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sábado, 13 de janeiro de 2024

[#1218][Jun/98] QUEST 64 (ou "Holy Magic Century" na Europa e "Eltale Monsters" no Japão")

As pessoas tem uma ideia de que o Nintendo 64 teve poucos jogos lançados - em especial se compararmos com o Super Nintendo antes dele e mais ainda se compararmos com o seu contemporaneo PS1 - porém não tem uma noção exata do quanto.

Ao todo, foram lançados 1755 jogos de Super Nintendo, quase 8 mil jogos para o PS1 durante toda sua vida útil (sim, MAIS DE OITO MIL) e mesmo o Saturn ganhou mais de 1000... enquanto para o Nintendo 64 esse número foi de 388 jogos no total, sendo desses 85 exclusivos do Japão. Sim, trezentos e oitenta e oito. É bem pouco, só de jogos revisados de PS1 nesse blog vai passar esse número tranquilamente.

E a razão é fácil de entender: devido ao seu formato único de cartucho, as desenvolvedoras não podiam simplesmente portar jogos de PS1 para o Nintendo 64, elas tinham que fazer uma versão própria para o console da Nintendo praticamente do zero. E isso demandava tempo (logo, dinheiro) que bem pouca gente achava negócio bancar. Logo era a questão de escolher entre o PS1 ou o Nintendo 64 e se você só tem uma bala na agulha é bastante óbvio onde o seu tiro vai. Some a isso os custos que a Nintendo exigia das desenvolvedoras pra publicar no seu console e o péssimo relacionamento acumulado do tempo que ela tinha monopolio dos videogames e o resultado final foi bastante óbvio.

Mas pq eu estou falando disso? Bem, pq devido a essa escaces de jogos para o Nintendo 64 alguns generos tomaram bonitaço no toba. Vc sabia, por exemplo, que até junho de 1998 não havia um único jogo de RPG para o Nintendo 64? NENHUM. Zero. Zilch. Nothing. Nada.

Como você espera sobreviver no Japão sem lançar um ÚNICO RPGzinho sequer para o seu sistema é algo que eu jamais entenderei, mas esse era o brete que o Nintendo 64 estava. DOIS ANOS sem um RPG sequer, aí fica dificil te defender Nintende...

Bem, seja como for era só questão de tempo até alguém perceber essa abominação na biblioteca do Nintendo 64... bastante tempo, verdade, mas enfim uma hora alguém ia ver. E quis o destino que esse alguém fosse a Imagineer.


Agora, se esse nome não lhe é imediatamente familiar, nada tema: vc não está ficando senil, é que não a Imagineer não tem um grande currículo. Com efeito, ele é quase inteiramente composto por ports de jogos de um sistema para o outro: por exemplo, eles fizeram a versão de Nintendinho de LEMMINGS ou a versão de Super Nintendo de SIM EARTH

Então o primeiro RPG de Nintendo 64 também é um dos primeiros jogos originais desenvolvidos pela Imagineer, é cego guiando cego, o que possivelmente poderia dar errado?


Oh Deus...

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

[#1217][Mai/98] GUILTY GEAR: The Missing Link

E se ontem falamos sobre as origens de uma das maiores desenvolvedoras da atualidade (a Treyarch que hoje é famosa por seu panbilionário Call of Duty, que começou humildemente com DIE BY THE SWORD), hoje é dia de fazer algo parecido, mas diferente.

Isso pq hoje é dia de falar daquela que é conhecida por fazer os jogos de luta mais dinamicos, coloridos, animezisticos, chocolatantes, velozes e furiosos desafio em Tóquio da atualidade: a Arc Systems. Hoje, os jogos da Arc não apenas são presença garantida em qualquer torneio de luta que preze pelo seu nome, como são referencia do que se deve esperar de um jogo de luta em termos de dinamismo, velocidade e ação.

Dragon Ball FighterZ é o jogo mais popular da Arc atualmente, e isso não é uma cutscene de abertura: é um ataque especial que rola no meio da luta mesmo. Pq é assim que a Arc rola.

