Então... reassistir Coração Valente após tantos e tantos anos foi uma experiencia bem diferente do que eu tinha em mente. Veja, eu lembrava de Coração Valente da exata mesma forma que você está lembrando agora: discursos épicos ("ELES PODEM TIRAR NOSSAS VIDAS...!"), arco trágico do herói, gaitas de fole e as batalhas em câmera lenta, a emoção crua e o tema da vingança. Uma uma ópera de guerra enorme e emocionante — e de certa forma ainda é.
MAS... mas, mas, mas... reassistindo hoje... hã, não é beeeem assim realmente. Vamos a isso, sim?
Então, a primeira coisa que precisa ser dita é que eu tenho zero problemas com precisão histórica. Eu estou ciente que estou assistindo um filme de fantasia baseado no mito de William Wallace, não um documentário sobre ele. O meu problema com o filme não é esse, meu problema é mais que o filme tenta ser as duas coisas ao tempo: um filme realista sobre uma figura histórica real, e um filme de fantasia sobre o mito de um herói nacional. E você não pode comer o bolo e manter ele ao mesmo tempo.
De um ponto de vista técnico, toda cinematografia do filme grita como ele busca pelo realismo histórico e o tom de drama épico:
- Iluminação natural em tons frios.
- A câmera é turva, crua, pé no chão.
- A paleta de cores é monocromática, apática, suja.
- A música é crescente e trágica, como se você estivesse assistindo a um filme biográfico sobre um trauma nacional.
- As batalhas são brutais e sangrentas, bem no estilo "O Resgate do Soldado Ryan" antes de existir.
Tudo nas escolhas da direção do filme grita que você está assistindo a algo que parece um drama histórico sério e arrebatador... exceto que a escrita do filme parece ter sido tirada de um filme inteiramente diferente.
Os ingleses parecem vilões saídos de desenho animado dos anos 80, honestamente eu estava esperando que o rei Longshanks retorcesse seus bigodes enquanto ria malignamente, ou que pelo menos ele sentasse em um trono alisando um gato como bom vilão bondiano. Na verdade, todos os ingleses são cartunescamente maus sem uma única qualidade redentora, não me espanta que Dio Brando seja britânico.
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A história da Escócia em uma casca de nóz |
Por outro lado, William Wallace é essencialmente Jesus Cristo só que usando uma claymore... o que é uma visão bastante maneira, devo admitir... mas que não fecha com toda semiótica que as escolhas da direção fizeram para o filme. Isso, é claro, vem muito do próprio Mel Gibson que é um cristão fervoroso e que abraça muito da filosofia cristã nas suas obras: o bem é absolutamente perfeito, é imaculado, é a melhor coisa ever sem nenhum "MAS" enquanto mal é irrecuperavelmente maligno sem uma única qualidade, o mal cristão é absoluto de formas que transcende a razão ou as justificativas, é literalmente a pior coisa que existe.
Veja, eu não estou dizendo que vc não pode ter uma narrativa que é simbólica e exagerada ao extremo, mas eu acho muito, muito dificil ela funcionar na forma que o filme fotografa e compõe suas cenas. Você pode exagerar — mas o estilo tem que combinar. Veja JoJo's Bizarre Adventure, 300 ou até Mad Max: Estrada da Fúria — tudo está sintonizado na mesma frequência absurda. Os vilões são maiores que a vida porque as escolhas de composição da obra os apoia.
Enquanto isso, Coração Valente quer que você chore lágrimas de verdade, contemple ideais de liberdade e a perda... Mas também comemore quando Mel Gibson joga lama em um soldado inglês e faz uma piada sobre "sua mãe" cinco minutos após um funeral.
AS BATALHAS CAMPAIS? AH, NÃO VAI DIZER QUE...
Então... eu não sei como dizer isso, mas... hã, elas são meio que idiotas, se você olhar bem. Quer dizer, não me entenda errado, ter 1500 homens nas Terras Altas da Escócia ainda é uma visão poderosa - especialmente para um filme de 1995 - porém o que o filme faz com esses homens pode não ser tão maneiro assim quanto você lembra.
