domingo, 6 de abril de 2025

[#1440][Out/1999] RAYMAN 2: The Great Escape


Raio-Homem 2: A Grande Escapada, é essencialmente o JOHN ROMERO'S DAIKATANA reverso. Se no desastre do João Romero eu disse que fiquei desapontado pq o jogo era ruim mas não TÃO RUIM quanto toda fama dele te leva esperar que ele seja, Rayman 2 tem o efeito o contrário.

Isso pq Rayman 2 é um jogo de plataforma 3D bom. Não, "bom" é o understatement do ano, Rayman 2 é um dos melhores jogos de plataforma 3D da quinta geração - uma geração marcada por gigantescos jogos de plataforma 3D como SPYRO 2: Ripto's Rage ou BANJO-KAZOOIE.


Esse é meio que o problema: esse jogo é mecanicamente bom o suficiente para estar junto com esses dois na conversa... mas ele não está. Quando se discute os grandes jogos de plataforma 3D dos anos 90, Rayman nunca é citado de cara, é sempre uma lembrança de segunda prateleira - uma que todo mundo concorda que é muito bom, apenas não é a primeira escolha de ninguém.

A questão é justamente essa: Rayman 2 é inegavelmente bom, mas... o que está faltando? O que não está clicando aqui? O que é que mantém esse jogo sempre no pódio - mas apenas disputando o bronze, nunca o ouro? É o que discutiremos a seguir.

sábado, 5 de abril de 2025

[#1439][Out/1998] GAUNTLET LEGENDS


Certo, antes de começar eu sou moralmente obrigado a informar que a minha relação com o GAUNTLET original de arcade - e seus respectivos ports - é tão calorosa e amigável quanto uma lavagem intestinal com cactos. Porque se tem alguma coisa que grita pra mim tudo que havia de errado com os arcades daquela época, se existe um símbolo máximo de como os anos 80 eram sobre achacar o seu dinheiro e foda-se, esse símbolo pra mim é GAUNTLET.

Sério, eis o que eu disse de GAUNTLET cinco anos e meio atrás nesse blog:
Mas isso quer dizer que a Atari não inventou nada interessante para a época? Hmm, não exatamente. Em primeiro lugar, como todos já devem saber, eram máquinas construídas com o objetivo de tirar a maior quantidade de dinheiro das crianças no menor espaço de tempo possível. E deu. Sim, os bons e velhos tempos, não é que nem hoje que os desenvolvedores são gananciosos e só querem lucro, yada yada yada.

Enfim, todos arcades faziam isso, porém em Gauntlet elevou isso a um status de arte: aqui sua vida esta sempre diminuindo e você precisa ficar pegando comida para não morrer. Se tomar dano ela diminui mais rápido, porém só de existir ela diminui. Porque, yay, pra que esperar o jogador morrer se nós podemos fazer ele perder a ficha apenas por existir?

Genius, puro genius. Anos 80 de merda, bando de retardados vou te contar viu...
 "Warrior needs food badly"? Mais para "Sua carteira precisa ser esvaziada rapidamente."

VOCÊ REALMENTE ERA TÃO GENTIL EM 2019 QUANTO É HOJE, PELO QUE EU VEJO...

Eternamente um gentleman, é o meu lema. Mas enfim, meu ponto é que aquele buraco negro de moedas também era um vazio criativo que oferecia tanta profundidade quanto uma poça d'água. Eu não vou entrar em detalhes aqui porque eu literalmente já escrevi umaa review sobre isso (vide meu texto de GAUNTLET), mas estou contando isso para deixar claro que eu vi que teria que jogar a sequencia Gauntlet Legends, mesmo ele prometendo uma abordagem mais "moderna" da fórmula, eu fiquei compreensivelmente cético. 

sexta-feira, 4 de abril de 2025

[#1438][Dez/2000] PHANTASY STAR ONLINE: Episode I & II


A review de hoje é um pouco diferente do habitual que eu faço aqui nesse blog. Isso porque mais do que uma review, o texto de hoje é basicamente uma carta de amor a uma obra-prima medíocre.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

[#1437][Nov/1999] TUROK: Rage Wars


Então... Turok: Guerra dos Boladão... certo, suponho que eu tenha que começar sendo honesto aqui porque quando eu ouvi falar desse jogo, minha reação inicial foi algo tipo: "Espera... o quê? TUROK 2: Seeds of Evil já não tinha um modo multiplayer perfeitamente funcional? Qual diabos é a necessidade de um jogo dedicado exclusivamente ao multiplayer?" E, honestamente, ao começar a jogar esse jogo o sentimento meio que não mudou muito.

quarta-feira, 2 de abril de 2025

[#1436][Out/97] BROKEN SWORD 2: Smoking Mirror

Hum, eu não posso dizer que sei exatamente o pq caralhas a Super Game Power decidiu fazer uma matéria sobre o port desse jogo no final de 1999 já que o mesmo existia a mais de dois anos a esse ponto. Não é nem que teve um relançamento em portugues na versão PC nem nada, apenas DUNEIDA decidiram tacar um jogo de 1997 e foi bom. 

Bem, enquanto eu não sei exatamente o pq disso, o que eu SEI é que em 1997, o gênero point-and-click era um mundo a beira da irrelevancia, lutando para sobreviver. A Sierra afundava a olhos vistos, a LucasArts apostava em experimentos 3D, e os jogadores trocavam quebra-cabeças pixelados por polígonos e headshots. Nesse cenário, surge então "Espada Quebrada 2: O Espelho Fumegante"  sequência do aclamado primeiro jogo da Revolution Software. 

ESPERA, QUE "ACLAMADO" JOGO? EU NUNCA TINHA OUVIDO FALAR DE BROKEN MIRROR ATÉ ENTÃO!

