[SNES] ADDAMS FAMILY VALUES (Fevereiro de 1995) [#709]
A coisa que eu mais gosto na ficção é o quanto ela permite você abstrair da sua vida, dos seus problemas por uma hora ou duas. Quem nunca teve um dia absolutamente merda na sua vida e então sentou para ter alguns minutos lendo um bom livro ou assistindo sua série favorita?
Como você pode imaginar por esse blog, a minha coisa são videogames e videogames são coisas excelentes para isso porque eles absorvem sua mente de uma forma como poucas mídias conseguem - não é atoa que videogames conseguem ter dezenas de horas de duração sem que ninguém enlouqueça no processo, é algo comum até. E verdade seja dita, isso é algo que eu realmente preciso agora. Eu tive uma semana muito dificil, muitas coisas realmente grandes estão acontecendo que estão afetando o meu humor e eu realmente posso usar agora apenas sentar, relaxar e apreciar um bom e velho VIDJAGAIME.
Sim, definitivamente é algo que me faria bem agora e esse é um jogo o qual eu não sei absolutamente nada, de modo que é uma oportunidade de conhecer algo novo e incrível. Sabe, eu gosto muito do slogan do Xbox Game Pass "Conheça o seu próximo jogo favorito", porque é esse tipo de atitude positiva que eu busco ter sempre. Pra mim quando um novo jogo começa é como sentar no cinema e ver as luzes se apagarem: mente aberta, me conte uma experiência, estou pronto e otimista para...
AH VAI A MERDA PORRA! TODO DIA ISSO, SAI FORA MALUCO! ME DEIXA EM PAZ DESGRAÇA, PUTA MERDA MAS NÃO TEM FIM ESSA DESGRAÇA EU SÓ ME FODO NESSA MERDA MESMO!
Sério cara, outro jogo da Ocean? Pq? Sério, eu só queria saber isso... pq? O que eu fiz pra merecer essa punição de um jogo da Ocean atrás do outro? Que tipo de crime tenebroso cometi eu para tamanha atrocidade?!
... mas não que eu não devesse esperar isso, é claro. Afinal esse é o jogo do segundo filme da Família Addams, mesmo que tenha sido lançado quase um ano e meio depois do filme. E se tem um jogo de filme, é claro que essa chaga enviada por Deus para atormentar o faraó egipicio chamada Ocean estará lá.
O que é realmente uma pena, porque Familia Addams 2 é realmente um dos grandes filmes dos anos 90. No que tange ao cinema (ao contrário do que acontece com os videogames), é raro uma continuação ser indiscutivelmente melhor que o original porém esse é o caso aqui. Não apenas o elenco mais bem escalado possível foi mantido (Angelica Houston como Morticia, Christina Ricci como Vandinha, Christopher Lloyd como Tio Chico e Raul Julia naileando estupendamente como Gomez), como os atores estão mais confortáveis ainda nos seus papeis, com mais tempo de tela apenas para eles serem eles mesmos.
Em 1991, Barry Sonnenfeld (que posteriormente também seria conhecido pelos filmes dos Homens de Preto) dirigiu o filme The Addams Family, sobre o famoso clã mórbido criado pelo cartunista Charles Addams. O filme foi um sucesso inesperado de publico já que recebeu críticas mistas da imprensa, sofreu com uma trama desnecessariamente arrastada de identidade trocada que impedia os personagens de chegar onde queriamos ver eles e teve uma produção realmente problemática com uma complicada história de disputa pelos direitos da marca, roteiro reescrito em cima da hora várias vezes e essa merda toda.
Para a sequência, Sonnenfeld trouxe o humorista Paul Rudnick e juntos eles escreveram um roteiro muito menos tumultuado, mais simples que dá mais tempo de tela para os personagens fazerem o que queremos ver eles fazer de melhor.
Mas o que é a Família Addams, exatamente?