Agora que estamos todos cientes de quem é a Arc Systems, cabe dizer que Guilty Gear é o jogo que colocou a empresa no mapa e uma série que eu não sabia absolutamente nada a respeito exceto que tinha um visual de anime e parecia muito maneiro. Agora, tendo não apenas jogado como tendo pesquisado a respeito da história de Guilty Gear e da Arc Systems, eu posso dizer que a história desse jogo e da própria empresa é bem mais louca do que parece inicialmente.

E olha que a coisa já parece bem louca.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

[#1216][Mar/98] DIE BY THE SWORD


E hoje, meninos e meninas do meu Brasil Baronil, é mais um daqueles dias de falar das origens humildes de um estúdio de games que é colossalmente, gargantuamente grande. Com efeito, eu realmente tenho dificuldade em pensar em muitos nomes maiores do que eles atualmente! E por isso eu estou falando, é claro, da Treyarch Games!

QUE? COMO ASSIM CARA, COMO ELES SÃO TÃO GRANDES SE EU NUNCA OUVI FALAR DESSA EMPRESA!

Bem, me permita colocar em contexto: recentemente, em 2023, quando a Microsoft tentou comprar a Activision-Blizzard em um negócio de BILEÕES DE DOLARES, teve uma franquia em particular que travou todo o brinquedo ao ponto que os órgãos reguladores americanos temeram por um monopolio da Microsoft com essa aquisição.

E que franquia era essa? Bem, acredite ou não, não era nenhum dos jogos a Blizzard: não era World of Warcraft e nem era STARCRAFT. Tambem não era nem mesmo fucking Candy Crush, que tava no pacote. Não, o que REALMENTE preocupou os regulares que pudesse formar um monopolio da Microsoft foi uma franquia tão grande, mas tão grande que o próprio nome cria suas próprias ondas gravitacionais. Estou falando, é claro, disso:


Sim, a Treyarch é a empresa por trás de Call of Duty e por isso você entender o pq eles são tão grandes. E, como eu disse, hoje é o dia de dar uma olhada no humilde começo da Treyarch: este joguetim que atende pelo nome de Morre pela Espada

domingo, 7 de janeiro de 2024

[#1215][Abr/98] SUPER TEMPO

Ao longo de todos incontáveis anos da história dos videogames, diversos protagonistas de jogos de plataforma já tiveram incontáveis super poderes. Alguns uteis, alguns quebrados, e alguns realmente pitorescos, porém dentre estes, nenhum é realmente mais pitorescos do que os poderes do nosso gafanhotinho maneiro Tempo.

E qual seus poderes, vc pergunta? Bem, acredite ou não, ele tem o super poder de se abraçar com videogames morrendo da Sega que deram catastroficamente errado - e se esse não é um dos piores poderes da história dos videogames, bem, é preciso comer muito feijão com arroz pra chegar lá.

sábado, 6 de janeiro de 2024

[#1214][Fev/98] IWATOBI PENGUIN ROCKY X HOPPER 2: Tantei Monogatari


Um fato curioso que eu aprendi nesse blog em todos esses anos é que a Ação Games não curte muito fuxicar em jogos japoneses que ninguém jamais vai considerar lançar em outro idioma que não o nihongo (salvo raras exceções, muito raramente eles metem um KAMEN RIDER SD: SHUTSUGEKI!! RIDER MACHINE da vida). Enquanto isso, já a Gamers e a Super Game Power não tem a menor vergonha em ir no balaião de descontos da Liberdade em São Paulo e catar cada perola que minha nossa senhora do henshin molhado...

Não é tão raro assim eles meterem o louco e fazerem matéria de RPGs em japonês que jamais seriam lançados por aqui (como FRONT MISSION 2 ou SHINING FORCE 3: Scenario 2 - Target: Child of God) - ou que seriam lançados/fã traduzidos apenas decadas e decadas depois. Porém isso é o de menos, porque tem dias que eles se puxam para tirar do fundo do baú uns jogos realmente REALMENTE obscuros, tipo um NOON: New Type Action Game da vida.

E o jogo de hoje é um dos mais obscuros de todos eles.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

[#1213][Jun/98] CARDINAL SYN


A sociedade é muito rápida em julgar, e muito lenta em perdoar. Passe uma vida inteira de virtudes, ajudando o próximo e sendo um cidadão exemplar que basta uma única vez você realizar atos sexuais com um cavalo em praça publica que vc será eternamente lembrado apenas por isso. Que mundo é esse tão cruel que a gente vive.

