o último dos meus dias, agora sim!

 Claro que para chegar lá você vai ter que se arrastar pelas fases apanhando que nem um cachorro só pra agarrar um item e morrer, mas é melhor que nada...

O capacete não apenas dá um mapa da fase com a localização dos upgrades, como na tela de seleção de fases mostra quais estão faltando em cada fase


... ou será que é? Porque veja, Megaman X3 mesmo quando fica bom ainda sim tem um problema. Alias, ele tem ZERO problemas.

Desde sua primeira aparição na primeira fase do primeiro  MEGA MAN X um grande sonho dos jogadores sempre foi jogar com o Zero. Quer dizer, ele tem um visual tão maneiro, é tão forte, tudo nele é tão cool que não tem como você não querer ser ele. Com efeito, como eu expliquei naquele texto essa é toda a temática do jogo: ser tão maneiro quanto o Zero. E quando em MEGA MAN X2 ele ganhou um sabre de luz então, vão se foderem, deixa eu jogar com o Zero, nunca te pedi nada Capcom! (hã, exceto talvez um spin-off só da Felicia de DARKSTALKERS: The Night Warriors, mas vocês nunca me ouviram).


Por isso quando se soube que esse finalmente seria o jogo que você joga com o Zero, os gamemaníacos (incluindo eu), molharam suas calçolas. A minha reação foi basicamente essa:

VIBRE, COMEMORE, FAÇA A SUA FESTA GAMEMANÍACO! DÁ PRA JOGAR COM O ZERO!

Quer dizer, é um sonho se realizando! O que possivelmente poderia acontecer tirar o "The Best Of" de um jogo que finalmente você pode realizar o sonho de jogar com o personagem mais legal de uma das franquias mais queridas de todos os tempos? Bem, a Capcom aconteceu.

Isso porque, eu não acredito que vou dizer isso, jogar com o Zero nesse jogo é uma bosta. Não tem meio termo, não tem outra forma de colocar isso. O Zero sucks, e me doi muito dizer isso - você não faz ideia do quanto.

Como eu ouso sugerir que isso não é AWESOME?

Isso porque embora o Zero seja, de fato, mais forte e tomar menos dano que o X e que o tiro concentrado dele não seja aquela gonorréia transmorfica (com efeito, no ultimo estágio do tiro concentrado ele dá a espadada que mata quase qualquer coisa)... isso tem um problema. Lembra que eu disse que o jogo depende das armas dos chefes e dos upgrades das armaduras para ser jogavel e até mesmo divertido?

Bem, então segura essa manga: Zero não tem upgrades de armadura e não usa armas dos chefes. O que quer dizer que ele não tem dash no ar, não tem ataques especiais dos chefes, não tem nada. É só o basicão do basicão e abraço meua migo. Ou seja, não existe nenhum momento em que ele é melhor que o X. Tá, talvez na primeira fase antes de você pegar as botas da armadura.

Vocês TEM que estar de sacanagem comigo...

Ou seja, não tem realmente ponto em jogar com o Zero a menos que você realmente queira dificuldade extra em um jogo que já é muito injogavel sem os upgrades. Mas tá, digamos que você queira jogar com o Zero pq ele é lindão chocolatante e tudo bem. O problema é que a Capcom tomou uma das decisões mais abiloladas da história dos videogames. Sério não tem haxixe na história do mundo que explica o que eu vou descrever a seguir. Preparados?

Então, duas coisas:

a) Zero não luta contra chefes ou sub-chefes. Na verdade se você passar por uma porta (e cada fase tem duas ou três delas) ele vai embora e você não pode mais usar ele pelo resto da fase. 

O que não faz muito sentido, o ponto de venda da série Mega Man sempre foram as lutas com os  chefes, especialmente porque as lutas dos chefes nesse jogo são incrivelmente dificeis (sério, na luta final com o Sigma ele usa um Megazord e a hitbox da cabeça dele tem 2 pixels de tamanho). Então ter o Zero só como café com leite que não entra na parte que conta é uma coisa muito esquisita. 