Quando Charles Addams, em 1938, decidiu inverter o estereotipo da "família ideal americana", ele conseguiu destacar e satirizar tudo que há de errado com ela. Eu não diria que ele estava fazendo uam critica intencional, era mais pra ser a piada no sentido de "olha que louco isso hahaha", porém talvez não intencionalmente ele acabou nos lembrando que o que consideramos como "certo" é apenas uma conjuntura temporal da sua época que as pessoas inventaram, nenhuma verdade social é de fato uma verdade.
Por exemplo, tomemos Gomez Addams. Ele é uma paródia do patriarca ideal dos anos 40: se livrando toda e qualquer masculinidade tóxica (o que era algo que qualquer "homem de verdade" tinha que ter em sua época), ele é obcecado por sua esposa. Muitas vezes o vemos beijando Morticia da cabeça aos pés, dançando com ela e literalmente caindo a seus pés. Em Familia Addams 2, quando Fester lhe pede um conselho romântico, ele diz: "Corteje-a. Admire-a. Faça-a sentir que é a criatura mais sublime da Terra". Você pode não achar isso uma piada hoje, mas na época que o personagem foi criado isso era engraçado de tão ridiculo que seria um pai de família se comportar assim.
Bem... errada ela não tá.
Gomez não é apenas dedicado a Morticia, mas a toda a sua família. Pela lógica da inversão, podemos entender que isso o torna o oposto do que um marido “normal” deveria fazer. Ou então Mortícia que é uma mulher casada mas não é a "megera com o rolo de macarrão na mão e bobs no cabelo", uma mãe de família que é uma femme fatale elegante e composta? Que absurdo, todo mundo em 1940 sabia que apenas mulheres solteiras podiam ser assim e após o casamento o estilo de uma mulher desabava para zero. Todo mundo sabia disso.
E em maior ou menos escala, todos os personagens foram construídos sobre essa métrica - da mesma forma como a filha da família ser gótica trevosa dumauuuuu é algo até esperado hoje, nos anos 40 esse era o absurdo da piada.
Porém o que realmente faz a Família Addams funcionar ainda hoje não é a paródia de uma sociedade que, felizmente, cada dia vai ficando mais e mais esquecida, e sim as questões contemporâneas que ela propõe: o que é estranho? O que é normal? O que é certo ou errado?
Pessoalmente eu não consigo ver as coisas de outra forma que senão pela forma cínica que Dostoiévski descreveu o mundo: "Se Deus não existe, tudo é permitido". Porém para uma sociedade fundamentalmente calcada em "Deus, Patria e Familia" como a americana onde todas as respostas estão categorizadas prontas e embaladas num pacote de "verdades correstas" (e o principal motivo pelo qual eu não consigo assistir um episódio de Friends sem me sentir profundamente incomodado), não é tão simples assim e é isso que faz a Família Addams funcionar tão bem.
A principal piada da Familia Addams é que os Addams não percebem que são estranhos - na verdade, eles acham que os malucos estão do lado de fora de sua porta. O que torna realmente engraçado é que eles estão certos. No segundo filme, durante o acampamento de verão, Vandinha e Feioso se deparam com crianças "normais", mas apesar de suas tendências homicidas divertidas, o par prova que são mais empáticos do que seus pares "normais".
Eles fazem amizade com Joel, um menino judeu nerd que é alérgico a tudo. Quando eles têm que aparecer em uma peça sobre o Dia de Ação de Graças, o lado nativo americano é formado por estranhos; pessoas de cor, pessoas com deficiência e, claro, os Addams. As crianças "bonitinhas" interpretando os colonos que acham que estão fazendo um imenso favor divino ao agraciar aqueles "indígenas primitivos e pobres coitados", mas que não percebem que em sua bela e limpa tradição, eles são na verdade os vilões ali.
Algo que Vandinha prontamente os chama pelo que eles são, pois os "estranhos" é que tem o dom de ver as coisas como elas são:
O que tem de tão glorioso em ser "normal", afinal?
Até Debbie, que é loira e está tentando matar seu tio - é bem-vinda. Quando eles descobrem que ela escravizou Fester, Morticia a elogia por colocar Fester sob "algum estranho feitiço sexual". Seu único problema é que ela o vestiu com tons pastéis, o que vai diretamente contra sua sensibilidade gótica.
