Em 1998, o cenário dos jogos de estratégia em tempo real (RTS) era brutalmente competitivo entre a Westwood e a Blizzard, cada uma trocando golpes com a outra através de jogos cada vez mais acachapantes (sim, essa é provavelmente a giria mais anos 90 já usada ever nesse blog). O que foi a história que eu contei não muitos dias atrás, em STARCRAFT.
Pois bem, a história que eu quero contar hoje é uma inteiramente diferente: é a história da terceira força nos jogos de estratégia em tempo real. Isso pq enquanto voava sangue pelo primeiro e segundo lugar, a Microsoft tentava chegar na maciota e ficar com o terceiro lugar com seu AGE OF EMPIRES. A Eletronic Arts viu isso, esse dedo no cu e gritaria que era a disputa pelos mercados de RTS e percebeu que havia sim um bom dinheiro a ser feito ali... porém outra coisa que eles pensaram foi que também havia uma outra forma mais inteligente de fazer esse dinheiro do que bater cabeça com os gigantes do mercado e é isso que veremos hoje.
Vamos colocar da seguinte forma: quando vc pensa em RTS, obviamente vc pensa em jogos de computador. Isso é o básico do básico, já que jogar essas coisas sem mouse não é nada senão sofrimento e dor - e digo isso como um dos maiores entusiastas dos consoles ever, eu sempre vou preferir jogar qualquer coisa com um joystick na mão do que um teclado e mouse (especialmente FPS)... mas RTS não dá, jogar RTS no direcional é absurdamente desconfortável e TEM que ser feito com o mouse.
Por isso, obviamente que RTS nunca foram uma grande coisa nos consoles - e não são ainda hoje. Tá, tecnicamente existem ports de hojes como COMMAND & CONQUER: Tiberian Dawn para PS1 /Saturn e STARCRAFT para Nintendo 64, mas na moralzinha, eles são um cu molhado de se jogar. E é aqui, exatamente aqui que a Eletronic Arts viu a sua chance de ouro de fazeres muitos dinheirones.
Pq imagine E SE, veja bem, E SE houvesse um RTS que fosse super acessível para ser jogado com o controle? Um RTS que funcionasse genuinamente bem no PS1, onde a competição no genero era praticamente inexistente? Pois é aqui que entra o PRESSÁGIO SOMBRIO.