Estamos em meados de 2000. O mundo não acabou, o bug do milênio não fez a civilização voltar a usar clavas de modo que todo mundo pode seguir em frente para se preocupar com o que realmente importava — videogames. Mais especificamente, o primeiro jogo da Squaresoft no PlayStation 2.
Agora, claro, todo mundo e a mãe de todo mundo estavam contando os dias até que Final Fantasy X agraciaria o novo console, mas antes disso, a Square decidiu testar as águas da sexta geração com algo inesperado: um jogo de luta em 3D. Na época, a imprensa de games encheu o saco especulando que poderia ser EHRGEIZ 2, ao que, honestamente, eu fico feliz que não seja o caso — não porque eu odeie EHRGEIZ ou algo do tipo, mas pq esse nome é uma desgraça de escrever. E tente falar três isso vezes rápido sem soar como se estivesse espirrando.
Enfim, a parte importante aqui é que, naquela época, a Squaresoft não era apenas uma grande empresa — ela era A grande empresa. O padrão de excelência. O estúdio que fazia até seus jogos mais estranhos ou polêmicos parecerem eventos cinematográficos de um milhão de dólares. Mesmo quando a narrativa te fazia questionar VÁRIAS escolhas criativas (né FINAL FANTASY 8?), ou quando a jogabilidade virava um projeto experimental de arte (VAGRANT STORY, estou olhando pra você), ainda havia essa sensação de admiração. Os jogos da Square não apenas rodavam no PlayStation 1 — eles faziam bullying com o coitado, forçando-o a renderizar mundos impossíveis e personagens realistas muito além do que qualquer um pensava ser possível.
Então, quando a empresa anunciou que estava entrando no novo milênio com 128 bits de poder à sua disposição, as expectativas foram para o espaço. Os fãs babavam de escorrer no chão só de pensar que tipo de criação divina a Square iriam soltar no mundo com todo aquele poder do novo hardware. Certamente algo transcendental. Algo que definiria a era do PS2 assim como FINAL FANTASY 7 definiu a era do PS1.
… né?

















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