Quando Debbie trava a família em cadeiras elétricas, pronta para morrer, eles elogiam sua tenacidade e descaso com a vida humana. Eles aceitaram a morte e estão verdadeiramente interessados em a ouvir a história de Debbie - para entender o que a tornou um monstro. Claro, a piada é que essa história distorcida de demencia e ódio que os fascina, mas ainda sim não é uma coisa muito mais sensível e humana a se fazer?
Outra coisa muito única é que a família Addams tem uma escrita muito única, conseguindo atingir o equilibrio perfeito de ser engraçados em seu modo cinicamente macabros. Não é uma coisa muito fácil de atingir e poucas vezes é tentado, eu lembro por exemplo no primeiro livro do Harry Potter o quanto Hogwarts é retratada como casualmente letal, mas esse tom não é mantido no resto da série.
É por isso que Familia Addams 2 é tão bom quanto sombriamente hilário: do seu próprio modo distorcido, eles se amam de uma forma completa. Ao inverter a família nuclear fria e rígida que era "o certo" nos anos 40, Charles Addams, em vez disso, criou uma família que se ama calorosa e inteiramente, à sua própria maneira. Eles fariam qualquer coisa um pelo outro e dão as boas-vindas a outros forasteiros em seu rebanho justamente em um país que se orgulha de dizer "we dont take your types kindly here". Na verdade, uma espécie inteira que tem orgulho de dizer isso.
A quase um século atrás, a Familia Addams mostrava de uma forma divertida a verdade mais verdadeira a respeito de qualquer relacionamento humano: não existe uma verdade verdadeira, não existem respostas prontas, não existem formulas esculpidas em pedra. Contanto que você não faça mal aos outros, tudo é permitido.
"Fazes o que tu queres, há de ser o todo da Lei. O amor é a lei", já dizia Alester Crowley.
E Família Addams consegue ser uma coisa tão única, tão fora da curva que ela até mesmo desdobra as regras do espaço-tempo e nos brinda com algo que eu julgava impossível a esse ponto: um jogo da Ocean que talvez eu não odeie, quem sabe?
Os Valores da Família Addams para SNES é um jogo até que bem planejado, mas impiedoso, satisfatório, mas frustrante, e um trabalho impressionantemente extenso para um jogo de 16 bits.
O primeiro acerto aqui é que ao invés de fazer um jogo de plataforma absurdamente bosta como eles sempre fizeram (e temo que continuarão fazendo até o fim dos tempos, com a sorte que eu tenho), eles tentaram... algo diferente. Com efeito, esse jogo é baseado no jogo da Ocean que mais perto chegou de ser um jogo decente e o único jogo deles que eu joguei até hoje que não recebeu um "The Worst Of", que é o JURASSIC PARK do Super Nintendo
Esses jogos com visão de cima em um único grande mapa polvilhado com algumas dungeons - basicamente um Legend of Zelda do homem pobre - é quando a Ocean conseguiu chegar mais perto de não ser tenebrosa, e é justamente esse tipo de jogo que esse jogo da Familia Addams 2 é.
A história é vagamente baseada no filme de mesmo nome. Pubert está desaparecido e a família acredita que Debbie Jellinsky é a culpada. O jogador assume o papel do Tio Fester, percorrendo os jardins ao redor da mansão para encontrar pistas sobre o desaparecimento de Pubert e obter acesso à própria mansão.
UNLIMITED PAUAAAAAAAAA
O melhor a respeito desse jogo é que ele claramente foi feito por pessoas que gostaram do filme, porque está repleto de diálogos patetas dos personagens que capturam perfeitamente o espírito da coisa. Em uma quest, Gomez deixou cair a chave da mansão em água limpa e pura que os Addams não podem tocar porque yuck, água limpa eca... o que é remediado por Fester inundando a água com esgoto bruto. Em outro, Morticia pergunta como Fester está indo, ao que ele responde “miserável” e ela responde "como eu te invejo".
