Se Skuljagger: A Revolta dos Westicanos fosse uma refeição, seria um jantar completo de chuchu com água. Honestamente é um jogo bem estranho para se escrever sobre ele e eu seriamente considerei pular escrever sobre esse jogo (como é meu direito sagrado uma vez por Ação Games, concedido por mim), mas então decidi faze-lo apenas para poder usar como referencia e parecer cool citando um jogo obscuro. Ainda sim, eu joguei por uma hora e é dificil pensar em um jogo mais esquecível do que esse, jogar esse jogo é o equivalente intelectual ficar olhando grama crescer ou ouvir a Nilce Moretto pagando de "formadora de opinião".
1 jogador, 2 jogadores, passwords, treino de chiclete... espera, o que? |
E quando eu digo "esquecível", eu quero dizer até que ele não é ruim o bastante para ser lembrado. O jogo, claro tem algumas decisões de design bem ruins, mas nenhuma delas prejudica realmente o jogo e são bastante periféricas ao ponto de poderem ser completamente ignoradas.
A ideia do jogo é misturar piratas e chiclete, porque por algum motivo todos os seus power ups são baseados em pegar chicletes de sabores de frutas e cada sabor dá um poder diferente. O chiclete de cereja se transforma em um balão que faz o nosso herói sair voando...
... a de uva te envolve numa bolha de goma de mascar que te protege por alguns segundos...
... o de laranja você pode usar como granada por 8 segundos ou 35 disparos, o que vier primeiro, ,e o de melancia faz você girar aloucadamente pela tela.
Esses power ups estranhos a parte, eu não sei porque envolver piratas e chicletes, eles não adicionam o suficiente ao jogo para ele ser interessante. Não é ruim, mas também não adiciona muita coisa. Ou nada, na prática.
O jogo também tem um sistema de gemas que funciona como as argolas em Sonic (se você for atingido você perde suas gemas e se for atingido sem nenhuma você morre). Só que as gemas não saem voando pela tela nem nada, então não faz muita diferença pegar mais do que uma exceto que as gemas vermelhas permitem sua espada emitir um disparo bem lame até um total de três. Então se você tiver 3 gemas vermelhas e uma verde, não precisa de mais nada.
Então você anda, bate em caras espartanos por algum motivo, coleta gemas que não importam e chicletes que adicionam pouca coisa ao jogo. E é isso o jogo. Não que Skuljagger faça essas coisas mal feitas, apenas não tem muito mais do que isso realmente.
O botão de pulo pula direitinho, o botão de ataque dá um ataque com um bom alcance e uma boa detecção de colisão. O level design é ok, os gráficos são passaveis e coloridos.
Conforme eu for avançando na vida do Super Nintendo, temo que haverão mais e mais jogos como Skuljagger e menos jogos como Race Drivin ao passo que os desenvolvedores vão se acostumando cada vez mais com o hardware do SNES, conseguem entregar os jogos dentro do prazo sem tanto stresse e coisa assim que fazem o jogo cair nesse vale familiar de mediocridade.
Em defesa do jogo, pode se argumentar que o jogo vem com um manual de 80 páginas que na verdade é um livro ilustrado contando a história do jogo e porque você deveria se importar com esses personagens, mas esse livrinho não existe scanneado em lugar algum da internet então não posso dizer muito sobre isso.
Então é isso, Skuljagger não é um jogo ruim por qualquer métrica, mas provavelmente você já vai ter esquecido dele entre o tempo de terminar o jogo e ir até o console desligar o videogame.