Vamos a isso então: as batalhas de Coração Valente parecem grandiosas, mas quando você começa a prestar atenção, você meio que repara algumas coisas que não podem ser desreparadas. Tipo um cavalo pesa aproximadamente uns 500 quilos. Sério, um cavalo de batalha especificamente passa de MEIA TONELADA fácil. Em uma arrancada, como na carga de uma batalha campal, ele também passa facilmente dos 50 km/h. Ou seja, ser atropelado por um cavalo em disparada é quase como ser atropelado por um carro.
Mesmo que você erga uma lança e segure ela pra espetar o cavalo em disparada, mano, o bicho leva você embora e pelo menos os próximos 10 metros de caras que estavam atrás de você. Faz o teste, vai na contramão da rua e tenta parar um carro popular a 50 km/h por hora segurando uma lança.
Mas tá, mesmo que a cena mais iconica do filme seja ambientada em um universo onde inércia não existe ou que os escoceses conseguem parar um bicho de MEIA TONELADA em carga no muque (como os ingleses são um problema pra caras tão fortes assim é algo que eu não sei responder), meu maior problema nem é esse e sim que o combate em si é cinematograficamente tosco. Sim, eu disse isso.
Mas sério, as batalhas em como Coração Valente são: "Certo, rapazes! Corra a toda velocidade! Em direção às coisas afiadas! Não olhem para baixo, apenas gritem e brandam o machado!"
Não é uma coisa maneira de se ver. Não tem coesão tática, nenhuma estrutura de comando, nenhuma formação, ou a mais remota preocupação em não morrer. Apenas caras suados se atirando uns contra os outros como se fosse uma briga de bar de bêbados no Coachella 1361. E tá, eu entendo que os escoceses são só uns caras aleatórios recrutados no ódio, mas porra, os soldados ingleses, supostamente treinados e disciplinados, se comportam como se nunca tivessem lutado uma batalha antes. Eles apenas correm em linha reta, a sua vantagem numérica, de equipamento e de treinamento desaparecendo como duas gangues se atracando na porrada.
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Esse filme só tem outra hora de duração pq aparentemente cada arqueiro inglês só trouxe duas flechas para o campo de batalha, oopsie |
E, novamente, enquanto isso é historicamente tosco (acredite ou não, soldados medievais eram SOLDADOS com treinamento e táticas sofisticadas, e mais que isso, seres humanos com outros pensamentos além de "ah, se eu morrer morri, foda-se"), meu maior problema é que a cena é uma bagunça de uma galera se atracando em cortes rápidos. Como eu disse, cinematograficamente é pobre, é só uns home se embolando sem coreografia, lógica ou sentido. Felizmente a edição e o design de som fazem todo o trabalho pesado, mas se você realmente prestar atenção vai ver que a coisa é apenas bagunça. Se botar umas explosões vira filme do Michael Bay.
Agora compare com:
- O Senhor dos Anéis: As Duas Torres — O Abismo de Helm tem apostas, táticas, formações e liderança claras.
- Reino dos Céus (Versão do Diretor) — formações defensivas, estratégia de cerco, disciplina de cavalaria.
- O Último Duelo — brutal, realista e consciente de quão constrangedor e feio seria o combate medieval real.
- Até mesmo o Homem do Norte tem um caos mais controlado do que este.
E isso tudo, escrita exageradamente cartunesca, tom que te tira do filme e combates mal pensados... em TRÊS HORAS de filme. Pelo amor de Jesus H. Cristo que tu gosta tanto, Mel Gibson!
UAU, EU NÃO FAZIA IDEIA QUE VC ODIOU TANTO O FILME ASSIM AO PONTO DE ACHAR ELE SEM NENHUMA QUALIDADE!
Então, calma também, né? No meio da patifaria tem coisas boas nele, claro. Algumas genuinamente boas
Sejamos justos: os cenários são deslumbrantes. As Terras Altas praticamente gritam liberdade por si só. A música se intensifica, as cores são terrosas e a escala parece vasta. No mínimo, Coração Valente realmente parece como um épico se você ignorar o que está sendo dito na tela. E, para seu crédito, usa certos elementos de época melhor do que a maioria dos filmes dos anos 90 — especialmente o uso de flechas flamejantes.