O estilo irônico foi divertido de ler e até me fez rir um pouco, o que é absolutamente raro nessa época já que a maioria dos jogos mais antigos usa dialogos quase desumano de tão hiper-sérios que são já que os jogos eram dirigidos a crianças e era uma fé inabalavel da indústria que crianças não tinham interesse em nenhum humor que não passasse necessariamente por sons de peido.
Porém aqui os dialogos são realmente Addams-ish, o que é muito legal.
Quanto ao que você tem que fazer nesse jogo, a forma rápida de resumi-lo é comparar com Legend of Zelda: você tem um grande mapa com dungeons nele, vc precisa entrar nas dungeons para conseguir alguma coisa que te permitirá ir para a próxima e assim por diante. Na teoria.
Na prática, heh... Andar pelo mapa é o principal obstáculo do jogo, e desenhar seus próprios mapas é essencial para progredir porque o jogador é lançado nesse mundo com muito poucas informações do que fazer, para onde ir e onde estão as coisas. E por "muito pouca" eu quero dizer quase nenhuma.
Em essência, o que Fester faz é encontrar objetos e entregá-los aos membros da família conforme a quest que o NPC lhe passou, que então lhe dão itens mais úteis, com o objetivo de finalmente conseguir entrar na própria mansão.
Encontrar itens é a parte fácil, saber o que fazer com eles ... nem tanto e é aqui que a Ocean volta a mostrar suas cores de boa e velha Ocean. O jogo não dá muita informação de para onde ir a seguir, o que fazer, e ele passa em um mapa grande e complicado de navegar, não é tão simples assim ir do ponto A ao ponto B. Ao contrário de Legend of Zelda, que tem um mundo maior que esse mas tem um mapa extremamente funcional atualizado em tempo real pra te dizer onde você está. Aqui eu sequer entendi o que esse mapa supostamente quer dizer e como ele atualiza, e isso é algo que eu não costumo ter muitos problemas em jogos.
Se você conseguir acompanhar os diálogos bem o suficiente, terá uma ideia de onde levar alguns dos itens, mas não todos... supondo que o membro da família ainda esteja no mesmo local - as vezes eles apeans saem andando e encontrá-los é bem incomodo também. O resultado é que muito do jogo é gasto com backtracing, não é bem o tipo de aventura em que a maioria das coisas se encaixam naturalmente ao longo do caminho.
Em vez disso, esse jogo é em sua maior parte sobre revisitar as mesmas áreas repetidamente, conversar com membros da família após receber qualquer item novo e basicamente tatear no escuro em busca de respostas para os puzzles do jogo. Às vezes, o nível de complexidade é impressionante, mas, em outras, parece aleatório ou, pelo menos, projetado para frustrar e incomodar - como esperado da Ocean. Pistas sobre o que fazer para metade das tarefas são inexistentes, e mesmo que você saiba o que fazer, o jogo requer viagens tediosas dos trechos oeste do mapa para seções no extremo leste com bastante frequencia apenas para aumentar artificialmente a duração do jogo.
Se sua experiência com o jogo for como a minha, você se verá indo em uma direção até não poder mais avançar. Então, você tentará outro caminho ... e outro ... até encontrar o item certo (ou completar a quest necessária) e seguir em frente. Enxague e repita pelas próximas horas.
O combate desempenha um papel secundário nesse jogo, a maioria dos inimigos caindo com 1 a 2 raios. Isso não é ruim, entretanto, porque a Ocean teve a decência humana de fazer com que o seu ataque jogue os inimigos para trás, o que é muito útil para impedir que eles gangbangueiem você em toda tela. Sim, eu sei, eu usei "Ocean" e "decencia humana" na mesma frase e eu estou tão assustado quanto vocês.