No mundo dos videogames, funciona da mesma forma. Frequentemente você vai encontrar por aí menções a trilogia do terror da Kronos - três jogos marcados na história dos videogames não por serem do genero terror, mas por serem tão ruins que evocam os sentimentos de panico mais basais da raça humana.

A saber, esses jogos são CRITICOM de 1995, DARK RIFT de 1997 e esse Cardinal Syn de 1998. Agora a parte injusta disso é que enquanto CRITICOM merece todas as críticas possíveis direcionadas a ele e mais algumas inventadas apenas para este jogo - e com efeito, o título de "pior jogo de luta de todos os tempos" não é de forma alguma injusto - os outros dois acabam levando a fama meio que de graça.


Quer dizer, DARK RIFT não é um jogo bom realmente, mas é okay-ish. E olha, ser okay-ish quando se é a continuação da abominação espaço-temporal que é CRITICOM já é bastante coisa... mas então eu entendo as pessoas terem o pé atrás desse jogo. E o terceiro jogo desenvolvido pela Kronos também recebe a mesma quantidade de merda por essas razões compreensíveis, mas a coisa é...

... Cardinal Syn é até que meio bom. Eu nunca achei que diria isso de um jogo de luta dos criadores de CRITICOM, mas é e é isso que veremos hoje!

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

[#1211][Abr/98] WARHAMMER: Dark Omen


Em 1998, o cenário dos jogos de estratégia em tempo real (RTS) era brutalmente competitivo entre a Westwood e a Blizzard, cada uma trocando golpes com a outra através de jogos cada vez mais acachapantes (sim, essa é provavelmente a giria mais anos 90 já usada ever nesse blog). O que foi a história que eu contei não muitos dias atrás, em STARCRAFT.

Pois bem, a história que eu quero contar hoje é uma inteiramente diferente: é a história da terceira força nos jogos de estratégia em tempo real. Isso pq enquanto voava sangue pelo primeiro e segundo lugar, a Microsoft tentava chegar na maciota e ficar com o terceiro lugar com seu AGE OF EMPIRES. A Eletronic Arts viu isso, esse dedo no cu e gritaria que era a disputa pelos mercados de RTS e percebeu que havia sim um bom dinheiro a ser feito ali... porém outra coisa que eles pensaram foi que também havia uma outra forma mais inteligente de fazer esse dinheiro do que bater cabeça com os gigantes do mercado e é isso que veremos hoje.

Vamos colocar da seguinte forma: quando vc pensa em RTS, obviamente vc pensa em jogos de computador. Isso é o básico do básico, já que jogar essas coisas sem mouse não é nada senão sofrimento e dor - e digo isso como um dos maiores entusiastas dos consoles ever, eu sempre vou preferir jogar qualquer coisa com um joystick na mão do que um teclado e mouse (especialmente FPS)... mas RTS não dá, jogar RTS no direcional é absurdamente desconfortável e TEM que ser feito com o mouse.

Por isso, obviamente que RTS nunca foram uma grande coisa nos consoles - e não são ainda hoje. Tá, tecnicamente existem ports de hojes como COMMAND & CONQUER: Tiberian Dawn para PS1 /Saturn e STARCRAFT para Nintendo 64, mas na moralzinha, eles são um cu molhado de se jogar. E é aqui, exatamente aqui que a Eletronic Arts viu a sua chance de ouro de fazeres muitos dinheirones.

Pq imagine E SE, veja bem, E SE houvesse um RTS que fosse super acessível para ser jogado com o controle? Um RTS que funcionasse genuinamente bem no PS1, onde a competição no genero era praticamente inexistente? Pois é aqui que entra o PRESSÁGIO SOMBRIO.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

[#1210][Mai/98] BIO F.R.E.A.K.S.

E cooooooooooooooooouuuuuuuuummmmmeeeeeeeeçççççaaaaaaaa 2024! O ano da virada! O ano do amor! Um ano que certamente promete grandes emoções! Um ano que promete grandes jogos! Um ano que promete...

COMEÇAR COM UM JOGO DE LUTA DO NINTENDO 64

Oh boy, e lá vamos nós, e não vamos só no sabado cantar...