Aqui, elas não são ferramentas decorativas ou absurdas de double kill (pq apenas uma flecha normal já mataria o cara, mas vamos colocar fogo nele também só pra matar ele duas vezes porque foda-se você, soldado sem nome #6). Não, elas servem a propósitos táticos, como destruir prédios ou romper formações — um raro toque de precisão medieval em um gênero propenso à fantasia.
Mas tem uma coisa que eu gostei nesse filme, genuinamente, como bom cinema mesmo, não ironicamente. Robert the Bruce é indiscutivelmente o único personagem em Coração Valente que parece uma pessoa real em vez de uma metáfora cristã ambulante com uma peruca enlameada.
Robert tem seus conceitos de certo e errado, isso é bem claro, porém ele é pragmático, não idealista. Ele gostaria de poder sair brincando de herói de guerra como Wallace, mas suas preocupações de que aquilo provavelmente não vai acabar bem são bastante razoáveis. A melhor parte, no entanto, é que ele não fala nada disso abertamente, nós sentimos seu conflito interno em vez de sermos alimentados com exposição - isso é uma escrita chocantemente boa em um filme que a imensa maioria do roteiro parece roubada de um episódio de Comandos em Ação.
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Adicionalmente, Roberto, o Brucio, tinha o casaco mais macio e felpudo de todo século XIII. Ah, e "Coração Valente" é como Roberto ficou conhecido, não Wallace |
Quando ele trai Wallace, não é como os ingleses que são malignos pelo prazer de serem maus, você consegue entender o quão complexa e humana é a situação dele. Enquanto Wallace é um símbolo ilibado e messiânico de pureza e martírio, Robert é um homem preso entre a realpolitik e a consciência, o que o torna o contraponto perfeito: Wallace luta porque precisa, Bruce hesita porque pensa. E só isso já o faz parecer tridimensional, porque ele não está operando em "bem versus mal", mas em "certo versus conveniente".
Ele tem até as cenas melhores dirigidas do filme, como a cena com seu pai moribundo — sussurrando por trás da máscara de leproso: "Todos os homens traem. Todos desanimam". Diferente de praticamente todos os outros momentos do filme, essa cena é impactante porque o filme o deixa respirar. Nenhuma deixa musical grita "MOMENTO PAI MALIGNO". Nenhum monólogo revelando o trauma de Robert. Apenas uma semente silenciosa e terrível sendo plantada. E Robert carrega essa podridão interna como um peso.
Até mesmo sua eventual mudança — finalmente escolhendo liderar de verdade — tem uma recompensa emocional genuína, porque o vimos lutar com isso. Não é destino, foi um arco de personagem que levou a uma decisão.
Em um mundo ideal, talvez um em que Mel Gibson (que por acaso também é o diretor) não estivesse tão preocupado em interpretar Jesus Cristo, ele deveria ter sido o personagem principal do filme. Até porque a história da unificação e independencia da Escócia é sobre Robert the Bruce no fim do dia, William Wallace é mais uma manic pixie dream girl que quebra o status quo e bota fogo no parquinho, mas não o cara a sentar numa mesa e burocraticamente governar. E WW funcionaria melhor assim, como essa figura mitica maior do que a vida sobre o qual não sabemos tanto a respeito. O que, para ser justo, é historicamente preciso: Bruce venceu a guerra, não Wallace. Wallace acendeu a faísca. Robert suportou a tempestade.
Roberto, o Brucio, é sem dúvida o personagem mais bem escrito em Coração Valente. Ele não é um símbolo — ele é uma pessoa. E em um filme cheio de mitos em preto e branco, ele é um raro tom de cinza. Se o resto do filme tivesse sido escrito com o mesmo cuidado... bem, poderíamos estar tendo uma conversa bem diferente.