Pois é, aclamado pelos poucos que o jogaram, eu devia ter esclarecido. O primeiro BS, de 1996, foi um sucesso de crítica mas não de vendas. E sabe qual é a coisa interessante a respeito de críticas positivas? Por melhor que elas façam você se sentir, não dá realmente pra pagar boletos com elas. Sim, eu tentei... bem, teria tentado se recebesse alguma... mas você pegou a ideia aqui.



O resultado disso é que por mais que a Revolution estivesse orgulhosa do seu primeiro jogo, eles tinham preocupações mais preementes no momento. Tipo ter eletricidade, água e aquecimento no rigoroso inverno Yorkino (a York original britanica, não o spin-off mais famoso americano). O resultado disso é que o segundo jogo da franquia acabou sendo um jogo dilacerado entre duas identidades: a intriga hitchcockiana do original e o canto da sereia do absurdo estilo THE SECRET OF MONKEY ISLAND na tentativa de atingir um publico maior. O que resta é um artefato fascinante, porém falho, de um gênero em colapso — um jogo que tenta ser tudo e acaba não sendo nada.  

terça-feira, 1 de abril de 2025

[#1435][Out/1999] CRASH TEAM RACING


Os anos 90 foram a era de ouro dos Kart Racers. Após o grande sucesso de SUPER MARIO KART, todo mundo e a mãe de todo mundo viu que era bastante simples fazer um jogo do genero: desenhe uma pista, coloque uns bonecos carismáticos (preferencialmente de alguma franquia por quem o público já tem carinho) e pronto. Você não precisa de muito esforço em performance, velocidade ou hit detection, apenas faz uma versão chibi de todo mundo e manda bala.

Isso gerou numa verdadeira enxurrada de títulos do genero e quando eu digo que era todo mundo mesmo, não era brincadeira: POWER RANGERS ZEO, MICKEY SPEEDWAY USA, Speed Punks, MOTOR TOON GRANDPIX e MOTOR TOON GRAN PRIX 2, AYRTON SENNA KART DUEL, AYRTON SENNA KART DUEL 2, Street Racer... entre muitos outros - isso sem citar os clássicos MARIO KART 64 e DIDDY KONG RACING, obviamente.


Então a pergunta que cabe ser feita aqui é: em um genero tão saturado por muitos jogos que não tinham nada realmente a acrescentar... por que Crash Team Racing é lembrado como algo especial? O que realmente o destaca e o coloca em pé de igualdade - se não superior a MARIO KART 64 e DIDDY KONG RACING?

É o que veremos a seguir.

segunda-feira, 31 de março de 2025

[#1434][Out/2000] 007: The World Is Not Enough


Já que ontem falamos de 007: Tomorrow Never Dies, eu suponho que seria um bom momento para manter o momentum e aproveitar a perspectiva para falar logo sobre a terceira entrada na era Brosnan dos filmes do espião mais famoso do mundo.

SIM, PORQUE ISSO TOTALMENTE NÃO TEM NADA HAVER COM VOCÊ TER SE CONFUDIDO E JOGADO O JOGO ERRADO PRIMEIRO, NÉ?

Hmm, eu posso acidentalmente ter jogado "The World is Not  Enough" - que aparece nas revistas apenas na metade de 2000 - antes de 007: Tomorrow Never Dies... mas no fim foi para o melhor, assistir os dois filmes um depois do outro dá uma perspectiva melhor de continuidade, afinal.

domingo, 30 de março de 2025

[#1433][Nov/1999] 007: Tomorrow Never Dies


O segundo filme de James Bond de Pierce Brosnan, o Amanhã Nunca Morre, é um estudo de caso fascinante em dissonância tonal e temática.

UAU, TANTAS PALAVRAS SÉRIAS, ATÉ PARECE QUE ESSE É UM BLOG DE RESPEITO...

Eu não sei do que você está falando, Jorge, esse blog é SEMPRE sério e propenso a analises profundas!


Tá, quase sempre analises profundas. De toda sorte, eu dizia que no papel, O Amanhã Nunca Morre é um thriller de vanguarda sobre manipulação da mídia, tensão geopolítica e uma Bond girl progressista que rivaliza com 007 em habilidade.Na prática, porém, o filme se divide caoticamente entre identidades concorrentes: uma história séria de espionagem no mundo sem papeis definidos claros no pós-Guerra Fria e ao mesmo tempo uma tolice over the top movida a gadgets e frases de efeito.

Na review de hoje vamos falar sobre como Tomorrow Never Dies tenta — e, em ultima instancia, falha — em reconciliar esses conceitos conflitantes, fazendo ele ser um filme que está à frente de seu tempo e ao mesmo tempo já frustrantemente datado em 1997.

sábado, 29 de março de 2025

[#1432][Jul/2000] KISS: Psycho Circus - The Nightmare Child



Hoje, eu quero falar sobre uma banda de rock'n roll um tanto diferente de qualquer outra que existe ou provavelmente existirá. O post de hoje será sobre nossa amada BITOCA.

sexta-feira, 28 de março de 2025

[#1431][Out/1999] TOY COMMANDER


Na quinta geração de videogames, tivemos dois jogos onde você podia escolher uma vasta seleção de veículos para resolver objetivos especificos em um sandbox virtual, usando (ou destruindo) o cenário com as habilidades únicas de cada veículo.

O que não é um grande número de jogos, mas ainda sim é estranho que tenha acontecido duas vezes.

Vamos falar então de COMANDANTE BRINQUEDO (não confundir com o MC Brinquedo), porém não é realmente possível falar dele sem mencionar ou explicar as comparações com BLAST CORPS do Nintendo 64, de 1997.