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

[#1208][Abr/98] TAIL CONCERTO

Se existe um jogo pouco conhecido ou mesmo completamente obscuro (do tipo foi lançado em apenas dois bairros do Japão com 13 cópias vendidas), pode ter certeza que haverá uma review no YouTube dizendo que essa é a "perola perdida" do sistema. Na imensa maioria das vezes, entretanto, essas tais "perolas perdidas" são jogos medíocres que ficaram perdidos por uma razão em primeiro lugar e que só são chamados de "tesouros escondidos" pq isso dá views - ninguém vai clicar para ver um video sobre um "jogo absolutamente mediano, nem tão ruim, nem tão bom, que vc nunca ouviu falar e definitivamente não tem nenhuma memória afetiva dele". É assim que o jogo é jogado.

Entretanto, aqui e acolá, quando o vento sopra corretamente e as estrelas estão certas, eis que a tal "perola escondida" é realmente uma jóia oculta, um jogo magistral, fenomenal, supimpático como é o jogo de hoje!

TAIL CONCERTO É UMA "PEROLA OCULTA" DO PS1?

Definitivamente! Um tesouro da história dos videogames que passa desapercebido dos olhos do grande público!

SEI. E VOCÊ ESTÁ DIZENDO ISSO POR CAUSA DO GAMEPLAY, OBVIAMENTE, E NÃO PQ ESSE JOGO ENVOLVE PEITINHOS FURRIES, NÉ?

Eu... hã... bem... eu posso ou não ter reparado que esse jogo envolve exibição gráfica de furries macias com cheiro de baunilha e decotes, é, suponho que é algo que possa ter vindo a minha atenção.

E SE VOCÊ FIZER UM GRANDE ESFORÇO E TIRAR AS PEITOLAS PELUDINHAS DA EQUAÇÃO, ESSE JOGO ENQUANTO JOGO MESMO ... ELE É GRANDE COISA?

O que? Bem, se cometermos o crime inafiançável de desconsiderarmos as furriezinhas fofinhas chocolatantes e gatíneas (literalmente)... é, não, definitivamente esse jogo não é tão grande coisa assim. Mas quem faria isso quando estamos falando de pequenos magumbos felinos?

OH BOY, ESSE VAI SER UM DIA DAQUELES...

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

[#1207][Abr/98] SHINING FORCE 3: Scenario 2 - Target: Child of God


E que jogo melhor para ocupar esta semana entre o natal e o ano novo do que um jogo cujo (ridiculamente longo) título declara que o alvo será nada senão o próprio Filho do Home? Entretanto, como suponho que vc já deva ter imaginado, "Deus" aqui é mais no sentido de chefe final de jRPG que parece um carro alegórico do que o cara que mandou apedrejar quem usar roupas feitas de dois tecidos diferentes. Mas vamos começar do começo...

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

[#1206][Abr/98] MEGA MAN & BASS (ou "Rockman and Forte" no Japão)


E então, simplesmente do nada, por motivo causa razão ou circunstancia nenhuma (exceto o dinheiro, claro), a Capcom decidiu lançar um jogo de Super Nintendo na metade de 1998. Quase dois anos após seu último jogo para o Super Nintendo (que seria MARVEL SUPER HEROES in WAR OF THE GEMS, lançado em outubro de 1996), eles decidiram tirar a poeira do devkit antigo e fazer um port de MEGA MAN 8: Anniversary Collector's Edition para o console antigo da Nintendo.

Em entrevistas posteriores, o produtor da série, Kenji Inafune, disse que ele queria proporcionar uma mega-experiencia para as crianças que não tinham um sistema de 32 bits. Porém, como veremos a seguir, se esse jogo foi feito para crianças então eu sou um Marea Turbo 1.0 em chamas com escada da firma no teto.

sábado, 23 de dezembro de 2023

[#1205][Abr/98] BOMBERMAN WARS


Mal faz dez dias que eu falei de BOMBERMAN HERO, em especial de como a equipe da Hudson estava absurdamente sobrecarregada nesses tempos tendo lançado TRÊS jogos do Bombermildo em um intervalo de apenas seis meses - o que é um crunch desgraçado e certamente essa galera já tava mais pele do que osso a esse ponto.