Mas aí eu lembro que existe um subplot inteiro pra apontar e rir do principe inglês que "é uma bichinha, hahaha". Sério, tem pelo menos umas 5 cenas que Coração Valente tenta dizer: "Vejam como a corte inglesa é corrupta e falida — até mesmo seu herdeiro é fraco e incapaz de governar!", quando o que REALMENTE está na tela é "Olha, ele é gay. Não é patético? Não é um sinal de decadência moral e fraqueza nacional?"
Não é apenas ofensivo — e é, pra caralho — é um texto ruim. Mas então, anos 90, época que a punchline de um quadro de comédia era gritar "ISSO É UMA BICHONA" e rir de um estereótipo homossexual. Não era raro vilões serem frequentemente codificados como queer ou "pouco masculinos" para sinalizar sua maldade e fraqueza moral. Este é o filme que tenta mostrar que o império inglês é podre em sua essência — mas, em vez de criar complexidade ou nuances morais, ele se apoia em clichês ultrapassados e preconceituosos. Preguiçoso e grosseiro.
Mas sabe qual é a ironia disso realmente? Se você realmente se aprofundar no Eduardo II histórico, sua história é muito mais interessante e trágica do que qualquer coisa que Coração Valente se deu ao trabalho de inventar. Ele era possivelmente bissexual, sim, mas essa parte não era relevante.
A parte importante mesmo é que ele foi um personagem histórico preso em uma luta brutal e dinástica pelo poder, traído e destronado pela esposa e pelo amante dela em um drama profundamente confuso, cheio de ambição, traição e realpolitik. É uma história bem interessante na real, mas Coração Valente não queria "interessante". Queria: Escócia pura. Inglaterra decadente. Wallace machão. Edward viadinho.
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"humor y piadas", de acordo com os anos 90 |
A representação do Príncipe Edward não é apenas homofóbica — é constrangedora de uma época em que a homossexualidade era usada como sinônimo cinematográfico de inferioridade, especialmente em contraste com protagonistas ultramachistas como Wallace. É dificil sentir falta dos anos 90 as vezes...
No fim das contas, Coração Valente é um épico que grita, mas raramente diz algo com substância. Ele tenta ser mito, mas tropeça em tentar ser gritty e realista ao mesmo tempo — e mais do que tudo, nos próprios delírios messiânicos de seu diretor. É o tipo de filme que se vende como um brado por liberdade, mas não tem o tom certo para apenas gritar "Liberdade" ser suficiente e nem tem escrita o suficiente para dar um significado real a isso. Há beleza nas paisagens, emoção na trilha, e um vislumbre de humanidade real em Robert the Bruce, mas tudo isso fica soterrado sob TRÊS HORAS de escrita mediana no seu melhor, cenas de ação que são bem menos interessantes do que a memória afetiva sugere e pontuada aqui e acolá pelos piores vicios dos anos 90. Não é exatamente o filme que eu lembrava...
Mas bem, eu entendo que muito provavelmente você não vai concordar comigo na minha opinião sobre o filme. O que é muito mais dificil de discordar de mim, no entanto, é que seja qual for a sua opinião sobre o filme, podemos todos concordar sobre o jogo licenciado quando perguntamos se este é um bom jogo. E a a resposta é um sonoro não.
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Esse é outro elogio que tem que ser feito ao filme, os animatronicos são absurdamente bons e em nenhum momento eu duvidei que estavam usando cavalos de verdade |
Mesmo que você ame Coração Valente ou a história escocesa do século XIII, os problemas principais são impossíveis de ignorar. O maior fracasso é que as batalhas são terríveis... o que é meio que um problema onde isso é a principal coisa, sabe? Elas simplesmente não funcionam como deveriam, e isso é realmente uma pena, pois outros aspectos do jogo são bem interessantes.
As duas partes principais do jogo são o modo Planejamento e o modo 3D em Tempo Real. O modo Planejamento é onde você gerencia suas cidades, organiza seus exércitos e conduz relações diplomáticas, e em muitos aspectos lembra SID MEYER'S CIVILIZATION. Ao entrar em uma batalha ou desejar analisar uma cidade, você pode alternar para o modo 3D em Tempo Real. Este é um recurso interessante, mas o controle de câmera desajeitado e a interface de combate ruim tornam seu uso uma tarefa árdua.