E, claro, você só pode summonar ele uma vez por fase. Porém esse não é o real problema do Zero, e sim...

b) Zero tem só uma vida.

Sim, é exatamente isso que você leu. Você tem UMA vida com o Zero. Se você acabar sua energia uma vez, ou mais provavel ainda, cair em um buraco ou tocar em um espinho - especialmente em um jogo que tem knockback - o Zero se torna não selecionavel PELO RESTO DO JOGO. PELO. RESTO. DO. JOGO.

Sério... pra que isso? O que é custava, Capcom? Não é como se o Zero fosse incrivelmente roubado - pelo contrário, ele é PIOR que o X, então porque causa, motivo razão ou circunstancia vocês me odeiam desse jeito? Você tem um jogo que já é insanamente desbalanceado... um dos personagens tem uma única vida pro jogo todo. Eu não consigo pensar em outro jogo na história dos videogames que faça isso, na moralzinha...

Outro problema é que os chefes são insanamente dificeis se você usar a arma base, ou ficam triviais se você usar a fraqueza deles já que seu padrão reinicia. Não tem meio termo.

Esse jogo foi lançado em janeiro de 1996, e como dá pra imaginar foi rushado até a alma em sua produção tentando ser lançado antes que o SNES - já que o N64 seria lançado na metade daquele ano. O resultado disso foram escolhas de design idioticas de cair o queixo e numerosos casos de pura preguiça por parte dos desenvolvedores, como eu citei alguns (mas não todos) nesse texto.

Mas ainda sim a base do jogo é sólida e feita com cuidado poderia ter sido um grande jogo. O que, alias, foi exatamente a mesma coisa aconteceu com MEGA MAN 6 que foi rushado para ser lançado antes do Nintendinho morrer, apenas que X3 não tem uma armadura de cachorro voador (o que é freaking incrível, obviamente).

"Não adianta, X. Eles vão continuar shippando a gente até o fim dos tempos não importa quantas vezes eu explique que robos não tem pintos"

A série Mega Man X é como ser amigo de alguém que é muito legal e compartilha muitos dos seus interesses, mas também é propenso a surtos de depressão maníaca e violência extrema. Em seus dias de X5 e X8 ele é incrivelmente divertido, contando todo tipos de piadas e animando cada sala em que entra. Em seus dias X1 e X4, qualquer um juraria que ele é o cara mais legal de toda a existência. Mas alguns dias sua depressão aparece, e ele começa a revirar os olhos para o que quer que você diga e fazer comentários sarcásticos em voz baixa, nos seus dias de X2 ainda muito são divertidos apesar de tudo. Em seus dias de X7, ele fica deprimido aleatoriamente, chuta você no saco e sai batendo a porta. E em seus X6 dias ele atira em ambas as suas rótulas, incendeia sua casa e te faz comer os seus próprios dedos.

X3 fica mais ou menos no meio dos seus dias deprimidos, onde ele não está sendo violento ou particularmente odioso, mas ele ainda está sendo realmente passivo agressivo e bastante irritante. É difícil realmente odiá-lo, mas ele ainda é meio incomodo estar por perto, e até o final do dia fica realmente cansativo se desculpar por ele em todas as pequenas coisas irritantes que ele faz se empilharam e todos em sua vizinhança estão prontos para estrangulá-lo. 

Mas você ainda se importa com ele e está disposto a dar mais uma chance. De qualquer forma, apesar de ter momentos até divertidos depois da metade, foi a primeira vez em cinco anos de blog que eu tive que respirar fundo pra jogar um jogo do Mega Man... e infelizmente não será a última.

MATÉRIA NA AÇÃO GAMES
Edição 104 (Junho de 1996)


MATÉRIA NA SUPER GAME POWER
Edição 018 (Setembro de 1995)


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Edição 007 (Março de 1996)


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