O que eu realmente não fazia ideia é que essa conta estava errada: não foram três jogos diferentes de três generos diferentes (ou seja, que sequer reaproveitavam os assets e tiveram que começar tudo do zero três vezes), foram quatro! Isso pq quando eu folheei as revistas e vi esse Bomberman Wars por cima, eu achei que ele era apenas alguma variação de BOMBERMAN FIGHTER. Mas não! Bomberman Wars não apenas é o quarto jogo do nosso terroristinha favorito dos games lançado dentro de seis meses, como é o quarto jogo inteiramente diferente de um genero completamente diferente!


E eu digo isso pq esse jogo é, acredite ou não, um RPG Tático de Bomberman!

AGORA VOCÊ JÁ ESTÁ INVENTANDO COISAS, COMO QUE SE FAZ UM RPG TÁTICO DE BOMBERMAN? TIPO TEM CLASSES E TAL COM HABILIDADES ESPECIFICAS, MAS OS ATAQUES SÃO SUBSTITUIDOS POR BOMBAS?

Quase isso. Apenas adicione que esse é um RPG Tático... misturado com xadrez.

ESPERA, O QUE?

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

[#1204][Abr/98] FORSAKEN

 

O jogo de hoje é um daqueles casos que é o que eu chamo de "efeito Phalanx": todo mundo e a mãe de conhece a capa do jogo... não necessariamente pelos motivos certos... mas bem menos gente efetivamente já pegou o jogo pra jogar ou sequer sabe do que se trata essa bagaça 

DO QUE TU TÁ FALANDO, CARA, EU NUNCA VI ESSA CAPA NA MINHA VIDA!

Isso pq eu coloquei a capa japonesa na introdução pra fazer um charme, a capa ocidental do jogo é o que causa aquele efeito de "aaaaaaah, isso, é, sim eu já vi essa bizarrice antes...":



AAAAAAAH, ISSO, É, SIM EU JÁ VI ESSA BIZARRICE ANTES...

Não disse? 

domingo, 17 de dezembro de 2023

[#1200][Abr/98] BLASTO


E com esse jogo chegamos a inexoravel, espafurdica, saliente marca de MIL E DUZENTOS JOGOS! Uau, mil e duzentos, parece que foi ontem que mil jogos atrás eu estava jogando OUT OF THIS WORLD para o jogo 200... mas era março de 2019, uma época que eu fazia a menor ideia que sentiria falta hoje.

Mas bem, aqui estamos e para o jogo 1200 vc esperaria algo especial para um numero tão redondo e tão bonito, certo? Bem, não. A vida não é nada senão desapontamento e decepção, quanto antes voce aprender isso melhor. Então para o jogo 1200 não teremos algo especial, teremos o exato oposto de especial!

Ou seja, teremos Blasto.

sábado, 16 de dezembro de 2023

[#1199][Mar/98] STARCRAFT

Se tem uma coisa que eu realmente sinto falta nos videogames hoje, e isso é raro vindo de mim pq eu realmente tenho horror a essa coisa de "antigamente que era bom", é que não existe mais a coisa de duas empresas competirem pelo domínio de um genero. O último exemplo mais recente que tivemos foi a Konami com seu PES  contra a Eletronic Arts e seu FIFA pelos jogos de futebol - mas isso acabou faz um tempinho já.

Nos anos 90, entretanto, batalhas pessoais eram o pão com manteiga da decada. Sega e Namco lutavam pelos jogos de luta 3D, enquanto Capcom e SNK travavam batalhas lendárias pelo melhor jogo de luta 2D. Sierra e Lucas Arts nos point'n clicks, e por aí vai.

E isso é relevante porque o episódio de hoje é sobre uma das mais - se não a mais - profunda dessas batalhas: Westwood vs Blizzard, valendo o trono dos RTS!

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

[#1198][Abr/98] BOMBERMAN HERO

Em setembro de 1997, a Hudson pegou todo mundo de surpresa ao lançar BOMBERMAN 64. Digo surpresa pq todo mundo e a mãe de todo mundo esperava que BOMBERMAN 64  fosse uma adaptação literal do bombardeiro branco, só que com gráficos 3D... e não era. Pelo contrário, ele foi um esforço genuíno da Hudson em fazer um jogo de plataforma 3D (bastante inspirado em SUPER MARIO 64, obviamente) que usa os movimentos iconicos do herói das bombas para fazer a sua própria coisa em três dimensões. É um joguinho simpático, eu gosto dele.