Você começa escolhendo um dos 16 clãs, cada um com starting point únicos (o que dá uma grande vantagem aos clãs do norte devido a distancia dos ingleses, te dá mais tempo para se preparar). Você começa com dois líderes — figuras essenciais, já que os exércitos não podem atacar assentamentos sem eles. Inicialmente, os clãs vizinhos são amigáveis, mas inexplicavelmente se tornarão hostis mais tarde (eu não tenho exatamente certeza de qual o critério, se é que existe um e não é apenas aleatório). O lado positivo é que o jogo demonstra claramente as relações diplomáticas, então você sempre sabe quem gosta de você e quem não gosta — ao contrário do que frequentemente acontece em Shogun Total War.
Falando de Shogun (lançado em 2000), a comparação é natural, já que este jogo foi lançado em 1999. Embora Shogun seja lembrado por suas batalhas decentes, sua estratégia — com seu mapa de campanha no estilo War (o jogo de tabuleiro)— era fraca. Nesse aspecto, Coração Valente é o exato oposto: seu forte é tudo menos as batalhas.
O objetivo — unir os clãs escoceses contra a Inglaterra — é sólido, mas conquistar tantos territórios torna o jogo excessivamente longo. Para tornar o jogo ainda mais desnecessariamente longo, a resolução automática de combates é pouco confiável, mesmo seus exércitos sendo imensamente superiores perdem batalhas com resolução automática em 90% das vezes.
À primeira vista, isso não parece tão ruim, as batalhas parecem administráveis: batalhas curtas (5 a 10 minutos) com um limite de 150 unidades por lado. A vitória é trivializada pq basta colocar 2/3 arqueiros em campo: basta ficar parado e disparar flechas. A IA inimiga é tão fraca que vai ficar levando flechadas passivamente até que suas forças diminuam para 20 homens antes de finalmente atacar — o que não constitui desafio nenhum. Esqueça formações ou táticas, as limitações da IA tornam tudo isso desnecessário
Fora do combate, a parte de administrar seu exército tem pontos fortes: patrulhamento, espionagem e diplomacia (incluindo a troca de presentes) são bem executados, oferecendo mais opções até do que em Shogun Total War, as relações entre clãs e o gerenciamento de recursos são transparentes.
Ainda sim, mesmo esse aspecto que funciona melhor que o combate tem alguns problemas, como a deslealdade do exército (unidades de elite se dispersam ou desertam durante longas marchas e eu naõ vejo o que pode ser feito a respeito disso) ou o quão desnecessariamente burocrático é gerenciar seus líderes (você precisa anexá-los a exércitos vazios para movê-los, e sem um líder por perto os exércitos são inúteis para o ataque)
Outros problemas incluem música repetitiva (uma única melodia ótima em um loop enlouquecedor) e gráficos datados para sua época. A diferenciação de unidades também é inexistente — seu clã é sempre amarelo, os inimigos sempre cinza.
Eu aprecio que eles tentaram misturar gerenciamento de tropas em um nível mais profundo que seu RTS padrão, mas suas falhas são inegáveis. A IA de batalha quebrada, o avanço glacial pelo mapa, o combate manual forçado e as dores de cabeça logísticas tornam o jogo mais um trabalho do que uma diversão. Embora a camada estratégica tenha boas intenções mérito, o jogo falha onde mais importa: o combate. Você não pode ignorá-la por meio da resolução automática, e se envolver com ela é profundamente insatisfatório - especialmente num jogo que demora taaaaanto. Alguns pontos positivos não compensam falhas tão fundamentais... hã, meio que como o filme, se você pensar sobre isso.
Honestamente, se alguma coisa fique com a campanha do William Wallace em AGE OF EMPIRES 2: The Age of Kings.
MATÉRIA NA AÇÃO GAMESEDIÇÃO 148 (Fevereiro de 2000)