Parece que a própria Ocean se deu conta disso e tomou uma medida para mandar o seu bom nome ruim: seu ataque principal é disparar o que parece ser um raio de sua mão. Com enegia cheia, esta arma tem um alcance decente. No entanto, conforme ele sofre dano, seu raio encolhe até que esse raio só possa atingir os inimigos bem em cima dele. Considerando que poucos inimigos largam itens de cura e que mesmo assim a cura mal enche um medidor de energia, é dado que a maior parte do jogo você vai estar com um ataque bem merda, especialmente nas áreas mais difíceis deste jogo - especialmente porque muitos inimigos e chefes são muito mais rápidos do que o Fester. Talvez isso não devesse ser uma surpresa (o cara é um gordinho baixo e corcunda e esse é um jogo da Ocean), mas não adiciona positividade a sua experiencia com o jogo, isso é certo
Os controles... são uma merda. Eles são desajeitados e lentos, mas então esse não é um jogo que exige controles particularmente dinamicos. É ruim, mas é um ruim gerenciavel e não o habitual "Ocean-ruim" que eu poderia esperar.
Um desses portais te faz avançar, a outro faz você recomeçar a dungeon. Em algumas dungeons são até 8 portais para você adivinhar qual é o certo. #justoceanthings
Na mesma batida, os gráficos deixam um pouco a desejar, mas dão conta do recado. Não é o melhor que o SNES podia oferecer em um jogo de 1995, mas é aceitável para a época. Embora cada área seja bem feita, uma tela do pântano (ou floresta, deserto, etc.) tende a se parecer muito com a outra, aumentando a confusão e a frustração de se mover. Uma área conhecida como Wetlands é particularmente atroz nesse quesito, ela é composta de várias telas e é muito dificil você dizer onde você está porque todas se parecem muito.
Os inimigos têm um design simplista e até mesmo os chefes são esquecíveis. Os membros da família também são renderizados de maneira bem básica, embora eu não possa deixar de admirar as fotos nas caixas de dialogo serem muito semelhantes às de suas contrapartes na tela grande.
Com um jogo tão grande e tão criptico no que fazer, é apenas natural você cruzar os dedos para que ele um sistema de sabe implementado... o que não é o caso. No entanto, temos um sistema de passwords... só que para conseguir um password você tem que visitar o primo It no extremo leste do mundo. Bem, é melhor do que nada, suponho.
HOLY CARAMELO, OLHA O TAMANHO DESSE PASSWORD IRMÃO!
Ok, "nada" não é tão ruim assim.
E se as atividades do mundo externo deste jogo não quebrarem sua alma, as masmorras são mais do que capazes de terminar esse trabalho. Provavelmente, você receberá vários golpes baratos de hordas de inimigos minúsculos e velozes que gostam de se esconder atrás de pedras e outros obstáculos que você não consegue atingir porque você não ataca na diagonal. Ou você ficará confuso no seu enésimo encontro com um dos "puzzles" favoritos do submundo de Addams Family Values - jogar um jogo chamado "Adivinhe qual teletransportador não o levará de volta oito salas" ou então o sempre clássico "Aperte aleatoriamente esses botões até que alguma coisa aconteça, mas você não tem certeza de que alguma coisa vai acontecer!".
Sério, essas telas são parecidas demais pra vc saber diferenciar onde está
Esse jogo faz um trabalho fantástico em te fazer sentir ir de um lugar a outro é pura sorte ou tentativa e erro, ao contrário de qualquer coisa parecida com habilidade ou saber jogar o jogo.
Sabe de uma coisa? Foda-se a Ocean. Eu realmente gosto de Família Addams e no começo dessa review estava com a melhor boa vontade do mundo MESMO sendo um jogo desses comedores de crumpets miseraveis. Mas agora falando sobre todas essas coisas, não tem como não ver que Addams Family Values é realmente um jogo terrível. Ele tenta emular Link to the Past, mas falha miseravelmente em todos os aspectos. TODOS. Freqüentemente você não tem ideia de para onde deve ir e vagar por aí não é nem remotamente divertido. Talvez o diálogo e a atmosfera eficaz sejam suficientes para salvar este jogo de ser completamente patético ... mas não muito.
Porque se tem uma certeza que eu tenho nessa vida, se eu precisasse apontar uma única coisa como uma verdade incontestável do mundo é que a Ocean sempre foda a porra toda. TODA E CADA SIMPLES VEZ, isso é algo com o que dá sempre pra contar.