Aí apenas três meses depois,a Hudson soltou o jogo que todo mundo esperava que BOMBERMAN 64 fosse: BOMBERMAN WORLD, para o PS1. Esse sim é literalmente o jogo do Nintendinho, só que com gráficos 3D. Bem menos interessante no meu livro, mas enfim, esse jogo existe.


Só que a Hudson estava realmente com fogo na raba e outros três meses depois, lança um terceiro jogo do Bomberhomem inteiramente diferente. Sim, o terceiro jogo em três meses e pouco, e nenhum sequer reaproveita os assets e muito menos a engine do anterior. Então ou a Hudson tinha uma equipe de um bilhão de programadores trabalhando em regime analogo a escravidão pra fazer TRÊS jogos diferentes em pouco mais de seis meses...

... ou esse terceiro jogo vai parecer muito o terceiro jogo da franquia feito na base do crunch e privação de sono. Vocês tentem adivinhar qual foi o caso aqui.

Bomberman ou um pedido de socorro, vcs decidem

domingo, 10 de dezembro de 2023

[#1197][Jul/98] MISSION: IMPOSSIBLE

Responda rápido: qual é a maior e mais regular franquia de filmes de Hollywood? Você sabe, a que com maior consistencia entrega numeros colossais de bilheteria enquanto os fãs saem sempre satisfeitos de terem visto exatamente o que eles pagaram pra ver?

Marvel? Nah. DC? kkkk. Star Wars? Pff, quem dera. Velozes e Furiosos? Não exatamente. 007? Não, mas você está começando a chegar perto. Mais do que a Marvel ou a DC, mais do que Jurassic World, mais até do que James Bond com seus elenco giratório de 007s, a franquia Missão: Impossível funciona com uma precisão suiça em sua capacidade de atender às expectativas. E não apenas quaisquer expectativas, saiba você – altas expectativas. As pessoas querem ação de alto nível, cenários bonitos, uma quantidade modesta de drama mexicano sobre as crescentes perdas pessoais de Ethan Hunt, Tom Cruise fazendo muitas de suas próprias acrobacias sem dublês e uma história descomplicada em que um bandido tem (ou quer) alguma coisa e um cara legal tem que conseguir isso. E, é claro, ele sempre consegue.

Então a questão que tem que ser feita é: quase 30 anos e 8 filmes depois, como essa série não apenas existe, como ela ainda é consistentemente boa? Como isso é sequer possível? Bem, a resposta para isso se dá logo nos primeiros segundos do primeiro filme, saiba você:

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

[#1196][Jun/98] BANJO-KAZOOIE

Em meus muitos anos nessa indústria vital (nossa, estamos caminhando para sete anos daqui a pouco, impressionante), a esse ponto eu meio que já vi toda história de desenvolvimento de jogos que deram errado. Não é exatamente ciencia de foguetes, quando o desenvolvimento de um jogo passa por certo nível de problemas é bastante esperado que o produto final não vai dar lá muito certo.

E rapaz, o jogo de hoje definitivamente marca todos os quadradinhos de um jogo que tava quicando na area pra dar errado. Mas vamos começar do começo...

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

[#1195][Mar/98] REBOOT


Era uma vez, um homem com uma visão. Com efeito, um grupo de homens com uma visão... e enquanto isso é a descrição de como começam as piores coisas que a humanidade já fez nesse planeta, eu prometo que dessa vez não será. Do contrário, vamos falar de algo extremamente positivo!

Os rapazes em questão são Gavin Blair, Ian Pearson, Phil Mitchell e John Grace. Juntos, eles tinham a visão que podiam usar a tecnologia para novas formas de histórias, formas que não poderiam ser atingidas de outras maneiras!


... e assim eles ficaram conhecidos por fazer a CG do clipe "Money for Nothing". Tá, nem tão artisticas assim, eu suponho... mas então eles precisavam pagar as contas de alguma forma e fazer o clipe do Dire Straits não é o pior cenário possível. Mas apesar de ter feito isso, não era aí que eles queriam chegar - onde eles queriam realmente chegar era o que viria a ser conhecido como Reboot.